PANORAMA
O que
é o Tribunal Penal Internacional?
O
Tribunal Penal Internacional (TPI) será um tribunal permanente
capaz de investigar e julgar indivíduos acusados das mais
graves violações de direito internacional humanitário, os
chamados crimes de guerra, de crimes contra a humanidade ou de
genocídio. Diferente da Corte Internacional de Justiça, cuja
jurisdição é restrita a Estados, o TPI analisará casos
contra indivíduos; e distinto dos Tribunais de crimes de guerra
da Iugoslávia e de Ruanda, criados para analisarem crimes
cometidos durante esses conflitos, sua jurisdição não estará
restrita a uma situação específica. A jurisdição do TPI não
será retroativa.
Quando
o TPI começará a funcionar?
O
Tribunal Penal Internacional foi criado com base no Estatuto de
Roma, um tratado cujo texto foi aprovado pelos votos favoráveis
de 120 nações, contra 7, em 17 de Julho de 1998, em Roma, na
Conferência de Plenipotenciários das Nações Unidas para o
Estabelecimento de um Tribunal Penal Internacional. O Estatuto
de Roma entrará em vigor quando sessenta Estados depositarem
seus instrumentos de ratificação nas Nações Unidas. A Coalizão
de ONGs por um TPI fixou como objetivo a data limite de 17 de
Julho de 2002 para alcançar o requisito de 60 ratificações,
em tempo de celebrar o quarto ano de aniversário da adoção do
tratado.
O que
é a Coalizão por um TPI?
A
Coalizão é uma rede de mais de mil organizações da sociedade
civil espalhadas ao redor do mundo, trabalhando juntas rumo a um
objetivo comum: o estabelecimento de um Tribunal Penal
Internacional permanente, justo, efetivo e independente. A
Coalizão tem redes nacionais e regionais na África, América
do Sul e Central, Ásia, Europa, Oriente Médio, Pacífico,
Caribe e América do Norte. Os membros da Coalizão também
participam de grupos setoriais, incluindo o Comitê de Mulheres
pela Justiça de Gênero, o Grupo de Trabalho dos Direitos das Vítimas,
o Comitê Religioso, o Comitê Diretor sobre Crianças e Justiça
e o Comitê da Paz. Para alcançar esse objetivo, a Coalizão
trabalha em consonância com as organizações internacionais e
os governos de suporte.
O que
precisa ainda ser feito?
Os
governos têm feito reuniões da Comissão Preparatória das Nações
Unidas por um TPI na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, e
finalizaram um projeto de normas complementares de caráter
processual para investigar e processar genocídios, crimes
contra a humanidade e crimes de guerra. Eles também aprontaram
um projeto de elementos constitutivos desses crimes. A Comissão
Preparatória está agora se debruçando sobre a definição do
crime de agressão, a questão do financiamento do Tribunal, o
relacionamento entre a ONU e o TPI e outros instrumentos
adicionais ao tratado. De duas a três reuniões da Comissão
Preparatória são realizadas por ano.
Ao
mesmo tempo, o apoio ao Tribunal deve ser o mais amplo possível,
além de os Estados Partes terem de adotar legislação interna
complementar para permitir uma plena cooperação com o TPI.
Muitos acreditam que tais legislações em si mesmas representam
um grande avanço do Estado de Direito, ao combater a impunidade
e prevenir e reduzir a comissão desses crimes no século 21.
Para
mais informação, subscreva a lista do CICC enviando um correio
eletrônico em branco para
icc-info-subscribe@yahoogroups.com
ou visite nossa página www.iccnow.org.
COMO
SE ENVOLVER MAIS
Boa
parte do trabalho de pressão aos governos deve ser feito por
organismos internacionais e sociedades civis em um plano nacional
ou regional. Há muitas oportunidades de envolvimento,
independente de quanto tempo você dispõe.
Se
você for...
uma
ONG
um indivíduo
você pode...
*
unir-se à Coalizão e contatar outras ONGs e redes pelo TPI
em sua região (visitar a página da Coalizão ou
solicitar-nos mais informações)
*
encorajar outras sociedades civis em sua região para
unir-se à rede local
*
pedir informações aos seus representantes políticos sobre
os planos de ratificação de seu país e compartilhá-las
com a Coalizão
*
Incitar seu governo regional ou nacional a assinar e
ratificar o Estatuto do TPI
*
elaborar resenhas para outras sociedades civis e para a
imprensa a fim de informá-los sobre o TPI
*
informar seus companheiros sobre o TPI e encorajá-los a
agir
*
subscrever a lista da Coalizão enviando um correio eletrônico
em branco para
icc-info-subscribe@yahoogroups.com
*
unir sua página à da Coalizão
*
acompanhar o desenvolvimento dos encontros da Comissão
Preparatória da ONU
|
*
visite a página da Coalizão e de seus membros para
aprender mais sobre o TPI
*
subscrever a lista da Coalizão enviando um correio eletrônico
em branco para
icc-info-subscribe@yahoogroups.com
*
escreva uma carta ao editor de um jornal local apoiando o
TPI
*
escreva uma carta para um representante político,
solicitando que ele ou ela apóie pública e ativamente o
TPI
*
promova um abaixo-assinado conseguindo assinaturas em apoio
ao estabelecimento do TPI e envie-o para seu representante
político
*
encoraje grupos locais com os quais esteja envolvido
(religiosos, comunitários, pacifistas ou outros grupos)
para unir-se à Coalizão e lutar pelo TPI
*
contate a Coalizão para traduzir informações chaves aos
idiomas de sua região.
*
faça a cobertura do TPI em sua região e envie cópias à
Coalizão para distribuição
|
Como
contatar a Coalizão?
Administração
central:
William R. Pace, Convenor, c/o WFM, 777 UN Plaza, 12th
floor, New York, NY 0017, USA 212-687-2176 * 212-599-1332 (fax) *
cicc@iccnow.org * www.iccnow.org
Escritório
europeu: Irune
Aguirrezabal, European Coordinator, Rue Montoyer 6, 1000 Brussels,
Belgium
32-2-502-6215
* 32-2-502-6238 (fax) * cicceurope@iccnow.org
Escritório
Hemisfério Sul:
Eduardo González Cueva, Global South Coordinator, Jiron
Pachacutec 980, 11
Lima,
Peru; 51-1-332-5995 * 51-1-431-0477 (fax) * cicc2@iccnow.org
Comitê
Diretor da CICC
Amnesty
International, Asociacion pro Derechos Humanos, European Law
Students Association, Fédération International des Ligues des
Droits de l'Homme, Human Rights Watch, International Commission of
Jurists, Lawyers Committee for Human Rights, No Peace Without
Justice, Parliamentarians for Global Action,
Rights & Democracy, Union Interafricaine pour les
Droits de l'Homme, Women's Caucus for Gender Justice, World
Federalist Movement
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