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A FICHA CAIU ?

Um avião se dirige ao World Trade Center em
Manhattan. Carrega consigo além de uma centena de
passageiros um alerta geral: vivemos à beira de uma
crise descomunal na segurança do mundo. O avião se
choca como se fosse uma figura animada na prancheta de
um artista gráfico diante de seu monitor de vídeo. Uma
bola de fogo se forma e depois tudo é poeira e fumaça
em uma espiral que encobre essa parte nobre do
planeta, nunca antes atacado e situado no centro dessa
que a mídia acostumou-se a chamar de a capital do
mundo, Nova York.

Esta cena se repetiria outra vez e em poucos minutos
as duas torres gêmeas do famoso centro financeiro da
América literalmente se tornava insustentável no ar. A
escalada terrorista não pára aí. Um outro avião cairia
no sempre protegido Pentágono americano e um outro
ainda cairia em Pittsburgh antes de atingir seu alvo
que tanto poderia ser a Casa Branca quanto o Capitólio
ou mesmo a imutável Estátua da Liberdade na Ilha de
Ellis ou o Air Force One, o avião presidencial dos
norte-americanos.

O resultado imediato não foi outro que o da
estupefação, dor, desespero e morte. Este circo
macabro iria retransmitir incessantemente as imagens
com novos detalhes, ora eram corpos despencando
propositadamente (pois o contrário seria consentir com
uma morte passiva pelo fogo ou pela asfixia) ora eram
pessoas correndo nas amplas avenidas tendo em seu
encalço nada menos que uma imensa coluna de fogo e
fumaça e poeira. Em cada imagem, pânico, horror,
vulnerabilidade.

Olhar os céus de Manhattan passava a ser uma aventura
potencialmente perigosa. Que novos objetos voadores
cairiam do céu ceifando cruel e eficientemente
milhares de pessoas? Não eram os céus de Rwanda e nem
de Kabul ou de Jerusalem. A verdade é que essa nesga
azul não mais parecia proteger aquela parte mais
opulenta do planeta, Nova York.

Em meio a esse quadro uma pergunta parece, nas
palavras de Oliver Stone, não querer calar: como ler
os eloqüentes sinais da manhã de 11 de setembro de
2001? É o convite, agora muito tentador, de que os
líderes do mundo sentem à mesa para uma conversa
franca. Um longo almoço de negócios. Onde os pratos a
serem servidos têm nome estranhos à culinária trivial:
segurança mundial, preservação da paz mundial,
pressupostos da cidadania mundial, e os também já
muito requentados pratos temperados pela solidariedade
e fraternidade humanas.

Uma crise traz consigo -- já afirmava a milenar
sabedoria chinesa --, a oportunidade e os meios para
superá-la. Com estas imagens chocantes sobre os céus
de Manhattan podia-se ler algumas legendas
imaginárias: há que se promover um estado de segurança
pública em escala planetária. E para enfrentar tão
formidável desafio há que existir unidade de visão e
de propósito. Ignorar esta legenda é abrir a
retaguarda a uma vulnerabilidade mortal. Nunca
estivemos tão fragilidades em tempos de paz e também
nunca estivemos tão armados em tempos de paz. Uma paz
armada incapaz não pode ser chamada de paz por mais
que se esforcem os retóricos da cena mundial.

Troquemos em miúdos. Enquanto novos aviões não
decolam com sua carga humana e letal, deveria se
tentar plantar as bases de um novo ordenamento
mundial. Um novo sistema de relações internacionais
que vise preservar o bem-estar dos povos do mundo. Um
bem-estar que inclua, dentre outras medidas práticas,
a assinatura do Tratado de Não-proliferação de Armas
Nucleares, Tratado de Kioto, a sustentação financeira
da Organização das Nações Unidas, a cooperação dos
países afluentes para com os países nos quais a
maioria de suas populações vivem na linha da miséria e
da fome. E também todos aqueles protocolos, tratados e
acordos internacionais que tratam de erradicar o
racismo e a discriminação seja ela racial, social,
religiosa, cultural ou de gênero. Estes últimos
documentos não seriam o vacina natural a vírus dos
fundamentalismos sejam eles religiosos, étnicos,
raciais?

É fato reconhecido que um subproduto do terrorismo é
a exclusão de pessoas e nações devido a infundadas
generalizações preconceituosas devido a determinada
cultura, religião, política ou filosofia. Um
preconceito uma vez estabelecido passa a ser uma
desafio a mais na busca da verdade, no reconhecimento
de que a diferença deve ser apreciada e não combatida.
Qualquer violência contra as pessoas de uma rua, um
bairro, uma cidade ou uma nação é uma violência contra
toda a humanidade.

Assim a ação terrorista é uma crime de
lesa-humanidade. No entanto, combater apenas as
conseqüências dos atos terroristas não constituem uma
defesa eficaz contra sua reincidência. A questão
crucial é outra. O que motiva um ser humano decretar o
extermínio de outros seres humanos, pessoas que ele
nunca viu, ouviu, conheceu?

Há que se criar dos escombros de um mundo sofrido uma
nova consciência moral e ética, algo que proteja a
civilização contra sue maior inimigo, nós mesmos.
Este quadro pode causar perplexidade para a grande
maioria dos seis bilhões de habitantes do planeta, mas
para crescente parcela da população mundial, milhares
de pessoas envolvidas em movimentos pacifistas e de
direitos humanos, dentre muitos outros, já se
consolida um sentimento maior de pertencer à espécie
humana, algo que tem a ver com concito de cidadania
mundial.

Resta-nos saber se na consciência dos líderes
mundiais caiu a ficha. Os povos do mundo precisam
ouvir este barulhinho. Enquanto isso, apoiemos de
corpo e alma o recém-nascido ´Movimento Unidos pela
Paz´.

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