Prefácio
O
Governador do Estado de Minas Gerais, fiel a seu compromisso de fazer
com que se tornem efetivos os direitos humanos em nossa comunidade,
participa das comemorações dos cinqüenta e três anos da Carta
Internacional dos Direitos Humanos dando continuidade aos trabalhos
necessários para cumprir o seu objetivo.
Pela
primeira vez em Minas Gerais, um Governo toma como empreitada específica
e prioritária elaborar e executar um programa voltado à promoção dos
direitos humanos.
As
liberdades públicas e a efetividade do princípio da igualdade têm
servido de fundamento das políticas públicas adotadas pelo atual
governo mineiro, sendo certo que não se tem perdido de vista que os
direitos humanos não compreendem apenas os direitos fundamentais
individuais, mas também e simultaneamente os direitos sociais, políticos
e econômicos.
Quando
de minha posse no cargo de Governador do Estado de Minas Gerais afirmei
que se não fosse para o Estado fazer justiça melhor seria viver sem o
Estado.
Continuo
pensando da mesma forma. O sentido e a importância das políticas públicas
têm que ter como objetivo a efetividade dos direitos humanos,
considerados em sua concepção mais ampla e em sua configuração mais
abrangente.
Os
direitos humanos não se tornaram uma realidade para todos os
brasileiros ainda hoje, quando um novo século se iniciou mostrando a
imperiosidade de se atentar a eles em face das mais variadas formas de
agressão que se têm contra os homens em todos os cantos do planeta.
As
ações que se propõem nos diversos e paralelos programas lançados em
minha gestão para se dotar de eficácia o conjunto dos diretos humanos
em sede mineira têm como objetivo
melhorar as reais condições de vida do nosso povo e dotar a sociedade
de meios eficazes e permanentes para o aprimoramento das relações
sociais. O detalhamento dos programas lançados pelo Estado é
oferecido, nos diferentes setores governamentais e voltados a diversos
grupos sociais, segundo as necessidades de cada um.
Hoje,
o Estado não atua sozinho nesta matéria. Felizmente, as organizações
não governamentais compõem poderosas e necessárias presenças no
palco das realizações relacionadas aos direitos humanos. A elas o
nosso agradeciment o e a nossa permanente solidariedade. Todos os homens
são responsáveis pelos seus semelhantes. Os governantes não podem
agir separados da sociedade, menos ainda isolar-se das ações que
aquelas entidades são capazes de levar a efeito.
Somos
agradecidos por todos os que nos acompanham nesta luta pela efetividade
dos direitos humanos. E somos solidários àqueles que ainda sofrem pela
ameaça ou pela violação dos direitos. Nosso empenho, contudo, para
que isto não ocorra é permanente. Não se trata para nós, do atual
Governo mineiro, apenas mais um desafio, mas um compromisso que buscamos
cumprir, mesmo que à custa de muita luta. Dela não desertaremos
enquanto houver alguém que dela precise e que conosco sempre poderá
contar.
Belo
Horizonte, 10 de dezembro de 2001.
ITAMAR
FRANCO - Governador do Estado de Minas Gerais