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Tecido Social
Correio Eletrônico da Rede Estadual de Direitos Humanos - RN

N. 006 – 02/11/03

NOTÍCIAS

Tribunal Internacional condena os crimes do latifúndio no Pará

As violações dos direitos humanos dos trabalhadores rurais do Pará foram julgadas a semana passada pelo Tribunal Internacional dos Crimes do Latifúndio que teve lugar em Belém de 27 a 31 de outubro. A iniciativa foi promovida por várias organizações entre as quais o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a CUT.

O Tribunal foi presidido pelo jurista Hélio Bicudo e esteve composto, entre outros, pela juíza federal Salete Macaloz; pelo professor de Ciência Política da Universidade de Binghamton (EUA), James Petras; pelo representante da Fundação Internacional Lélio Basso (Itália), Dalmo Dalari; pela presidenta do movimento das Madres de Plaza de Mayo (Argentina), Hebe Bonafini; e pelo secretário executivo do Mutirão Nacional para a Superação da Miséria e da Fome e membro do Programa Fome Zero, padre Matias Martinho Lenz.

Entre os réus se encontravam o ex-governador do Estado do Pará, Almir Gabriel, e o ex-Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. Durante o período de governo dos dois aconteceram 113 assassinatos de trabalhadores, 76 tentativas de homicídio, 295 ameaças de morte e 219 prisões arbitrárias.

Entre os crimes que foram julgados pelo Tribunal Internacional estão o massacre de Eldorado dos Carajás (onde 19 Sem Terra foram assassinados pela polícia estadual do Pará) e várias mortes como a de Onalício Araújo Barros (Fusquinha) e Valentim Serra (Doutor), líderes do MST; a de José Dutra da Costa (Dezinho), Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rondon do Pará, e a de Ivo Laurindo do Carmo, líder do MST. Também estiveram na lista crimes ambientais, grilagens de terras e trabalho escravo.

O ex-governador do Pará, Almir Gabriel, e o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso foram condenados simbolicamente por ter propiciado, incentivado e protegido a violência contra os trabalhadores rurais e por terem sido autores de ações governamentais fortalecedoras de atitudes de grilagem, de desmatamento, de crimes ambientais, de assassinatos, de massacres, de impunidade, de evasão de riquezas e de trabalho escravo.

(Fonte: Comissão Pastoral da Terra e Tribunal Internacional dos Crimes do Latifúndio)

Veja também:
- Carta aberta às alienadas e os alienados
- DENÚNCIA. Juiz protege policiais militares autores de tortura contra um menor em Tocantins

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