Projeto
Literatura e Direito Humanos
Alvacy
Cordeiro da Silva
Dizem que o homem é o que ele escreve.
Cervantes vence o tempo, Quixote vive
(Graça Graúna)
O Projeto Literatura e Direito Humanos
foi formatado em três etapas: na
etapa 1 foram capacitados vinte (20) Multiplicadores;
Na etapa 2 os multiplicadores atuaram
na Formação Continuada dos
Professores, organizada em pólo.
Um trabalho voltado inicialmente para
a sensibilização, percepção,
reflexão e ação no
interior das escolas e na etapa 3 as produções
dos alunos e os resultados já serão
apresentados ao público, dia 19
de abril de 2007 no Centro Cultural de
Garanhuns.
Na Brasil a Educação em
Direitos Humanos pauta-se na Constituição
Federal (1988), no Programa Nacional de
Direitos Humanos (1996), na Lei de Diretrizes
e Bases da educação Nacional
(1996) e nos Parâmetros Curriculares
Nacionais para Ensino fundamental (1995).
Em 1959, as crianças tiveram também
seus direitos discutidos e defendidos
pelo Fundo das Nações Unidas
para a Infância (Graúna).
O educação em direitos humanos
segundo Bovi, é um agente social
que intencionalmente cria condições
para a produção de conhecimentos
que induzem tanto à tomada de consciência
como ao desenvolvimento de um comportamento
conseqüente com a vigência
defesa e promoção de direitos
humanos.
Essa projeto coordenado pela Prof. Dra.
Graça Graúna, sob responsabilidade
do Professor Mestre Pedro Falcão
(Diretor da FFPG) e da Prof. Maria Perpétua,
teve suas ações bastante
significativas, em razão de serem
desenvolvidas de forma imediata, junto
aos professores, alunos e comunidades
e dá o ponta pé inicial
para a Formação Continuada
dentro do próprio local de trabalho.
A formação do educador deve
ser permanente e sistematizada porque
a prática se faz e refaz, decanta
Freire. Pode-se estimar que os frutos
deste trabalho virão em breve.
Morim nos fala de uma lógica do
vivente.
A cultura da sustentabilidade deve nos
levar a saber selecionar o que é
realmente sustentável em nossas
vidas, em contato com a vida dos outros.
Só assim seremos cúmplices
nos processos de promoção
da vida (Gutiérrez, 1997,p.76).
Literatura e Direitos Humanos é
tema relevante neste momento da história
da humanidade e, portanto quero relatar
a minha experiência enquanto multiplicadora:
No pólo que atuei trabalhei 30
professores (as) destes, 15 professores
lecionam na Escola Monsenhor João
Marques – Saloá onde faço
a coordenação na função
de educadora de apoio. Estes estão
desenvolvendo o projeto com 522 alunos,
sendo 156 alunos da RJA Educação
de Jovens e Adultos, 138 alunos do Ensino
Médio e 228 alunos do Ensino Fundamental,
004 membros representantes da família
e 002 representantes da comunidade local.
Temos a certeza de que a defesa e a promoção
dos direitos humanos instituídas
por esta proposta educativa evidentemente,
representam, um modo bastante eficaz de
afirmação da própria
vida a um futuro mais humano. A FFPG-UPE
assumi Direitos Humano enquanto disciplina,
faz parceria com a GERE do Agreste Meridional
– Garanhuns e a SEDUC já
demonstra intenção de abraçar
o projeto só ainda não conhecemos
sua formatação. Sabemos
de que a Educação é
sem duvida o caminho para garanti um ensinamento
eficaz, gerando a transformação
e assim contribuindo para das condições
de vida da comunidade, da nação.
Em um determinado momento, para mim privilegiado,
encontrei a Prof. Dra. Graça Graúna
na FFPG e em conversa ela expressava a
necessidade urgente da construção
do conhecimento da DU DH. Expresso também
em forma de registros no interior das
escolas e como o projeto Literatura e
Direitos Humano já decolado, ela
demonstrava grande satisfação
ao saber que nos 22 municípios
do A-M-Garanhuns as diferentes produções
literárias já estavam sendo
construídas e que muito em breve
seriam divulgadas.
No livro Pedagogia da Autonomia, Freire
relata um passeio feito com o professor
Danilson Pinto, nas áreas de Olinda
PE e que na ocasião observavam
a condição desumana que
vive aquela comunidade e Danilson falava
de um fato relatado em sua Obra “A
sombra da professor em visita a esta família
descobriu na mesa da mesma um guisado
de pedaços de seio cancerígeno
encontrado deixando evidente que vive
a história de possibilidade e não
de determinação, que é
a favor da decência, da liberdade,
da vida digna do cidadão e que
é contra a qualquer ditadura seja
de direita ou esquerda. Os Direitos Humanos
são Valores Básicos e não
participaria plenamente da vida.
As Universidades brasileiras sempre trabalharam
a pesquisa tendo as escolas enquanto campo
de pesquisa e levava tempo para os resultados
serem divulgados. A escola não
tenha o retorno necessário. Hoje
a UPE a exemplo deste projeto Literatura
e Direitos Humanos, pesquisa permitindo
retorno imediato. A pesquisa tem “mão
dupla”, ou seja, a escola recebe
o conhecimento da Universidade, gera novos
conhecimentos e ao mesmo tempo garante
a transformação. A escola
continua campo de pesquisa, mas a escola
enquanto campo de pesquisa já trabalho
o objeto apresentando sua próprias
produções/conhecimentos.
A coordenação deste projeto
formato-o de maneira que em tempo recorde
a escola pode apresentar resultados: produções
e mudanças.
Para
saber mais:
GRAUNA,
Graça. Prosa temática Mini-Larousse
dos direitos da criança. 2006.
GRAUNA, Graça. Entrevista concedida
a Miccolis, Menezes e Alfaya, no site
Blocos.
FREIRE, Paulo. 1996. Pedagogia da Autonomia,
São Paulo. Paz e Terra.
TOSI, guiseppe(org.), ZENAIDE, BOVI. Direito
Humanos História. Teoria e prática.
João
Pessoa. Editora Universitária/UFPB,
2005.
MARCONI, José P. Pequeno. Cap.
6 Filosofia dos Direitos Humanos. 2005
FREIRE, Paulo. A educação
na cidade.
GUTIÉRREZ, Francisco e Cruz Prado
R. Ecopedagogia y Ciudadania Planetária.
Heredia, Costa Rica. Editorialpec, 1997. |