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Tecido Social
Correio Eletrônico da Rede Estadual de Direitos Humanos - RN

N. 009 – 08/11/03

ENTREVISTA 

Ali Nakhlawi 

(União da Juventude Árabe para a América Latina) 

"Israel impede que os jornalistas acessem aos lugares onde ele comete seus crimes"

Durante a tarde do sábado teve lugar no Mineirinho a “Jornada pela democratização da mídia”, evento promovido pelo jornalista e escritor José Arbex e que contou com a presença, entre outros, de Gustavo Petta da União Nacional de Estudantes, de Maria Luisa Mendonça da ONG Rede Social pela Justiça e os Direitos, da jornalista cubana Aixa Hevia González, da estudante palestina Moaya Dragme, da jornalista venezuelana Blanca Eekout e do jornalista norteamericano Norman Solomon (uma das poucas vozes críticas, nos Estados Unidos, sobre a cobertura da mídia! americana na guerra no Iraque). Após o evento, José Arbex lançou a campanha nacional “Veja que mentira”, que tem como objetivo incentivar a população brasileira a boicotar a revista Veja, considerada um veículo de criminalização dos movimentos sociais, de propagação de mentiras sobre todas as questões mais relevantes para o povo brasileiro (Reforma Agrária, transgênicos, Alca, etc.), além de ser um meio completamente parcial, grosseiro e socialmente irresponsável que vende aos próprios leitores uma imagem falsa de “imparcialidade” e “neutralidade”.

O estudante palestino Ali Nakhlawi, da União da Juventude Árabe para a América Latina (UJAL), participou do evento e concedeu esta entrevista a
Tecido Social.

Por Antonino Condorelli

Qual é a situação em que vive, hoje, o povo palestino?

Todo dia tem invasões e massacres por parte do exército israelense nos territórios ocupados. Hoje mesmo houve um! a invasão em Rafa e sobraram muito poucas casas, muita gente foi expulsa arbitrariamente em mais um destes abusos que eles chamam de “operações de segurança”. Um outro povoado, Djails, que se encontra em Kaukília (uma cidade que ficou dividida pelo muro de segregação racial) foi cercado. O povo de Djails perdeu todos seus terrenos, os camponeses perderam seus pés de oliveira e os colonos estão roubando a colheita das azeitonas. Ontem houve um enfrentamento onde morreram seis palestinos, dois deles era crianças. A situação está muito difícil, o muro está causando um massacre. E a gente considera que este é um crime político e uma segregação racial.

Qual é a situação da mídia na Palestina?

Eu posso falar da experiência que está acontecendo no mundo árabe e na Palestina. Hoje se está formando uma frente de intelectuais que criou canais de televisão, sites da Internet em vários idiomas, jornais e outros veículos com os quais estão tentando transmitir para o ! povo o que realmente acontece. É um fenômeno que está se espalhando por todo o mundo árabe: está acontecendo no Líbano, existe um grupo grande na Palestina e outros no Bahrein, na Arábia Saudita, na Síria, na Jordânia e no Egito. Isto quer dizer que no mundo árabe existe uma geração de intelectuais que está tentando transformar a mídia, democratizá-la. Esperamos que este processo ajude a modificar também a informação da mídia internacional sobre o mundo árabe, que os grandes meios estrangeiros acessem a fontes mais diversificadas e transmitam também as notícias que normalmente são excluídas da agenda por não serem convenientes para os israelenses.

O que é que a mídia internacional não fala, que esconde da situação real do povo palestino?

Muitas coisas. Cada vez que acontece um ataque dos kamikazes palestinos a presença dos jornalistas estrangeiros no lugar do evento não só é permitida, mas incentivada, enquanto é proibido o acesso dos jornalistas árabes.! Pelo contrário, quando acontecem massacres do exército israelense contra a população civil palestina Israel proíbe a entrada de jornalistas, que são obrigados a passar a informação oficial por falta de outras fontes. Uma das políticas do governo israelense é de impedir aos jornalistas de acessar aos lugares onde acontecem os crimes cometidos por ele. No dia 7 de setembro cerca de 150 mulheres israelenses fizeram uma marcha contra o muro da segregação racial e foram agredidas pelo exército de Israel, mas estas coisas não se vêem nem se ouvem, ninguém chega a conhecê-las.

Veja também:
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