9.
Travestifobia - violência contra travestis: 63 casos
TRANSEXUAL SOFRE
DISCRIMINAÇÃO DE DELEGADA NO AMAZONAS
Weydman
Lopes Henriques 27 anos, estudante de engenharia civil na ULBRA de
Manaus e funcionária pública municipal foi notificada no dia 24/9/2000
pela delegada Maria Júlia Belota Lopes - Delegada de Policia mat.
118.060.8-B, intimando-a a comparecer a referida delegacia situada na
Avenida Pedro Teixeira s/n, no
Prédio da Delegacia Geral de Polícia Civil, para prestar
esclarecimentos de seu interesse, e caso ela não fosse seria enquadrada
no artigo 330 do Código Penal. O motivo: ”Ela teria que trocar a foto
da identidade, pois estava com cabelos compridos, brincos, e maquiada no
referido documento de identificação.” A delegada ordenou: “tirar
uma foto 3x4 de cabelos preso, sem maquiagem, sem brincos, e sem ter
feito a sobrancelha.” [Fonte: Arquivo GGB, Internet, denunciante
weydman@bol.com.br, 28-9-2000]
TRAVESTI DISCRIMINADA
NO TRABALHO E EM BOITE, GO
“Sou
travesti e advogada e gostaria de trabalhar em algum lugar e ganhar um
salário decente. Mudaria até de cidade se fosse preciso. Me ajudem!
Não quero ir me prostituir, estou precisando trabalhar, pois já estou
com duas anuidades vencidas na OAB. Moro em Goiânia, penso que sou a
única travesti advogada, devidamente inscrita na OAB-GO. Por ter tido
várias oportunidades, viajei por vários países, mas por incrível que
pareça, na minha própria cidade, fui convidada para uma festa de
lançamento de uma revista numa boate local e fui barrada por ser
travesti, veja que ironia do destino, eu que conheço casas noturnas
até na Turquia....bom, imediatamente fui a uma delegacia e fiz um TCO,
o encaminhei para um dos mais conceituados advogados do meu estado, que
logo indicou o meu caso para uma outra colega... enfim passei de mão em
mão e ninguém fez nada... é mole” [Fonte: Arquivo GGB, Internet,
<ludmylla@cultura.com.br> 7/12/2000]
TRAVESTIS SOFREM
CONSTRANGIMENTO EM SANITÁRIO FEMINIO EM
BRASÍLIA
A
diretoria da Escola de Samba Mocidade Independente do Gama, prepara uma
festa para inaugurar o primeiro banheiro Gay do Distrito Federal só
para homossexuais. O “banheiro opcional”, como será denominado, tem
1,5m por 3,6m, terá um mictório, pia, espelho e dois vasos cor de
rosa. Segundo o presidente da Mocidade do Gama, Paulo Roberto Silva,
cerca de 100 homossexuais, comparecem a cada ensaio da escola, nos dois
meses que antecedem o carnaval. “Tomei a iniciativa depois que um
colega gay teve a atenção chamada dentro do banheiro feminino. O
constrangimento e o preconceito são comuns em todo lugar,
principalmente nos shoppings e boates”, declarou. [Correio
Brasiliense, 13-4-2000]
TRAVESTIS SÃO
EXPLORADOS EM PRESÍDIOS NO CEARÁ
Joyce,
homossexual de Sobral, no Ceará, conheceu o significado do amor bandido
quando se apaixonou por um traficante da cidade. O homem terminou preso
e, desolado com a distância, Joyce preparou um plano suicida. Arranjou
um punhado de maconha, chamou a polícia e forjou o flagrante de si
próprio. Achava que seria melhor ficar na cadeia ao lado do namorado do
que em liberdade sozinho. Enganou-se. A direção não permitiu o
namoro. Argumentava que seria pouca vergonha. Autorizou, no entanto, que
Joyce fosse estuprado todos os dias e noites pelos colegas de xadrez.
