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Notícias de fevereiro de 1997
A Anistia no mundo
AI/Brasil
Notícias da Imprensa

Procurador acusa ex-secretário do RN



O procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Emanuel Cristóvão Cavalcanti, disse ontem que policiais envolvidos em um grupo de extermínio local "recebiam proteção" de Maurílio Pinto de Medeiros, ex-secretário- adjunto da Segurança daquele Estado.

Conhecido por "Meninos de Ouro", o grupo de extermínio é acusado de praticar 28 assassinatos. Responsáveis pela apuração desses crimes, dez pessoas, entre elas o procurador, tiveram seus nomes incluídos em uma lista para também serem assassinados.

Por causa dessas ameaças, a Comissão de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) solicitou ao governo brasileiro proteção policial para elas. O Ministério da Justiça criou comissão para apurar a denúncia.

Dois dos policiais acusados de envolvimento nos assassinatos foram presos. Outros acusados estão respondendo a inquérito. Cavalcanti disse que parte deles trabalhava no gabinete de Medeiros.

O procurador diz não ter provas sobre o envolvimento de Medeiros nos crimes. Mas, segundo Cavalcanti, o ex- secretário "criou dificuldades" nas investigações sobre o envolvimento de seus subordinados nos crimes atribuídos a
eles.

Em outubro passado, foi assassinado um advogado e ativista de direitos humanos que denunciara o envolvimento dos policiais nesses assassinatos. Pressionado por Brasília, o governador Garibaldi Alves Filho (PMDB) afastou Medeiros.

O procurador disse que ele e os promotores que investigam o caso nunca receberam ameaças diretas de morte. Mas confirma que seus nomes apareceram em uma lista de pessoas marcadas para morrer. "Se foi uma armadilha para intimidar o Ministério Público, houve perda de tempo", afirma.

Para ele, nenhuma ameaça "impedirá a apuração".

A lista com os nomes das pessoas ameaçadas foi entregue por um presidiário para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. O advogado Gilson Carvalho, assassinado em outubro, também constava da relação.

Além de Cavalcanti, constam da lista os nomes de seis promotores, um delegado de polícia e dois integrantes do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Natal. O Ministério da Justiça dará proteção a eles.

O secretário da Segurança do Rio Grande do Norte, Sebastião Américo de Souza, disse ontem que tem enviado à Justiça, para "providências legais", toda denúncia que chega a ele sobre o envolvimento de policiais em assassinatos.

"Mas não acredito que exista grupo de extermínio formado por policiais", disse. Para ele, o ex-secretário Medeiros é "um patrimônio da polícia" local. "Ele é tido aqui como um policial exemplo." (Folha de São Paulo, 27/12/96)

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