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Organização do Arquivo

 

a coleta de material é o passo inicial desse trabalho de documentação: localizando num jornal ou revista o crime contra um homossexual, deve-se recortar cuidadosamente a notícia, deixando pequenina margem dos lados. A identificação com o nome do periódico, sua data, número da página onde a matéria foi publicada devem ser escritos, com letra miúda, na margem inferior do próprio recorte, ou a máquina, na parte inferior da folha onde foi colado. Melhor ainda se colar no alto da página o recorte com o nome do jornal tal qual aparece na primeira página.

O recorte deve ser colado de forma simétrica no meio de uma folha tamanho ofício em branco. Os arquivistas ensinam que a cola de bastão é a que resiste mais tempo sem danificar documento original, devendo-se tão somente passar a cola nas quatro extremidades do recorte. Para facilitar a consulta, pode-se escrever a máquina, ou com letra bem legível, no topo de cada folha, o nome completo da vítima e a data de sua morte. Quando os recortes das notícias ultrapassam o tamanho da folha, devem ser dobrados cuidadosamente para facilitar sua leitura sem danificar o original. Deixar sempre uma margem livre de ao menos dois dedos do lado esquerdo, para que o furador do colecionador não danifique os originais. Todos esses cuidados são importantes a fim de conservar em bom estado tais fontes, posto representarem a matéria-prima de tais crimes.

Essas folhas com os recortes dos crimes, assim como as já referidas cartas, notícias da internet, etc, devem ser arquivadas numa pasta do tipo colecionador com presilhas laterais, ou pasta com sacolas de plástico, seguindo a ordem cronológica, seja ascendente,  seja descendente, incluindo, em ordem sequencial, todas as matérias que forem encontradas sobre o mesmo crime. No caso de haver duplicatas da mesma matéria, devem ser guardadas numa outra pasta intitulada “Duplicatas”. Este material poderá eventualmente ser enviado para delegados ou juízes encarregados do caso, acontece algumas vezes que meses ou até anos depois do crime, são publicadas novas matérias, especialmente quando a polícia consegue prender o assassino. Tais notícias devem igualmente ser incluídas na pasta, seguindo-se a ordem cronológica.

Notícias recebidas por fax devem ser fotocopiadas considerando a reduzida duração de leitura das cópias em fax.

A pasta com as notícias originais deve ser zelosamente guardada no arquivo ou num armário ou gaveta, e consultada com o máximo cuidado para não danificar os originais. De preferência, o melhor seria tirar duas boas cópias xerox de todo o material, uma ficando para consulta e a Segunda, conservada em outro local, para se evitar a perda do original por incêndio ou destruição.

Sugerimos que tão logo se tenha em mãos o recorte do jornal ou a notícia oral de um crime homofóbico, imediatamente seja incluído na pasta de documentos a fim de poder Ter seus dados sistematizados e evitar seu extravio.

No caso de se conseguir fotos originais da vítima, seja quando viva, seja no IML, ou no velório ou no enterro, tais fotos devem ser igualmente arquivadas junto com as notícias do crime.

Sugere-se que esta pasta com os recortes de jornal de todos os homicídios locais tenha logo depois da capa uma tabela ou índice de seu conteúdo.

Como estamos interessados em documentar não apenas os homicídios mas todos os crimes tendo os homossexuais como vítimas, outra pasta deve ser organizada para reunir todas as matérias relativas às diferentes manifestações de preconceito e discriminação homofóbicas. Para facilitara organização sistemática desse material, recomenda-se que as notícias sejam classificadas a partir dos seguintes temas:  

1. Agressões e Torturas

2. Ameaças e Golpes

3. Discriminação em Órgãos e por Autoridades Governamentais

4. Discriminação Econômica, contra a Livre Movimentação, Privacidade e Trabalho

5. Discriminação Familiar, Escolar, Científica e Religiosa

6. Difamação e Discriminação na Mídia

7. Insulto e Preconceito Anti-Homossexual

8. Lesbofobia; violência Anti-Lésbica

9. Travestifobia.  

A mesma metodologia deve igualmente ser aplicada nestes delitos relacionados à violência dos direitos humanos dos homossexuais: após recortar e colar as notícias em folhas individuais, com a devida indicação da data e nome do jornal, fazer um resume de umas cinco linhas de cada ocorrência, com um título que seja bem aplicativo de seu conteúdo e do local (cidade ou estado) onde aconteceu. Um exemplo ilustrativo: 

GANGUE ATACA GAYS NO RIO  

Agente administrativo Flávio Mendonça, 36, foi vítima de uma gangue de 15 jovens que costumam atacar homossexuais no Rio de Janeiro nas imediações da praia do Forte, em Ipanema. Segundo o sub-secretário de Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares, “diante das constantes agressões a homossexuais, pretendemos ampliar o curso de preparação de PMs e civis, convidando representantes das entidades gays para orientar policiais de como tratar de homossexuais.” [O Globo, 24/27-1-99].

 

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