História
dos Direitos Humanos no Brasil
Linha
do Tempo dos Direitos Humanos
Brasil |
|
Brasil |
|
|
Linha
do Tempo Mundo | Linha
do Tempo Lusófonos | Linha
do Tempo Mercosul |
Linha
do Tempo Brasil | Linha
do Tempo Estados Brasileiros
Século
21
Década de 2000 – Século
21
2010
2009
2008
2007
2007 Reeleito no segundo turno
Luiz Inácio Lula da Silva assume
a Presidência do Brasil para um segundo
mandato
2006
2006 X
Conferência Nacional de Direitos Humanos
2006 Atualização
do Plano Nacional de Educação
em Direitos Humanos
2006 Criação
do Conselho de Direitos Humanos da ONU
2005
2005 Unificação dos programas
sociais de renda mínima no Brasil
2004
2004 IX
Conferência Nacional de Direitos Humanos
2004 Lançamento
do Plano Nacional de Educação
em Direitos Humanos
2004 Estatuto
do Desarmamento
2004 Três auditores fiscais do Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE), são
assassinados em uma emboscada no município
de Unaí (MG), durante uma fiscalização
de rotina em fazendas da região
2003
2003 VIII
Conferência Nacional de Direitos Humanos
2003 Criação
do Comitê Nacional de Educação
em Direitos Humanos
2003
Estatuto do Torcedor
2003
Estatuto do Idoso
2003
Estatuto da Igualdade Racial
2003 Eleição e posse de Luiz
Inácio Lula da Silva na Presidência
do Brasil
2002
2002 VII
Conferência Nacional de Direitos Humanos
2002 Decreto do presidente FHC institui
a figura do “sigilo eterno”
para documentos considerados secretos e
ultras-secretos
2002 Lula é eleito presidente da
República no segundo turno, vencendo
José Serra, do PSDB
2002 Promulgada, no Brasil, a Convenção
sobre a Eliminação de Todas
as Formas de Discriminação
contra a Mulher, pelo Decreto n°
4.377, de 13/9/2002
2002 O Estatuto
de Roma entra em vigor e constitui e
Tribunal
Penal Internacional TPI, com a oposição
dos EUA
2002 A juíza Silvia Steiner é
eleita para o Conselho do Tribunal,
sediado em Haia
2002 Criação do Conselho Nacional
de Promoção do Direito à
Alimentação e do Conselho
Nacional dos Direitos do Idoso
2001
2001 VI
Conferência Nacional de Direitos Humanos
2001 Estatuto
da Cidade
2001 No México, Conferência
Regional sobre Educação
em Direitos Humanos na América
Latina e Caribe, de 29/11 a 1/12
2001 A família de Rubens
Paiva será finalmente indenizada,
por decisão da 6ª Turma do Tribunal
Regional Federal da 2ª Região,
em São Paulo
2001 Conferência
Mundial contra o Racismo, a Discriminação
Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas
de Intolerância (CMR), realizada
em Durban, África do Sul
2001 Criação da Comissão
de Anistia para julgar pedidos de indenização
de ex-perseguidos políticos
2001 Buenos Aires: manifestação
marca os 25 anos do golpe de 1976 com as
faixas “Nem
esquecimento, nem perdão”,
“Nós não esquecemos,
nós não perdoamos
2001 Documentos norte-americanos tornados
públicos indicam a participação
de agentes dos EUA na Operação
Condor - repressão, tortura e
assassinato contra os resistentes nas ditaduras
do Cone Sul.
2001 Primeiro Fórum Social Mundial,
em Porto Alegre. Chico
Whitaker, presidente da CJP nacional,
é um dos organizadores.
2001 Sancionado o Estatuto
das Cidades (Lei 10.257).
2000
2000 V
Conferência Nacional de Direitos Humanos
2000
Eleições municipais com grande
votação no PSDB em todo o
País. Em São Paulo, Marta
Suplicy, do PT, é eleita prefeita
e Hélio
Bicudo, seu vice (eleições
em apenas um turno).
2000
Congresso Nacional do MST em Brasília
reúne 10 mil representantes de 23
Estados.
2000
Dois PMs de Rondônia são considerados
culpados pelo massacre
de Corumbiara.
2000
Grandes manifestações de movimentos
sociais, sobretudo dos indígenas,
em pro¬testo contra o tipo de comemoração
oficial sobre os 500 anos do “Descobrimento”,
Porto Seguro, Bahia.
2000
Congresso aprova Lei de Responsabilidade
Fiscal.
^
Subir
Século
20
Década de
1990 - Século 20
1999
1999 IV
Conferência Nacional de Direitos Humanos
1999
Decreto n° 3.298 de 20/12/99 define
as competências do Conselho Na-cional
dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiências
(CONADE).
1999
“Declaração
Universal sobre o Genoma Humano”,
UNESCO.
1999
Dorcelina de Oliveira Folador, militante
de Pastoral, do PT e do MST, pre-feita de
Novo Mundo (MS), é assassinada a
mando de fazendeiros.
1999
Instaurado na Procuradoria da República
em São Paulo o Inquérito Civil
Público n° 06/99, a partir de
representação da Comissão
de Familiares de Mortos e Desaparecidos
Políticos, motivado pela extrema
demora para a identificação
das ossadas da vala clandestina de Perus
1999
Morte de Dom
Helder Câmara
1999
Marcha dos Cem Mil reúne MST, CUT,
UNE e diversos movimentos sociais, incluindo
os da Igreja identificada como Grito dos
Excluídos.
1999
José
Carlos Dias, ex-presidente da CJP-SP,
é o novo ministro da Justiça.
1999
Tribunal da Dívida
Externa (RJ), organizado pela CNBB e
outras entidades, incluída a CJP-SP,
conclui que ela não deve ser paga.
1999
Ocorre um assim dito “superapagão”,
nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste
do País - apesar da privatização
da Light.
1999 Reeleito em primeiro turno Fernando
Henrique Cardoso assume a Presidência
do Brasil para um segundo mandato.
1998
1998 III
Conferência Nacional de Direitos Humanos
1998
FHC nomeia o coronel Jarbas Passarinho,
signatário do AI-5
(“às favas os escrúpulos!”),
para o Conselho da República.
1998
À beira da quebra do Real, o governo
assina acordo com FMI.
1998
As leis do “Ponto Final” e de
“Obediência Devida” são
consideradas inconstitucionais pelo Parlamento,
na Argentina.
1998
Ex-ditador chileno Pinochet
é preso em Londres, acusado de terro¬rismo,
tortura e genocídio.
1998
Aprovado por 120 Estados, contra apenas
7 votos (China, EUA, Iêmen, Iraque,
Israel, Líbia e Qatar), o Estatuto
do Tribunal Penal Internacional, em Roma.
1998
Leilão de privatização
da Telebrás; protestos no Rio.
1998
Criação do Centro de Referência
e Apoio à Vítima (Cravi),
em São Paulo; Flávia
Schilling começa a trabalhar
neste Centro, que tem parcerias com universidades
e a Federação do Comércio.
1998
Volta o discurso golpista contra uma eventual
vitória de Lula, após a divulgação
de empate técnico entre ele e FHC.
1998
Francisco de Assis Araújo, cacique
do povo xucuru, conhecido internacionalmente,
é assassinado em Pesqueira (PE).
1998
Dom
Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito,
solicita aposentadoria; é substituído
por Dom Cláudio Hummes.
1998
A Comissão de Mortos e Desaparecidos
aprova indenização à
família de Manoel Fiel Filho, operário
morto sob tortura durante o governo do ditador
Geisel (pouco depois do assassinato de Vlademir
Herzog). http://www.dhnet.org.br/perly/livros/resistencia/index.htm
1998
Continua a política de privatização:
venda da estatal paulista Eletropaulo.
1998
A Comissão de Mortos e Desaparecidos
reconhece que Zuzu
Angel foi assassinada pela repressão
durante o Regime Militar.
1998
Grandes protestos de entidades de Direitos
Humanos (inclusive do secretário
nacional José Gregori) contra a nomeação
do general Ricardo
Agnese Fayad - conhecido torturador
do DOI - para o Serviço de Saúde
do Exército.
1998 Eduardo Navarro, da Universidade de
São Paulo (a única que ensina
Tupi), funda a organização
Tupi Aqui, com a que pretende formar professores
da língua Tupi, para incluí-la
como matéria opcional, nas escolas
do Estado de São Paulo. Guarani
1998 Eduardo Navarro publica Método
Moderno de Tupi Antigo e depois Poemas -
Lírica Portuguesa e Tupi de José
de Anchieta, com o sublime intento de reviver
a língua Tupi. Guarani
1998 Criação
do Tribunal Penal Internacional TPI.
1997
1997 II
Conferência Nacional de Direitos Humanos
1997
Visita do papa ao Brasil.
1997
O cardeal do Rio de Janeiro veta o encontro
com lideranças do MST, o que gera
críticas dos bispos comprometidos
com a causa dos trabalhadores sem-terra.
1997
Decreto do governador Mário Covas
e do secretário Belisário
dos Santos Jr., de São Paulo,
estabelece o Programa
Estadual de Direitos Humanos em SP.
1997 Criação da Cátedra
UNESCO/USP de Educação para
a Paz, Direitos Humanos, Democracia e Tolerância.
1997
Morre Betinho,
Herbert José de Souza, “o
irmão do Henfil” da canção.
1997
Fulgêncio Manuel da Silva, líder
sindical e político, é assassinado
em Santa Maria da Boa Vista.
1997
O governo brasileiro, por seus canais políticos,
religiosos e diplomáticos, informa
ao Vaticano que sua intervenção
em defesa da reforma agrária “não
seria bem recebida”.
1997
O documento intitulado Para uma melhor distribuição
de terra: o desafio da reforma agrária,
elaborado pela Pontifícia Comissão
Justiça e Paz da Santa Sé
(cardeal Roger Etchegaray), só seria
divulgado no Brasil em janeiro do ano seguinte,
depois da visita do papa.
1997
Lei n° 9.474, de 22/7/97, regulamenta
o Estatuto
do Refugiado no Brasil, de acordo com
a Convenção de Genebra. Festa
em Brasília, no Palácio do
Alvorada, com revoada de pipas pintadas
por artistas do Cone Sul (relato do representante
do ACNUR, o brasileiro Guilherme Lustosa
da Cunha).
1997
Criação
do Comitê Nacional para os Refugiados
CONARE.
1997
A reeleição em cargos majoritários
do Executivo é aprovada no Senado.
1997
A suposta compra de votos na Câmara
não chegou a ser apurada. Greve dos
policiais militares - por salários
e condições de trabalho -
viola a Constituição; o Exército
intervém em sete Estados. A greve
se prolonga pelo mês de julho.
1997
Em depoimento ao Conselho Regional de Medicina
de SP, o ex-sargento Marival Chaves, com
longos anos de serviços
prestados aos órgãos da repressão,
testemunha contra médicos - dentre
os quais, Isaac Abramovitch - que assinaram
laudos falsos dos corpos de mortos sob tortura.
1997
Venda da Vale do Rio Doce.
1997
Ampla crítica da oposição
e dos antigos nacionalistas contra a política
de privatizações do governo
FHC;
1997
Manifestações de rua no Rio
de Janeiro. Crise econômica e crise
política: a expansão de saques
nos mercados de alimentos no Nordeste (por
trabalhadores rurais desesperados com a
seca) provoca a seguinte afirmação
de FHC: “As baionetas são mais
poderosas do que pedras, paus e coquetéis
molotov”.
1997
Morre o grande educador e escritor Paulo
Freire.
1997
Criação da Secretaria Nacional
de Direitos Humanos, no Ministério
da Justiça. Seu primeiro secretário
é José Gregori.
1997
Projeto
de Lei que tipifica o crime de tortura
é sancionado pelo presidente da República;
Lei 9.455 define e pune o crime de tortura
como um tipo penal autônomo e específico.
1997
Protesto do MST em Brasília, no primeiro
aniversário do Massacre de Carajás;
chegada da Marcha a Brasília, iniciada
em fevereiro.
1997
Galdino
Jesus dos Santos, cacique pataxó,
é queimado vivo em Brasília,
por jovens de classe média que “só
queriam brincar e achavam que era só
um mendigo”. Os pataxós estavam
na cidade para exigir a demarcação
de 36 mil hectares de sua reserva.
1997
O MST recebe um prêmio concedido pela
Fundação Rei Balduíno
para o Desenvolvimento (Bélgica);
o governo brasileiro reage, cancelando recepção
a missão de empresários belgas.
1997
Vídeo revela violência policial
em Diadema, SP, caso conhecido como “Favela
Naval”.
1997
CJP/SP é convidada pelo Comando da
Polícia Militar de São Paulo
para integrar a Comissão de Assessoramento
para implantação do Policiamento
Comunitário, junto com o Núcleo
de Estudos da Violência-USP, a
OAB e o Conselho da Comunidade Negra.
1997
O general-de-divisão José
Luís Lopes da Silva, que chefiou
a invasão da CSN em Volta Redonda
(três metalúrgicos morros),
é promovido a general-de-exército
por FHC, seguindo decisão anterior
do ex-presidente Collor.
1997
O presidente FHC, ao receber o título
de doutor honoris causa da Universidade
de Bolonha (Itália), recebe também
manifesto com protestos contra as mortes
no cam¬po e a concentração
de terras no País, além de
críticas do próprio reitor.
1997
Aprovada emenda para a reeleição
dos cargos do Executivo, que beneficia diretamente
FHC.
1996
1996 Lançamento
do Programa Nacional de Direitos Humanos
1996
I
Conferência Nacional de Direitos Humanos
1996
Segundo turno das eleições
municipais.
1996
Dados do Relatório
sobre Desenvolvimento Mundial (Banco
Mundial, 1996) revelam que, no período
1983-1994, o Brasil encabeça a lista
de maior concentração de renda:
os 10% mais ricos se apropriam de 51 % da
renda nacional
1996
Vêm a público notícias
sobre a continuação da espionagem
política por pessoas ligadas ao extinto
SNI e ao CIE.
1996
1º turno das eleições
municipais.
1996
Comissão dos Mortos e Desaparecidos
responsabiliza União pelas mortes
de Lamarca, Marighella
e Barreto.
1996
CJP/SP e demais entidades de defesa lançam
campanha para que o Brasil reconheça
a competência da Corte
lnteramericana de Direitos Humanos.
1996
Poder Executivo encaminhará mensagem
ao Congresso a 7 de setembro de 1998 para
reconhecimento da Corte.
1996
Conferência
sobre Assentamentos Humanos, Habitat II,
em Istambul.
1996
Apresentação do Plano
Nacional de Direitos Humanos, sob a
coordenação de José
Gregori, então chefe de gabinete
do Ministério da Justiça,
e por Paulo
Sérgio Pinheiro.
1996
Aprovada indenização para
a família de Manoel
Fiel Filho, morto do DOI-CODI em 1976.
1996
A Justiça de São Paulo inocenta
parte dos policiais do Massacre
do Carandiru e não cobra responsabilidade
nem do governador Fleury, nem do secretário
de Segurança, Pedro Franco de Campos.
1996 Massacre
de Eldorado dos Carajás (PA).
1996
A PM do Estado mata 19 militantes do MST
que defendiam seu direito à terra
e deixa 69 feridos.
1996
O governador Almir Gabriel (PSDB) não
assume a responsabilidade pela sua polícia.
Doze anos depois, ninguém ainda fora
punido.
1996
A privatização avança;
venda da Light, com amplos protestos.
1995
1995 É inaugurado o BBS
Direitos Humanos e Cultura, embrião
da DHnet Rede Direitos Humanos e Cultura
1995
É criada a Rede Brasileira de Educação
em Direitos Humanos
1995
Governo
reconhece a morte de “pessoas desaparecidas
em razão de participação
ou acusação de participação
em atividades políticas no período
de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto
de 1979”, por meio da Lei 9.140, de
4/12/1995. Mais tarde, o período
seria ampliado até 5/10/1988, para
reconhecimento de desaparecidos (Lei 10.536,
14/08/2002). Ministério da Justiça
instala a Comissão de Mortos e Desaparecidos
Políticos, criada pela Lei 9.140/95.
1995
Senado aprova fim do monopólio estatal
do petróleo, logo sancionado pelo
presidente FHC. Governo
brasileiro ratifica a Convenção
lnteramericana para Prevenir, Punir e Erradicar
a Violência contra a Mulher.
1995
IV
Conferência Mundial da ONU sobre a
Mulher, em Beijing.
1995
Conferência
Geral da Unesco afirma o compromisso em
dar prioridade à educação
de crianças, adolescentes e jovens
face às formas de intolerância,
racismo e xenofobia.
1995
Massacre em Corumbiara
(RO): na Fazenda Santa Elina, em conflito
com centenas de famílias de trabalhadores
sem terra, a PM mata 16 (incluindo uma menina
de 07 anos), deixa centenas de feridos (à
bala, espancados e torturados) e prende
os demais. O governador em exercício
é Valdir Raupp, do PMDB.
1995
O governo brasileiro é condenado
pela Corte
Interamericana de Direitos Humanos da OEA.
1995
Morre o sociólogo e deputado federal
Florestan Fernandes, em São Paulo.
1995
Governo conclui lista
de desaparecidos durante o regime militar
e reconhece a morte de 136 opositores.
1995
O presidente FHC exonera, a pedido de entidades
de Direitos Humanos e do próprio
governo britânico, o adido militar
da embaixada brasileira em Londres, coronel
Armando Avólio Filho, acusado de
ter sido torturador de presos políticos.
1995
Greve nacional dos petroleiros é
violentamente reprimida.
1995
Proibição
da pena de morte: pelo decreto legislativo
n° 56, de 19/4/95
1995
Brasil aprova o protocolo
adicional à Convenção
Americana de Direitos Humanos sobre o assunto.
1995
Fundação, em São Paulo,
da Rede Brasileira
de Educação em Direitos Humanos,
inicialmente presidida por Margarida Genevois,
que, junto com Maria
Victoria Benevides, se licencia da CJP,
permanecendo em seu Conselho.
1995
Criação da Ouvidoria
de Polícia do Estado de São
Paulo. Belisário dos Santos Jr.
assume a Secretaria da Justiça e
Defesa da Cidadania do Estado (onde ficará
até 2002).
