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Militantes Reprimidos no Rio Grande do Norte
Raimundo Ubirajara de Macedo

Livros e Publicações

... e lá fora se falava em liberdade
Ubirajara Macedo, Sebo Vermelho 2001

Aldo da Fonseca Tinoco

Formado em Odontologia, o ex-deputado estadual Aldo Tinoco estava exercendo em São Paulo, na USP, a função de professor de Medicina Sanitária, quando foi obrigado a voltar a Natal, em situação nada cômoda. Fora “dedurado” por antigos companheiros seus da Universidade do Rio Grande do Norte como “perigoso comunista” e, então, foram buscá-lo na “toca vermelha” da famosa universidade paulista. Lembro-me da chega de Aldo à nossa cela, sempre cauteloso e evitando conversa. Isto nos primeiros dias, porque depois se soltou e as conversas fluíram bem humoradas. Certo dia, chegou mais um preso que não sabíamos quem era. Depois ficamos sabendo que era Edgar Dantas, comerciante de Macaiba, homem bom e cordato, porém Aldo não sabia por que ele havia chegado ali. Edgard Dantas apenas era vereador na terra de Auta de Souza, não tendo nenhuma vinculação com os partidos de esquerda na época. Aldo quando viu o comerciante chegar, cobriu-se todo pensando que Edgard tinha vindo para patrulhá-lo. Nada disso, o modesto comerciante tinha sido vítima também da “deduragem” que campeava solta e não perdoava ninguém. Com os dias é que foi se sabendo da história de Edgard. Então, voltou tudo ao normal, com Aldo tranquilo, se é que há tranquilidade em prisão, e o macaibense contando o porquê de sua estada ali. Poucos dias depois, Aldo era transferido para o presídio de Fernando de Noronha, justamente no mesmo dia em que foram Djalma Maranhão e o ex-deputado Floriano Bezerra. Pela madrugada, os companheiros de prisão foram acordados e imediatamente receberam ordens para aprontar as “malas” e, algemados, foram quase arrastados para o transporte que os levariam para o aeroporto. Foi mais um dia de desespero, não só para os que foram, como para os que ficaram, pois na hora não se sabia qual era o destino dos três. Posteriormente é que soubemos o que acontecera com os mesmos.

Não poderia deixar aqui de relembrar outras figuras que estiveram conosco naqueles dias que, espero, não voltem mais. Entre eles, Waldier Gomes dos Santos, líder rural em Montanhas e Pedro Velho, no agreste potiguar, que foi torturado por mais de uma vez; Osvaldo Guedes de Moura, que agenciou por muito tempo o jornal de esquerda “O Semanário”; Manoel Bento da Silva, agricultor na região de Baia Formosa; o protético Washington Luis Fernandes; José Nunes, sapateiro em Nova Cruz; Carlos Alberto Galvão Siqueira, funcionário público residente em Natal; Francisco de Assis Gomes, estudante na época, outro torturado e que precisou da intermediação de dom Eugênio Sales para que não voltasse a ser molestado fisicamente. Logo depois, Gomes seria libertado, mas sofreu muito antes que saísse da prisão. Finalmente, fechando esta relação, o professor e político em Canguaretama Noel Bernardo de Oliveira e o estudante, na época, Nilson Advíncula de Souza, nascido em Macaíba, mas residente em Brasília. É bem possível que alguns nomes tenham escapado de minha lembrança, mas se aconteceu, peço desculpas.

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