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Militantes Brasileiros dos Direitos Humanos
João Baptista Herkenhoff

Lanchas nas praias e ciclovias

As Prefeituras constroem ciclovias ao lado de calçadões. Ciclistas deixam de lado as ciclovias e transitam misturados aos pedestres, com risco de atropelarem pessoas.

As Capitania dos Portos estabelecem limites para a circulação de lanchas, de modo a resguardar a segurança física de banhistas. Lanchas conduzidas por indivíduos desabusados invadem o espaço dos banhistas e ferem pessoas.

A que se devem esses procedimentos? Desobediência civil? Não. A desobediência civil é uma desobediência consciente, com finalidade política. Através do desacato à lei injusta, Gandhi e Luther King derrotaram discriminações odiosas.

O desrespeito ao espaço alheio nas ciclovias e nas praias não tem qualquer parecença com a “desobediência civil”. É pura e simplesmente o desrespeito ao próximo, é a idéia de ser dono do mundo, é a total incapacidade de convivência em sociedade.

O que assegura padrões mínimos de civilização é o “respeito ao outro”, desde as microssociedades (família, escola, vizinhança), passando pelas sociedades nacionais, até à comunidade internacional.

Nas sociedades nacionais o que justifica a existência dos partidos políticos é exatamente isso: possibilitar a expressão de todas as correntes de pensamento, que se enfrentam mas que se respeitam.

No plano mundial é preciso que haja o “acatamento às diferenças”. Por recusar o “acatamento às diferenças”, os Estados Unidos teimam em “dar democracia” ao mundo. Enviados de Deus, os americanos teriam como missão ensinar “sua” democracia aos povos. Quem não reza por sua cartilha, quem não se ajoelha à face do capitalismo, quem não benze metralhadoras e serviços secretos que garantem a hegemonia do império, quem, enfim, não se rende – como os árabes não se rendem – está destinado à condenação.

As idéias de “respeito ao outro” e “acatamento às diferenças” exigem uma cruzada educacional. É preciso começar esses hábitos, a partir dos pequenos gestos – respeitar a fila; dar primazia a idosos, crianças ou mulheres grávidas; obedecer às normas de trânsito; manter a bicicleta no espaço das ciclovias ou nas margens de segurança quando não há ciclovia. Depois, aprofundar mais o que há de “sagrado” no outro, aprendendo a respeitar as diferenças (religiosas, culturais, de opções quanto a modelos econômicos ou políticos, de hábitos de vestir e de ser, de escolhas sexuais que não prejudiquem ninguém, de tradições).

Pode parecer impróprio colocar lado a lado atitudes quase inocentes (bicicleta fora da ciclovia), atitudes altamente perigosas, quase assassinas (lanchas no espaço dos banhistas) e atitudes que representam desrespeito à Humanidade (imposição de regimes de um país a outro país). É claro que há uma profunda diferença entre esses comportamentos. Mas, no fundo, uma autêntica revolução cultural exige, da base ao ápice, uma transformação nas relações humanas.

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