1995
Criação da Comissão
Permanente de Direitos Humanos na Câmara
Federal, sob a coordenação
do deputado Nilmário Miranda, ex-preso
político.
http://www.dhnet.org.br/4legis/br/cdhcf/index.html
http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/nilmario/index.html
1995 Realização da III
Conferência Mundial sobre a Mulher
da ONU.
1994
1994 Lançamento
O Dossier dos Mortos e Desaparecidos Políticos
Brasil
1994 Crise do México desencadeia
fase de instabilidade econômica junto
aos “mercados emergentes”. Brasil
e Argentina são especialmente atingidos
pelo chamado “efeito tequila”.
1994
Fernando Henrique Cardoso é eleito
presidente (54,3%), derrotando Lula (27%).
A soma dos votos brancos e nulos supera
todos os outros candidatos.
1994
Conferência
Internacional sobre População
e Desenvolvimento, celebrada no Cairo (Egito),
confirma a Declaração
de Viena e consagra um plano de ação
como “Agenda Social” da ONU.
1994
Primeiro “Grito dos Excluídos”,
com apoio da CNBB
1994
“Convenção
Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar
a Violência contra a Mulher”
adotada em Belém do Pará,
Brasil, em 9 de junho de 1994, a ter vigência
a partir de março de 1995.
1994
Medida Provisória n° 542 institui
o Real como a nova moeda, a partir do dia
10 de julho. O Banco Central estabeleceu
que a unidade do Real valeria Cr$ 2.750.
1994
Assembléia Geral da ONU institui
a Década
da Educação em Direitos Humanos
(de 10 de janeiro de 1994 a 31 de dezembro
de 2004).
1994
CJP/SP participa da campanha “Nenhuma
Criança Fora da Escola”, juntamente
com a OAB, a Apeoesp e cerca de 50 entidades,
em torno do educador Paulo
Freire.
1994 O Conselho Estadual de Educação
do Rio de Janeiro aprova uma recomendação
de que o Tupi (nestas alturas, uma língua
morta) fosse incluído no ensino do
segundo grau. Não se fará,
pela falta de professores.
1993
1993
A inflação medida pela Fundação
Getúlio Vargas no ano de 1993 registra
recorde histórico: 2.567,46%. PIB
tem crescimento de 4,96% em relação
a 1992.
1993
Justiça confirma o impedimento de
Collor.
1993
Em Belo Horizonte, congresso com 950 delegados
de 22 Estados funda a Central de Movimentos
Populares (CMP). Instalada a CPI para investigar
denúncias de desvio de dinheiro das
emendas parlamentares ao Orçamento
da União.
1993
Massacre da Candelária: 08 crianças
assassinadas por um esquadrão da
morte, quando dormiam na praça da
Igreja, no Rio de Janeiro. As investigações
logo apontam indícios do envolvimento
de policiais. Somente três foram julgados
e condenados anos depois. Três foram
absolvidos.
1993
O presidente Itamar condecora o coronel
da reserva Dalmo
Muniz Cyrillo, apontado por entidades de
direitos humanos como torturador e assassino.
http://www.dhnet.org.br/perly/livros/resistencia/index.htm
1993
O presidente nomeia para a SAE outro torturador
denunciado no livro
Brasil: nunca mais, Monso Antonio Marcondes.
1993 II
Conferência Mundial de Direitos Humanos,
realizada em Viena, aprova a declaração
que define os Direitos Humanos como interdependentes,
indivisíveis e irremovíveis;
consagra a democracia como o regime político
que melhor protege e promove os Direitos
Humanos.
1993
O Congresso Internacional sobre Educação
em Prol dos Direitos Humanos e da Democracia
institui o Plano
Mundial de Ação para a Educação
em Direitos Humanos.
1993
Plebiscito no Brasil: vence opção
por República e por Presidencialismo.
1993
Em Garanhuns (PE) tem início a “Caravana
da Cidadania” em preparação
à campanha Lula Presidente.
1993
Manifestantes protestam na Bolsa de Valores
do Rio de Janeiro contra o leilão
de privatização da Companhia
Siderúrgica Nacional.
1993
O sociólogo Herbert
de Souza, o Betinho, lança a
Ação da Cidadania contra a
Miséria e pela Vida.
1993
Câmara dos Deputados aprova pela primeira
vez a criação do Imposto Provisório
sobre Movimentação Financeira
(IPMF). A arrecadação ajudaria
o governo a equilibrar as contas públicas.
1992
1992 VII Encontro
Nacional do Movimento Nacional de Direitos
Humanos MNDH
Brasília DF
1992
Sem qualquer perspectiva de reverter o seu
afastamento da Pre¬sidência, Collor
envia carta de renúncia ao Senado
Federal. O Senado aprova o impe-achment
por 76 votos a 03. O ex-presidente perde
o direito de concorrer em eleições
e ocupar cargos públicos até
2000.
1992
Adesão do Brasil à Convenção
Americana de Direitos Humanos, o “Pacto
de San José”, negado pelo
governo brasileiro desde a década
de 1960.
1992
O segundo turno das eleições
municipais consolida a queda dos partidos
que apoiaram o governo Collor.
1992
Assume, interinamente, o vice-presidente
Itamar Franco (PMDB). A for-mação
de seu ministério inclui PMDB, PDT,
PFL, PSDB e PTB.
1992
Massacre
no Carandiru (SP): a polícia
militar executa 111 prisioneiros, deixando
outros tantos feridos.
1992
A Associação Brasileira de
Imprensa e a Ordem de Advogados do Brasil
(representadas por Barbosa
Lima Sobrinho e Evandro
Lins e Silva) encaminham ao presidente
da Câmara dos Deputados o pedido de
cassação do mandato de Collor.
1992
O presidente é afastado do cargo
para ser julgado pelo Senado.
1992
Milhares de manifestantes vestidos de preto
saem às ruas contra Collor (ele havia
conclamado, pela televisão, que todos
vestissem verde e amarelo). Até os
cachorros saem com panos pretos.
1992
Barbosa
Lima Sobrinho, o decano da ABI, é
escolhido para pedir o impeachment de Collor,
representando o povo brasileiro. Amplas
manifestações de rua. Os estudantes
são os “caras-pintadas”.
1992
Os dois pactos internacionais complementares
à Declaração de Direitos
do Homem de 1948 - o de Direitos
Civis e Políticos e o de Direitos
Econômicos, Sociais e Culturais,
de 1966 (ONU) -, são finalmente ratificados
pelo Brasil pelo decreto n° 592, de
6/7/1992.
1992 Dom
Paulo Evaristo Arns reza missa na Sé
diante das urnas com ossadas de presos políticos
mortos pela repressão militar.
1992
Assinada a Convenção sobre
a Diversidade Biológica, durante
a Conferência
sobre o Meio Ambiente Humano, no Rio de
Janeiro, a ECO-92.
1992
No Brasil, foi promulgada pelo Decreto n°
2.519, de 16/3/98. “Vigília
pela Ética”, organizada por
CNBB, CJP, CUT, CONTAG e mais 200 entidades,
130 deputados e 10 senadores.
1992
O Congresso Nacional, sob forte pressão
popular, instaura uma Comissão Par¬lamentar
de Inquérito (CPI) para apurar as
denúncias de Pedro Collor contra
Paulo César Farias, tesoureiro da
campanha presidencial de Fernando Collor.
1992 Assume o poder o Vice-presidente Itamar
Franco.
1991
1991 III Encontro
Inter-Regional do Movimento Nacional de
Direitos Humanos MNDH
1991
Homologada a demarcação de
22 áreas indígenas. Governo
reduz tarifas sobre produtos estrangeiros.
Medida causa aumento das importações,
quebradeira na indústria nacional
e problemas na balança comercial
do País.
1991
Criação do CONDEPE
Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa
Humana em São Paulo; Lei n°
7.576, de 27/11/91.
1991
Primeira privatização de estatais
do País, com a venda da siderúrgica
Usiminas.
1991
Criação do Conselho Nacional
de Defesa dos Direitos da Criança
e do Adolescente CONANDA, pela Lei Federal
n° 8.242, dia 12. Entrará em
atividade em 1993.
1991
Fundação da Associação
Juízes para a Democracia.
1991
Conselho Monetário Nacional abre
a Bolsa de Valores de São Paulo para
investimentos em moeda estrangeira.
1991
Assassinato de João de Aquino, presidente
do Sindicato dos Trabalhadores de Nova Iguaçu
(RJ).
1991
Código
de Defesa do Consumidor entra em vigor.
1991
Caravana organizada para encontrar os restos
mortais do médico João Carlos
Haas, desaparecido na Guerrilha de Araguaia,
chega a Araguaína, com participação
da CJP de São Paulo.
1991
Convenção
contra a Tortura, aprovada pela ONU
em 1984, é promulgada no Brasil pelo
Decreto n° 40, de 15/2/1991 (gestão
do chanceler Celso Lafer, aquele que tirou
os sapatos na EUA).
1991
Plano Collor 2, congela preços e
salários e impõe aumento de
tarifas públicas em até 60%.
A aprovação popular ao presidente,
que era de 64% na época de sua posse,
cai para 22%.
1990
1990 VI Encontro
Nacional do Movimento Nacional de Direitos
Humanos MNDH
Vargem Grande-SP
1990 Estatuto
da Criança e do Adolescente
1990
Descoberta
de valas clandestinas no cemitério
de Perus, São Paulo, que poderiam
conter ossadas de presos políticos.
A CJP/SP apoia a iniciativa da prefeita
Erundina de investigar o caso.
1990
CJP-SP participa ativamente da elaboração
de projeto de lei de criação
do Conselho
Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa
Humana CONDEPE.
1990
Durante todo o ano, a CJP/SP participa de
debates contra a proposta de plebiscito
sobre a pena
de morte (Câmara dos Deputados,
Brasília).
1990
CJP publica o livreto A força do
povo, um tipo de cartilha sobre a participação
popular.
1990
Convenção
sobre Proteção dos Direitos
de Todos os Trabalhadores Migrantes e suas
famílias.
1990
O ano se encerra com a pior recessão
econômica desde 1981: queda de 4,3%
do PIB. Segundo o IBGE, a renda per capita
do brasileiro caiu 5,3% na década
de 1980.
1990
Ao longo do ano, o governo Collor extingue
24 órgãos governamentais e
estatais, como a Fundação
Nacional de Arte (Funarte) e a EMBRAFILME.
1990
Pesquisa do Núcleo
de Estudos da Violência, da USP,
revela: só nesse ano em São
Paulo, 994 crianças e jovens morreram
vítimas de assassinatos, ou seja,
2,7 mortes por dia.
1990
Convenção
sobre os Direitos da Criança,
de 1989, é promulgada no Brasil pelo
decreto n° 99.710.
1990
Eleições gerais no Brasil:
governos estaduais e Assembléias,
Senado,Câmara de Deputados.
1990
Instituição do Estatuto
da Criança e do Adolescente ECA.
1990
Primeira ocupação de terras
pelo MST (700 famílias) no Pontal
de Paranapanema.
1990
Repressão, despejo, ação
policial e de fazendeiros, acampamento na
beira da estrada.
1990
Irmã Filomena Lopes Filha, “apóstola
das favelas”, assassinada em Nova
Iguaçu (RJ).
1990
Congresso aprova o Plano Collor, que inclui
o confisco das poupanças.
1990
Inflação cai para 7,87%, mas
recessão faz produção
industrial cair 25,7%.
1990
Collor confisca a poupança e contas
correntes; são aproximadamente US$
85 bilhões, ou seja, dois terços
do montante de dinheiro em circulação
no País, dia 15.
1990
Extinção do SNI por medida
provisória.
1990
Grande parte do arquivo vai para o CIE,
do Exército.
1990
Criada a SAE, Secretaria de Assuntos Estratégicos.
^
Subir
Década
de 1980 – Século 20
1989
1989 II Encontro
Inter-Regional do MNDH Movimento Nacional
de Direitos Humanos
1989
Collor é eleito presidente da República
com 35 milhões de votos (42,7%).
Lula obtém 31,1 milhões (37,9%).
1989
Após
16 anos de ditadura, chilenos elegem o civil
Patrício Aylvin.
1989
O padre francês Gabriel Maire, defensor
dos trabalhadores explorados, é assassinado
em Vitória ES.
1989
Final do ano: inflação recorde
no Brasil, 764,86%.
1989
Queda do Muro de Berlim.
1989
Decreto n° 678 do governo brasileiro
ratifica a Convenção
lnteramericana para Prevenir e Punir a Tortura,
em espera desde 1985.
1989
Na capital paulista, seqüestro do empresário
Abílio Diniz, às vésperas
do 2° turno das eleições
presidenciais, é aproveitado para
responsabilizar a militância do PT.
Dom
Paulo Arns ajuda nas negociações
para a libertação e é
bem sucedido. Lula e Collor vão ao
2° turno.
1989
Valdício Barbosa dos Santos, sindicalista
rural de Pedro Canário (ES), é
assassinado.
1989
Massacre dos estudantes na Praça
da Paz Celestial, em Pequim.
1989
Após grande apoio da mídia,
o governador de Alagoas, Fernando Collor,
torna-se conhecido como “Caçador
de Marajás”. Para a elite conservadora,
passa a ser o “anti-Brizula”,
em referência a Leonel Brizola, do
PDT, e Luiz lnácio Lula da Silva,
do PT.
1989
Medida Provisória fixa índices
de reposição para os salários
e institui novas regras para aumento de
preços; início do fracasso
do Plano Verão. Ministro da Fazenda
reconhece que o Estado brasileiro atravessa
“a pior crise de sua história”.
1989
É lançado livro da CJP São
Paulo: trabalhar e viver, organizado por
Vinícius Caldeira Brant
1989
Golpe militar derruba o ditador
Stroessner no Paraguai.
1989
Posse de Luiza Erundina, prefeita eleita
de São Paulo; conta com apoio de
vários membros da CJP; Dalmo
Dallari e Hélio
Bicudo assumem cargos no governo.
1989
Sarney lança o Plano Verão.
1989
Anistia
Internacional pede investigação
pela morte de Chico
Mendes.
1989 Apoiada pela Constituição,
que outorga às sociedades indígenas
o direito ao uso de suas línguas
maternas, a Constituição do
Estado de Santa Catarina estabelece "O
ensino fundamental regular será ministrado
em Língua Portuguesa, assegurada
às comunidades indígenas também
a utilização de suas línguas
maternas e processos próprios de
aprendizagem" (Artigo 164, parágrafo
2). Isto supõe uma educação
bilíngüe, com sistemas diferenciados,
se bem é aplicável somente
às comunidades indígenas.
Guarani
1988
1988 V Encontro
Nacional do Movimento Nacional de Direitos
Humanos MNDH
Goiânia GO
1988
Nova
Constituição Brasileira,
É promulgada a chamada “Constituição
cidadã”.
1988 Francisco Alves Mendes, o Chico
Mendes, 44 anos, é assassinado
em Xapuri, Acre.
1988
Exército invade a Companhia Siderúrgica
Nacional; repressão violenta resulta
em três operários mortos.
1988
Eleições Municipais: oposição
(PT/PDT) ganha nas principais capitais;
PT elege o prefeito de três capitais,
São Paulo, Porto Alegre e Vitória.
1988
Assassinato do diri¬gente da CUT Nativo
da Natividade de Oliveira, em Goiás,
dia 23.
1988
Novo plebiscito no Chile derrota o ditador
Pinochet.
1988
O Conselho Superior de Censura passa a ser
denominado Conselho de Defesa da Liberdade
de Criação e Expressão.
1988
Anistia
Internacional denuncia que mil assassinatos
por questões agrárias no Brasil
continuam impunes.
1988
CJP/SP participa da organização
da “Semana Gandhi de Não-Violência”,
na Facul¬dade de direitos de USP.
1988
Fundação do PSDB em Brasília,
com apoio de alguns membros da CJP/SP, como
José
Carlos Dias, Belisário
dos Santos, José
Gregori e Luiz Antonio Alves de Souza.
1988
O movimento negro contesta os festejos oficiais
do centenário da Lei
Áurea.
1988
Morte do psicanalista e escritor Hélio
Pellegrino, militante de direitos humanos.
1988
Ato público na Praça da Sé
(SP), para denunciar o massacre em Serra
Pelada.
1988
Criação da Comissão
Teotônio Vilela, em São
Paulo.
1988
Congresso Nacional aprova prorrogação
por um ano do mandato do presidente José
Sarney. Concessões de radiodifusão
e verbas da União são liberadas
para diversos políticos aliados do
presidente.
1988
Morte de Henfil, companheiro das lutas contra
a ditadura, em decorrência de doença
provocada por transfusão de sangue
contaminado com HIV.
1988 Aprovação
de nova Constituição do Brasil.
1987
1987 I Encontro
Inter-Regional do Movimento Nacional de
Direitos Humanos MNDH
Viçosa MG
1987
Mais de 70 garimpeiros de Serra Pelada,
em Marabá, atacados pela Polícia
Militar são baleados, caem na água
e desaparecem na ponte sobre o rio
Tocantins; 133 mortos na rodovia PA-150.
1987
Padre
Ricardo Rezende acusa UDR de tramar
o assassinato de 65 pes-soas no Pará;
nos últimos vinte anos, a CPT registra
650 mortes na luta pela terra, só
no Pará. 106 famílias de sem-terra
ocupam fazendas em vários pontos
do RS.
1987
20 cidades baianas em estado de calamidade
pública pelo flagelo da seca.
1987
PT lança Lula candidato à
Presidência da República.
1987
Morre, executado pela polícia paulista,
Fernando Ramos da Silva, o ator do filme
“Pixote”, supostamen¬te
depois de um assalto frustrado.
1987
Dois mil manifestantes levam à Constituinte
diversos projetos de emenda popular.
1987
É assassinado no Pará, a mando
de fazendeiros, o advogado (e ex-deputado
do PCdoB) Paulo
Fonteles.
1987
Após fracasso do Plano Cruzado, inflação
atinge 26% em um mês.
1987
No Rio de Janeiro, manifestantes vaiam e
depredam ônibus com o presidente Sarney,
no centro da cidade.
1987
Vicente Cañas, 46 anos, jesuíta
protetor dos índios e de suas reservas
no norte de Mato Grosso, é assassinado.
