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Militantes Brasileiros dos Direitos Humanos
João Baptista Herkenhoff

Cortina de ferro

Invejo os jornalistas profissionais, esses que tem coluna diária nos veículos de comunicação. Podem comentar todos os fatos do cotidiano.

Como não escrevo todo dia, muitos acontecimentos passam e o artigo fica para trás.

Um expediente de bom aviso é juntar assuntos, quando são muitos os que acorrem ao mesmo tempo, como agora.

Comecemos falando sobre a Cortina de Ferro. Não me refiro a Rússia que até pouco tempo era assim chamada pelos norte-americanos. Refiro-me aos Estados Unidos mesmo, a mais brutal Cortina de Ferro do mundo contemporâneo. Difícil transpor os umbrais da Cortina de Ferro. Difícil sair da Cortina de Ferro, depois que se cruzou fronteira.

Enlevados pela propaganda do sonho americano, estrangeiros desavisados supoem que podem entrar, sem problema, no país que possui a maior estátua da liberdade do mundo.

Agora mesmo, a capixaba Maria Aparecida Costa e Silva morreu ao tentar transpor a fronteira dos Estados Unidos com o México.

Não é apenas difícil entrar nos países que são, supostamente, guardiaes da liberdade. É também difícil sair. Brasileiros residentes nos Estados Unidos, com visto de permanência e emprego fixo, privam-se de visitar a família no Brasil porque o retorno torna-se problemático. E, finalmente, é difícil permanecer nesses países, sem o perigo de ser metralhado por oito balas, numa rua de Londres, como foi o caso do jovem Jean Charles de Menezes que deixou a placidez da cidade mineira de Gonzaga para aventurar-se no país que em tempos remotos era considerado, sob alguns aspectos, um país livre.

A propósito do fuzilamento de Jean Charles, que gesto despudorado o do Primeiro Ministro inglês... pedir desculpas por um assassinato.

Mudemos de assunto. Votarei "sim" no referendo do desarmamento. Não se trata de achar que o desarmamento legal vá ter como conseqüência automática o desarmamento geral. Vejo no referendo do desarmamento um sentido pedagógico e simbólico. Votar "sim", aprovando o desarmamento, é dizer não a violência, a todas as violências, é dizer "sim" a Paz.

Finalmente quero reverenciar, na colaboração de hoje, a memória do magistrado capixaba Job Pimentel. Não foi apenas um juiz, foi um ser humano admirável. Não conhecia apenas Direito. Tinha uma vasta cultura geral. Freqüentava a Literatura brasileira e estrangeira. Manejava com destreza o idioma nacional. Não teria sido o brilhante juiz que foi se tivesse balizado seus conhecimentos nos limites da lei. Tenho uma gratidão pessoal para com Job Pimentel. Num momento em que, como decorrência de minha visão de Justiça, era torpedeado pelos que não me entendiam, Job Pimentel dedicou-me, generosamente, um soneto vendo neste modesto juiz alguém que

"deu salário moral aos reclusos abrandando-lhes as penas,

enfrentou os fortes e aplicou bem as gemas

da Lei aos fracos, dando-lhes esperanças nesse mundo de espinhos..."

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