Joyce terminou no hospital com o ânus dilacerado e o intestino grosso
perfurado. ‘‘Só então descobriram que Joyce tinha apenas 17
anos’’, conta Murilo Rocha Lima, vice-presidente da Comissão de
Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará. ‘‘Uma
das tragédias do sistema carcerário é o sexo. Não se sabe como
tratá-lo’’. Um
presidiário gay declarou: ”No xadrez, gay é a escória. Não tem
namorada e ainda é obrigado a fazer favores sexuais para esse bando de
homens tarados.” [Fonte: Correio Brasiliense, 18-9-2000]
TRAVESTIS
DISCRIMINADOS EM SHOPPING EM RECIFE
Os
travestis Marcos Antônio Bruno e Rômulo Antônio dos Santos prestaram queixa policial contra o Shopping Boa Vista, no Recife, por
discriminação. Os dois teriam sido barrados , na entrada do centro de
compras por estarem trajando roupas femininas. Segundo o boletim de
ocorrência, o funcionário teria dito que por ordem da
gerência, os rapazes só poderiam percorrer as instalações do
Shopping depois de trocarem as vestimentas por roupas masculinas. [Fonte: Jornal do Comércio/PE 30/11/2000]
TRAVESTIS SÃO
EXPLORADOS NO PRESÍDIO DE RECIFE, PE
Os
travestis que estão no presídio Aníbal Bruno, em Recife,
vivem como escravos: têm que lavar as roupas dos presos e
arrumar a sela, são
violentados pelos outros presos, ficam sem direito a banho de sol. “Os
caras dizem para gente que fresco não tem querer. Nos fazem de
empregada e de noite usam a gente do jeito que querem”, desabafou
um dos travestis. [Fonte: Jornal
do Commercio/PE, 4-6-2000]
DELEGADA É ACUSADA DE
AGREDIR TRAVESTIS EM SALVADOR
A
presidente da ATRAS, Michelle Marry, recebeu denúncia de outras
travestis que na Delegacia de Homicídios de Salvador, há uma delegada
que costuma agredir fisicamente às travestis e mulheres de programa no
Centro da cidade. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas das Reuniões
da ATRAS,
6/1/2000]
PM PERSEGUE TRAVESTI
NO CENTRO DE SALVADOR
A
travesti Kelly denunciou que
os policiais disseram não querer nenhuma travesti no Centro de
Salvador, ameaçando-as
quando as encontram na rua à noite. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de
Atas das Reuniões da ATRAS,
20/1/2000]
PRESIDENTE DA ATRAS É
PRESA AO FAZER PREVENÇÃO DA AIDS EM SALVADOR
Michelle
Marry, presidenta da Associação de Travestis de Salvador,
foi presa por uma viatura da PM,
quando realizava trabalho
de prevenção na orla da Pituba, constatando pessoalmente os maus
tratos que os policiais praticam contra as travestis de pista. [Fonte:
Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 20/1/2000]
TRAVESTI É
DISCRIMINADA AO TIRAR CARTEIRA DE INDENTIDADE EM SALVADOR
A
travesti Vamp, foi
discriminada ao tirar a carteira de identidade: ouviu piadinhas e a
recusa de sua foto com aparência feminina. [Fonte: Arquivo do GGB,
Caderno de Atas de Reuniões da ATRAS,
27/1/2000]
PM AGRIDE TRAVESTIS NA
PITUBA, SALVADOR
As
travestis Bruna e Sheila foram agredidas com
pancadas e chutes, sendo escorraçadas
da calçada da Pituba por policiais militares. [Fonte: Arquivo do GGB,
Caderno de Atas de Reuniões da ATRAS,
6/1/2000]
TRAVESTI É
DISCRIMINADA EM HOTEL DO
PELOURINHO, SALVADOR
A
travesti Kelly foi impedida de entrar
num hotel do Pelourinho quando quis alugar um quarto com um cliente.
[Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 3/2/2000]
TRAVESTI É AMEAÇADA
DE MORTE POR SARGENTO, SALVADOR
O
Sargento Adagnaldo é denunciado por diversas travestis de ser useiro em
extorquir as travestis que fazem pista na Pituba. Segundo uma das
vítimas, C., o Sargento insulta e faz
ameaças de morte a quem ouse depor contra ele. [Fonte: Arquivo
do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 9/2 /2000]
PRESIDENTE DA ATRAS É
DISCRIMINADA POR MOTORISTA, SALVADOR
A
presidente da ATRAS, Michelle
Marry, sofreu discriminação por parte do motorista
ao entrar no ônibus da linha
Ribeira-Barroquinha, da
empresa Praia Grande, que a destratou com palavras de baixo calão por
ser travesti. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 9/2/2000]
POLICIAIS PESEGUEM
TRAVESTIS NA PITUBA, SALVADOR
Uma
viatura com 4 policiais perseguiu a travesti Talia,
que estava no carro com um cliente, sendo obrigados a parar o
veículo e tendo seu dinheiro extorquido pelos policiais. [Fonte:
Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 9/2/2000]
PMs AMEAÇAM TRAVESTIS
COM VIATURA NO CENTRO DE SALVADOR.