1987
Bancários paralisam atividades em
todo o Brasil por mais de uma semana; greve
reafirma força da categoria e importância
da mobilização.
1987
União é responsabilizada pela
morte do operário Manoel Fiel Filho.
1987
Greve na Companhia Siderúrgica Nacional
envolve 24 mil operários.
1987
Instalado em Brasília o Congresso
Constituinte.
1987
O presidente Sarney anuncia, pela televisão,
a moratória unilateral da dívida
externa.
1986
1986 IV Encontro
Nacional do Movimento Nacional de Direitos
Humanos MNDH
Olinda PE
1986
CJP/SP e demais entidades organizam o seminário
“Educação
em Direitos Humanos”, em Recife,
com apoio do Instituto Internacional de
Direitos Humanos
1986
Brasil recebe refugiados do Chile.
1986
PMDB ganha em todo o País, com a
propaganda do Plano Cruzado. Eleição
única para o Congresso e a Constituinte.
O PMDB faz todos os governadores brasileiros,
menos o de Sergipe. O partido passou a ser
responsável por 54% das cadeiras
do Congresso que instalaria a Assembléia
Nacional Constituinte.
1986
Presidente Sarney anuncia Plano Cruzado
II, logo depois da vitória, o que
provoca denúncias de “este¬lionato
eleitoral”; reação hostil
da sociedade é imediata.
1986
Vilmar José de Castro, jovem agente
de pastoral e militante das causas da terra,
assassinado em Caçu, Goiás,
pela UDR.
1986
Maurício Mariglio, missionário,
é assassinado.
1986
O Jornal do Brasil publica na primeira página
manchete sobre as confissões e denúncias
do psicanalista Amilcar
Lobo, “ajudante” de tortura
nos órgãos da repressão.
1986
Depoimento de Dom
Paulo Arns (apenas por escrito) sobre
programa de rádio de Afanásio
Jazadji contra os direitos humanos e seus
defensores.
1986
Para complementar o Plano Cruzado, José
Sarney lança um Plano de Metas: elevação
do imposto de renda para aplicações
financeiras de curto prazo, isenção
para investidores estrangeiros que aplicassem
nas bolsas brasileiras, empréstimo
compulsório na compra de automóveis,
gasolina ou álcool combustível.
1986
Belisário dos Santos Jr. apresenta
substitutivo à Lei dos Estrangeiros.
1986
Assassinato do Padre
Josimo Morais Tavares, da Pastoral da
Terra, em Imperatriz MA.
1986
Anteprojeto da Lei de Estrangeiros é
publicado no Diário Oficial da União.
1986
Anteprojeto de Constituição
de Fábio
Konder Comparato é entregue ao
Partido dos Trabalhadores (que o apresentará
ao Congresso, com algumas mudanças)
e a íntegra será publicada
com o título Muda Brasil: uma Constituição
para o desenvolvimento democrático,
Ed. Brasiliense.
1986
Primeiros resultados do Plano Cruzado: deflação
pela primeira vez desde a década
de 1930; explosão do consumo; escassez
de produtos essenciais; e redução
do superávit da balança comercial.
1986
Plenário Pró-Participação
Popular na Constituinte começa a
realizar plenárias pelo Brasil.
1986
Criada a Central Geral dos Trabalhadores
CGT.
1986
Presidente Sarney anuncia Plano Cruzado,
dia 28.
1986
CJP-SP passa a ser a agência do ACNUR
(Alto Comissariado das Nações
Unidas para Refugiados) em São Paulo.
1985
1985 Lançamento
livro Projeto Brasil: Nunca Mais
1985
Lançamento
livro Projeto Brasil: Nunca Mais –
Veja a Versão Integral Arquidiocese
de São Paulo lança o livro,
primeiro levantamento sistemático
da repressão, listando as vítimas
da repressão e os nomes de 444 torturadores.
1985
O líder sindical rural João
Canuto e seus filhos são assassinados
em Rio Maria PA. Brasil será condenado
pela Comissão de Direitos Humanos
da OEA.
1985 Primeiras eleições diretas
para prefeituras; o PMDB vence na maioria
das 23 capitais brasileiras; Jânio
Quadros derrota Fernando Henrique Cardoso
e Eduardo Matarazzo Suplicy em São
Paulo.
1985
Fundação
do grupo Tortura Nunca Mais, no Rio de Janeiro.
1985
Ezequiel Ramin, missionário defensor
de posseiros em Cacoal (RO), é assassinado,
dia 24.
1985
Greve geral dos bancários (700 mil).
1985
Criada a Delegacia de Defesa da Mulher,
em São Paulo.
1985
A atriz e deputada federal Bete
Mendes, como integrante de comitiva
do presidente Sarney, reconhece e denuncia
o coronel Brilhante Ustra, então
adido militar no Uruguai, como torturador.
1985
Fernando Haddad (presidente do Centro Acadêmico
11 de Agosto) leu, na Câmara Municipal
a Carta
dos brasileiros ao presidente da República
e ao Congresso Nacional, de autoria
do professor Goffredo Telles Jr.
1985
Ato público do Plenário Pró-Participação
Popular na Constituinte, no Largo de São
Francisco; 130 entidades se manifestam pela
convocação de Assembléia
Nacional Constituinte independente do Congresso
Nacional e presidida por Goffredo Telles
Jr.
1985
José Sarney envia emenda constitucional
que convoca o Congresso Constituinte. Proposta
será votada em novembro.
1985
Congresso aprova o chamado “Emendão”.
1985
Voto dos analfabetos, legalização
dos partidos comunistas e eleições
diretas em todos os níveis, liberdade
para a criação de partidos
e coligações.
1985
Primeiro Plano Nacional de Reforma Agrária;
o texto registra a existência de mais
de 10 milhões de trabalhadores rurais
sem terra, ao lado da monstruosa concentração,
inclusive de áreas não exploradas.
1985
Após 38 dias de agonia e sete cirurgias,
morre Tancredo Neves, aos 75 anos. Os funerais
reúnem dois milhões em São
Paulo, Brasília, Belo Horizonte e
São João Del Rey (MG),
1985
Metalúrgicos da Grande São
Paulo e interior do Estado fazem greve.
1985
Assassinada Irmã Adelaide, militante
da Comissão Pastoral da Terra, em
Eldorado dos Carajás (PA).
1985
O vice-presidente eleito, José Sarney,
toma posse devido à hospitalização
de Tan¬credo.
1985
Governo reabilita 164 sindicalistas, entre
eles Lula, punidos pela ditadura.
1985
Sarney envia ao Congresso projeto de lei
que devolve autonomia a 31 municípios
classificados como áreas de segurança
nacional, que não podiam eleger prefeito.
1985
Colégio Eleitoral elege Tancredo
Neves presidente do Brasil, com 480 votos.
1985
Publicação do livro Acidentes
de trabalho: uma forma de violência,
CJP/SP
19851985
O Colégio Eleitoral elege Tancredo
Neves com 480 votos, contra 180 para Maluf,
e 26 abstenções.
19851985
Morre o presidente Tancredo Neves.
1985
Aprovado, pelo Congresso, emenda constitucional
que estabelece eleições diretas
para a Presidência da República
e prefeituras, estende o voto aos analfabetos
e legaliza os partidos comunistas.
1985
Sarney assina convocação da
Constituinte,
que iria funcionar a partir de 01/02/87.
1984
1984 III
Encontro Nacional do Movimento Nacional
de Direitos Humanos MNDH
Vitória ES
1984
Eleições gerais põem
fim a 11 anos de ditadura
no Uruguai. Sanguinetti é eleito.
1984
Eloy Ferreira da Silva, líder sindical,
é morto em São Francisco (MG).
1984
Ato do PT reúne mil pessoas contra
a eleição via Colégio
Eleitoral, em São Paulo. Seguem-se
atos no Rio, Santa Catarina, Minas Gerais
e Goiás.
1984
Atentado à sede da Anistia
Internacional (órgão consultivo
da ONU fundado em 1961), em São Paulo;
na ocasião, a AI liderava campanha
mundial pela abolição da tortura;
CJP reivindica explicações
da Polícia Federal e do delegado
Romeu Tuma.
1984
A Câmara dos Deputados aprova nova
redação do Código
Civil, que prevê a igualdade de
gênero.
1984
Greve de dez mil bóias-frias dá
início a três meses de lutas
nas áreas da cana-de-açúcar
e laranja, em São Paulo e Minas Gerais.
Protestos terminam com grande parte das
reivindicações atendidas.
1984
Paralisação de professores
das universidades federais.
1984
CJP/SP realiza 2º Tribunal Tiradentes
contra o Colégio Eleitoral.
1984
Cerca de 1 milhão no comício
das Diretas Já na Candelária,
Rio de Janeiro, dia 10. Comício pró-Diretas
reúne 250 mil pessoas em Goiânia.
A oito dias da votação das
Diretas, Figueiredo decreta estado de emergência
no Distrito Federal. Um milhão de
pessoas no comício pelas Diretas
Já em São Paulo.
1984
Folheto da CJP-SP em defesa de eleições
diretas é amplamente divulgado.
1984
Panelaço pelas Diretas nas principais
cidades do País.
1984
Canções de Chico Buarque e
Francis Hime, “Pelas Tabelas”
e “Vai Passar”, animam a campanha.
1984
Na Câmara Federal, faltaram 22 votos
para aprovação das Diretas
Já.
1984
Explode oleoduto em Vila Socó, Cubatão
(SP). CJP apoia movimento dos sobreviventes.
1984
Encontro nacional de quatro dias em Cascavel,
no Paraná, com 80 repre-sentantes
de 13 Estados, funda o Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem-Terra (MST).
1984
Trezentas mil pessoas no comício
das Diretas Já no Rio de Janeiro.
1984
Cerca de 300 mil pessoas realizam um comício
pelas Diretas Já na Praça
da Sé, em São Paulo.
1984
Comício reúne quase 1 milhão
pelas Diretas Já, na Candelária,
Rio de Janeiro.
1984
Mais de 1 milhão de pessoas ocupam
o Vale do Anhangabaú, em São
Paulo, pelas Diretas Já.
1984
Congresso Nacional rejeita a emenda Dante
de Oliveira, que previa eleições
diretas para a presidência.
1984
General Newton Cruz ordena cerco a uma passeata
de protesto dos estudantes da UnB, frustrados
com a derrota da emenda, e a invasão
da escola onde estudantes haviam se refugiado;
e prende o presidente da UNE.
1983
1983 II
Encontro Nacional do Movimento Nacional
de Direitos Humanos MNDH
Taboão da Serra SP
1983
Aprovada no Congresso Nacional nova versão
da Lei
de. Segurança Nacional, que reduz
as penas previstas nos seus artigos.
1983
O menino Joílson de Jesus, atendido
pela Pastoral, é morto a pontapés
no centro de São Paulo.
1983
Grande repercussão na Igreja e, no
outro extremo, nos setores hostis aos defensores
de direitos humanos.
1983
O secretário José
Carlos Dias (governo Montoro) cria o
Pró-Vítima, com apoio ostensivo
da CJP.
1983
O ano termina novamente com recessão
econômica. O PIB tem queda de 2,9%.
1983
CJP/SP participa da criação
da Associação Paulista de
Solidariedade no Desemprego, com apoio de
outras confissões religiosas.
1983
CJP/SP participa da organização
do comício por eleições
diretas na Praça Charles Miller (em
frente ao estádio do Pacaem¬bu,
em São Paulo).
1983
Ocorre também manifestação
contra a intervenção imperialista
na Nicarágua e na Guatemala.
1983
Assassinado em Manaus, o índio Mar¬çal
de Souza, que falara com o papa em 1980,
durante a visita pontifícia a SP.
1983
CJP/SP apoia e ajuda na luta dos desempregados
que, com suas famílias, acam¬pam
em frente à Assembléia Legislativa
de SP.
1983
Congresso com a presença de mais
de cinco mil delegados aprova a fundação
da Central Única dos Trabalhadores
(CUT).
1983
Assassinato de Margarida Maria Alves, presidente
do Sindicato de Trabalhadores Rurais, em
Alagoa Grande (PB). Abrir
1983
CJP/SP cria o Prêmio
Alceu Amoroso Lima de Direitos Humanos.
1983
Primeira greve geral nacional pós-64.
Êxito parcial, apesar do sindicalismo
encontrar-se dividido; forte repressão.
1983
Tribunal Federal de Recursos mantém
sentença que responsabiliza a União
pela morte de Vlado
Herzog.
1983
Acordo Geral sobre Tarifas e Preços
(GATT), embrião da Organização
Mundial do Comércio (OMC), publica
relatório sobre os países
mais onerados por dívidas externas:
Brasil lidera lista, seguido por México,
Coréia do Sul e Argentina.
1983
Trabalhadores rurais e posseiros protestam
na Transamazônica e Polícia
Militar prende bispo do Xingu, Dom
Erwin Krautler. CNBB publica nota de
repúdio.
1983
Passeata de desempregados no Largo 13 de
Maio, região Sul de São Paulo,
termina em saque de supermercado; ações
similares se estendem até o Rio.
Cinco mil desempregados fazem passeata de
9 km, da periferia sul de São Paulo
ao Palácio dos Bandeirantes; os mais
exaltados derrubam parte da cerca do Palácio
dos Bandeirantes.
1983
Governadores, senadores e depurados eleitos
tomam posse.
1983
Em São Paulo, José
Carlos Dias assume a Secretaria de Justiça,
onde ficará até 26/6/1986.
1983
Extinto o DEOPS de São Paulo. É
transferido para a Polícia Federal
o último titular do órgão,
Romeu Tuma.
1983
Em mensagem ao Congresso, Figueiredo pede
“trégua política”
para enfrentar crise econômica. PMDB
responde que aceita, desde que haja eleições
diretas e a convocação de
uma Assembléia Constituinte.
1983
Como em 1979, o Cruzeiro tem desvalorização
de 30%. FMI divulga apro-vação
do acordo com o governo brasileiro para
empréstimo de US$ 5,46 bilhões.
1983 Fundação da Central Única
dos Trabalhadores CUT.
1983 O deputado Dante de Oliveira (PMDB)
apresenta no Congresso Nacional emenda que
estabelece as eleições diretas
para Presidência da República.
1983
Carro-bomba explode no estacionamento do
jornal "O Estado de São Paulo".
1983
Manifestação pró-eleições
diretas reúne 10 mil pessoas na praça
Charles Muller, em São Paulo. No
mesma data morre o senador Teotônio
Vilela que, mesmo com câncer,
percorreu o país pregando a volta
da democracia. Diversos
1982
1982 I
Encontro Nacional do Movimento Nacional
de Direitos Humanos MNDH
Petrópolis RJ
1982 Fundação
do Movimento Nacional de Direitos Humanos
MNDH, pelo Frei Leonardo
Boff e o jornalista Dermi
Azevedo, entre outros
1982
Dados da Comissão Econômica
para a América Latina CEPAL, ligada
à ONU, confirmam que o ano foi o
pior para a região nos últimos
40 anos; altas taxas de inflação
e aumento da dívida externa dos países.
1982
Polícia reprime reunião com
91 membros do Partido Comunista Brasileiro
(PCB), em São Paulo. Enquadrados
na Lei de Segurança Nacional, sete
militantes tiveram prisão preventiva
decretada. Ação da polícia
gera protestos de Franco Montoro e de Dom
Paulo Arns.
1982
Eleições diretas (governadores,
senadores, deputados federais e estaduais).
Franco Montoro é eleito governador
em São Paulo.
1982
O governo revela que teve de recorrer ao
Fundo Monetário Internacional FMI.
O anúncio foi adiado, para não
pesar nas eleições.
1982
O PDS vence em 12 Estados, PMDB em nove
e PDT no Rio de Janeiro, com Leonel Brizola.
Todos os partidos de oposição
tiveram, somados, 08 milhões de votos
a mais que o PDS.
1982
Os generais Figueiredo e Alfredo
Stroessner, ditador paraguaio, inauguram
Itaipu, na época a maior usina hidrelétrica
do mundo.
1982
Edição falsificada de O São
Paulo trás texto apócrifo
de Dom
Paulo Arns
1982
O general Golbery demite-se da Casa Civil,
sendo substituído pelo advogado Leitão
de Abreu.
1982
Julgados e condenados Aristides Camio e
Francisco Gouriou, padres franceses, em
Belém PA. Repercussão do caso
ajuda na luta contra a LSN.
1982
DOPS gaúcho é o 1º a
ser extinto.
1982
Filme “Pra Frente Brasil”, de
Roberto Farias, é proibido; foi o
primeiro a mostrar o arbítrio e a
tortura nos anos 70. Em março de
1983, será premiado no Festival de
Berlim. Mais tarde, outros filmes abordariam
o tema, como “Feliz Ano Velho”
(1987) e “Dedé Mamata”
(1988).
1982
"Pra Frente, Brasil", filme de
Roberto Farias, é censurado por mostrar
tortura nos anos 70. Diversos
1982
Em novembro, ocorrem eleições
para governadores, senadores, prefeitos
e deputados federais e estaduais, exceto
nas áreas de segurança. Diversos
1981
1981 A
Bomba do Riocentro e a Farsa dos Militares
Brasileiros
Atentado no prédio
de convenções Riocentro
(RJ), durante show do Dia do Trabalho. Bomba
explode no colo de um militar, ainda no
carro. As apurações tentam
responsabilizar supostos “terroristas
de esquerda”. O caso desmoraliza em
profundidade a lenta abertura do general
Figueiredo. Militar sobrevivente será
condecorado (!).
1981
O PIB fecha o ano com retração
de 4,3%. Começa um ciclo de estagnação
da economia brasileira que perduraria por
quase toda a década.
1981
“Pacote Figueiredo” para as
eleições obriga a vinculação
total de votos, com lançamento de
candidatos próprios a todos os cargos,
e proíbe coligação
de partidos.
1981
Superior Tribunal Militar anula condenação
de sindicalistas do ABCD por greve em 1980.
1981
Superior Tribunal Militar arquiva IPM
do Riocentro após 04 meses de
investi¬gações; almirante
Júlio Bierrenbach vota contra e declara
que “a verdade permaneceu submissa”.
1981
Joaquim Neves Norte, advogado do Sindicato
dos Trabalhadores Rurais de Naviraí
(Paraná), é assassinado.
