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A CHACINA DE NOVA NATAL

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A Chacina de Nova Natal aconteceu no dia 29 de janeiro de 1993, em um bairro popular da Zona Norte (Nova Natal) da cidade do Natal-RN, quando 03 policiais civis e um não policial assassinaram Maurício Ferreira da Silva, Mário César Silva de Lima, Flávio Roberto de Assis e Jeane Souza de Lima, menor grávida de três meses. Os assassinos bateram na porta da casa onde se encontravam as quatro pessoas. Quando a porta foi aberta deram cerca de 100 (cem) tiros em três deles e depois atiraram nas perna de Jeane que saiu com vida para o hospital. No carro dos policiais ela foi morta com um tiro na boca.

Os policiais acusados dos crimes foram Jorge Luiz Fernandes, o Jorge Abafador; Ranulfo Alves de Melo Filho; João Gilvan de Araújo e o não policial, funcionário público estadual, Admilson Fernandes de Melo.

Esta Chacina aconteceu às 04:00 horas da manhã. No inquérito policial o delegado colocou que a ação se deu em "estrito cumprimento do dever legal e que os policiais foram recebidos à bala". O promotor público do caso ia impronunciar os quatro assassinos, quando se descobriu testemunhas do caso que contavam uma história diferente do que estava no inquérito.

Foi acionado o Ministério Público e este ouviu as novas testemunhas. Foi feita uma reunião com o Juiz para que as testemunhas fossem ouvidas e o Juiz assegurou que apesar de ter terminado a fase de instrução ouviria as pessoas depois do parecer do Ministério Público. O promotor do caso foi contrário mas depois de muito esforço deu parecer favorável para que se ouvissem as testemunhas.

Essa foi a primeira batalha ganha neste caso. Depois o Juiz pronunciou os acusados e marcou o júri para 19 de setembro de 1996. No libelo o promotor não incluiu as testemunhas para serem ouvidas. Faltando um dia para o início do Juri Popular o promotor declarou na imprensa que os policiais seriam absolvidos e que não havia provas contra os mesmos.

Foi feita uma audiência com o Procurador Geral de Justiça para falar sobre a conduta do promotor em questão e solicitar que o mesmo fosse substituído e o Juri fosse adiado. O Procurador conseguiu que o promotor pedisse adiamento do júri, o que foi definitivamente concretizado.

O Juri Popular foi realizado no dia 08 de maio de 1997, com a presença de diversas Entidades e observadores nacionais e internacionais. O julgamento teve como Assistente do Ministério Público, o advogado Marcelo Lavanére, ex-presidente da OAB Federal e membro honorário vitalício do Conselho Federal da instituição.

Os acusados foram absolvidos pelo Juri Popular, por cinco votos a dois, que acatou a tese da defesa do que os policiais mataram "no estrito cumprimento do dever legal". O Promotor Fernando Vasconcelos imediatamente anunciou que iria apelar da decisão do jurados, por considerar que o resultado foi contrário à prova dos autos.

O Tribunal de Justiça acatou o recurso da Promotoria e o Juri Popular já está marcado para dia 06 de Outubro de 1999.

Diversas Entidades e observadores nacionais e internacionais estão sendo aguardados para acompanhar esse novo julgamento.

Página de Responsabilidade do CDHMP/RN

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