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Militantes Reprimidos no Rio Grande do Norte
Raimundo Ubirajara de Macedo

Livros e Publicações

... e lá fora se falava em liberdade
Ubirajara Macedo, Sebo Vermelho 2001

Como começou

A minha prisão, no dia 07 de abril de 1964, deu-se no saguão principal da agência sede dos Correios e Telégrafos, juntamente com o saudoso professor e pastor protestante José Fernandes Machado, que fazia parte da diretoria do então DCT, que tinha como diretor o professor Luiz Gonzaga de Souza; este autor, como secretário; Itan Pereira, chefe de pessoal; José Antonio da Silva, chefe de tráfego pessoal; Álvaro Lima, chefe do setor econômico e Amauri Borges, chefe do tráfego telegráfico.

Antes, no dia cinco de abril, o diretor regional fora preso também no âmbito da própria diretoria, na sala onde dava expediente. Naquele momento, como Luiz era muito popular, os funcionários pararam de trabalhar e, num movimento de solidariedade espontânea, descreram as escadas do prédio para abraçá-lo antes de entrar no veículo que o conduziria à prisão. Houve choro e até uma senhora desmaiou, isto tudo presenciado pelos dedos-duros, que eram poucos, mas como crápulas que eram estavam felizes porque seus objetivos começavam a frutificar junto aos que tomaram o Brasil de assalto.

É bom que se diga, antes de passar a outras fases de minha prisão, que os “dedos-duros” do antigo DCT eram, em sua maioria, analfabetos, sem preparo nenhum para ocupar cargos naquela repartição e, por isto, ficaram frustrados porque os homens da “revolução” não os aproveitaram em nenhum função gratificada. Peço desculpas aqui por não citar nomes porque alguns já morreram e não seria justo citar uns e deixar outros “esquecidos”. Seria covardia e isto a história é que julgará. Seis que aqueles que ainda vivem têm dado “belos” exemplos de “honestidade” e convivência junto à sociedade. Isto basta. E esquecê-los é melhor, porque não sujam as páginas deste despretensioso trabalho.

Voltando ao fatídico sete de abril. Ao chegarmos ao Regimento de Infantaria fomos ouvidos por um capitão, de cujo nome eu não lembro. Machado, primeiro, com uma hora mais ou menos de conversa. Logo depois me chamaram e aí veio aquela conversa mole de comunismo, de células, de ativismo subversivo, isto tudo para justificar a prisão de pessoas honestas e trabalhadoras. Coisas ditadas pela CIA, FMI, multinacionais, enfim, os cúmplices maiores de “revolução”. Sabemos que eles (não todos) fizeram cursos especiais de tortura e métodos capazes de arrancar dos presos políticos tudo o que eles queriam saber. Mas aí, a bem da verdade, não foi o caso. Não houve tortura, prá começo de conversa, no que diz respeito ao autor.

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