1981
Carta
Africana dos Direitos Humanos e dos Direitos
dos Povos adotada pela Organização
da Unidade Africana em Nairobi, Quênia.
Entrou em vigor apenas em 1986.
1981
O coronel Luís Antonio Prado Ribeiro,
nomeado para a presidência do IPM
do Riocentro, tem a coragem e a decência
de deixar o cargo, convicto sobre a farsa.
1981
A Polícia Federal apreende a edição
da Tribuna Operária sobre o Caso
Riocentro, devido à matéria
intitulada “Figueiredo engole a bomba”.
1981
Sindicalistas da greve do ABCD do ano anterior
são julgados e condenados pela Justiça
Militar a três anos de prisão.
1981
Sebastião Mearin, líder rural
no Pará, assassinado por grileiros.
1981
Série de artigos sobre a FEBEM, iniciada
com Iris Arié.
1981 É editada a Lei 6.938, que estabelece
a Política Nacional de Meio Ambiente.
1980
1980
5ª Vara Federal de São Paulo
responsabiliza a União pela morte
do operário Manoel Fiel Filho, no
DOI-CODI, em 1976. CJP/SP atua no caso com
os advogados Marco
Antônio Rodrigues Barbosa e Belisário
dos Santos Jr.
1980
O ano termina com inflação
de 110%. Elevação de 9,2%
do PIB, última grande alta do período
da Ditadura
Militar.
1980
Congresso aprova o voto direto para governadores
e parlamentares para as eleições
de 1982 e o fim dos senadores biônicos
para 1986.
1980
O legista Harry
Shibata, elaborador de laudos falsos
para a repressão em São Paulo
(inclusive no caso Vlado), é suspenso
pelo Conselho Regional de Medicina.
1980
O IV Tribunal Russel denuncia 14 casos de
violação de direitos humanos
contra os indígenas.
1980
Expulsão do País do padre
italiano Vito Miracapillo, que trabalhava
em Recife, por ordem do ditador Figueiredo
e por decisão do STF.
1980
Fundação do Centro
de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese
de São Paulo; Hélio
Bicudo e José Queiroz, seus coordenadores,
passam a trabalhar juntamente com a CJP/SP.
1980
O Nobel da Paz é concedido a Adolfo
Perez Esquivel, arquiteto argentino
militante dos direitos humanos que fora
encarcerado e torturado.
1980
Ato público no Tuca pela democracia
e contra atentados e ameaças a personalidades,
sindicatos e a bancas de jornal, reúne
CJP, ABI, UNE e mais 150 entidades.
1980
José Francisco dos Santos, presidente
do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Correntes (PB) é assassinado.
1980
Fórum de Debates sobre o Estatuto
dos Estrangeiros, realizado em Curitiba
pela CJP-PR e a Arquidiocese, com apoio
das demais CJPs e Movimentos de Direitos
Humanos. São Paulo.
1980
Manifesto em repúdio à visita
do ditador da Argentina general Rafael Videla
reúne dezenas de entidades de direitos
humanos. A mobilização também
apóia a indicação das
Mães da Praça de Maio para
o Prêmio Nobel da Paz de 1980.
1980
“Operação Cristal”,
da extrema direita, em atos de terrorismo
- uma carta-bomba explode na sede da OAB
federal, matando a secretária Lyda
Monteiro; outras bombas explodem no jornal
Tribuna Operária e na Câmara
Municipal.
1980
Assassinato do caseiro de Dom
Adriano Hipólito, bispo da Baixada
Fluminense, RJ.
1980
I Congresso Nacional dos Profissionais de
Educação.
1980
Seqüestro e espancamento de Dalmo
Dallari em São Paulo.
1980
Wilson de Souza Pinheiro, sindicalista e
defensor dos lavradores pobres, assassinado
em Brasiléia (AC).
1980
No bairro Freguesia do Ó (São
Paulo), polícia espanca manifestantes
durante a visita do governador Paulo Maluf.
1980
O papa João Paulo 2º chega ao
Brasil para uma visita de 12 dias, celebrando
missas em 13 capitais.
1980
CJP/SP denuncia a instalação
de usinas nucleares em São Paulo,
juntamente com cerca de 30 entidades.
1980
Começa a grande greve de 330 mil
metalúrgicos no ABC e mais 15 cidades
no Estado de São Paulo; em São
Bernardo, dura 41 dias; onze líderes
grevistas do ABCD, entre eles Lula, são
presos e enquadrados na Lei de Segurança
Nacional.
1980
Flávia
Schilling é libertada no Uruguai.
1980
Prisão de Lula, Dalmo
Dallari e José
Carlos Dias, em repressão à
greve.
1980
Missa Solene em solidariedade aos grevistas
de São Bernardo e Santo André,
com apoio da CJP/SP, que inicia um plantão
de apoio na Igreja Matriz de São
Bernardo.
1980
Cerca de 120 mil grevistas chegam à
Igreja Matriz de São Bernardo, que
já está ocu¬pada pela
Polícia Militar. Após horas
de tensão, o governo cede. Uma triunfal
passeata precede a manifestação
no estádio da Vila Euclides.
1980 A OAB, em Encontro Nacional em Manaus,
prega a Constituinte e rejeita “remendos”
constitucionais. Ato de desagravo a Dalmo
Dallari e José
Carlos Dias na OAB.
1980
Margarida
Genevois recebe a Ordre National du
Mérite, da França.
1980
Lula é libertado.
1980
Raimundo Ferreira Lima, o “Gringo”,
lavrador sindicalista, agente de pastoral,
é assassinado em Conceição
do Araguaia (PA).
1980
Missa rezada no acampamento Natalino (RS),
embrião do MST, contou com a presença
dos bispos Dom
Pedro Casaldáliga e Dom
Tomás Balduíno.
1980
Dom
Oscar Romero, arcebispo de San Salvador,
é assassinado durante a missa, quando
denunciava a repressão. Entre janeiro
e março de 1980, foram assassinados
mais de mil opositores do regime.
1980
Mil pessoas, entre sindicalistas, intelectuais,
líderes rurais e religiosos aprovam,
em reunião no Colégio Sion,
em São Paulo, o manifesto de fundação
do Partido dos Trabalhadores.
1980
O Tribunal Superior Eleitoral cancela os
registros da Arena e do MDB regulariza o
registro de seis novos partidos: Partido
do Movimento Democrático Brasileiro
(PMDB), Partido Popular (PP), Partido Democrático
Trabalhista (PDT), Partido Trabalhista Brasileiro
(PTB), Partido dos Trabalhadores (PT) e
Partido Democrático Social (PDS).
1980
Assembléia da CNBB divulga o documento
“Igreja e Problemas da Terra”,
em defesa da reforma agrária e dos
direitos das famílias do campo.
1980
Lançamento do livro Meninos de rua,
de Rosa Maria Fischer e equipe, resultado
de pesquisa encomendada pela CJP/SP ao CEDEC.
.
1980 Morre o ministro da Justiça
Petrônio Portella, o que compromete
os “entendimentos” com parte
da oposição (OAB, Igreja)
sobre a abertura. É substituído
por Ibrahim Abi-Ackel.
1980
Série de atentados à bomba,
promovidos por paramilitares de direita,
ocorrem durante ensaio da Escola de Samba
Acadêmicos do Salgueiro, onde haveria
ato de apoio à fundação
do PMDB. Outras bombas explodiriam também
na sede da OAB, causando a morte de uma
funcionária. Outras bombas ainda
são enviadas à Câmara
Municipal do Rio, e aos jornais "Tribuna
da Luta Operária" e "Tribuna
da Imprensa", no Rio, para a "Tribuna
de Vitória", e para o "Hora
do Povo" de São Paulo.
1980
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos
de São Bernardo e Diadema, Luiz Inácio
Lula da Silva e outros 10 dirigentes sindicais
são presos pelo Dops paulista com
base na LSN (Lei de Segurança Nacional).
1980
Aprovada no Congresso Nacional emenda constitucional
que estabelece eleições diretas
para os governadores de Estado e que acaba
com a nomeação de senadores
biônicos.
^
Subir
Década
de 1970 – Século 20
1979
1979 Em Salvador, o 2°
Congresso Nacional pela Anistia Ampla, Geral
e Irrestrita, com participação
das CJPs.
1979
O Congresso aprova a reforma partidária,
enviada pelo general Figueiredo no mês
anterior, é o fim da Arena e do MDB;
novos partidos podem ser criados.
1979
Semana do Menor, evento da CJP/SP e do Centro
de Estudos Especiais da PUC-SP,juntamente
com a ABI, a OAB e o Sindicato dos Jornalistas
SP,
1979
CJP-SP lança o “Prêmio
Vladimir Herzog de Direitos Humanos”.
A CJP fará parte do júri que
escolherá trabalhos jornalísticos
na defesa dos direitos humanos.
1979
A UNE realiza sua primeira eleição
direta, com 343 mil votantes.
1979
Num piquete na metalúrgica Sylvania,
em São Paulo, a Polícia Militar
mata a tiros o líder operário
católico Santo
Dias da Silva, de 37 anos. Mais de 10
mil pessoas protestam no enterro.
1979
Primeira ocupação de terra
no País (embrião do MST) em
Ronda Alta, RS.
1979
Guido Leão dos Santos, operário
morto pela repressão em MG.
1979
Come¬ça a mobilização
da primeira greve nos canaviais de Pernambuco
em 11 anos.
1979
Delfim Netto assume a secretaria de Planejamento
do governo federal, em substituição
a Mario Simonsen, e torna-se o “czar”
da economia.
1979
Ana Lagoa e Henri¬que Lago publicam
no Correio da Manhã que dois generais
e um coronel da repressão colocam
14 “desaparecidos” como mortos
pelos serviços secretos.
1979
O Congresso vota a “Lei
da Anistia” (nº 6.683), que
beneficia cerca de 4.500 presos políticos.
1979
A esquerda do MDB rejeita o caráter
recíproco e parcial da lei. Parte
dos presos políticos é libertada,
os exilados começam a retornar, os
clandestinos voltam à cena (mote
para a canção de João
Bosco e Aldir Blanc “O Bêbado
e o Equilibrista”).
1979
Denúncia, no Congresso Nacional,
da descoberta de restos mortais de alguns
presos políticos em sepulturas clandestinas;
entre eles, Luís
Eurico Tejera Lisboa, dado como desaparecido.
1979
CJP/SP une-se ao CBA para formalizar Assembléia
e trabalhos visando à Anistia.
1979
Cai
a ditadura de Somoza na Nicarágua,
vitória da Revolução
Sandinista
1979
Em Belo Horizonte, cerca de 80 mil trabalhadores
da construção civil fazem
greve. Numa das mobilizações,
cinqüenta pessoas ficam feridas e uma
morre.
1979
São Paulo: grande seminário
nacional sobre as perspectivas da abertura
política, realizado na PUC, com organização
conjunta do CEDEC e do CEBRAP.Foi publicado
um livro sobre o assunto: Direito, cidadania
e participação, Ed. T. A.
Queiróz.
1979
“1º de Maio Unificado”
em SP. Nas comemorações do
Dia do Trabalho, mais de 100 mil pessoas
se reúnem no estádio de Vila
Euclides, em São Bernardo, onde é
lançada a Carta de Princípios
do PT, com manifestações pela
Anistia.
1979
Revogada intervenção nos sindicatos
do ABC.
1979
Morre em acidente no mar o mais célebre
torturador da ditadura militar, Sérgio
Fleury. Fala-se em “queima de arquivo”.
1979
O Congresso rejeita emenda por eleições
diretas para governador, de autoria do se¬nador
Franco Montoro (MDB-SP).
1979
31º Congresso da UNE, em Salvador,
com a presença de dez mil estudantes,
é o primeiro desde Ibiúna
(SP), em 1968. Uma cadeira fica vazia: é
a de Honestino Guimarães, último
presidente da entidade, preso pela ditadura
em 1973 e dado por desaparecido.
1979
Dom
Ivo Lorscheider é eleito presidente
da CNBB.
1979
Por dois meses, ocorre uma intervenção
nos sindicatos metalúrgicos do ABCD
paulista. A greve continua, mas, a pedido
de Lula, a Assembléia em São
Bernardo do Campo, no estádio de
Vila Euclides, vota pelo fim da paralisação
1979
Escolhido pelo Colégio Eleitoral,
João Batista Figueiredo como o novo
ditador do regime
1979
Freira Madre Maurina denuncia ao general
Figueiredo, ter sido torturada pelo delegado
Fleury em São Paulo.
1979
No estádio do Morumbi, em São
Paulo, durante jogo entre Santos e Co-rinthians,
é aberta faixa pela Anistia Ampla,
Geral e Irrestrita, no meio da torcida corintiana.
1979
I Encontro Nacional do Movimento contra
o Custo de Vida [o qual incor-pora a reforma
agrária em suas lutas.
1979 Inicio do governo do ditador Figueiredo.
1979 Parlamentares cassados em janeiro de
1969, depois da edição do
AI-5, recuperam seus direitos políticos.
Entre eles, Mário Covas.
1979
O CBA-SP exibe, no estádio do Morumbi,
durante jogo entre Corinthians e Santos,
uma grande faixa com os dizeres "Anistia
ampla, geral e irrestrita", A faixa
é transmitida pelas redes de televisão,
e os jornais do dia seguinte circularam
com fotos.
1979
O senador Teotônio
Vilela, presidente da Comissão
Mista que analisava a questão da
Anistia, inicia visitas a presos políticos
em todo o país. Teotônio, que
pertencia à Arena, partido do Governo,
declarou, após essas visitas, não
haver encontrado nenhum perigoso terrorista,
mas apenas jovens idealistas, que haviam
lutado por suas convicções.
A comemoração do Primeiro
de Maio em S. Bernardo do Campo concentra
diversas manifestações pela
Anistia.
1979
Sancionada a Lei da Anistia (Lei Federal
6.683), que beneficia 4.650 pessoas entre
cassados, banidos, presos, exilados ou simplesmente
destituídos de seus empregos. Com
ela, podem voltar ao Brasil líderes
como Leonel Brizola, Miguel Arraes e Luis
Carlos Prestes, entre outros.
1979
Denunciado, no Congresso Nacional, a descoberta
dos restos mortais de alguns presos políticos
(entre eles Luis
Eurico Tejera Lisboa), dados como desaparecidos.
1979
Extintos a Arena e o MDB; podem ser criados
novos partidos.
1978
1978
Ato público do CBA-SP pela comemoração
dos 30 anos da Declaração
Universal dos Direitos Humanos
1978 Governo promulga decretos revogando
a maior parte dos “banimentos”,
na tentativa de desarticular movimento pela
anistia. Emenda Constitucional nº11
cria “Medidas de Emergência”
e “Estado de Emergência”,
muito mais concentradores do poder do que
o clássico Estado de Sítio.
A nova Lei de Segurança Nacional,
com penas mais brandas do que as previstas
na anterior, ainda faz parte do “entulho
autoritário”;
1978
Revogação do AI-5
e de outros atos da ditadura
1978
O
I Congresso Nacional pela Anistia é
realizado em São Paulo.
1978
O movimento negro elege a data da morte
de Zumbi como Dia Nacional da Consciência
Negra.
1978
Nas eleições para o Congresso
Nacional, Arena vence no total de representantes
eleitos, mas MDB vence no total de votos
no País.
1978
Lideranças cristãs, como Aurélio
Perez e Irma Passoni, são eleitos
deputados em São Paulo, com apoio
das comunidades de base e das pastorais.
1978
Eleição de Karol Wojtyla,
papa João Paulo II
1978
Reportagem de Fritz Utzeri e Heraldo Dias
apresenta dados convincentes que desmontam
a farsa oficial sobre o “desaparecimento”
do ex-deputado Rubens Paiva, na verdade
morto no DOI-CODI do Rio de Janeiro em 1971.
1978
Três anos depois da morte de Vladimir
Herzog, na 7ª Vara da Justiça
Federal de São Paulo, o juiz Márcio
José de Moraes derruba a tese do
suicídio, considerando imprestável
o laudo do legista Harry Shibata. A
União foi responsabilizada pela prisão,
tortura e morte do jornalista, dia 27.
1978
Portaria n° 3.337 do governo militar
reitera, em vão, a proibição
das articulações intersindicais.
1978
Os novos governadores são escolhidos
indiretamente.
1978
Comissão da CNBB elabora texto sobre
o negro e o racismo no Brasil. Dela nasceu,
inicialmente, o Grupo União e Consciência
Negra e, posteriormente, os Agentes da Pastoral
dos Negros.
1978
Associação dos Docentes da
USP ADUSP divulga o Livro
negro da USP, com relato dos expurgos
e perseguições a professores
e alunos.
1978
Greves na região do ABC paulista.
Dom
Paulo Arns, Dom Cláudio Hummes
e seus seguidores ajudam trabalhadores no
“Fundo de Greve”.
1978
CJP-SP emite nota apoiando grevistas. Igreja:
grande manifestação em São
Paulo, organizada pelo Movimento contra
a Carestia (liderado pelas mulheres e pelas
organizações de base da Igreja),
é reprimida com bombas e cavalaria.
Dom Paulo recebeu os manifestantes na Catedral.
1978
O MDB indica o general Euler Bentes e o
senador Paulo Brossard para as eleições
presidenciais, contra o candidato do regime.
1978
Fundado, em São Paulo, o Movimento
Negro Unificado Contra a Discriminação
Racial.
1978
Ato público reúne mais de
três mil pessoas nas escadarias do
Teatro Municipal.
1978
Acaba a censura prévia à imprensa,
que sufocou jornais como Opinião
e Movimento e fez O Estado de S. Paulo esgotar
os versos dos Lusíadas, que colocava
no lugar das matérias censuradas.
O Jornal da Tarde colocava receitas e letras
de samba.
1978
Maluf é escolhido pela Arena governador
biônico de São Paulo.
1978
Jornal Movimento, n° 155 - primeira
edição totalmente planejada
e executada sem censura - dá em manchete:
“Retrato falado de um torturador.
Vulgo: ‘Capitão Ubirajara’”.
1978
Após a criação, em
fevereiro, do Comitê
Brasileiro de Anistia (CBA) do Rio de
Janeiro, é a vez de o CBA ser formalmente
constituído em São Paulo.
