Militantes
Brasileiros dos Direitos Humanos
João Baptista Herkenhoff
Discriminação
genética
Os
avanços da ciência decorrem da capacidade
inteligente de homens e mulheres e devem ser celebrados
como o paulatino domínio do “mundo
do ser” (mundo natural) pelos protagonistas
do “mundo do compreender, explicar, conduzir,
criar” (mundo cultural).
O labor
científico tem como objetivo a busca da
verdade material. A verdade material está,
entretanto, subordinada à verdade substancial.
É
verdade material que, através de determinados
procedimentos, torna-se possível produzir
bombas que não apenas matam pessoas, mas
desnaturam a essência da vida (guerra química,
guerra biológica). É verdade substancial
que a produção de tais bombas, injustificável
em toda e qualquer situação, desvia
a ciência de seu fim, que é servir
à felicidade humana.
A Ciência
está subordinada à Ética,
não pelo capricho de filósofos e
teóricos, mas pela sua estrutura ontológica
de ação destinada a um fim que a
orienta.
O desenvolvimento
da Biotecnologia, que se observa neste momento
da História, coloca as questões
éticas dentro de uma pauta prioritária.
Subordinando-se,
como é correto, a Ciência à
Ética, podemos admitir que se altere a
substância biológica do homem, sua
composição genética? É
legítimo buscar um “ser humano melhorado”?
Qual seria esse padrão de excelência
e quem o fixaria? Não seria de novo o perigo
da pretensão racista ameaçando a
Humanidade?
Estas
e outras questões aguçaram a mente
do Professor Francisco Vieira Lima Neto, que está
lançando o livro “O direito de não
sofrer discriminação genética”,
sob o selo da Editora Lumen Juris.
Francisco
Vieira Lima Neto é o dinâmico e dedicado
Coordenador do Mestrado em Direito da Universidade
Federal do Espírito Santo. Outros dois
professores do Mestrado também estão
autografando: Wanise Cabral Silva (As fases e
as faces do Direito do Trabalho) e Hermes Zaneti
Júnior (Processo constitucional).
Não
obstante criado há pouco mais de um ano,
o Mestrado em Direito da UFES está produzindo
excelentes frutos.
Neste
curto espaço de tempo, os professores produziram
e publicaram seis livros, seis capítulos
de livros e dez artigos jurídicos de grande
porte, sendo que seis deles em revistas classificadas,
pelos órgãos oficiais de pesquisa,
como de qualidade nacional ou internacional.
Incentivados
e orientados pelos professores, também
os mestrandos publicaram artigos (oito) e estão
em vias de aumentar em muito essa produção.
Quinze
professores de renome nacional ou internacional
estiveram presentes em nossa universidade para
falar no Mestrado.
Aulas
de altíssimo nível, ministradas
pelos professores do quadro, marcam o cotidiano
do curso.
Está
assim o único Mestrado em Direito mantido
pelo Poder Público, no Estado do Espírito
Santo, cumprindo sua missão. Não
se trata apenas de um Mestrado, mas de um Mestrado
público, circunstância que o singulariza
por múltiplas razões. Este aspecto,
entretanto, teria de ser abordado num outro artigo.
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