Projeto DHnet
Ponto de Cultura
Podcasts
 
 Direitos Humanos
 Desejos Humanos
 Educação EDH
 Cibercidadania
 Memória Histórica
 Arte e Cultura
 Central de Denúncias
 Banco de Dados
 MNDH Brasil
 ONGs Direitos Humanos
 ABC Militantes DH
 Rede Mercosul
 Rede Brasil DH
 Redes Estaduais
 Rede Estadual RN
 Mundo Comissões
 Brasil Nunca Mais
 Brasil Comissões
 Estados Comissões
 Comitês Verdade BR
 Comitê Verdade RN
 Rede Lusófona
 Rede Cabo Verde
 Rede Guiné-Bissau
 Rede Moçambique

                

Memorial Online Mércia de Albuquerque
Diários 1973-1974

ABC Reprimidos | ABC Repressores AdvogadosFamiliares | Organizações  
Projeto | Acervo Mércia | DiáriosCartasJurídico | Jornais | Peça Teatral
ÁudiosVídeos | Imagens |  Brasil Nunca Mais | Memoriais NE | Equipe


                   

Diários de Mércia Albuquerque:

A memória reconstruindo histórias de lutas
Roberto Monte e Teresa Vilaça

Os Diários da advogada militante Mércia Albuquerque Ferreira são, antes de tudo, histórias de compromissos; são relatos e expressões sobre vidas que construíram a resistência política nordestina e brasileira.

Com sua atuação em defesa dos presos políticos durante o cruel regime autoritário da Ditadura Militar, Mércia Albuquerque, advogada pernambucana, exerceu um papel importante e decisivo, de relevo histórico. Já em 1964, ainda como advogada estagiária, atuou fortemente na defesa do militante comunista Gregório Bezerra (preso na Zona da Mata de Pernambuco e brutalmente torturado em praça pública, nas ruas do bairro de Casa Forte, na cidade do Recife). Por essa iniciativa e toda sua militância em defesa dos presos políticos, Mércia Albuquerque foi perseguida e presa diversas vezes.

  

Em 2003, o Centro de Direitos Humanos e Memória Popular - CDHMP -, através de Oswaldo Monte Filho e Roberto Monte, recebeu o acervo de Mércia Albuquerque, por doação feita por seu esposo Octávio Albuquerque, a quem costumava qualificar de seu “cúmplice, sempre cúmplice”. Toda a documentação, a princípio, deveria ter sido doada à Fundação Joaquim Nabuco, mas acabou indo para o Rio Grande do Norte por decisão pessoal do seu viúvo, com o compromisso do CDHMP publicar e divulgar o material da forma mais ampla possível. Por razões tortuosas, parte do material esteve ocultado (escondido “numa cacimba”) por algum tempo, alguns itens sobreviveram apenas em cópias, e certamente muita coisa se perdeu.

O acervo recebido, constituído por diários (em grande parte desmembrados; a maior parte dos registros preservados é dos anos de 1973 e 1974), cartas e outras correspondências, material de cunho jurídico, arquivos de presos políticos, recortes de jornais - inclusive com documentos relacionados ao militante Gregório Bezerra – representa, além do seu importante valor histórico, um conjunto de falas, registros e impressões de sentimentos, sendo a forma pela qual Mércia Albuquerque buscou expressar sua indignação e seu compromisso primordial em defesa do ser humano, em defesa da vida.

Os relatos e situações descritas nos Diários de Mércia Albuquerque mostram como essa mulher militante buscou expressar de forma contundente, determinada e sobretudo sensível, e até mesmo poética, as situações de repressão, censura, torturas e o contexto histórico de todo esse período de sua luta contra a Ditadura Militar. Suas memórias, aqui apresentadas com mínimas alterações editoriais (revisão e atualização ortográfica, alguns esclarecimentos e elucidações) em respeito ao teor pessoal (autoral) e testemunhal dos originais, exaltam o compromisso com a História e a Verdade.
Mesmo sofrendo inúmeras perseguições, Mércia Albuquerque dedicou-se totalmente à tarefa de defender presos e militantes políticos. Trocava experiências com outros colegas advogados para fortalecer ainda mais as defesas. Assumiu a responsabilidade de ajudar e apoiar os familiares dos presos e presas; arriscava-se ao participar de tarefas e envolvia-se até de forma emocional com o sofrimento e a situação pela qual aqueles perseguidos e seus parentes estavam passando. Mércia Albuquerque não só fazia o atendimento técnico-jurídico – muitas vezes em casa, tornada escritório -, mas também participava com apoio e ajuda, material até, à sua clientela tão sofrida.

Agora, no ano de 2023, vinte anos após o falecimento de Mércia Albuquerque, é fundamental a socialização desse Acervo, como atitude de resistência e para prontamente fazer a revelação de fatos e situações acontecidas durante o período sangrento da Ditadura Militar.

Nesse sentido o CDHMP e a Pós TV DHnet, germes de uma Universidade Popular em construção, apresentam à sociedade, por meio da edição de mais uma obra da Editora Potiguariana e através de recordações e registros, um compromisso com a afirmação de nossa memória histórica e sobretudo com a construção permanente de nossa Democracia plena e cidadã.

Há dignidade na luta.

*Roberto Monte é militante dos direitos e desejos humanos, coordena a Pós TV DHnet

Maria Teresa de Lemos Vilaça... envio textinho, após ela mandar



 

ABC Reprimidos | ABC Repressores AdvogadosFamiliares | Organizações  
Projeto | Acervo Mércia | DiáriosCartasJurídico | Jornais | Peça Teatral
ÁudiosVídeos | Imagens |  Brasil Nunca Mais | Memoriais NE | Equipe

 

Home Page Mércia Albuquerque
Criada no ano de 2003

Desde 1995 © www.dhnet.org.br Copyleft - Telefones: 055 84 3211.5428 e 9977.8702 WhatsApp
Skype:direitoshumanos Email: enviardados@gmail.com Facebook: DHnetDh
Google
Notícias de Direitos Humanos
Loja DHnet
Linha do Tempo
Sistemas Internacionais de Direitos Humanos
Sistema Nacional de Direitos Humanos
Sistemas Estaduais de Direitos Humanos
Sistemas Municipais de Direitos Humanos
História dos Direitos Humanos no Brasil - Projeto DHnet
MNDH
Militantes Brasileiros de Direitos Humanos
Projeto Brasil Nunca Mais
Direito a Memória e a Verdade
Banco de Dados  Base de Dados Direitos Humanos
Tecido Cultural Ponto de Cultura Rio Grande do Norte
1935 Multimídia Memória Histórica Potiguar
Curso de Agentes da Cidadania Direitos Humanos