1978
Em poucos meses, formam-se CBAs (Comitês
de Anistia) na maioria dos Estados, em cidades,
bairros, escolas e categorias profissionais.
1978
Explodem greves no ABC, São Paulo
(“Braços cruzados, máquinas
paradas”), são declaradas ilegais
pelo TRT.
1978
CJP denuncia atentado contra Helena
Grecco, presidente do Movimento Feminino
pela Anistia, núcleo de Minas Gerais.
1978
Presidente Jimmy Carter inicia visita ao
Brasil, interessado em denúncias
sobre direitos humanos. Familiares entregam
documento sobre desaparecidos.
1978
Dalmo
Dallari, em retorno ao Brasil de viagem
ao exterior, informa à imprensa que
10 mil exilados brasileiros estavam sem
perspectiva de repatriação.
1978
Criação do Comitê Brasileiro
pela Anistia, no Rio de Janeiro.
1978
Delega¬ção do Vaticano
vem ao Brasil apurar denúncias de
tortura.
1978
Geisel indica à Arena os nomes do
general João Figueiredo e de Aureliano
Chaves como candidatos para serem os novos
ditadores.
1978 Eclode uma grande greve no ABC em São
Paulo.
1978 Começa o movimento pela formação
do Comitê Brasileiro de Anistia (CBA),
para lutar pela anistia “Ampla, Geral
e Irrestrita”.
1978
Metalúrgicos da Scania, em São
Bernardo do Campo, iniciam a primeira greve
do país após o AI-5.
1978
Criados Comitês pela Anistia em São
Paulo, no Distrito Federal e outros estados.
1977
1977
Brasil adere à Convenção
da ONU relativa à proteção
do patrimônio mundial, cultural e
natural, de 1972, pelo Decreto 80.978,
de 12/12/1977.
1977
CJP/SP denuncia casos de brasileiros exilados
que não obtinham documentos nas embaixadas.
1977
Depois de 07 anos de silêncio, Dom
Helder Câmara faz um discurso
na Faculdade de Direito de Recife.
1977
O PIB do Brasil cresce 4,90/0 em 1977. A
dívida externa já chega a
US$ 32 bilhões, a maior do Terceiro
Mundo.
1977
O ano termina com registro de 214
casos de tortura de prisioneiros políticos.
1977
É criada, em Buenos Aires, a associação
Madres
de Ia Plaza de Mayo.
1977
Geisel demite o ministro do Exército,
Sylvio Frota, integrante da chamada “linha
dura”.
1977
Presos políticos denunciam tortura,
em carta amplamente divulgada pelo presidente
da OAB federal, Raymundo Faoro.
1977
Assassinato de Eugênio
Lyra Silva, advogado da Federação
dos Trabalhadores da Agricultura.
1977
O MDB inicia campanha
pró-Constituinte.
1977
A PUC de São Paulo é invadida
pela polícia, comandada pelo coronel
Erasmo Dias, em represália à
realização do III Encontro
Nacional de Estudantes, Ao final, centenas
de pessoas são presas e várias
ficam feridas.
1977
Amplas manifestações do Movimento
contra o Custo de Vida em São Paulo,
formado por mulheres e grupos de paróquias.
1977
O professor Goffredo Telles Junior lê,
no Pátio da Faculdade de Direito
da USP, a Carta aos brasileiros, “manifesto
de repúdio da ditadura e de exaltação
do Estado de Direito já”.
1977
O DEOPs-SP prende o escritor e cineasta
Renato Tapajós por causa do romance
Em câmera lenta, que aborda a ditadura
e a resistência. A CJP/SP participa
de sua defesa.
1977
O ditador Geisel edita o Ato Complementar
n° 104, que suspende o acesso dos partidos
políticos ao rádio e à
televisão.
1977
Mais de 2.500 jornalistas assinam manifesto
da ABI contra a censura.
1977
Criação do Clamor, para apoiar
os refugiados das ditaduras do Cone Sul,
instalado na Cúria, ao lado da CJP/SP.
1977
Geisel cassa o mandato do deputado federal
Alencar Furtado, líder da oposição,
que perde seus direitos políticos
por dez anos. O deputado denunciara, na
televisão, os “desaparecimentos”
e a criação, pela ditadura,
dos “órfãos e viúvas
do talvez e do quem sabe”.
1977
Lançamento do manifesto “Justiça
e Libertação”, na Igreja
da Penha, em SP , com repressão policial
em cima dos jovens, das mu¬lheres e
dos operários.
1977
A Universidade de Brasília UnB,é
ocupada pela Polícia Militar.
1977
O ministro da Justiça torna obrigatória
a censura prévia às publicações
vindas do exterior.
1977 Arcebispo de Diamantina (MG), Dom Geraldo
Sigaud, já bem conhecido por suas
posições ultrarreacionárias,
envia ao núncio apostólico
Dom Carmine Rocco um relatório sobre
a “opção pelo comunismo”
de grande número de bispos no Brasil.
Os alvos principais da denúncia são
os bispos Dom
Pedro Casaldáliga e Dom
Tomás Balduíno.
1977
Dom
Paulo Arns recebe o título de
doutor honoris causa da Universidade de
Notre Dame, juntamente com o presidente
norte-americano Jimmy Carter.
1977
Ato no Tuca com estudantes da PUC/SP e USP
contra prisão de operários
e em defesa dos presos políticos
e da anistia.
1977
“Dia Nacional da Luta”: manifestações
de estudantes em São Paulo contra
prisão de colegas e de artistas solidários.
São 10 mil bradando “liberdade,
liberdade, abaixo a repressão”.
1977
Greve estudantil mobiliza 80 mil no País.
1977
O jurista e historiador Raymundo Faoro é
eleito presidente da OAB Federal. Desenvolve
amplo trabalho de denúncias, apoios
aos perseguidos (do Brasil e do Cone Sul)
e articulações políticas
pela anistia, pela Assembléia Constituinte
e pelo Estado de Direito Democrático.
1977
Geisel decreta recesso do Congresso Nacional.
Alega “ditadura da minoria”
e a necessidade de reforma do Judiciário.
A OAB declara-se em sessão permanente.
1977
Em São Paulo, o secretário
de Segurança, coronel Erasmo Dias,
proíbe quaisquer manifestações
públicas.
1977
Pacote de Abril: mandato presidencial de
06 anos e eleição indireta
de senadores (os “biônicos”),
entre outras medidas.
1977
Sufo¬cado pela censura e por problemas
financeiros, o semanário Opinião
deixa de circular.
1977
Governo brasileiro rompe acordo militar
com os EUA em função de críticas
do governo estadunidense à violação
de direitos humanos pela ditadura.
1977
Docu¬mento da CJP/SP Comissão
é levado para Roma, por Iris Ariê,
para ser entregue em mãos do cardeal
Bernardin Gantin, da Pontifícia Justiça
e Paz; escrito por membros da CJP, como
Flávio di Giorgi e Antonio
Candido, discorre sobre a concepção
da defesa dos direitos humanos, visando
a esclarecer a posição de
Dom Paulo, acusado, em certos meios, de
ser pró-comunista (!).
1977
Primeira passeata de estudantes em São
Paulo depois do AI-5 rompe o medo; 03 mil
saem da Cidade Universitária da USP
e marcham até o Largo de Pinheiros.
1977
Geisel demite o ministro liberal Severo
Gomes; este será membro ativo da
Comissão Teotônio Vilela, parceira
da CJP/SP.
1977
15ª Assembléia da CNBB aprova
texto contra o regime militar.
1977 Em São Paulo, primeira manifestação
estudantil fora do campus; com uma passeata
de cinco mil estudantes, caminhando sob
vigilância de forte aparato policial.
1977
O ditador Ernesto Geisel fecha o Congresso,
baixa o “Pacote de Abril”, promovendo
a reforma do Judiciário, estabelecendo
o mandato ditatorial em seis anos e criando
o cargo de senador “biônico”.
1977
Concentração de dez mil estudantes
no Largo de S. Francisco, em São
Paulo, que saem em passeata até o
Viaduto do Chá, onde quase se inicia
uma batalha com o forte aparato montado
pela repressão.
1977
Uma tentativa de realização
do III Encontro Nacional de Estudantes em
Belo Horizonte acaba com a prisão
de mais de 400 estudantes;
1977
O ditador Geisel exonera o ministro do Exército,
Sílvio Frota, aspirante a candidato
a ditador e opositor da distensão
política.
1977 Resolução da ONU contra
o regime do Apartheid na África do
Sul.
1976
1976
Morte de João Goulart na Argentina
(até hoje sob suspeita). No cortejo
fúnebre em São Borja, RS,
a multidão grita “liberdade,
liberdade, anistia, anistia”.
1976
Massacre da Lapa, quando são executados
os dirigentes do PC do B Ângelo Arroyo,
Pedro Pomar e João Batista Drummond.
O sobrevivente Aldo Arantes virá
à Cúria agradecer o apoio
da CJP/SP aos perseguidos e seus familiares.
1976
Itamaraty, sob a chefia do chanceler Azeredo
da Silveira, manifesta-se contrário
à proposta do secretário-geral
da OEA, Alejandro Orfilla, sobre a criação
de um tribunal especial para julgar transgressões
de direitos humanos no continente.
1976
Eleições de vereadores em
todo o País.
1976
Assassinado o padre João Bosco Penido
Burnier, jesuíta, que durante 10
anos dedicou-se aos povos bacairis e xavantes,
em Mato Grosso.
1976
Lançamento do livro Meu depoimento
sobre o Esquadrão da Morte, de Hélio
Bicudo, com Introdução
assinada pela CJP-SP.
1976
CNBB, reunida no Rio, exige justiça
nos vários casos de violência
e assassinato de sacerdotes e outros, a
serviço dos explorados e perseguidos;
divulga o texto Comunicação
pastoral ao Povo de Deus, considerado, por
alguns bispos mais conservadores, muito
forte contra o regime.
1976
Atentado contra sede do CEBRAP.
1976
Seqüestro de Dom
Adriano Hipólito, bispo de Nova
Iguaçu, Rio de Janeiro.
1976
A Aliança Anticomunista Brasileira
(AAB) lança bombas nas sedes da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB) e da Associação
Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de
Janeiro,
1976
Morte de Juscelino Kubitschek em acidente
de carro (sob suspeita até hoje).
1976
Publicação do primeiro livro
produzido pela CJP/SP, em parceria com o
CEBRAP: São Paulo, 1975: crescimento
e pobreza.
1976
Reunião anual da SBPC aprova moção
pela anistia.
1976
Assassinato do Padre Rodolfo Lubenkeim,
missionário ligado ao Cimi, e de
Lourenço Simão, cacique bo¬roro,
em Merure MT.
1976
Censura proíbe o jornal Movimento
de publicar a Declaração de
Independência dos Estados Unidos,
que completava 200 anos.
1976
É cria¬da a nova empresa oficial
de radiodifusão, a Radiobrás.
1976
Ditador Geisel sanciona a lei que ficou
conhecida como “Lei Falcão”
(em referência ao então ministro
da Justiça); a lei limita drasticamente
a propaganda eleitoral, impedindo que candidatos
falem na TV ou rádio durante o horário
eleitoral.
1976
Morte suspeita de Zuzu Angel em acidente
de carro no Rio, (mãe de Stuart Angel,
assassinado sob tortura).
1976
Músico Francisco Tenório Cerqueira
Junior, o Tenorinho, que acompanhava Vinícius
e Toquinho durante uma turnê em Buenos
Aires, é assassinado depois de ser
torturado e testemunhar outras barbaridades
da repressão argentina, a embaixada
brasileira foi avisada oficialmente, e nada
fez, sequer comunicar à família
(esta omissão do Estado brasileiro
seria reconhecida pela Comissão Especial
de Mortos e Desaparecidos em 16/2/2006).
1976
Golpe militar na Argentina
depõe Isabelita Perón; assume
o poder uma junta militar, liderada pelo
general Rafael Videla, Instala-se o Estado
Terrorista; CJP-SP passa a atender refugiados
uruguaios, chilenos e argentinos.
1976
Cassação dos deputados
estaduais do MDB Marcelo Gato e Nelson Fabiano.
1976
Folha da Tarde publicara que 03 deputados
do MDB paulista haviam recusado “convite”
para depor no Dops. Em 23/12/1975, o mesmo
jornal publica reportagem com a manchete:
“Dops paulista desmascara infiltração
comunista”. Morre no DOI-CODI o operário
Manoel Fiel Filho, o 39° “suicida”
do regime, em situação semelhante
à da morte de VIado,
1976 É demitido o então comandante
do I Exército, general Ednardo d'Avila
Melo.
1976
Vários presos políticos são
libertados.
1976
Série de artigos no O São
Paulo sobre a Casa de Detenção
em São Paulo. A CJP/SP assume também
a causa dos “presos comuns”,
atingidos pela violência institucional
e o arbítrio, tortura e morte.
1976
O metalúrgico Manuel Fiel Filho é
encontrado morto nas dependências
do DOI-CODI. As autoridades repetem a versão
de suicídio, rapidamente desmontada;
Por este assassinato, o ditador Geisel demite
o general Ednardo D`Ávila Mello do
comando do 2º Exército.
1976
O ditador Geisel sanciona a "Lei Falcão",
que altera o Código Eleitoral reduzindo
a níveis mínimos a propaganda
política no rádio e na televisão.
1976
Uma bomba explode na Associação
Brasileira de Imprensa, no Rio, e outra
é encontrada na sede da OAB. Os atentados
são reivindicados pela organização
de direita Aliança Anticomunista
Brasileira.
1975
1975
Entidades como a CNBB e o jornal Opinião
também são vítimas
de atentados à bomba.
1975
Crescimento econômico cai para 5%.
1975
CNBB divulga a Pastoral Social, primeiro
documento de orientação dos
católicos sobre problemas sociais
e políticos.
1975
Desagravo da OAB-SP a Mário Carvalho
de Jesus, indiciado na LSN, defensor dos
trabalhadores de Perus.
1975
Crescem prisões políticas
em São Paulo: só do PCB, foram
61 pessoas. Morte, sob interrogatório
policial em São Paulo, do jornalista
da TV Cultura Vladimir Herzog, o Vlado,
1975
CJP/SP divulga lista com relação
de 65 pessoas presas ilegalmente e envia
as denúncias para o Vaticano e para
a Anistia Internacional.
1975
Registro em Cartório da CJP-SP (Ata
de Fundação: 30/7/1975).
1975
Surge o semanário Movimento, lançado
por uma cooperativa de jornalistas. Circula
até 1981, sofrendo forte censura
até 1978.
1975
Ditador Geisel reafirma a determinação
do governo militar por manter seus poderes
excepcionais. Garante, por outro lado, que
tais poderes não causam prejuízo
ao lento e gradativo processo de distensão.
1975
No Peru, golpe militar de direita derruba
o presidente Velasco Alvarado, defensor
da reforma agrária; é substituído
pelo general Morales Bermudez.
1975
Durante o Encontro da Pastoral da Amazônia,
em Goiânia (GO), convocado pela CNBB,
nasce a Comissão Pastoral da Terra
(CPT), que luta, desde então, pelos
direitos dos trabalhadores rurais, peões
e posseiros, sobretudo na Amazônia.
1975
É publicado Manifesto do MDB sobre
“desaparecidos”.
1975
Acordo nuclear Brasil-Alemanha.
1975
Encontro dos Bispos em Itaici (SP) define
prioridades: criação das Pastorais
dos Direitos Humanos e dos Marginalizados.
1975
Encontram-se Dom Eugênio Salles (RJ),
ditador Geisel e ministro Armando Falcão.
1975
Nova Comissão de Justiça e
Paz JP é criada na capital do Acre,
junto à diocese com Dom
Moacyr Grecchi.
1975
Mario
Simas vai à CJP-Br defender a
formalização jurídica
da CJP-SP.
1975
O banqueiro Olavo Setúbal é
nomeado prefeito de São Paulo pela
Assembléia Legislativa.
1975
Prisioneiros políticos em São
Paulo entram em greve de fome.
1975
Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula,
é eleito presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos de São Bernardo
do Campo.
1975
Ministro da Justiça, Armando Falcão,
divulga nota sobre “desaparecidos
políticos”, muitos deles sabidamente
assassinados pela repressão.
1975
I Encontro Nacional das Comunidades de Base,
com o tema “Igreja que nasce do povo”.
1975
O Comitê Central do PC do B divulga
sua Mensagem aos brasileiros, propondo uma
Constituinte livremente eleita, a abolição
de todos os atos e leis de exceção
e a anistia geral. No centenário
de sua fundação, o jornal
O Estado de S. Paulo deixa de ter suas matérias
submetidas à censura prévia.
1975
Dom
Paulo Arns publica O Evangelho: Incomoda?
Inquieta? Interessa? (Loyola, 1975), sobre
o Sínodo de Evangelização,
com capítulo sobre Direitos Humanos
no qual trans¬creve o documento papal
Direitos Humanos e reconciliação.
1975
Pela CJP/SP, o advogado José
Carlos Dias assume a defesa do advogado
e líder cristão Mário
Carvalho de Jesus, na Justiça Militar.
1975
Episcopado Regional aprova o documento “Não
Oprimas Teu Irmão”, que condena
a tortura.
1975
Dom
Paulo entrega a Paulo VI relatório
sobre tortura na Argentina.
http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/arns/index.html
http://www.dhnet.org.br/direitos/mercosul/argentina/index.html
1975
Cartunistas fazem ilustrações
para cartões em benefícios
das famílias de presos.
1975
Fundado o Movimento Feminino pela Anistia
no Rio Grande do Sul, Presidida pela socióloga
Lícia Peres, em extensão ao
Movimento nacionalmente dirigido pela advogada
Therezinha Zerbini.
1975
Morte sob tortura de Vladimir
Herzog, jornalista, diretor da TV Cultura,
no DOI-CODI de São Paulo. Jornalistas
se mobilizam, reunindo um abaixo-assinado
com mais de mil assinaturas, para contestar
a versão oficial de suicídio
de Vlado. Sua morte causa grande repercussão
em todo o país e no Exterior. Um
culto ecumênico na Catedral da Sé
transformou-se em ato público de
protesto, com a participação
de mais de 10 mil pessoas
1974
1974
Dom
Paulo Arns e Cândido
Mendes conseguem audiência com
o general Golbery do Couto e Silva e levam
familiares de “desaparecidos”
e o advogado José
Carlos Dias, da CJP/SP.
