será a paixão um amontoado de destroços?
sai de ti com oceano nos olhos.
e desde de então sou essa mulher em silêncio.
magra e triste, desmanchei-me em mortes.
de barro e piedade, fizeram-me.
e agora eu me quebro.
rasgo meu ventre em praça distante.
corvos e unicórnios
observam a indizível mulher que nasceu homem
e o absoluto homem que nasceu mulher.
toda metrópole é um monstro, delicioso, irrecuperável.
somos vítimas do que fascina
pérolas primeiras pecaram por nós.
descansemos.
|