Ceará
Francisco Assis de Sousa Campos,
18, e seu pai, José Haroldo Fernandes Campos, teriam
sido abordados por policiais no dia 09 de dezembro de
1999 dentro de um ônibus entre Natal e Fortaleza. Francisco
Assis de Sousa Campos teria sido considerado suspeito
por estar dormindo com seu braço direito conectado a um
tubo intravenoso usado para tratar seu problema crônico
de rins. Ele teria levado tapas no rosto e sido espancado
por um policial durante 20 minutos. Ele teria sido levado
para a traseira do ônibus onde um policial o revistou.
José Haroldo Fernandes Campos teria sido espancado por
outro policial que teria dado socos em seus testículos.
Ambos teriam sido forçados a descer do ônibus. Francisco
Assis de Sousa Campos teria uma ferida em sua perna esquerda
que abriu-se devido ao espancamento. Eles teriam sido
ambos ameaçados por um policial com uma arma apontada
para a cabeça de José Haroldo Fernandes Campos. Alguns
dias depois, teriam prestado queixa ao Ministério Público
e identificado por fotos um dos policiais. Em 17 de dezembro
de 1999, ambos teriam se submetido a exame de corpo de
delito.
Alexander Costa e Silva,
trocador, teria sido espancado até a morte por policiais de plantão
na prisão local de Aracati, em 27 de janeiro de 2000. Segundo
informações recebidas pelo Relator Especial, um relatório médico
expedido pouco antes de sua morte confirmara as alegações de
tortura.
Marcos Studart e Valdir
Gomes Soares, fotógrafo e motorista do jornal O Povo,
respectivamente, teriam sido atacados e espancados pelo prefeito
de Hidrolândia e dois de seus empregados, no dia 22 de fevereiro
de 2000, quando visitavam o município a fim de investigar acusações
de corrupção. Eles teriam sofrido cortes, escoriações e
hematomas por todo o corpo e teriam sido encaminhados para
atendimento médico. Segundo informações recebidas pelo Relator
Especial, o caso tornou-se público na mídia e encaminhado à
Procuradoria do Estado.
Francisco Antônio Moraes do
Nascimento, engraxate, teria sido espancado, chutado e açoitado
por um policial militar em frente a uma delegacia local em Pólo
de Lazer, na cidade de Barra do Ceará, no dia 1o de
janeiro de 2000. Ele teria sido espancado porque não portava os
papéis necessários para carregar seus equipamentos. Uma
investigação teria sido aberta. O Relator Especial gostaria de
ser informado acerca do resultado dessa investigação.
José Iran Alencar teria
sido espancado por policiais na Penitenciária de Potengi no dia
11 de outubro de 1999. Ele teria sofrido ferimentos no peito e na
cabeça e teria se submetido a exame de corpo de delito no IML. O
caso teria sido relatado às autoridades.
|