1974
O registro de denúncias de tortura
cai para 67 casos.
1974
Repressão contra CEBRAP e intelectuais
em São Paulo.
1974
Eleições gerais para a Câmara
e Senado: MDB faz 35 deputados estaduais,
160 federais (tinha 87) e 16 senadores na
Ia grande vitória da oposição,
dia 15/10. MDB: 14,5 milhões de votos;
ARENA: 13,4 milhões de votos.
1974
Sínodo Mundial dos Bispos em Roma,
no qual Dom
Paulo Arns expõe o tema crucial
das violações de direitos
humanos.
1974
Ditador Geisel anuncia início de
distensão “lenta, gradual e
segura”.
1974
Morre, na França, Tito
de Alencar Lima, frade dominicano levado
ao suicídio pelas seqüelas das
torturas em São Paulo.
1974
Fim da Comissão Bipartite (balanço
da atuação da Comissão
Bipartite em livros de Kenneth Serbin e
de Mendes & Bandeira),
1974
V Conferência Nacional da OAB, no
Rio de Janeiro, sobre Direitos Humanos.
1974
Nota oficial do MDB noticia os “desaparecimentos”,
entre outros, de Fernando
Santa Cruz, Eduardo Collier e David
Capistrano, e pede esclarecimentos do Ministério
da Justiça.
1974
CJP/SP apoia trabalhadores de Perus e Cajamar
(SP), e oferece apoio à Comissão
Permanente de Trabalhadores.
1974
O Departamento Nacional de Telecomunicações
(Dentel) fecha a Rádio 13 de Maio,
em Goiás (Dom
Tomás Balduíno) e a Rádio
Palmares, em Maceió.
1974
O vice-líder da Arena na Câmara
reafirma a disposição do governo
em verificar a procedência de prisões
denunciadas freqüentemente pelo MDB.
1974
No Brasil, apesar das evidências,
a ditadura proíbe que a imprensa
fale em recessão.
1974
As notícias censuradas referentes
à mobilização dos estudantes
começam a aparecer.
1974
General João Figueiredo assume a
chefia do SNI.
1974
Tribunal Russell, em Roma, reúne-se
para julgar as ditaduras no Chile e no Brasil.
1974
Censura prévia ao rádio e
à televisão é iniciada.
1974
Nova prisão de Waldemar Rossi.
1974
O general Ernesto Geisel toma posse como
ditador. Outro general, João Figueiredo
assume a chefia do SNI e Golbery do Couto
e Silva, nomeado ministro-chefe do Gabinete
Civil, passa a articular a abertura do regime;
definindo-a como "lenta, gradativa
e segura distensão".
1974
Expressiva vitória da oposição
nas eleições parlamentares.
MDB elege 335 deputados estaduais, 160 deputados
federais e vários senadores.
1973
1973 Estatuto
do índio
1973
Milagre Econômico: crescimento recorde
de 14% no PIB.
1973
Encontro Regional de Comissões de
Justiça e Paz CJPs do Cone Sul, realizado
em Buenos Aires. Foi a última reunião
regional, depois impossibilitada devido
à repressão das ditaduras
militares.
1973
Médici ordena fechamento da Rádio
9 de Julho, ligada à Arquidiocese
de São Paulo; a ordem será
cumprida em 5/11.
1973
Preso no Rio de Janeiro o líder estudantil
brasiliense Honestino Guimarães,
26 anos, presidente da UNE, jurado de morte
pelos órgãos repressivos;
é dado como “desaparecido”.
1973
MDB indica Ulysses Guimarães e Barbosa
Lima Sobrinho como candidatos da oposição
a presidente e vice, são “os
anticandidatos”.
1973
Golpe de Estado derruba o socialista Salvador
Allende, no Chile. Cercado no Palácio
de Ia Moneda, atacado por artilharia aérea,
fuzilaria e tanques, Allende se suicida.
1973
O general
Pinochet assume e instala ditadura e
terror; milhares de chilenos procuram o
exílio.
1973
Seqüestro e morte sob tortura de Paulo
Stuart Wright, irmão do reverendo
Jaime
Wright, no DOI-CODI, em SP.
1973
Senador Petrônio Portella assume a
presidência da Arena; o contato com
a oposição será mais
fácil do que durante a presidência
de seu antecessor, o famigerado Filinto
Muller.
1973
Ditador Médici anuncia o general
Ernesto Geisel como sucessor.
1973
O padre francês Francisco Jentel,
auxiliar direto de Dom
Pedro Casaldáliga na Diocese
de São Félix do Araguaia (MT),
é preso sob a acusação
de instigar posseiros e enquadrado na Lei
de Segurança Nacional, Heleno
Fragoso, da CJP-Br, assume sua defesa;
um ano depois, o STM absolverá Padre
Jentel (apenas o jornal O São Paulo,
semana de 1 a 7/6/1974, noticia); libertado,
mas ameaçado, volta para a França
(depois de 20 anos no Brasil); lá
faleceu em 1979.
1973
Dom
Paulo Evaristo Arns recebe o chapéu
cardinalício das mãos do papa
Paulo VI, juntamente com Dom Avelar Vilela,
de Salvador.
1973
Alexandre Vannucchi Leme, estudante da USP,
é assassinado nas dependências
do DOI-CODI, em São Paulo,. Missa
em seu nome, na Catedral da Sé, com
Dom Paulo,
1973
Portaria da PF proíbe 46 revistas
estrangeiras e 14 nacionais.
1973
Tratado de Itaipu é assinado entre
Brasil e Paraguai.
1973
Assembléia Geral da CNBB, em São
Paulo; documento sobre “O valor cristão
dos Direitos Humanos”.
1973
Congresso Mundial contra a Tortura,
em Paris, patrocinado pela Anistia Internacional,
1973
Manifesto de escritores e artistas em defesa
dos Direitos Humanos é encaminhado
à CNBB,
1973
Comissão Justiça e Paz SP
se estabelece “oficialmente”
na sala 23 da Cúria Metropolitana,
na Avenida Higienópolis.
1973
Governo anuncia o desmantelamento do grupo
VPR.
1973 MDB indica “anti-candidatos”
à presidência da República:
Ulysses Guimarães e Barbosa
Lima Sobrinho.
1972
1972
Exército realiza, durante a terceira
campanha de aniquilamento, um ataque decisivo
à Guerrilha do Araguaia.
1972
América Latina: golpe Militar em
Honduras
1972
Primeiro editorial sobre Direitos Humanos
no jornal da Cúria Metropolitana
O São Paulo. O ano termina com o
registro de 58 “subversivos”
mortos, dos quais 18 considerados “desaparecidos”
e 05 “suicídios” nas
prisões.
1972
Repressão policial e militar em São
Félix do Araguaia - prisão
de Dom
Pedro Casaldáliga e de agentes
de Pastoral.
1972
Criação do Conselho Indigenista
Missionário CIMI
1972
O dito “milagre econômico”:
crescimento de 11,2% no PIB
1972
Morte sob tortura (incluindo a “coroa
de Cristo”) de Aurora Furtado, militante
ex-aluna da USP, no DOI-CODI do RJ
1972
O Código
de Processo Penal é alterado
por Médici de modo a evitar que o
delegado Sérgio Fleury vá
para a cadeia.
1972
XIV Assembléia Geral do Conselho
Episcopal Latino-Americano CELAM.
1972
Eleições municipais, Arena
faz 80% dos prefeitos e 85% dos vereadores.
1972
Começa a circular o semanário
Opinião, dirigido por Fernando Gasparian,
com apoio de políticos, intelectuais
e artistas da oposição, com
reprodução de matérias
de periódicos europeus. Estará
sempre submetido a censura.
1972
Direitos Humanos no Mundo: de 17/10 a 21/
11/ 1972, em Paris, Convenção
Relativa à Proteção
do Patrimônio Mundial, Cultural e
Natural, que seria ratificada, no Brasil,
pelo Decreto n° 80.978 de 12.12.77.
1972
Anistia Internacional
denuncia a violação de direitos
humanos no Brasil e lista os nomes de centenas
de torturadores e de 1.076 vítimas
1972
A imprensa é proibida de publicar
notícias sobre a Anistia
Internacional.
1972
Criação da Comissão
de Justiça e Paz de São Paulo
1972
Anistia Internacional
divulga uma lista com os nomes de 472 torturadores
e 1.081 torturados no Brasil.
1972
Episcopado Regional, reunido em Brodósqui
(SP), aprova declaração “Testemunhos
de Paz”, primeiro documento dos bispos
paulistas contra a tortura. É distribuído
nas missas, mas nada sai na imprensa
1972
Anastásio Somoza dá um golpe
no final de seu mandato e permanece na presidência
da Nicarágua.
1972
CNBB denuncia invasão de terras indígenas,
1972
Emenda constitucional torna indireta a eleição
de governadores a partir de 1974.
1972
Início do combate (de extermínio)
à Guerrilha do Araguaia, no sul do
Pará, liderada pelo PC do B.
1972
A oposição democrática
se retira do Conselho
de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana,
em Brasília, em protesto pela não
apuração das denúncias
sobre torturas e desaparecimentos dos opositores
políticos.
1972
Golpe militar depõe o presidente
Ibarra no Equador.
1972
Primeiras reuniões mensais do grupo
que formaria a CJP na casa de Dom
Paulo Evaristo Arns, com registro e
acompanhamento de casos.
1972
Acordo de entendimentos ecumênicos
entre Igreja Católica e Igreja Anglicana,
em SP.
1972
CNBB denuncia invasão de terras indígenas.
1972
Cerca de 3 mil homens do Exército
chegam ao Araguaia e dão início
à primeira campanha contra a guerrilha,
formada por militantes do PC do B.
1972
A imprensa é proibida de publicar
notícias sobre a Anistia
Internacional.
1971
1971
No Brasil, o ano termina com o registro
de 788 casos de tortura
e cresce o número de ditos “desaparecidos”.
1971
Médici assina decreto para poder
baixar “decretos secretos”.
1971
Carlos Lamarca e “Zequinha”
(José Barreto), militantes da VPR,
são executados por forças
militares no sertão baiano.
1971
Hélio
Bicudo é exonerado do Ministério
Público por sua militância
pró Direitos Humanos; sofre atentados
e todo tipo de ameaças.
1971
Golpe de direita derruba general Torres
na Bolívia.
1971
Com ajuda do governo brasileiro, o coronel
Hugo Banzer assume o poder na Bolívia
após o golpe.
1971
Morre Iara Iavelberg, companheira de Carlos
Lamarca, acuada pela repressão em
Salvador BA.
1971
Missa na Catedral da Sé SP, por Luiz
Eduardo Merlino, morto sob tortura; na Europa,
ele fora um dos principais divulgadores
de denúncias sobre a ditadura.
1971
Grupo “Autênticos do MDB”
lidera o partido na Convenção
em Recife, cujo manifesto defende a convocação
de uma Assembléia Constituinte, a
anistia e eleições diretas.
1971
“Desaparecimento” da militante
da ALN Heleny Guariba (ex-aluna da USP),
que já fora defendida por José
Carlos Dias; depois foi confirmada sua
morte sob tortura na “Casa da Morte”
em Petrópolis, RJ. Seu nome foi dado
ao Centro Cultural de Diadema, SP.
1971
Stuart Angel, filho da estilista Zuzu Angel,
morre sob tortura na Base Aérea do
Galeão RJ,. A mãe inicia uma
campanha de denúncias contra o regime,
até morrer em atentado em 1976.
1971
Cardeal
Arns tenta informar ao ditador Médici
sobre as preocupações do papa
e sobre as torturas no País e é
quase expulso da sala.
1971
Seminário Brasileiro de Justiça
e Paz;
1971
IV Encontro Regional Latino Americano de
Justiça e a Paz; ambos no RJ.
1971
Dom
Paulo Arns retorna de encontro com o
Papa Paulo VI com sua mensagem de “preocupado
com os direitos humanos no Brasil”.
1971
Henning Boilesen, da Ultragaz, um dos principais
financiadores da OBAN Operação
Bandeirantes, é morto em São
Paulo.
1971
Em meados de 1971, Dom
Paulo e Cândido
Mendes entendem-se sobre a criação
da Comissão de Justiça e Paz
da Arquidiocese de São Paulo SP.
1971
Tribunal militar da Bahia condena à
morte Theodomiro
dos Santos, de 19 anos, em 14/6. O STM
comutará a pena para prisão
perpétua.
1971
Golpe militar na Argentina
derruba presidente Levingston.
1971
Ulysses Guimarães assume a presidência
nacional do MDB e passa a ser um dos principais
políticos da oposição
com respeito da sociedade civil.
1971
Assembléia Geral da CNBB elege os
primos Aloísio
e Ivo
Lorscheider, respectivamente, presidente
e secretário-geral da entidade. Nesta
Assembléia, Cândido Mendes
apre¬senta um longo dossiê sobre
prisões, torturas e demais abusos
cometidos pela Polícia Militar no
Brasil, no que foi confirmado pelo testemunho
de vários bispos.
1971
Já é conhecida a Casa da Morte,
na cidade fluminense de Petrópolis,
centro de torturas e assassinatos aos cuidados
de oficiais do Exército.
1971
Rubens Paiva, ex-deputado cassado do MDB,
é seqüestrado pela ditadura.
Dado por desaparecido, foi certamente morto
pela tortura, segundo vários testemunhos
e inquéritos. O atestado de óbito
sairá apenas em 1996.
1971
Prisão e tortura dos agentes pastorais
Giulio Vicini e Yara Spadini, em SP.
1971
Morto na Bahia o capitão
Carlos Lamarca, membro da organização
Vanguarda Popular Revolucionária
(VPR).
1970
1970
No Rio de Janeiro, seqüestro do embaixador
da Suíça, Enrico Bucher. Será
trocado por 70 presos políticos,
levados para o Chile. A repressão
se intensifica em todo o País. O
ano termina com 1.206 casos de tortura e
30 mortes.
1970
Arena conquista grande maioria nas eleições
legislativas para a Câmara dos Deputados
e o Senado.
1970
Preso Joaquim Câmara Ferreira, sucessor
de Marighella
no comando da ALN. Morre sob tortura no
sítio clandestino do famigerado delegado
Fleury, em São Paulo.
1970
Dom
Paulo Evaristo Arns designado arcebispo
de São Paulo.
1970
Papa faz seu primeiro pronunciamento sobre
a tortura, a ditadura no Brasil proíbe
divulgação, mas depois libera
e ataca o papa. A conjuntura conflituosa
motiva a criação da “Comissão
Bipartite”, no Rio de Janeiro.
1970
Salvador
Allende, socialista, é eleito
presidente do Chile. Começa a articula¬ção
dos EUA (presidente Nixon) para sabotar
seu governo e “impedir a comunização
da América do Sul.
1970
Ataques de “Forças de Segurança”
à Juventude Operária Católica
(JOC) e ao Instituto Brasileiro de Desenvolvimento
(IBRADES), ligado à CNBB.
1970
Detenção de Dom
Aloísio, secretário-geral
da CNBB. Rio de Janeiro.
1970
Documento “Regimento Organizacional”,
da CJP-Br, sediada no Rio de Janeiro, regulamenta
os objetivos da entidade.
1970
Hélio
Bicudo é nomeado pelo Ministério
Público para investigar o esquadrão
da morte.
1970
Seqüestro do embaixador alemão
por grupo da VPR e da ALN, depois trocado
por 40 presos políticos, dia 11.
1970
Grande comoção nacional pela
vitória da seleção
brasileira de futebol no México.
1970
Seqüestro do cônsul japonês
Nobuo Okuchi, em SP, por grupo da VPR. Será
solto em troca de cinco presos políticos
1970
Dom
Helder Câmara denuncia publicamente,
em Paris, a prática de tortura no
Brasil.
1970
Câmara Federal aprova o Decreto-lei
da censura prévia em livros e periódicos.
O Decreto-lei n° 1.077, do ministro
Buzaid, impõe a censura prévia
à imprensa.
1970
O militante do PCBR Mário Alves,
47 anos, morre sob torturas no DOI-CODI,
RJ. Em 1987, a pedido da família,
a União será responsabilizada
pela prisão, tortura e morte.
1970
Líder da oposição sindical,
Waldemar Rossi é preso e torturado;
apesar do silêncio de Dom Agnelo Rossi,
arcebispo de São Paulo, a tortura
de opositores e membros da Igreja começa
a repercutir na Europa.
1970
Decreto-lei 1.077 institui a censura prévia
a espetáculos e publicações.
^
Subir
Década
de 1960 – Século 20
1969
1969
General Médici extingue as polícias
civis locais, transformando todos os membros
em policiais militares (Decreto-lei n°
1.072).
1969
Morte do ditador Costa e Silva.
1969
A revista Veja (sob a direção
de Mino Carta) publica matéria de
capa sobre torturas, com fatos e depoimentos.
1969
O ano é também marcado pelo
exílio de vários artistas,
músicos, intelectuais e escritores
1969
Carlos
Marighella é assassinado, em
São Paulo, pela equipe liderada pelo
delegado Sérgio Fleury; antes dele,
haviam sido presos frades dominicanos envolvidos
com a causa do líder da ALN.
1969
Assinada, em São José da Costa
Rica, a Convenção
Americana de Direitos Humanos, à
qual o Brasil só aderiu em 25/9/92
e, na íntegra, apenas em novembro
de 1998.
1969
Em Paris,é criada a Frente Brasileira
de Informação, para denunciar
o regime militar.
1969
Instalação oficial da CJP-Br,
no Rio de Janeiro.
1969
Em São Paulo, prisão de madre
Maurina Borges Silveira, em Ribeirão
Preto.
1969
O Congres¬so Nacional é reaberto.
1969
Emenda Constitucional n° 1 aprofunda
as medidas repressoras da Carta de 1967.
1969
Com a edição do Ato Complementar
n° 77, os professores punidos pela resolução
ficam proibidos de lecionar nas instituições
oficiais.
1969
General Médici é eleito pelo
Congresso, com a abstenção
do MDB.
1969
Seqüestro do embaixador americano Charles
Burke Elbrick, pelo comando ALN-MR8.
