Mato Grosso
Aristeu da Silva, detento
da Penitenciária Pascoal Ramos em Cuiabá, teria sido morto
no dia 01 de fevereiro de 2000. Segundo informações recebidas,
ele estava preso no Bloco B e teria sido morto como resultado
de uma briga com a facção rival localizada no Bloco A.
Nelson Rodrigues de Sá teria sido espancado
no mesmo dia também pela outra facção. O delegado e outros
policiais teriam sido informados que alguns detentos teriam
armas. No mesmo dia eles teriam efetuado uma busca na
prisão e não teriam encontrado nenhuma arma. Os detentos
teriam entregue uma lista aos diretores indicando os presos
que teriam sido ameaçados de morte por outros presos.
No dia 02 de fevereiro de 2000, o Ministério Público teria
recebido uma carta com 17 nomes de detentos que correriam
risco de vida como resultado da rivalidade entre as diferentes
facções. No dia 03 de fevereiro de 2000, o evento, posteriormente
conhecido como o "massacre de Pascoal Ramos",
se deu na Penitenciária. Segundo informação recebida pelo
Relator Especial, os guardas notaram que algo estava para
?????b????? acontecer e abandonaram seus postos. Os presos dos Blocos
B e C teriam atacado os presos do Bloco A. Os seguintes
detentos teriam morrido como resultado do ataque: Laudomiro
César de Oliveira, Joselino Costa Marques, Adailton Bondespacho
de Arruda, Ademilson Costa Alves, Benedito Sales de Souza
Filho, Marenildo Leandro Curvo, Antonio Iran de Lima,
Ivan Aparecido Gomes Rodrigues, Robleik César Soares de
Paulo, José Pereira dos Resi, Maurelino Márcio Rondon,
Edvaldo de Jesus e Rober Montes Magalhães. Os
seguintes detentos teriam sofrido ferimentos graves: Sérgio
Domingos Dias, Márcio de Souza, Arlindo Martins da Silva,
Domingos Passos Primo, Antonio de Oliveira Filho, Ariovaldo
Matos de Menezes, Fábio Gonçalves Barros, Wabderson dos
Santos, Joldimar Ferraz Garcia, Francisco Vicente de Brito,
Paulo César Mota, Sebastião Marques Sampaio e Jair
da Silva. O diretor da Penitenciária teria proibido
a Policia Militar de intervir e terminar o ataque que
teria durado das 09:40 às 15:00. A versão oficial seria
de que os presos estavam "acertando contas uns com
os outros". A Polícia Militar e o Grupo de Operação
Especial do Comando Independente teria cercado a prisão
durante o confronto. Sua função teria sido unicamente
de aprender potenciais fugitivos. Segundo informações
recebidas, os policiais atiraram para o alto para ameaçar
aqueles que se aproximavam da cerca da ?????b?????prisão e Genildo
Cosme Tibúrcio Leite e Miguel Cabrera Toledo
teriam sido alvo dos tiros dos policiais. Eles teriam
tentado escapar. Os presos, aparentemente, possuíam armas
de fogo, facas, e lanças. Um inquérito teria sido aberto.
O relatório do Ministério Público, publicado no dia 23
de fevereiro de 2000 concluiu que o estado deveria arcar
com a responsabilidade das mortes dos detentos por ter
falhado em prevenir o incidente. O Relator Especial gostaria
de ser informado acerca do resultado desse inquérito.
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