| Jorge
          "Abafador" faz ameaças a repórter
 Policial é acusado de
          participar de grupo de extermínio  O
          policial civil Jorge Fernandes Luiz, o "Jorge Abafador",
          acusado de participar da chacina de Mãe Luiza, em 1995, onde foram
          mortos Roberto Ferreira do Nascimento e Lucimar Alves da Silva, está
          ameaçando uma repórter da TV Cabugi.
           Uma
          reportagem da TV Cabugi veiculada sexta-feira passada, onde moradores
          que não se identificaram com medo de represálias, denunciam que
          Jorge Abafador é um preso cheio de regalias e mordomias, que sai a
          hora que quer, bebe em bares do bairro com a arma exposta, motivou as
          ameaças à repórter Carla Rodeiro. Há
          dois anos ela fez uma reportagem para o Fantástico, da Rede Globo,
          sobre o suposto grupo de extermínio que atuava no Estado, com o
          conhecimento do então coordenador de Polícia Civil, Maurílio Pinto
          de Medeiros. Jorge
          Abafador, procurado pelo repórter Sérgio Pinheiro da TV Cabugi, se
          recusou a gravar entrevista. A equipe gravou a voz de Abafador onde
          diz que tudo não passou de uma armação do delegado, que não gosta
          dele. Além disso, manda um recado para Carla Rodeiro em tom
          ameaçador dizendo que não esqueceu a matéria que ela fez para o
          Fantástico.
           Sexta-feira,
          o delegado supervisor da Polícia Civil, Plácido Medeiros, numa
          vistoria de rotina na 11ª DP, descobriu que na delegacia, havia fitas
          de vídeo do primeiro julgamento da chacina de Mãe Luiza, com imagens
          das testemunhas e do advogado Gilson Medeiros, assassinado e do qual
          abafador também era um dos acusados de participar do crime. Além das
          fitas foi encontrada uma pistola 380 importadas enterrada a um metro
          da sala onde Abafador está preso, 28 balas e 56 cápsulas já
          disparadas.
           Plácido
          Medeiros abriu um inquérito para apurar como as fitas, armas e balas
          foram parar na delegacia. Ele acredita que a fita é para identificar
          as testemunhas com o objetivo de vingança ou intimidação, já que
          no próximo dia 23 Abafador será julgado pela participação na
          chacina. O delegado, que foi desacatado por Abafador que o teria
          chamado de "cachorro" vai processá-lo por isso. 
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