1969
Junta Militar baixa os Atos 13 e 14; pena
de morte e banimento passam a ser aplicáveis
no combate à subversão.
1969
Decreto-lei n° 898, de 29/09/1969, redefine
crimes contra a segurança nacional
e a ordem política e social. Na prática,
trata-se de nova LSN, em substituição
à de 1967. Será substituída
por outra LSN em dezembro de 1978.
1969
Junta de três ministros militares
assume a Presidência, em decorrência
de trombose cerebral do general-ditador,
sendo descartado o vice, Pedro Aleixo, com
base no AI-12, dia 31.
1969
Anos depois, sem citar nomes, Ulysses Guimarães
alcunha a trinca militar de “Os Três
Patetas”.
1969
Criação
da Operação Bandeirante OBAN
em São Paulo, centralizando as
atividades repressivas do regime, inserindo
um corpo de polícia política
dentro do Exército, com forte apoio
de empresários e banqueiros. Daí
virá a criação do Destacamento
de Operações de Informações
- Centro de Operações de Defesa
Interna, DOI-CODI, reunindo membros das
três armas.
1969
Membros da Ação
Libertadora Nacional ALN tomam a Rádio
Nacional de São Paulo, onde é
transmitido um manifesto contra a ditadura.
1969
Lançado o jornal O Pasquim, reduto
do humor e resistência durante a ditadura.
1969
Assassinado o Padre
Henrique Pereira Neto, 28 anos, auxiliar
de Dom Helder Câmara na arquidiocese
de Olinda e Recife. O palácio episcopal
fora metralhado no mês anterior.
1969
Decreto-lei torna ainda mais repressiva
a LSN.
1969
Novo Ato Institucional; 39 parlamentares
são cassados, além de três
ministros do STF (Evandro Lins e Silva,
Hermes Lima e Victor Nunes Leal); o presidente
do tribunal, ministro Gonçalves de
Oliveira, renuncia em protesto.
1969
Ato lnstitucional n° 8 suspende as eleições.
1969
O capitão Lamarca adere à
VPR e deserta do Exército, carregando
armas e munições.
1969
Seqüestro do embaixador americano Charles
Elbrick no Rio de Janeiro para exigir a
libertação de presos políticos.
Para obter sua libertação
o Governo liberta e expulsa do país
15 presos políticos; Seguem-se a
este o seqüestro de mais outros três
cônsules, todos libertados em troca
de outros presos políticos.
1969
Nova Lei de Segurança Nacional.
1968
1968 Ato
Institucional 5
1968
Os comandos militares exigem punição
ao deputado Márcio Moreira Alves.
A Câmara dos Deputados, desafiando
a ditadura, rejeita, por 216 votos a 141,
o pedido de licença para processar
o deputado.
1968
À noite do dia 13, o Ato
Institucional n° 5 - conhecido como
“o golpe dentro do golpe” -
elimina o pouco que sobrara do Estado de
Direito: fechamento do Congresso, pleno
poder ao presidente para cassar mandatos
eletivos e direitos políticos, além
de demitir ou aposentar juízes e
funcionários. O AI-5 restringe o
habeas corpus, permite intervenções
em Estados e municípios e amplia
a censura à imprensa.
1968
Juscelino, Carlos Lacerda, os músicos
Caetano e Gil e outras centenas de pessoas
são presas na onda repressiva logo
após a edição do ato
(de 13 a 22/12). Dentre os presos, o advogado
de presos políticos Antonio
Funari Filho, que, duas décadas
mais tarde, seria presidente da CJP-SP.
1968
O ditador militar passa a legislar por meio
de decretos e decretos-lei. É cassado
o mandato de Márcio Moreira Alves
e de mais dez parlamentares, com base no
AI-5. Havia naquele mês 13 padres
presos no País por “subversão”.
1968
Início do chamado “Milagre
Brasileiro”, com crescimento expressivo
do Produto Interno Bruto (PIB).
1968
O general Costa e Silva cria o Conselho
Superior de Censura e sanciona a nova Lei
de Censura de obras teatrais e de cinema.
1968
Na Rua Maria Antonia, ocorre o conflito
entre estudantes de Filosofia da Universidade
de São Paulo (USP) e grupos direitistas
da vizinha Universidade Mackenzie. A PM
intervém. O secundarista José
Guimarães é morto, e a Faculdade
de Filosofia da USP, ocupada pelos militares.
1968
A polícia prende em Ibiúna
(SP) cerca de mil participantes do 30°
Congresso da UNE, clandestino.
1968
Em Cabo, interior de Pernambuco, uma greve
mobiliza 10 mil canavieiros.
1968
O ministro da Justiça, Gama e Silva
- ligado à ala mais dura do regime
militar - instala o Conselho
de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana
CDDPH.
1968
Abertura da Conferência Episcopal
Latino-Americana de Medellín,
Colômbia; No documento final dessa
Conferência lê-se: “A
Comissão Justiça e Paz deverá
ser promovida em todos os países,
pelo menos em nível nacional”.
1968
Prisão do líder estudantil
Vladimir Palmeira é seguida por centenas
de prisões de estudantes na cidade
e em São Paulo.
1968
Atentado de grupos extremistas da direita
ao Teatro Opinião, RJ.
1968
General Médici, comandante do III
Exército, pede o Estado de Sítio.
Ficam proibidas manifestações
públicas em todo o País.
1968
Em São Paulo, o Comando de Caça
aos Comunistas (CCC) ataca o elenco da peça
Roda Viva: atores são espancados
e o teatro depredado.
1968
Cerca de quatro mil metalúrgicos
de Osasco paralisam seus trabalhos, na esteira
da greve de Contagem. A Igreja põe
à disposição a Matriz
da Sé para realização
de Assembléias e proteção
contra a polícia.
1968
No Rio de Janeiro, a “Sexta-feira
Sangrenta”: repressão da Polícia
Militar a manifestação de
rua deixa 4 mortos, dezenas de feridos e
uma centena de prisões.
1968
Passeata dos 100 mil” no Rio: estudantes,
intelectuais, artistas, religiosos e populares.
1968
Multiplicam-se protestos por todo o País.
1968
Bomba jogada por grupo da VPR no quartel
do 2º Exército, em São
Paulo, mata o soldado Mário Kozel
Filho. A repressão se intensifica
1968
No Brasil, o impacto das revoltas na Europa
se dá no meio de estudantes, intelectuais
e artistas, além dos sindicalistas
organizados contra a ditadura e o arrocho.
1968 Em São Paulo, o governador nomeado
Abreu Sodré é escorraçado
de palanque dos festejos do 10 de maio,
na Praça da Sé. Slogan: “Só
a luta armada derruba a ditadura”.
Várias prisões.
1968
Greve de metalúrgicos em Contagem
(MG), de 16 a 24/4, provoca repressão
militar, porém estimula o movimento
sindical; o ministro do Trabalho Jarbas
Passarinho ameaça com a LSN.
1968
O secundarista Edson Luís de Lima
Souto é morto pela Polícia
Militar, durante repressão à
manifestação estudantil no
Rio de Janeiro. Cerca de 50 mil pessoas
comparecem ao enterro e a atos contra a
ditadura, inclusive com o apoio explícito
de padres e freiras. O fato iria inspirar
a canção Sentinela, de Milton
Nascimen¬to e Fernando Brant (“Morte,
vela/ sentinela sou/ do corpo desse meu
irmão”).
1968
Grupo da ALN joga uma bomba no consulado
americano em São Paulo, deixando
um ferido.
1968 Edição do Ato Institucional
nº 05 AI-5.
1968
Passeata dos 100 mil, no Rio de Janeiro,
reuniu estudantes, artistas, intelectuais,
clero, sindicalistas e a população,
em protesto contra as violências cometidas
pelo Regime.
1968
Membros do CCC (Comando de Caça aos
Comunistas) invadem e depredam o Teatro
Ruth Escobar , em São Paulo, além
de espancar o elenco da peça "Roda
Viva".
1968
Márcio Moreira Alves, discursa na
Câmara conclamando o povo a realizar
um boicote ao militarismo nas comemorações
do 7 de setembro. O pronunciamento é
considerado ofensivo pelos ministros militares,
que pedem ao Congresso autorização
(que foi negada) para sua cassação;
Como resposta, o Governo promulga o Ato
Institucional nº 5, autorizando o presidente
da República, mais uma vez, a colocar
em recesso o Congresso e as Assembléias
Legislativas estaduais; dá plenos
poderes para cassar mandatos eletivos, suspender
direitos políticos, demitir ou aposentar
juizes e funcionários.Suspende o
habeas corpus e autoriza julgamento em tribunais
de "crimes políticos",
e confisca bens.
1968
Cerca de 1200 estudantes são presos
no Congresso clandestino da UNE em Ibiúna
(SP).
1968
Em ação da VPR, o capitão
do Exército americano Charles Chandler
é morto.
1968
Revolta
Estudantil e Greve Geral na França
e em outros países.
1968 Realização
da I Conferência Internacional de
Direitos Humanos da ONU.
1967
1967 A
Constituição da ditadura militar
1967
Ditadura
militar promulga uma nova Constituição.
1967 Comando militar invade a sede do bispado
de Volta Redonda (RJ), supostamente à
procura de documentos “subversivos”.
1967
A CNBB Protesta contra a prisão de
vários sacerdotes.
1967
É lançado, no Rio de Janeiro,
o manifesto da Frente Ampla, de oposição
aos militares, unindo Carlos Lacerda, João
Goulart e Juscelino Kubitschek;. A Frente
será fechada pelo ministro Gama e
Silva, em 5/4/1968, sendo proibidas notícias
na imprensa.
1967
Congresso da UNE é abrigado em convento
de monges beneditinos na cidade de Valinhos
(SP).
1967
Assinado o Acordo MEC-USAID.Protestos dos
estudantes.
1967
General Costa e Silva toma posse como novo
ditador.
1967
Morte, em acidente no Ceará, do ex-ditador
Castello Branco.
1967
Delfim Netto é o ministro da Fazenda.
Imposta a Lei de Segurança Nacional,
por Decreto.
1967
Criação do Centro de Informações
do Exército (CIE).
1967
Fim da Guerrilha de Caparaó, com
todos presos pelo Exército.
1967
Castello Branco sanciona a nova Lei de Imprensa,
alcunhada “Lei Rolha”. Artistas,
escritores, intelectuais e jornalistas fazem
ato de protesto em São Paulo.
1967
Congresso referenda a Constituição
outorgada por Castello Branco. MDB lança
manifesto pela revisão da Carta.
1967
Documento “Motu
Proprio Catholicam Christi Ecclesiam”,
do Vaticano, institui a Comissão
Pontifícia Justiça e Paz e
o Con¬selho dos Leigos, como organismos
da Santa Sé.
1967
São editados os Códigos
de Caça, de Pesca e de Mineração,
bem como a Lei de Proteção
à Fauna.
1967 É promulgada a Lei de Segurança
Nacional.
1966
1966
(Frei) Paulo
Evaristo Arns é nomeado bispo
auxiliar do arcebispo de São Paulo,
Dom Agnelo Rossi, e depois bispo da região
norte da cidade.
1966
O ditador Castello Branco baixa o Ato lnstitucional
n° 3, definindo eleição
indireta para governador. Os prefeitos passam
a ser nomeados nas capitais.
1966
O MDB lança manifesto em defesa das
eleições diretas.
1966
O governador de SP, Adhemar de Barros, é
deposto e cassado “por corrupção”.
1966
Luís
Carlos Prestes é condenado a
14 anos de prisão, “por subversão”.
1966
O Movimento Nacionalista Revolucionário,
formado por ex-militares e militantes de
esquerda ligados a Leonel Brizola, organiza
o que seria o primeiro movimento armado
contra o golpe, na Serra do Caparaó,
entre Minas Gerais e Espírito Santo
- e sem qualquer apoio popular.
1966
Realiza-se, em 12 Estados, a eleição
indireta para governador. Todas são
vencidas pela Arena.
1966
Criado o Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS).
1966
General Costa e Silva é eleito presidente
pelo Congresso Nacional. Mais seis deputados
federais são cassados por Castello,
que fecha o Congresso Nacional por dez dias.
1966
Ato lnstitucional n° 4 confere poderes
ao Congresso Nacional para “aprovar
a nova Constituição”
(sic).
1966
É decretado o Ato Institucional n.º
3, que institui eleições indiretas
para governador e a nomeação
de prefeitos.
1966
Oficializados os partidos do Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), que reuniu principalmente
parlamentares do extinto PTB e se transformou
na oposição ao Regime Militar,
e a ARENA (Aliança Renovadora Nacional,atual
DEM), que se constituiu como partido de
sustentação dos governos militares.
1966
Com a abstenção de toda a
bancada do MDB, que se retirou do plenário,
o general Artur da Costa e Silva é
eleito ditador pelo Congresso. Poucos dias
depois, é lançada no Rio a
Frente Ampla, movimento de oposição
que luta pela restauração
da democracia e une Carlos Lacerda, JK e
João Goulart.
1966
Ato Institucional n.º 4 obriga o Congresso
a votar o Projeto de Constituição.
1966
Aprovação
do Pacto Internacional de Direitos Civis
e Políticos.
1965
1965
O ano termina com o registro de 84 casos
de tortura e três mortes, sendo dois
encontrados enforcados na cela.
1965
Formalização do bipartidarismo,
com os novos partidos: pela situação,
a Aliança Renovadora Nacional (Arena);
pela oposição, o Movimento
Democrático Brasileiro (MDB).
1965
Ato Institucional n° 2 dissolve os 13
partidos políticos e estabelece que
os crimes políticos serão
julgados pela Justiça Militar.
1965
A polícia invade e fecha a Universidade
de Brasília UnB. Mais de 200 professores
se demitem em protesto.
1965
O Conselho de Segurança Nacional
e o ditador Castello Branco revogam o decreto
que proibia o acesso da iniciativa privada
à indústria petroquímica.
1965
O Congresso Nacional aprova a Lei de Inelegibilidades,
que cria obstáculos para os candidatos
aos governos estaduais e beneficia os políticos
ligados à ditadura.
1965
PUC-SP inaugura o auditório do Tuca
com o auto Morte e Vida Severina, com versos
de João Cabral de Melo Neto e música
de Chico Buarque.
1965
O governador Miguel Arraes (PE) é
libertado após um ano de prisão
e parte para e exílio na Argélia,
onde ficará por 14 anos.
1965
Intelectuais brasileiros lançam um
Manifesto à Nação,
em luta pelo restabelecimento das liberdades
democráticas e dos direitos individuais.
1965
Passa a vigorar uma nova versão do
Código
Florestal
1965 É promulgada a Lei 4.504, que
trata do Estatuto da Terra.
1965 É decretado o Ato Institucional
n.º 2, que retoma as cassações,
extingue os partidos políticos, impõe
eleições indiretas para presidente
e atribui a este o poder de decretar estado
de sítio sem consulta prévia
do Congresso, intervir nos estados, fechar
o Congresso, demitir funcionários
e emitir atos complementares e decretos-lei.
1965 Aprovação
da Convenção Internacional
sobre a Eliminação de Todas
as Formas de Descriminação
Racial.
1964
1964 Criação
do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa
Humana CDDPH
1964 Estatuto
da Terra
1964
Comício da Central do Brasil pró-reformas
de base reúne 300 mil no Rio de Janeiro.
Goulart anuncia nacionalização
das refinarias de petróleo
1964
Greve geral dos trabalhadores, em apoio
às reformas de base, é anunciada.
1964
A Marcha da família com Deus pela
Liberdade reúne cerca de 100 mil
em São Paulo.
1964
Sargentos realizam uma Assembléia
no Automóvel Clube, no Rio. O presidente
Goulart comparece e fala em defesa das reformas
de base, o que serve de estopim para o golpe.
1964
Emenda Constitucional nº 9 prorroga
o mandato do general Castello Branco até
março de 1967. O jornal Correio da
Manhã (RJ) começa a denunciar
as torturas nos presos políticos
no País.
1964
É criado o Serviço Nacional
de Informação (SNI).
1964
Lei anti-greve é aprovada.
1964
Golpe militar derruba o governo João
Goulart; o presidente parte para o exílio.
1964
O Departamento de Estado dos EUA aciona
a Operação Brother Sam.
1964
Inicia-se uma onda de prisões pelo
País. O III Exército adere
ao golpe, frustrando resistência de
Brizola no Rio Grande do Sul.
1964
“Ato Institucional” (9/4) suspende
a Constituição e as eleições
diretas para a Presidência; suspende
por dez anos os direitos políticos
de 102 cidadãos, incluindo três
ex-presidentes (Juscelino, Jânio e
Jango), governadores como Arraes e Brizola,
alguns chefes militares, e intelectuais
como Celso Furtado e Josué de Castro,
além de cassar 41 mandatos parlamentares.
General Castello Branco é “eleito”
pelo Congresso Nacional novo chefe do Estado
(11/04).
1964
CNBB substitui seu secretário-geral,
Dom
Helder Câmara, pelo conservador
Dom Agnello Rossi.
1964
Aprovada, por 126 votos a 117, a Lei Suplicy
(do ministro da Educação,
Suplicy de Lacerda), que proíbe a
existência das entidades estudantis,
como a UNE.
1964
Ano termina com várias mortes e centenas
de denúncias de casos de tortura
no Brasil.
1964
João Goulart anuncia, em comício
na Central do Brasil no Rio, a necessidade
das reformas de base.
1964
Cerca de 500 mil pessoas fazem passeata
contra Jango no centro de São Paulo,
na Marcha da Família com Deus pela
Liberdade.
1964
Discurso pró-reformas de Jango no
Automóvel Clube, no Rio de Janeiro.
1964
Prisões e protestos pelo país
em conseqüência do golpe militar.
A sede da UNE, no Rio, é incendiada
e tomada pelo governo militar, que destrói
o acervo do CPC; no dia seguinte, o Presidente
do Senado, Ranieri Mazilli, assume a Presidência
interinamente.
1964
Editado o Ato Institucional n.º 1 (AI-1),
que permite a cassação de
mandatos e a suspensão de direitos
políticos. São marcadas eleições
indiretas em dois dias para Presidência
e vice-presidência da República
com mandato válido até 31
de janeiro de 1966. Divulgada a primeira
lista de cassados, contendo nomes como o
de Goulart, Jânio Quadros, Prestes,
Leonel Brizola e Celso Furtado, além
de 29 líderes sindicais e alguns
oficias das Forças Armadas.
