História
dos Direitos Humanos no Brasil
Encontros
Nacionais do MNDH
Movimento
Nacional de Direitos Humanos
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1982
I
Encontro Nacional de Direitos Humanos do
MNDH
1982 , Petrópolis-RJ
RIO DE JANEIRO – RJ
Comitê
Brasileiro Pela Anistia
Foi
lançado em 14 de fevereiro de 1978,
com um ato público realizado na ABI,
com tinia palestra do Gen. Pery Bevilacqua
sobre o tema Anistia.
Originou-se
de um grupo de familiares de presos políticos
e exilados políticos, dispostos a
lutar pelos direitos humanos de seus entes
queridos, oprimidos politicamente.
—
Manutenção: a partir apenas
da contribuição financeira
de seus membros (o número desses
membros chegou a 463).
—
Principais atividades: Atos públicos
em redor de temas correlatos à questão
da anistia em vários locais do Rio:
ABI — OAB — praças públicas
(Cinelândia —Praça 15
— Praça Tiradentes Praça
Serzedelo Correia, etc.).
—
Panfletagens, pixações e colagem
de cartazes sempre renovadas em toda
a cidade do Ri
—
Centro, Zona Norte, Zona Sul, Praça
Serzedelo Correia, etc.
—
Trabalho de apoio ás campanhas deflagradas
pelos presos políticos por seus direitos,
em todo o Brasil, tais como as várias
greves de fome (Ri — SP — PE
—. CE), campanhas de reivindicações
várias etc.
—
Trabalho de apoio às campanhas deflagradas
no exterior pelos exilados políticos,
por seus direitos: o direito a registrarem
seus filhos nos Consulados brasileiros,
o direito ao passaporte brasileiro etc.
—
Campanha pela soltura de Flávia Schilling,
presa no Uruguai.
—
Campanha pela soltura de Flávio Koutzii,
preso na Argentina.
—
Apoio á ex-deputada Rosalice Fernandes,
cassada e presa política.
—
Campanha pela revogação da
Lei de Segurança Nacional.
—
Campanha contra a Lei dos Estrangeiros.
—
Trabalho de apoio aos exilados latino-americanos
no Brasil: trabalho junto á ACNUR,
á CIMADE e á Anistia Internacional.
—
Campanha contra a exigência dos atestados
de ideologia.
—
Trabalho pela instauração
no Parlamento Nacional de uma CPI sobre
torturas.
—
Documento sobre a tortura no Brasil.
—
Documento sobre a situação
da mulher encarcerada (presa comum).
—
Publicação do livro: «Os
Mortos e Desaparecidos», com
cerca de 700 folhas, fartamente documentado,
sobre cada um dos quase 500 mortos
pela repressão policial militar desde
1964. Co-edição com a editora
Global.
—
Documento denúncia, juntamente com
os presos políticos, com relação
á farsa dos julgamentos nas
auditorias militares.
—
Trabalho de assessoria jurídica aos
presos e exilados políticos. Para
isto a CBA dispõe de uma equipe de
3 advogados.
Estrutura
O
CBA se estrutura, desde o início,
a partir de comissões:
—
Comissão de Exilados.
—
Comissão de Justiça
—
Comissão de Mortos e Desaparecidos.
—
Comissão de Finanças.
—
Comissão de Imprensa e Propaganda.
Desde
o seu principio o CBA teve claro:
1)
que seu trabalho o de conquistar a Anistia
Ampla, Geral e Irrestrita — devia
ser eminentemente político;
2)
que o CRA devia se voltar para as massas,
sem o que nada seria conseguido. Para tanto,
fazemos reuniões com entidades, tais
como Sindicatos, Associações
de Moradores, etc., o que passou a constituir
o Conselho de Entidades pela Anistia.
Principais
reivindicações do CBA:
1)
soltura de todos os presos políticos;
2) volta de todos os exilados políticos;
3) fim de todos os processos políticos;
4) fim da Lei de Segurança Nacional;
5) fim dos atestados de ideologia;
6) esclarecimento das mortes e dos desaparecimentos
políticos;
7)
fim das torturas e punições
dos torturadores, etc.
As
reivindicações acima, e outras,
constituem, a nosso ver, a Anistia Ampla,
Geral e Irrestrita, que é o nosso
lema.
De
1978 para cá os itens 1, 2 e 5 acima
foram atingidos. Em agosto de 1979 o governo
aprovou unia lei de Anistia parcial e injusta,
que não nos satisfez. Por isso, e
para lutar pelas reivindicações
ainda não alcançadas, o CBA
continua vivo, dando agora prioridade à
luta pelo esclarecimento das mortes
e desaparecimentos políticos.
Dentro
desta linha, em outubro de 1980 o CBA participou
de uma caravana de familiares dos mortos
e desaparecidos na Guerra do Araguaia àquela
região, a qual foi percorrida durante
15 dias, apesar do trabalho contra nós
desenvolvido na região pelo
poder militar. Levantamos dados, e a questão
foi entregue a um advogado, que fez uma
ação judicial, a qual está
em andamento.
O
CBA/RJ orgulha-se de ter contribuído
de maneira segura para uma maior participação
das massas populares no processo político
do pais, o que forçou o sistema vigente
a um projeto de abertura politica.
CBA/RJ.
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