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Militantes Brasileiros dos Direitos Humanos
João Baptista Herkenhoff

Horizontes do mundo

Tenho paixão por globo terrestre, mapas, viagens, livros que contam histórias de navegação.

Desde a infância, quando passava as férias de Verão em Marataíses, os infinitos do mar me provocam.

O horizonte dá idéia de um caminho que continua além daquela linha que separa água e céu.

Talvez este gosto de me abrir ao Universo tenha ligação com o fato de ter nascido em Cachoeiro de Itapemirim, uma cidade de artistas, escritores, cientistas, diplomatas que se projetaram além-fronteira. Não é por acaso que se diz de minha cidade natal que ela é “a capital secreta do mundo”.

Recentemente, organizando meu arquivo de correspondência, verifiquei que tinha cartas de quase o mundo todo, em muitos idiomas: francês, inglês, espanhol, catalão, italiano, alemão, russo. E até uma carta em basco, de um sacerdote basco que conheci na França. Também uma carta bilingüe, que me foi mandada por um professor alemão. Ele começou a carta em português. Com alguns erros gramaticais, o que é natural, mas gerando muita simpatia em mim, pelo esforço que senti que fazia para escrever cada frase. Na metade da carta, entretanto, cansou... E continuou a missiva, em alemão.

Tudo isto aconteceu de maneira natural, sem que tivesse sido planejado. Pela participação em alguns congressos internacionais e por ter vivido no Exterior, estabeleci vínculos de amizade com pessoas de muitas nacionalidades.
Sou bastante limitado no manejo da conversação em línguas estrangeiras. De muito, identifiquei o bloqueio. Em vez de me contentar com um vocabulário frugal, desses que se aprende nos cursos elementares de línguas, fico querendo traduzir em idiomas estranhos pensamentos abstratos. E nisso me perturbo, me afundo...

Já quando se trata de ler, sinto-me mais tranqüilo. Sem a provocação e a vigilância do interlocutor, tenho tempo para examinar com calma o texto a entender, recorrendo ao dicionário sempre que preciso.

Aos jovens que me pedem conselho, eu lhes digo que viajem pelo mundo. Santo Agostinho ensinou que um dia de viagem vale por um ano de experiência.

Correr mundo alarga nossas percepções, ensina-nos a compreender as múltiplas diferenças que distinguem as pessoas. Quando temos alguma dificuldade fora do Brasil aprendemos a compreender melhor o próximo, a ter mais solidariedade e a nos colocar no lugar do outro.

Para quem pensa em estudar uma lingua estrangeira, sugiro que estude duas. Quem conhece dois idiomas, quadruplica sua visão de mundo.

Também é muito enriquecedor manter correspondência com pessoas de outros países. Aplaudo com entusiasmo os clubes de correspondência internacional que existem em muitas cidades.

Abomino a guerra. Sou decididamente um pacifista. Contesto que a guerra seja caminho de progresso. Guerra é destruição e ódio, cria sulcos difíceis de reparar. Não vejo com simpatia o fato de que o Brasil tenha indústria bélica. Se não produzirmos armas, outros países produzirão? Que produzam. Há opções econômicas que se oferecem para nosso país, sem que tenhamos de contribuir para que os homens se matem.

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