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Bahá'u'lláh

  • Em 21 de abril de 1863, Bahá’u’lláh proclamou ao mundo que "A revelação que desde tempos imemoriais tem sido aclamada como o propósito e promessa de todos os Profetas de Deus, e o desejo mais acariciado de Seus Mensageiros, foi agora revelada para os homens."
  • Quando Bahá’u’lláh fez este maravilhoso pronunciamento, encontrava-se prisioneiro nas mãos de dois poderosos monarcas e estava sendo exilado para Akká, a mais desolada das terras.
  • Cerca de 46 anos antes desse pronunciamento, Bahá’u’lláh viera ao mundo no lar de um famoso ministro da côrte real do Irã.
  • Desde os anos de Sua infância todos podiam notar ser Bahá’u’lláh diferente das outras pessoas, mas ninguém realmente sabia que aquele jovem extraordinário logo iria mudar o destino de toda a humanidade.
  • Aos 14 anos de idade Bahá’u’lláh era famoso na côrte por causa de Seu conhecimento e sabedoria. Tinha 22 anos quando Seu pai faleceu. O governo quis que Ele aceitasse o cargo que Seu pai ocupava. Pensavam que daria um ótimo ministro. Mas Bahá’u’lláh não tinha intenção alguma de gastar Seu tempo cuidando de assuntos mundanos.
  • Sendo um homem de Deus, não se interessou pelas regalias que lhe foram oferecidas. Renunciou à côrte real e aos seus ministros, para seguir o caminho que Deus Lhe destinara.
  • Quando o Báb declarou Sua missão, Bahá’u’lláh contava 27 anos de idade. Imediatamente aceitou o Báb como Manifestante de Deus e logo tornou-se um de Seus mais poderosos e famosos discípulos.
  • No tempo em que o governo e os fanáticos sacerdotes muçulmanos perseguiam os seguidores do Báb, Bahá’u’lláh não foi poupado em nenhum aspecto. Por duas vezes foi preso, sofrendo inclusive severos castigos, recebendo chicotadas e pauladas, que até as solas de Seus pés chegaram a sangrar.
  • Nove anos após a Declaração do Báb, Bahá’u’lláh foi jogado dentro de escura masmorra, em Teerã. Tratava-se de um calabouço subterrâneo, sem nenhuma janela ou outra saída a não ser a porta pela qual os prisioneiros entravam.
  • Nessa masmorra Bahá’u’lláh esteve preso com cerca de 150 assassinos, assaltantes de estradas e outros criminosos. As correntes de ferro que colocaram em volta de Seu pescoço eram tão pesadas que Ele quase não podia levantar a cabeça. Aqui Bahá’u’lláh passou quatro terríveis meses de sofrimento, mas foi nessa mesma escura e tétrica prisão que a Sua alma recebeu a Glória de Deus. Escreveu Ele que uma noite, em sonho, ouvira as seguintes palavras, vibrando de todos os lados:
  • "Verdadeiramente, Nós te faremos vitoriosos Por Ti mesmo e por Tua pena."
  • Bahá’u’lláh suportou todas essas dificuldades por todos nós e para o bem das gerações futuras. Carregou pesadas correntes sobre Seus ombros abençoados para nos livrar dos grilhões do preconceito, da hipocrisia e da inimizade.
  • Não demorou muito para que Bahá’u’lláh e Sua família fossem despojados de todos os bens que possuíam e desterrados de seu país natal. Foram exilados para Bagdá, no Iraque, durante os rigores do inverno.
  • A estrada, ao longo das montanhas do Irã , estava coberta de grossa camada de neve. Bahá’ú’lláh, Sua esposa e Seus filhos, tiveram que caminhar centenas de quilômetros para chegar ao seu destino, e o fato de não contarem com suficientes agasalhos tornou ainda mais difícil e sofrida a viagem.
  • Por fim chegaram a Bagdá, mas os sofrimentos de Bahá’u’lláh não terminaram nessa cidade. Se tivesse medo de dificuldades e sofrimentos, poderia ter aceito a vida luxuosa da côrte do rei do Irã. Mas estava preparado para enfrentar qualquer sofrimento no caminho de Deus.
