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O que é o Guia Estadual de Direitos Humanos do RIO GRANDE DO NORTE Amazonas
 

Ajuricaba

A primeira personalidade importante da história de Manaus, e do Amazonas, é certamente a do índio guerreiro Ajuricaba.

Em um afluente da margem esquerda do rio Negro, havia três grandes aldeias. Em uma delas reinava o destemido Ajuricaba, amado e respeitado por sua gente. Filho de Huiuiebéu, um dos maiores chefes dos manaus, tribo considerada a maior confederação ameríndia da Amazônia, e neto de Caboquena, Ajuricaba era forte, robusto e corajoso. As filhas dos tucanos e dos barés o disputavam, mas ele escolheu como companheira a mais bela cunhantã dos titiás poderosos.
Os brancos que aqui chegaram mataram e desonraram as belas índias, e por esse motivo Ajuricaba se rebelou contra eles. Em 1727, à frente de centenas de bravos, guiou-os no combate ao invasor das terras.

Em 1723, uma tropa de resgate enviada de São Luís, sob o comando de Manuel Braga, foi atacada pelo guerreiro Ajuricaba. O governador paraense, sabendo do feito, recorreu à Lisboa, pedindo armas, munições e soldados, alegando que Ajuricaba estava aliado aos holandeses. O rei de Portugal enviou armas e um capitão, Belchior Mendes de Morais, com sua tropa ao rio Negro, a fim de proteger os sertanistas dos ataques de Ajuricaba.

Belchior, não conseguindo conter a fúria de Ajuricaba, pediu reforço ao governador, que enviou o capitão João Paes do Amaral e alguns soldados.

O missionário frei José de Souza conseguiu fazer uma aliança com Ajuricaba, trocou a bandeira dos holandeses pela bandeira de Portugal, obtendo 50 escravos como resgate.

Os carmelitas, a serviço da Holanda, não gostaram do acordo feito com os jesuítas, pois tinham interesse nos manaus e no próprio guerreiro, visando à conquista da região.

O governador Maia da Gama pediu mais reforços da metrópole e convocou a chamada Guerra Justa, através de uma lei de 28 de abril de 1688. Dos representantes que aprovariam o início da guerra, apenas o reitor do colégio dos jesuítas votou contra. Assim foi declarada a guerra contra os manaus e Ajuricaba.

Segundo relato do cronista Ribeiro de Sampaio, no primeiro confronto foram presos de 300 a 2 mil nativos. Ajuricaba perdeu o filho, o jovem Cacunaca, e foi também prisioneiro e transportado para Belém. Ao atravessar o encontro das águas, houve um motim, que colocou em perigo a tropa de Belchior e Amaral. Dominado o levante, depois de muito derramamento de sangue, Ajuricaba e um amigo se lançaram nas águas do rio que tanto amavam, morrendo afogados. O fato foi comunicado a Lisboa em 26 de setembro de 1727.

Em carta de 23 de janeiro de 1728, o rei D.João declarou ao governador Maia da Gama: "Tudo que obraste foi com acerto e ajustado com as minhas ordens e se vos aprova o que nesta parte dispusestes".


AP

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