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Sistematização dos Dados  

Tão logo arquivadas as notícias sobre assassinatos de homossexuais, o próximo passo, que deve ser realizado sempre à medida que novos casos forem incorporados à pasta de assassinatos, é a sistematização dos dados a fim de posteriormente serem divulgados e politicamente utilizados na luta contra a homofobia.

Recomenda-se a confecção de uma tabela feita numa folha ofício no sentido paisagem, onde sejam transcritos, de forma resumida, os principais dados relativos ao assassinato, a saber: local, data do crime, nome da vítima, cognome, idade, cor, orientação sexual (gay/travesti/lésbica/transexual), profissão, local do crime, causa mortis, nome do assassino, idade, cor, ocupação, delegacia onde o caso foi registrado, jornais e data.

Nem todos esses dados aparecem em todas as reportagens criminais. Muitas vezes a própria data do crime deve ser deduzida indiretamente, posto que alguns cadáveres são encontrados em adiantado estado de decomposição. Nesses casos, a solução é indicar a data da publicação da notícia seguida de uma interrogação.

Essa tabela com todos os assassinatos deve ser atualizada com a entrada de novos casos e ser anexada como índice na supracitada pasta de arquivo de assassinatos. Sua função é permitir, num só lance de olhos, de forma imediata, a visão de todos os crimes locais, seja da cidade, do estado ou país. No caso do GGB, por exemplo, dispomos de uma tabela geral com os 1830 assassinatos do Brasil entre 1980-1999, além de tabelas específicas para cada estado, o que nos  permite enviar para os grupos gays das diferentes localidades a tabela resumida dos crimes locais.

Além desta tabela resumida, sugerimos uma outra síntese de todos os crimes cuja função é sua divulgação no relatório anual. Assim, deve-se elaborar um resumo de 5 a 6 linhas para cada sinistro, com todas as informações mais importantes redigidas de forma telegráfica. Eis um exemplo:

[SP, 21-3-2000] – JOSÉ LUIZ MENDONÇA, travesti, “Vanessa de Madri”, 25 anos, parda, cabeleireira, assassinada com cinco facadas no peito e costas, em seu apartamento, à rua Direita, n.º 34, bairro do Lago, Botucatu, S. Paulo. Assassino: Pedro Conceição, vulgo Tatu, branco,  36 anos, motorista de caminhão, o qual, após o crime, roubou eletrodomésticos e cartão de crédito da vítima, sendo preso horas depois pelo Delegado Jacinto Pinto, da 2ª Delegacia de Polícia, onde se encontra detido. Segundo o assassino, “matei porque a vítima quis me beijar na boca!” (Jornal da Tarde, 22-3-2000, p. 5; A Tribuna de Botucatu, 22-3-2000, p. 8).

Conforme dissemos, a função desta síntese é reproduzir, com todos os detalhes mais significativos, a notícia original do jornal, de tal sorte que no Relatório/Dossiê anual, tanto as autoridades governamentais quanto o leitor disponham de informação completa sobre cada um dos crimes e as respectivas indicações dos periódicos ou demais fontes em que se baseiam. Em se tratando de notícia obtida por fonte oral ou registrada no Livro de Ocorrências da entidade, deve-se citar assim – Fonte: Informação Oral de S. D. E., Livro de Ocorrências de Crimes Homofóbicos, Arquivo do GGB, folha 6, 4-3-2000.

Também esses resumos devem ser arquivados, em ordem cronológica, no início da Pasta de Assassinatos de Homossexuais, permitindo a leitura circunstanciada de seu resumo sem Ter de ir às reportagens originais.

Consideramos que a organização de diferentes pastas contendo cada uma material específico sobre gays, lésbicas, travestis e transexuais, pode facilitar a consulta e análise dos crimes homofóbicos. Conforme a conveniência, também pode-se dentro de uma única pasta, reunir seções específicas para os crimes destas três categorias. Tal separação, como dissemos, facilita a consulta e permite visualizar as peculiaridades dos crimes quando analisados separadamente.

No caso específico das lésbicas, embora via de regra elas sejam muito menos vitimizadas do que os gays, as notícias envolvendo mulheres assassinadas devem ser analisadas com particular atenção pois às vezes o motivo destes crimes pode ser lesbofobia, o ódio às lésbicas.  

 

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