1963
1963
Comício da Central do Brasil pró-reformas
de base reúne 300 mil no Rio de Janeiro.
Goulart anuncia nacionalização
das refinarias de petróleo
1963
Greve geral dos trabalhadores, em apoio
às reformas de base, é anunciada.
1963
A Marcha da família com Deus pela
Liberdade reúne cerca de 100 mil
em São Paulo.
1963
Sargentos realizam uma Assembléia
no Automóvel Clube, no Rio. O presidente
Goulart comparece e fala em defesa das reformas
de base, o que serve de estopim para o golpe.
1963
Plebiscito restabelece o presidencialismo
com João Goulart.
1963
Divulgação da encíclica
Pacem
in Terris, com João XXIII: defesa
de verdade, justiça, liberdade e
espírito ecumênico; afirmação
dos direitos humanos, inclusive os econômicos,
sociais e culturais.
1963 Pesquisa do IBOPE mostra grande aprovação
popular ao governo de João Goulart.
1963
Carlos Lacerda defende golpe militar contra
o presidente da República.
1963
Goulart faz tentativa de colocar o País
em Estado de Sítio, mas recua.
1962
1962
Início do Concílio Ecumênico
Vaticano lI, com o papa João XXIII,
dia 11/10. Termina, com o papa Paulo VI,
em 8/12/1965.
1962
Criada
a Ação Popular (AP), organização
ligada à esquerda católica.
Parte dela optaria, depois do golpe de 64,
pela luta armada.
1962
Atentado contra o Congresso da UNE, com
participação de militares.
1962
É criado o 13° salário
e, no mesmo mês, eclode greve nacional,
marcada por saques; termina com 42 mortos
no Rio de Janeiro.
1962
Nas eleições parlamentares,
o PTB, ligado a João Goulart, é
o partido que mais cresce na Câmara
dos Deputados, ameaçando a liderança
do parceiro conservador PSD.
1961
1961
Jânio Quadros renuncia.
1961
Ministros militares e políticos vetam
a posse constitucional de João Goulart.
Divisão e crise no Exército
acabam pela imposição do parlamentarismo.
1961
Tancredo Neves é o primeiro-ministro.
1961 Renúncia da Jânio Quadros.
1960
1960 Brasília é inaugurada
pelo presidente Juscelino Kubitschek.
1960
Jânio Quadros e João Goulart
vencem as eleições presidenciais.
^
Subir
Década
de 1950 – Século 20
1959
1959 – Revolução cubana.
1958
1957
1956
1956 Fundação da Rádio
9 de julho e do jornal O São Paulo,
vinculados à Arquidiocese de São
Paulo.
1955
1955 Ligas
Camponesas
1955
O presidente brasileiro, João
Café Filho, instaura a obrigatoriedade
de incluir um curso de Tupi nas carreiras
de Letras de todas as universidades do Brasil,
quando esta língua já está
se esvaindo no esquecimento.
1954
1954 A
Carta-Testamento de Getúlio Vargas
1954
Suicídio de Getúlio Vargas.
1953
1953 Criação da Petrobrás,
fruto da luta o Petróleo é
Nosso
1952
1952 Criada a Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil, CNBB, por iniciativa
de Dom
Helder Câmara.
1951
1951 Getúlio Vargas volta ao poder
via eleição direta.
1950
1950 Aprovação
do Convênio Europeu dos Direitos Humanos
e Liberdades Fundamentais.
^
Subir
Década
de 1940 – Século 20
1949
1949 Revolução chinesa.
1948
1948 Brasil rompe relações
diplomáticas com URSS.
1947
1947 PCB É colocado na ilegalidade.
1946
1946 Constituição
de 1946
1946
Josué
de Castro – O Ciclo do Caranguejo
1945
1945 Carta
ao Capitão Luiz Carlos Prestes
Sobral Pinto
1945
Queda do Estado Novo e a Redemocratização
do país.
1945 Fundação
da ONU.
1944
1944
Dois contingente da FEB desembarcaram na
Itália.
1943
1943 Manifesto
dos Mineiros
1943
Criação da Força Expedicionária
Brasileira FEB.
1943 È instituída a Consolidação
das Leis do Trabalho CLT
1942
1942 Carta
de Despedida de Olga Benário Prestes
1941
1940
1940 Instituição do Salário
Mínimo.
^
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Década
de 1930 – Século 20
1939
1938
1937
1937 Golpe de Estado com a implantação
do Estado Novo.
1937
Front Populaire vence as eleições
na França.
1936
1936 Frente Popular vence as eleições
na Espanha.
1935
1935 Insurreição
da Aliança Nacional Libertadora.
1934
1934 Constituição
de 1934
1934
Promulgada a Segunda Constituição
Republicana.
1934
São sancionados o Código
Florestal, que impõe limites
ao exercício do direito de propriedade,
e o Código de Águas.
1933
1932
1932 Revolução Constitucionalista
de São Paulo.
1931
1930
1930 Golpe militar e início do primeiro
governo de Getúlio Vargas no Brasil.
^
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Década
de 1920 – Século 20
1929
1929 Terceira Convenção
de Genebra.
1928
1928 Ludwig Schwennhagen, historiador de
origem austríaco, publica no Brasil,
sua Antiga História do Brasil - De
1100 a.C. a 1500 d.C., produto de uma profunda
investigação que a história
oficial não considerará até
fins do século XX. Nesta obra conclui-se
que os fenícios estiveram na América
do Sul muito antes da era cristã.
1927
1926
1925
1924
1924 Revolução de São
Paulo liderada por Isidoro Dias Lopes.
1923
1923 Aprovação da Lei Eloy
Chaves no Brasil.
1922
1922 Revolta dos 18 do Forte de Copacabana.
1922 Fundação do Partido Comunista
do Brasil.
1921
1920
^
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Década
de 1910 – Século 20
1919
1919 Fundação da OIT.
1918
1917
1917 Eclode em São Paulo uma greve
de operários.
1917 Primeira Greve Geral no Brasil.
1917 Revolução
Russa.
1916
1916 Surge o Código
Civil Brasileiro
1915
1915 Alfonso de Lima Barreto (1881-1922)
publica no Brasil a sua novela O Triste
Fim de Policarpo Quaresma, onde a personagem,
em plena loucura, implora a seus contemporâneos
abandonar o português em favor do
Tupi.
1914
1913
1912
1911
1911 É expedido o Decreto nº
8.843, que cria a primeira reserva florestal
do Brasil, no antigo Território do
Acre.
1910
1910 A
Revolta da Armada
1910
Campanha Civilista de Rui Barbosa.
^
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Década
de 1900 – Século 20
1909
1908
1907
1907 Greves e manifestações
operárias em São Paulo.
1907 Segunda Convenção de
Genebra.
1906
1906 I Congresso Operário do Brasil.
1905
1904
1904 Rio de Janeiro é abalado pela
Revolta da Vacina.
1903
1902
1901
1901 Primeiro Congresso Socialista do Brasil.
1900
^
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Século
19
Década de
1890 - Século 19
1899
1898
1897
1897 Antônio
Conselheiro – Última Prédica
1897
Destruído o Arraial de Canudos.
1896
1895
1895 Início da crise cafeeira.
1895 Fundação da Central Sindical
da França – CGT.
1894
1893
1893 Revolta Federalista no Rio Grande do
Sul.
1893 Mulheres conquistam o direito de voto
na Nova Zelândia.
1892
1891
1891 Constituição
Republicana
1891
Promulgada a primeira Constituição
da República.
1890
^
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Década
de 1880 – Século 19
1889
1889 Proclamada a República no Brasil.
1888
1888 Lei
Áurea
1888
Assinada a Lei Áurea pela Princesa
Isabel.
1888 Abolição da escravidão
no Brasil.
1888 Conquista da jornada de 8 horas de
trabalho na Austrália.
1887
1886
1885
1885 Lei
dos Sexagenários
1885
Aprovada a Lei do Sexagenário.
1884
1884 Província do Ceará extingue
o regime de escravidão.
1883
1883 Conquista dos primeiros direitos sociais
na Alemanha.
1882
1881
1880
^
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Década
de 1870 – Século 19
1879
1878
1877
1876
1875
1874
1873
1873-75 Estado e a Igreja entram em choque
na Questão Religiosa.
1872
1871
1871 Lei
do Ventre Livre
1871
Instituída a Lei do Ventre Livre,
promulgada pelo gabinete Rio Branco.
1870
1870 Finaliza a Guerra Grande com a morte
do Marechal Solano López, e se reinicia
a guerra contra o guarani, "a língua
selvagem", proibindo-se o seu uso nas
escolas. Aqueles que o usam são qualificados
de "guarangos", e sujeitos a penalidades
sociais. O guarani passará a ser,
novamente, uma língua oral.
^
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Década
de 1860 – Século 19
1869
1868
1867
1866
1865
1865 Formação da Tríplice
Aliança, para combater o Paraguai.
1865 Início da Guerra do Paraguai,que
embora aniquilará ao Paraguai, facilitará
o renascimento do guarani. Durante a guerra,
o Paraguai transmite segredos militares
em guarani, e seu presidente, Francisco
Solano López, o utiliza em todos
os seus discursos oficiais.
1864
1864 Intervenção do Brasil
no Uruguai e inicia a Guerra do Paraguai.
1864 Primeira Convenção de
Genebra.
1863
1862
1861
1860
^
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Década
de 1850 – Século 19
1859
1858
1857
1856
1855
1854
1853
1852
1851
1850
1850 Lei
Eusébio de Queiroz proíbe
o trafico de escravos para o Brasil.
^
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Década
de 1840 – Século 19
1849
1848
1848 Eclode a Revolução Praeira
em Pernambuco.
1848 Lançamento
do Manifesto Comunista.
1847
1846
1845
1844
1843
1842
1841
1840
1840 Golpe da Maioridade dando início
o IIº reinado.
1840 Francisco Adolfo de Varnhagen começa
uma série de propostas ao governo
do Império do Brasil para que seja
restituído o ensino do Tupi, língua
que já entrou em decadência,
mas as suas súplicas não são
ouvidas.
^
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Década
de 1830 – Século 19
1839
1838
1837
1837 Movimento da Sabinada na Bahia.
1836
1835
1835 Eclosão da Guerra dos Farrapos
no Rio Grande do Sul.
1834
1834 Ato Adicional que modificou a Carta
de 1824.
1833
1832
1831
1831 Abdicação de D.Pedro
I.
1830
^
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Década
de 1820 – Século 19
1829
1828
1827
1826
1825
1825 Portugal reconhece a independência
do Brasil.
1824
1824 Constituição
Imperial
1824 Confederação
do Equador - Manifesto de Proclamação
1824 Manifesto
do Frei Caneca
1824
Revoluções liberais em São
Paulo e Minas.
1823
1822
1822 Proclamada a Independência do
Brasil.
1821
1821 Volta da Corte Portuguesa para Portugal.
1820
^
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Década de
1810 – Século 19
1819
1818
1817
1816
1815
1814
1813
1812
1811
1810
^
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Década
de 1800 – Século 19
1809
1808
1808 Chega ao Brasil a família Real
Portuguesa.
1807
1806
1805
1804
1803
1802
1801
1800
^
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Século
18
Década de
1790 - Século 18
1799
1798
1798 Conjuração Baiana, Alfaiates
rebelaram contra os portugueses.
1797
1796
1795
1794
1794 Ocorre a Conjura no Rio de Janeiro.
1793
1792
1792 Tiradentes é enforcado.
1791
1790
^
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Década
de 1780 - Século 18
1789
1789 a 1791 Tiradentes
Autos do depoimento
1789
Eclode a Conjuração Mineira
1788
1787
1786
1785
1784
1783
1782
1781
1780
^
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Década
de 1770 - Século 18
1779
1778
1777
1777 Assina-se o Tratado de Santo Ildefonso,
pelo qual a Espanha recupera os sete povos
perdidos em 1750 para Portugal
1776
1775
1774
1773
1772
1771
1770
^
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Década
de 1760 - Século 18
1769
1768
1767
1767 Carta régia afirma a necessidade
de proteção a rios, nascentes
e encostas, que passam a ser declarados
propriedades da Coroa.
1766
1765
1764
1763
1762
1761
1760
Década
de 1750 - Século 18
1759
1759 Chega ao fim o regime de capitanias
hereditárias no Brasil.
1758
1758 A língua Tupi e a Companhia
de Jesus no Brasil sofrem um gravíssimo
prejuízo: o Marquês de Pombal
proíbe o ensino e o uso do Tupi,
com a finalidade de acrescentar o domínio
do português. Em pleno auge, esta
bela língua é refreada com
a força da lei.
1757
1756
1756 Produz-se a Guerra Guaranítica,
face à negativa dos Guarani, afetados
pelo Tratado de Permuta, de pertencer aos
portugueses. Os Guarani são vencidos.
1755
1754
1753
1752
1751
1750
1750 Assinado o Tratado de Madri entre Portugal
e Espanha.
1750 Celebra-se o Tratado de Permuta (de
limites) entre a Espanha e Portugal. Neste
Tratado entregam-se a Portugal 7 povos Guarani
da margem esquerda do rio Uruguay, em troca
da Colônia de Sacramento (hoje Colônia,
Uruguay).
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Década
de 1740 - Século 18
1749
1748
1747
1746
1745
1744
1743
1742
1741
1740
^
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Década
de 1730 - Século 18
1739
1738
1737
1736
1735
1734
1733
1732
1731
1730
^
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Década de
1720 - Século 18
1729
1728
1727
1726
1725
1724
1723
1722
1721
1720
^
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Década
de 1710 - Século 18
1719
1718
1717
1716
1715
1714
1713
1712
1711
1710
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Década
de 1700 - Século 18
1709
1708
1708-10 Eclode a Guerra dos Emboabas em
Minas. É criada a capitania de Minas
de Ouro e São Paulo.
1707
1706
1705
1704
1703
1702
1701
1700
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Século 17
Década de
1690 - Século 17
1699
1698
1697
1696
1695
1695 Quilombos dos Palmares é destruído
por Domingos Jorge Velho.
1694
1693
1692
1691
1690
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Década de
1680 - Século 17
1689
1688
1687
1686
1685
1684
1683
1682
1681
1680
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Década
de 1670 - Século 17
1679
1678
1677
1676
1675
1674
1673
1672
1671
1670
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Década
de 1660 - Século 17
1669
1668
1667
1666
1665
1664
1663
1662
1661
1660
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Década
de 1650 - Século 17
1659
1658
1657
1656
1655
1654
1653
1652
1651
1650
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Década
de 1640 - Século 17
1649
1648
1647
1646
1645
1644
1643
1642
1641
1640
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Década
de 1630 - Século 17
1639
1638
1637
1636
1635
1634
1633
1632
1631
1630
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Década
de 1620 - Século 17
1629
1628
1627
1626
1625
1624
1623
1622
1621
1621 Divisão política-administrativa
da colônia.
1620
1620-50 Bandeirantes paulistas atacam as
missões jesuíticas no sul.
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Década
de 1610 - Século 17
1619
1618
1617
1616
1615
1614
1613
1612
1611
1610
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Década
de 1600 - Século 17
1609
1608
1607
1606
1605
1605 Surge a primeira lei de cunho ambiental
no País: o Regimento do Pau-Brasil,
voltado à proteção
das florestas.
1604
1603
1602
1601
1600
^
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Século
16
Década
de 1590 - Século 16
1599
1598
1597
1596
1595
1595 Anchieta publica Arte de grammatica
da lingoa mais usada na costa do Brasil.
Esta língua é o Tupi que,
nestas alturas do tempo, já é
bem diferente do Guarani.
1594
1593
1592
1591
1590
^
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Década
de 1580 - Século 16
1589
1588
1587
1586
1585
1584
1583
1582
1581
1580
^
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Década
de 1570 - Século 16
1579
1578
1577
1576
1575
Chegam os franciscanos ao Rio da Prata,
com intenção evangelizadora.
1574
1573
1572
1571
1570
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Década
de 1560 - Século 16
1569
1568
1567
1566
1565
1765 É instituída a derrama
na região de Minas Gerais.
1564
1563
1562
1561
1560
1560 chegam os primeiros escravos para as
plantações e engenhos. Diversos1
1560 Várias cópias manuscritas
de uns apontamentos de José de Anchieta,
sobre a gramática de língua
Tupi, circulam entre seus companheiros jesuítas,
que os lêem com avidez e os usam para
o ensino.
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Década
de 1550 - Século 16
1559
1558
1557
1556
1555
1554
1553
1553 Chegam os primeiros jesuítas
ao Brasil. Estes missioneiros dedicam-se
imediatamente ao estudo do Tupi, liderados
por José de Anchieta.
1552
1551
1550
1550-60 Chegam as primeiras levas de escravos
africanos para o Brasil.
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Década
de 1540 - Século 16
1549
1549 Nomeação do primeiro
governador geral do Brasil.
1548
1548 É criado o governo geral no
Brasil.
1547
1546
1545
1544
1543
1542
1541
1540
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Década
de 1530 - Século 16
1539
1538
1537
1536
1535
1534
1534 D.João III institui o sistema
de capitanias hereditárias no Brasil.
1533
1532
1531
1530
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Década de
1520 - Século 16
1529
1528
1527
1526
1525
1524
1523
1522
1521
1520
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Década
de 1510 - Século 16
1519
1518
1517
1516
1515
1514
1513
1512
1511
1510
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Década
de 1500 - Século 16
1509
1508
1507
1506
1505
1504
1503
1502
1501
1501 Coroa Portuguesa concede a Fernão
de Noronha o direito de exploração
do pau-brasil.
1500
1500 A
Carta de Pero Vaz de Caminha
1500
Chega Pedro Álvares Cabral ao Brasil
e toma posse da terra em nome de Dom Manuel
I, Rei de Portugal.
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Século
15
Década de
1490 - Século 15
1499
1498
1497
1496
1495
1494
1494 Tratado
de Tordesilhas
1494
Assinatura do Tratado de Tordesilhas (delimitação
das terras) entre a Espanha e Portugal.
Isto acentuará a divisão entre
os Guarani e os Tupi
1493
1492
1491
1490
^
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