  • A fama de Bahá’u’lláh logo espalhou-se por Bagdá e outras cidades do Iraque. Muitas pessoas vinham visitar este prisioneiro exilado para receber Suas bênçãos.
  • Os seguidores do Báb reuniram-se em torno d’Ele vindos de diferentes partes do Irã e do Iraque, em busca de orientação e inspiração.
  • Porém, houve alguns que sentiam ciúmes de Sua fama. Entre estes estava Seu próprio irmão, de nome Yahyá, que vivia sob Seu carinho e proteção. Yahyá pensava que, por receber todo o respeito dos seguidores do Báb, podia tornar-se o líder de todos se denunciasse a Bahá’u’lláh. Mas não lembrou que se voltando contra o Manifestante de Deus estava selando seu próprio destino. Pois quando um Manifestante aparece, somente aqueles que aceitam servir em Sua causa podem esperar a verdadeira grandeza.
  • Nem mesmo Seus parentes mais íntimos escapam a esta lei, porquanto um Manifestante de Deus está acima de todos os outros seres humanos e possui um grau de valor e grandeza que ninguém pode alcançar. Todos os outros Manifestantes tiveram irmãos e irmãs, e outros parentes mas até mesmo seus nomes foram esquecidos.
  • A intriga feita por Yahyá causou desunião entre os seguidores do Báb e isto deixou Bahá’u’lláh muito triste. Uma noite, sem falar nada a ninguém, deixou Sua casa, partindo para as montanhas do Curdistão.
  • Lá, isolado do mundo, permaneceu por dois anos, dedicando todo o Seu tempo às preces e meditações. Morava numa pequena caverna, no alto das montanhas, e vivia dos alimentos mais simples. Ninguém conhecia Seu nome. Ninguém sabia de onde viera.
  • Mas logo, como a lua cheia numa noite escura, Sua luz brilhou sobre o Curdistão e todos os moradores ouviram falar "daquele sem nome". Durante todo esse tempo, sua família e Seus amigos em Bagdá, que estavam muito preocupados com sua ausência, não sabiam onde tinham ouvido falar daquele homem "sem nome", o grande santo desconhecido que possuía conhecimento intuitivo, numa dádiva de Deus.
  • O filho de Bahá’u’lláh, 'Abdul-Bahá, imediatamente sentiu que se tratava de Seu amado pai. Mandou-lhe cartas e uma mensagem especial pedindo que regressasse, pois não somente Sua própria família, como todos os seguidores do Báb, estavam sofrendo com a Sua ausência.
  • Assim, depois de passar dois anos em prece e meditação, Bahá’u’lláh voltou a Bagdá e com Ele a alegria a todos os discípulos do Báb.
  • As únicas pessoas que não gostaram de seu regresso foram os fanáticos mullás e o Seu traiçoeiro irmão Yahyá. Os mullás não queriam que Bahá’ú’lláh ficasse em Bagdá porque ali Ele se encontrava próximo de certos lugares sagrados pertencentes aos muçulmanos e muitos dos peregrinos que para lá viajavam não podiam deixar de sentir atração pelo encanto e pela personalidade de Bahá’u’lláh. Esses mullás continuaram reclamando até que o governo do Irã, juntamente com as autoridades do império turco do Iraque, decidiram remover Bahá’u’lláh para mais longe ainda, para Istambul, na Turquia, antigamente chamada Constantinopla.
  • Mas a mesma coisa aconteceu nesta cidade, sede do califado maometano. A grande sabedoria e o encanto pessoal de Bahá’u’lláh atraíam grande número de pessoas.
  • "Ele não pode ficar por mais tempo em Istambul", disseram aqueles fanáticos sacerdotes. E assim foi mais uma vez exilado, desta vez para a pequena cidade de Adrianópolis, ainda na Turquia.
