História
dos Direitos Humanos no Brasil
Encontros
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1982
I
Encontro Nacional de Direitos Humanos do
MNDH
1982 , Petrópolis-RJ
BETIM – MG
Comissão
de Defesa dos Direitos Humanos
Em,
aproximadamente, 1980, várias pessoas
começaram a procurar os Freis
da paróquia de Betim para denunciar
torturas e violências que constantemente
vinham se sucedendo nas ruas ou mesmo na
cadeia.
A
partir destes fatos, nasceu a idéia
de começar a se reunir para
discutir sobre o que fazer. Dessas reuniões
participavam vários grupos, como:
Pastoral
operária, partidos de oposição,
outra Igreja Cristã (Metodista),
comissão de luta pelo transporte
coletivo, comissão de luta contra
poluição.
Nesse
meio tempo, sendo Betim uma cidade ainda
com muitas características interioranas
(onde o prefeito e o delegado é quem
mandam), começaram a surgir ameaças
por parte do delegado a professoras
e participantes de movimentos. Com
essas ameaças, houve maior incentivo
para a continuidade das reuniões.
Foi
elaborada uma carta de denúncias
ás violências e foi entregue
ao prefeito, delegado, vereadores,
imprensa (Jornal e TV, secretaria de segurança
pública. Ao mesmo tempo em que foi
entregue a carta, continuavam as reuniões
e ampliava o número de pessoas
e a comissão, a partir dai,
começou a buscar apoio em Belo Horizonte
(Comissão de direitos humanos, movimento
negro unificado, comitê pela anistia
e outros).
Foi
realizado um culto ecumênico (Igreja
católica e metodista), com o
pastor Gilmar e os Freis da paróquia,
onde foi denunciado as torturas policiais,
desemprego, despejo, ameaças do delegado
e ao mesmo tempo celebrou-se a caminhada
dos movimentos na cidade.
No
final do culto foram levantados vários
nomes para a formação
de uma comissão de direitos humanos
(definitiva). As pessoas começaram
a se reunir, uma delas, no inicio, recebeu
ameaça e saiu da comissão.
Durante
o ano de 1981, a comissão se reuniu
uma vez por mês, encaminhou-se alguns
trabalhos mas não tem estatuto
e nem diretoria, além disso encontra
grandes dificuldades de encontrar advogado
da própria cidade para acompanhar
a comissão.
Na
última reunião houve propostas
de: 1~ maior aprofundamento entre os membros
sobre os trabalhos que tem a serem
feitos, 2~ ver como atuar mais junto com
os movimentos existentes na cidade
(lutas pelo transporte coletivo, contra
poluição, contra despejo,
etc.), 39 como atuar diante da violência
policial do dia-a-dia em Betim, 49 tentar
conseguir um estudante de direito para desde
já trabalhar com a comissão.
A
comissão é composta, atualmente,
de oito membros, sendo a maioria profissionais
autônomos.
A
mais recente luta que está se realizando
em Betim é contra a desapropriação
de favelados para a construção
de um metrô de superfície que
ligará Betim-Belo Horizonte.
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