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Djalma
Maranhão - Pensamentos Políticos
Discursos Parlamentares
Djalma
Maranhão, CERN 1985
De
Pé no Chão | 40
Horas de Angicos | Movimento
de Natal
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Djalma
Maranhão
(Dados biográficos)
Djalma
Maranhão foi Prefeito de Natal em dois
mandatos. Deputado Federal. Deputado Estadual.
Jornalista. Presidente da Associação
Norte-Rio-Grandense de imprensa. Esportista. Presidente
do Conselho Estadual de Desportos. Presidente
do Partido Trabalhista Nacional e Partido Social
Progressista. Diretor do “Jornal de Natal”
e “Diário”. Proprietário
da “Folha da Tarde”. Presidente da
Empresa de Rádio “Rio Grande”.
Escritor. Autor de estudos sobre folclore, política
e economia. Abordou seriamente a problemática
da industrialização do tungstênio
em bases estatais. Defendeu entre outras teses:
A democratização
da educação com o acesso do povo
às fontes do saber, criando a campanha
“De Pé no Chão Também
se Aprende a Ler”. Pugnou pela necessidade
de reformas sociais no país e pela limitação
da remessa de lucros das multinacionais para o
exterior.
Nasceu
em Natal em 27 de novembro de 1915, à Av.
Rodrigues Alves, 684, Tirol. Neto de Joaquim Felismino
de Albuquerque Maranhão, Senhor de Engenho
em São José de Mipibu, RN e filho
de Luis Inácio de Albuquerque Maranhão,
agrimensor e fazendeiro, proprietário da
Fazenda São Pedro, no município
de Pedra Pedra-RN e de D. Salomé de Carvalho
Maranhão, obstetra.
Como
deputado federal teve intensa vivência parlamentar,
integrando os quadro da Frente Parlamentar Nacionalista.
Participou da tribuna da Câmara de todos
os debates sobres as questões de sua época,
lutando pela soberania do Brasil frente as potências
internacionais e defendendo intransigentemente
a legalidade democrática.
Prefeito
de Natal duas vezes, restaurou todos os autos
populares numa autêntica revalidação
do folclore natalense. Promoveu vários
Congressos de Folclore, Praças de Cultura,
Feiras de Livros, Bibliotecas Públicas,
Galeria de Arte, Conchas Acústica, Fontes
Luminosas em vários bairros da cidade.
Trouxe a Natal grandes nomes da cultura nacional
como Jorge Amado, Paulo Freire, Mauro Mota, Gustavo
Barroso, Edson Carneiro, Mário Melo, José
Condé, Umberto Peregrino, Antônio
Vilela, Waldemar Cavalcanti, Ênio Silveira,
Luiza Barreto Leito, Miercio Tati, Mário
Jorge do Couto Lopes, Hildegarde Viana, Paulo
Dantas, Edgar Proença, Eduardo Portela,
Pierre Furter, Carlos Pena Filho, Barbosa Lessa,
Bruno de Meneses, Théo Brandão,
Manoelito de Ornelles, Dante de Laytano, Carlos
Galvão Krebs, Eneida, Domingos Vieira Filho,
Nunes Pereira, João Climaco Bezerra, Mozart
Soriano, Ascenço Ferreira, Júlia
Dorado, Rômulo Argentiére, Fagundes
de Meneses, entre outros.
Homem
de grande coragem pessoal, temperamento altivo
e independente, Djalma maranhão dedicou-se
a defesa das classes mais pobres do Rio Grande
do Norte. Eram seus irmãos: Netercia (Professora
da Escola de Música da UFRN), Cândida
(Médica no Rio Grande do Sul), Luis (Advogado,
deputado, professor), Clóvis (Fiscal federal
do Rio de Janeiro).
Casado
com D. Dária Cavalcanti Maranhão
teve os seguintes filhos: Lamarck (falecido),
Marcos (advogado e sociólogo), Ana Maria
(estudante pré-universitária).
Djalma
Maranhão pavimentou a cidade de Natal em
sistema de mutirão, na campanha “O
proprietário dá a pedra e a Prefeitura
a mão de obra”. Construiu casas populares.
Todos
os anos nos períodos de Natal, Ano Novo,
Reis e São João, mandava armar palanques
no centro da cidade e nos bairros mais distantes,
para exibição dos conjuntos folclóricos,
por ele patrocinados, a fim de garantir a perpetuação
das danças e cantigas do passado.
Identificando-se
com as alegrias do povo, nos dias de carnaval
colocava orquestras de frevo no coração
de Natal e nos subúrbios para que o povo
pudesse festejar em bailes de rua.
Criou
nos limites de Natal o Centro de Produção,
para plantio de verduras e frutas a serem distribuídas
com a população.
Em
31 de março de 1964 afirmou solidariedade
ao Presidente da República, Dr. João
Goulart. Deposto, exilou-se no Uruguai onde veio
a falecer em 30 de julho de 1971. Transportado
em avião da VASP, com as despesas pagas
pela família e com autorização
concedida, através da interferência
do Senador Dinarte Mariz junto ao Ministro do
Exército, General Orlando Geisel, foi sepultado
em Natal, no cemitério do Alecrim, acompanhado
por uma imensa multidão, no maior enterro
já realizado na cidade, que atestou o quanto
ele era amado e querido pela sua gente.
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