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Insurreição Comunista de 1935
em Natal e Rio Grande do Norte

 

A Revolta Comunista de 1935 em Natal
Relatos de Insurreição que gerou o primeiro soviete nas Américas
Luiz Gonzaga Cortez

 

 

 

 

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18. Adulteraram o relatório da insurreição

Enquanto o aposentado Sizenando Filgueira, residente em Lagoa Seca e que não foi ressuscitado, pois concedeu entrevista em setembro passado ( a gravação está conosco), afirma que Luiz Gonzaga era um débil mental que ele matou nas margens do mangue do rio Potengi, no dia 24 de dezembro de 1935, o ofício do major Luiz Júlio, comandante do Batalhão Policial, endereçado ao Governador Rafael Fernandes, no dia 24 de dezembro de 1935, confirma que se tratava de um soldado da PM e que foi morto após o tiroteio que durou 19 horas.

O citado ofício confirma que Sizenando Filgueira não é um mentiroso, mas que foi ele e Odilon Rufino, que comandavam um grupo de rebeldes, que prenderam o tenente-coronel Pinto Soares e o major Luiz Júlio, a uns 200 metros do quartel do Batalhão. “O tenente José Paulino de Medeiros, encontrando-se com uma patrulha rebelde, recebeu uma rajada de arma automática que o atingiu no tronco e no antebraço esquerdo que teve de ser amputado. O signatário seguia em companhia do Tenente Coronel Pinto Soares rumo à Escola de Aprendizes Marinheiros, quando um troço de insurrectos chefiado pelos indivíduos Odilon Rufino e Sizenando Filgueira, fardados de Sargento do Exercito, os aprisionaram a uns duzentos metros do Quartel tiroteiado, sendo ambos recolhidos presos ao Quartel dos rebeldes”, afirmou o major Luiz Júlio no ofício ao governador.

No final do ofício, o major Luiz Júlio diz que “ após a retirada deste Quartel foi atingido e morto por certeiros tiros do inimigo, o soldado Luiz Gonzaga, que na metralhadora pesada se salientara como um bravo.”

Por que falsificaram?

Não foi o repórter que disse que Luiz Gonzaga não era soldado da PM e um falso herói-mártir da Polícia Militar do RN. Sizenando Filgueira, que pode ser facilmente localizado, foi quem disse que ele matou “Doidinho”, nu da cintura para cima, vestindo um calção cáqui molhado, nos fundos do quartel da PM, no dia 24 de novembro de 35. “Essa história do herói Luiz Gonzaga foi invenção do Dr. João Medeiros Filho para motivar comemorações anuais e alimentar o anticomunismo”. Essa declaração é de Sizenando Filgueira, o “S. F.”.

No seu livro “Vertentes”, o desembargador João Maria Furtado, vitima da repressão pós 35, também sustenta a versão dita por Sizenando Filgueira. “J.M.F.” acha que o herói Luiz Gonzaga tornou-se soldado com efeito retroativo. Basta ler “Vertentes”.

Sem querer servir de “refrão a inimigos do Estado Democrático” nem desafinar a harmonia da pesquisa jornalística sobre o comunismo no RN na década de 30, onde não cabe levantar opiniões jurídicas ou anti-jurídicas, devemos comunicar aos leitores, a bem da verdade, que constatamos adulterações no “Relatório do Delegado da Ordem Social (sobre a insurreição) – Departamento de Segurança Pública – Delegacia de Ordem Social e Investigações”, datado de 18 de abril de 1936.

O relatório foi encaminhado ao Chefe de Polícia quase cinco meses depois da revolução comunista de 35 e não registra morte do tal soldado Luiz Gonzaga. O relatório, assinado por Enoch Garcia, “Del. Auxiliar responsável pela Delegacia de Ordem Social”, foi inserido no livro “Meu Depoimento” , de autoria de João Medeiros Filho, publicado em 1937. O relatório está transcrito entre as páginas 107 e 112 de “Meu Depoimento”, editado dois anos depois da insurreição. E nenhum fala no soldado Luiz Gonzaga. Por quê?

Mas no livro “ 82 Horas de Subversão”, impresso no Centro Gráfico do Senado Federal, em 1980, de autoria de João Medeiros Filho, chefe de polícia do RN em 1935, o relatório do Delegado de Ordem Social, Enoch Garcia foi novamente enxertado nas páginas 97 a 101. Mas o enxerto sofreu uma adulteração. É no trecho “As Victimas” (página 111 da 1ª edição de “Meu Depoimento”), na página 100 do livro “82 Horas de Subversão”. A adulteração enxertada no relatório está na segunda linha do intertítulo “As Víctimas”: “Soldados Luiz Gonzaga, do Batalhão Policial”. Observem que a segunda linha do citado trecho começa com “Entre os mortos contam-se as seguintes: Octacilio Werneck assassinado barbaramente à porta de sua residência a tiros de fuzil pelo comunista Epiphanio Guilhermino de Oliveira”...

Por quê a adulteração?

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