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 GÊNERO
                      E FORMAÇÃO
    
                      CERISCentro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais
 O
                      trabalho social desenvolvido pelas ONG’s é na maioria
                      das vezes uma ação de formação. Encontramos neste
                      instrumento um potencial efetivo para a transformação da
                      realidade e o utilizamos das mais variadas formas: na
                      sensibilização, na mobilização, na capacitação
                      empreendedora e outras.
                       
                       Para
                      uma ação transformadora das relações sociais de gênero
                      a formação é indispensável. Incorporar um plano de ação
                      com uma perspectiva de gênero tornou-se uma necessidade
                      para as ONGs e nesse sentido a formação cria
                      possibilidades para uma compreensão crítica das formas
                      de discriminação e violência por que passam as
                      mulheres, a utilização de estratégias de enfrentamento
                      destas questões e a construção e vivência de novas
                      formas de relação.
                       
                       Em
                      gênero é importante pensar a formação como um
                      instrumento que pode ser utilizado tanto para fora, para o
                      público, como também para a auto-capacitação. A
                      sensibilidade e a vivência também são aspectos
                      fundamentais neste processo, uma vez que superar as
                      desigualdades entre os gêneros exige mudanças de atitude
                      (romper com estereótipos).  Tanto
                      é possível pensarmos uma formação em gênero, quanto
                      é possível pensarmos nas questões de gênero que
                      permeiam nossas ações de formação, contudo é
                      fundamental colocar em prática estratégias que
                      contribuam efetivamente para a construção de relações
                      igualitárias.
                      
                      Rio
                      de Janeiro, julho de 1999   |