Categoria
Institucional
REDE
DHnet - Rede de Direitos Humanos
Criada em 1994, a Rede
DHnet (www.dhnet.org.br), com sede em Natal (RN) dedica-se à difusão e promoção dos
Direitos Humanos. É filiada ao Movimento Nacional de Direitos Humanos, à Rede
Brasileira de Educação para os Direitos Humanos e à Rede de Informação para o
Terceiro Setor. Pauta-se por uma concepção abrangente, na mais resoluta
afinidade com as orientações normativas em vigência na Organização das Nações
Unidas – ONU.
Alcança não apenas dos clássicos direitos
civis, como também os direitos sociais, políticos e culturais de última geração.
Dedica-se à promoção dos direitos de todos os grupos sociais que constituem,
nesta sociedade, alvo privilegiado de graves violações de Direitos Humanos, como
aqueles discriminados em virtude de clivagens sócio-econômicas, como pobreza,
origem migratória, gênero, geração, raça e etnia, opção sexual, portadores de
necessidades especiais.
Suas principais características compreendem
esforço por cobrir todo o território nacional, prestar informações sobre leis,
convenções e direitos, bem como informações úteis quanto à presença, em cada
estado da federação, de instituições, públicas e privadas, encarregadas da
promoção e proteção dos Direitos Humanos.
A Rede DHnet prioriza o tratamento de
temas conexos, como origens históricas e desenvolvimento contemporâneo dos
Direitos Humanos, educação para os Direitos Humanos, cibercidadania, memória
histórica, arte e cultura, além de dispor de uma central de denúncia.
Um de seus projetos mais inovadores consiste
na Enciclopédia Digital de Direitos Humanos, já em sua segunda versão, produzida
sob a forma de CD-ROM. Por sua abrangência, por sua capacidade de inovação e de
documentação de sua experiência, a Rede DHnet foi agraciada para o Prêmio USP de
Direitos Humanos, ano 2002, na categoria institucional.
Categoria
Individual
MARGARIDA GENEVOIS
A Sra. Margarida Genevois é bastante
conhecida, em virtude de sua extensa contribuição para a promoção dos direitos
humanos. Bacharel em ciências sociais, pela Escola de Sociologia e Política de
São Paulo, iniciou suas atividades profissionais na Fazenda São Francisco da
Cia. Rhodia Brasileira, exercendo tarefas de coordenação e direção de programas
de atendimento a crianças desnutridas e de orientação às mães quanto aos
cuidados com seus filhos. Desde essa época, firmou compromissos e laços
indissolúveis com a defesa dos direitos humanos, em especial dos grupos sociais
mais vulneráveis a graves violações desses direitos, como mulheres, crianças,
adolescentes, internados nas instituições de controle social, trabalhadores
empobrecidos, carentes de acesso às instituições de justiça e bem-estar social.
Suas convicções tornaram-se ainda mais sólidas durante a vigência do regime
autoritário no Brasil (1964-1985) quando se empenhou pessoalmente na luta contra
as prisões arbitrárias, pelo retorno do Estado de direito, pela reconstrução da
normalidade democrática nesta sociedade. Encerrada a transição, persistiu em
suas atribuições quase missionárias, no sentido de garantir a universalização
dos direitos humanos para o conjunto dos cidadãos e cidadãs brasileiras.
Desde meados da década de 1970, integrou
conselhos e comissões como: a Comissão Justiça e Paz de São Paulo (sua
presidente), a Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos (sua
coordenadora) e membro: da Comissão Nacional de Justiça e Paz, do Conselho
Nacional dos Direitos da Mulher, da Comissão Teotônio Vilela, do Conselho da
Escola de Governo, do Conselho da Comunidade Solidária. Colaborou com inúmeras
missões de visitas para monitorar direitos humanos, por todo o país, além de
países da América do Sul e Central.
Tem participado com regularidade dos mais
importantes fóruns nacionais e internacionais, oportunidade em que alia ao
relato de suas experiências pessoais a promoção e educação para os direitos
humanos. Homenageada com importantes condecorações – como a Medalha Ordre
National du Mérite (Governo da França), IV Prêmio Nacional dos Direitos Humanos
(Governo Brasileiro), Ordem do Rio Branco (Governo Brasileiro, Ministério das
Relações Exteriores) –, jamais havia sido homenageada por uma Universidade
pública. A outorga do Prêmio USP de Direitos Humanos, ano 2002, na categoria
individual, vem suprir esta lacuna.
Fonte: Biblioteca Virtual de Direitos
Humanos da
Universidade de São Paulo Comissão de Direitos
Humanos
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