  • De Adrianópolis, Bahá’u’lláh foi novamente exilado, agora para Akká na Terra Santa, Palestina, que era então uma colônia penal onde assassinos, ladrões, assaltantes e outros grandes criminosos cumpriam pena de prisão perpétua.
  • Era um lugar horrível, e nos primeiros dias após a Sua chegada até mesmo a água Lhe foi negada, como também à Sua família e aos Seus discípulos que O acompanharam neste desterro final.
  • As dificuldades e os sofrimentos de Bahá’u’lláh em Akká são por demais numerosos para descrevê-los todos. No início esteve preso numa cela isolada, onde nem mesmo Seus filhos tinham permissão de vê-Lo. Tiraram-lhe todos os meios de conforto e estava cercado dia e noite por Seus inimigos.
  • No entanto foi de Akká que Ele enviou Suas famosas Epístolas para os mais poderosos reis e governantes da época, exortando-os a ouvirem Sua Mensagem e obedecerem aos Mandamentos do Rei dos reis. Ninguém neste mundo, a não ser um Manifestante de Deus, jamais ousaria dirigir-se àqueles que O fizeram prisioneiros, falando-lhes com o autoridade de um Rei dirigindo-se aos seus vassalos.
  • Bahá’u’lláh levantou a bandeira da paz universal e da fraternidade da própria prisão onde se encontrava, e embora todos os poderes do mundo estivessem contra Ele, conseguiu sair-se vitorioso, exatamente como Deus Lhe havia prometido em sonho.
  • A mensagem de Bahá’u’lláh influenciou os corações de milhares de pessoas e muitas delas deram a própria vida no serviço de Sua Causa. Através do poder da Palavra de Deus e do sacrifício dos seguidores de Bahá’u’lláh, podemos observar agora como milhares e milhares de seres humanos, em todos os recantos do mundo, que antes se encontravam divididos sob vários nomes, tornaram-se hoje como membros de uma única família.
  • Embora Bahá’u’lláh tivesse sido enviado para Akká como um prisioneiro por toda a vida, depois de nove anos que lá chegou conseguiu deixar a fortaleza da cidade onde estava encarcerado. Seu grande encanto pessoal tinha feito inúmeros amigos em volta d’Ele - até mesmo seu enérgico carcereiro - que ninguém se opôs a que deixasse a prisão.
  • Bahá’u’lláh passou os anos restantes de Sua vida em um lugar fora da cidade de Akká, onde veio a falecer em 29 de maio de 1892, aos 75 anos de idade.
  • A mensagem de Bahá’u’lláh espalhou-se da Terra Santa para diferentes partes do mundo, conforme havia sido profetizado nos Livros Sagrados do passado.
  • Nas escrituras budistas a Terra Santa é chamada de um "...a terra do Prometido Amitabha".
  • Para os judeus é a "terra prometida", de onde a Lei de Deus seria mais uma vez levado ao mundo.
  • Os cristãos e os muçulmanos também têm profecias maravilhosas, e em grande quantidade, sobre esse país sagrado, Israel, que tem sido sua Terra Santa por muitos e muitos séculos.
  • Desde o tempo em que Bahá’u’lláh foi exilado para Akká, a Terra Santa das religiões do passado tornou-se o Centro Mundial da Fé Bahá’í.
  • Bahá’u’lláh é Aquela Grande Manifestação de Deus, cuja vinda todos os Manifestantes do passado profetizaram.
  • As religiões divinas de todos os tempos levam a uma mesma direção e seus ensinamentos conduzem a um mesmo objetivo - A Fé Bahá’í.
  • São como muitos rios que deságuam no oceano. Cada rio irriga milhares de alqueires de terras, mas nunhum deles é vasto e poderoso como o oceano, porque o oceano é o lugar do encontro comum de todos os rios.
  • Na comunidade bahá’í reúnem-se todos os seguidores das religiões do passado. E tornam-se unidos, indissoluvelmente unidos. Mesmo originários dos quatros cantos da terra, eles agora dão-se as mãos, formando uma grande fraternidade e uma Fé comum.
  • As águas dos diferentes rios tornam-se uma só quando se encontram no poderoso oceano.

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