Um
grupo de travestis estava conversando na Rua dos Aflitos, à noite, no
centro de Salvador, quando chegou uma viatura com alguns policiais, que
passaram a agredi-los e no final, jogaram a viatura em direção das
travestis. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões
da ATRAS, 9/2/2000]
POLICIAIS AMEAÇAM
ACIDENTAR TRAVESTIS NA PITUBA, BA
Travestis
que fazem trotuar na Pituba foram
algemadas e jogadas dentro de uma viatura policial, ficando a porta
aberta para que caíssem quando o veículo entrasse em movimento.
[Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 9/2/2000]
DUAS TRAVESTIS PRESAS
NA 1A
DELEGACIA EM SALVADOR
As
travestis Cinde e Celeni foram presas sem motivo algum, passando
dois dias de constrangimento no xadrez da 1a
Delegacia, sem comida nem
bebida: os policiais disseram que travesti não tem
direito algum! [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de
Reuniões da ATRAS,
9/2/2000]
TRAVESTI É AGREDIDA
NA 7A
DP EM SALVADOR
A
travesti Paloma Negão foi presa e levada para a 7a
Delegacia de Salvador, e ao reclamar
por estar sendo insultada e exigir ser tratada como cidadã, foi
agredida por um policial que lhe jogou um arquivo em sua cabeça.
[Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 7/2/2000]
POLICIAIS AMEAÇAM
TRAVESTI NO CENTRO DE SALVADOR
Naomi
e outras travestis que
fazem ponto na Avenida Sete
de Setembro, no centro de Salvador, denunciaram que os policias da 1a
DP disseram que vão prender todas as travestis se continuarem a fazer
pista nas imediações do Quartel dos Aflitos, e que os presos seriam
libertados somente depois do carnaval. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno
de Atas de Reuniões da ATRAS,
172//2000]
TRAVESTI MAIS UMA VEZ
É BARRADA NO SANITÁRIO DO SHOPPING, SALVADOR
A
travesti Márcia foi
barrada pela terceira vez quando ia ao sanitário feminino do Shopping
Center Lapa: foi arrastada pelos seguranças e obrigada a usar o
sanitário de deficientes. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de
Reuniões da ATRAS,
24/2/2000]
TRAVESTI
É AGREDIDA POR POLICIAS EM SALVADOR
Diversas
travestis de Salvador denunciaram na reunião da ATRAS que policias 1a
DP estavam agredindo quase toda noite as que encontram na rua.
A travesti Luzia, mesmo
doente, recebeu uma
rasteira dos policias. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de
Reuniões da ATRAS,
24/2/2000]
QUINZE TRAVESTIS SÃO
PRESAS MAIS UMA VEZ EM SALVADOR
Quinze
travestis foram presas na 1a
DP por estarem fazendo pista na Pituba. A
presidente da ATRAS
tentou localizar as travestis porém os esforços foram em vão,
pois as delegacias de polícia recusaram dar informações.
[Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 24/2/2000]
TRAVESTI É
ENCARCERADA JUNTO COM DELINQUENTES PERIGOSOS NA
BAHIA
A
travesti Paloma Prado sofreu constrangimento
ao ser presa na 7a
DP, sendo colocada em na mesma cela junto com delinquentes perigosos e
sendo solta apenas no outro dia. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas
de Reuniões da ATRAS,
24/2/2000]
SARGENTO PRENDE E
AGRIDE TRAVESTIS EM SALVADOR
Quatro
travestis residentes na
Avenida Peixe, em Salvador,
foram presas com atos de violência pelo sargento Adagnaldo,
segundo o qual não vai deixar nenhuma
travesti fazer pista na Rua Manuel Dias,
no Bairro da Pituba. [Fonte:
Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 16/2/2000]
TRAVESTI É AGREDIDA
POR POLICIAIS EM SALVADOR
A
travesti Claudia, a caminho
da sua residência, foi espancada por policiais que rondam pelo
Centro de Salvador. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de
Reuniões da ATRAS,
16/3/2000]
POLICIAIS AMEAÇAM
TRAVESTI NA BAHIA
Policiais
da 1a
DP que fazem ronda motorizada no
bairro dos Barris, centro
de Salvador, ameaçaram
espancar a travesti Krecia
caso ela permanecesse fazendo pista neste local. [Fonte: Arquivo do GGB,
Caderno de Atas de Reuniões da ATRAS,
23/3/2000]
TRAVESTI É PRESA E
COLOCADA NO CAMBURÃO NA PITUBA
Agentes
da Polícia de Choque de Salvador correram atrás de uma dezena de
travestis que faziam pista na
Rua Manuel Dias, conseguindo prender
a travesti Paloma, que foi solta só no dia seguinte. [Fonte: Arquivo do
GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 23/3/2000]
POLICIAIS PROIBEM
ENTRADA DE TRAVESTI EM HOTEL EM SALVADOR
Segundo
denúncia de algumas travestis que frequentam as reuniões da ATRAS,
Policiais da 1a
Delegacia estão proibindo, de dia e de noite,
às travestis entrar
com seus clientes em hotéis 30/3/2000]
CLIENTE AMEAÇA
TRAVESTI EM SALVADOR
A
travesti Noemi informou que um cliente anunciou falou “ a próxima
travesti a morrer seria Joanina”. Relatou também
que outro cliente, após o programa não quis pagar, e que ela
era pago para matar travestis. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas
de Reuniões da ATRAS,
6/4/2000]
TENENTE ATROPELA
TRAVESTI EM SALVADOR
O
Tenente Adagnaldo, da 16a
DP, é denunciado por uma testemunha de ter
atropelado intencionalmente a uma
travesti de 15 anos, na
Avenida Magalhães Neto, na
Pituba, por volta da meia
noite do dia 11/4. Ao fugir da perseguição policial, quando
atravessava a pista,
a vítima foi atingida pela
viatura que era dirigida pelo referido tenente , que disse: “na
próxima vez, vai ser para matar!” [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de
Atas de Reuniões da ATRAS,
13/4/2000]
TRAVESTI É ESFAQUEADA
EM SALVADOR
A
travesti Regina foi
esfaqueada por um desconhecido,
morador em Itapoã.
[Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 20/4/2000]
TRAVESTI RECEBE
AMEAÇA DE MORTE EM SALVADOR
A
travesti Talia recebeu ameaça de um homem que estava em um Volks
branco, o qual disse que se pegasse uma travesti iria matar, pois era
açougueiro. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS20/4//2000]
POLICIAIS ESPANCAM
TRAVESTIS EM SALVADOR
As
travestis Matchelli e Paula, depois de serem chamadas de
“desgraça”, foram espancadas por policiais no centro de Salvador.
[Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 11/5/2000]
POLICIAS PERSEGUEM
TRAVESTIS EM SALVADOR
A
travesti Gal relata que policiais
que fazem ronda nas imediações do Largo dos Aflitos correram atrás de diversas travestis que faziam pista neste logradouro no
centro de Salvador. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões
da ATRAS, 16/6/2000]
POLICIAIS PRENDEM
TRAVESTIS EM SALVADOR
A
travesti Paloma, que
costuma fazer ponto na Avenida Manuel Dias,
na Pituba, lado a lado com prostitutas, relatou que
policiais da 7a
DP do Rio Vermelho, prenderam diversas
travestis que faziam pista no local, poupando as mulheres
profissionais do sexo. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de
Reuniões da ATRAS,
13/7/2000]
POLICIAIS AMEAÇAM
TRAVESTI DE MORTE EM SALVADOR
A
travesti Rosana foi presa
na orla em Patamares por
fazer trotuar, sendo
ameaçada de morte por um
policial. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 13/7/2000]
DELEGADA AMEAÇA
TRAVESTI EM SALVADOR
A
delegada Meire, da 10a
DP de Pau da Lima, Salvador, (segundo depoimento da vítima, a delegada
é “coroa, magrinha, loura, cabelo chanel”) , é acusada de ter
agredido à travesti
Clecia, dizendo: “Você
ou outra travesti que for pega no meu plantão, vou fazer de tudo para ir para a Casa de Detenção”.
[Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 10/8/2000]
HOTEL PROÍBE ENTRADA
DE TRAVESTIS NO CENTRO DE SALVADOR
Os
dois hotéis situados na Avenida 7
de Setembro, em Salvador, próximos ao Banco
Itau, proíbem a
entrada de travestis quando levam clientes para
fazer programa. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de
Reuniões da ATRAS,
10/8/2000]
POLICIAIS PROÍBEM
TRAVESTIS PERMANECER EM PRAÇA DE SALVADOR
Diversas
travestis denunciaram não poder mais permanecer sentadas na Praça
Piedade, pois logo os Policiais as mandam se retirar, dizendo que a
praça é local de respeito. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de
Reuniões da ATRAS,
10/82000]
TRAVESTI É AMARRADO E
ESPANCADO POR CLIENTES EM SALVADOR
A
travesti Elaine ao aceitar fazer um programa com um cliente da Pituba,
foi levado para local desértico e quando o carro parou, saíram dois
homens do porta-malas, os quais após
amarrar os braços e pernas
da travesti, a espancaram, dizendo que estavam
fazendo aquilo para
se vingar das travestis que “aprontam” com os clientes. [Fonte:
Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 24/8/2000]
TENENTE EXPULSA
TRAVESTIS DA PRAIA DE PATAMARES,
BA
A
travesti Paloma denunciou que o tenente Maurício “não pode ver as
travestis em Patamares que manda o comando prendê-las, ameaçando-as
com violência. Ele é
super despeitado com as monas, impedindo-as
de ficar no local.” [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de
Reuniões da ATRAS,
12/9/2000]
TRAVESTI É ATACADA
POR TRÊS HOMENS EM SALVADOR
A
travesti Joisy relatou que três homens que estavam dentro de um volks
cor prata a atacaram na
Fonte do Gravata, querendo levá-la à força para dentro do carro:
um era moreno e os outros dois mais escuros. Só não foi
sequestrada porque alguns policiais
que estavam nas imediações a defenderam dizendo que a conheciam
e que ela não era
marginal. ” [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 121/9/2000]
TRAVESTI É ESFAQUEADA
EM SALVADOR
A
travesti Gel levou algumas facadas, sendo o agressor um indivíduo de
nome Roberto, marido da
travesti Pitula. [Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 28/9/2000]
TRAVESTI É
DISCRIMINADA POR POLICIAL EM SALVADOR
A
travesti Paloma foi insultada por um
policial dizendo que ela estava velha demais para estar
nessa vida, avisando que iam
prender todas as travestis que estivessem na pista e levá-las
para a Delegacia da Boca do Rio, proibindo-as de estacionarem na área
da Pituba de dia e de noite.
[Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 28/9/2000]
POLICIAIS OBRIGAM
TRAVESTIS A FAZER SEXO EM SALVADOR
A
travesti Sheila denunciou que
os policiais da Pituba obrigam-nas a fazer sexo oral em troca de terem
mais liberdade para batalhar.
Outra travesti, Celeste, relatou que três policiais queriam fazer sexo
como ela, e como não
aceitou, um dos policiais de cor negra
ameaçou-a, dizendo que ia
levá-la para um lugar assustador e enfiaria um pau no seu ânus.
[Fonte: Arquivo do GGB, Caderno de Atas de Reuniões da
ATRAS, 26-10/2000]
POLICIAL AGRIDE
TRAVESTI NA PITUBA, SALVADOR
A
travesti Roberta, 25 anos, profissional
do sexo, logo após fazer um programa na Pituba, foi abordada pelo
tenente Dagnaldo com agressão verbal e corporal, tanto na pista quanto
dentro da 7a
Delegacia. (Fonte: Registro
de Queixas de Violência e Discriminação Anti–Homossexual, GGB,
28-1-2000).
TRAVESTI É AMEAÇADA
DE MORTE EM SALVADOR
Barbara
Kelly, 22 anos, profissional do sexo, foi ameaçada de morte, no seu
ponto de trabalho, pelo marginal Jilmaro Ribeiro dos Santos, 22,
conhecido por Binna ou Henrick. A vitima prestou queixa na 1a
DP dos Barris. (Fonte: Registro de Violência e Discriminação
Anti–Homossexual, GGB, 3-2-2000).
TRAVESTI É AMEAÇADA
DE MORTE EM SALVADOR
A
travesti Carla Faial, cabeleireira, denunciou ter sido ameaçada de
morte, pelo marginal Jorge Caiçara. (Fonte: Registo de
Violência e Discriminação Anti–Homossexual, GGB, 12-2-2000).
TRAVESTI
É AGREDIDA POR POLICIAL EM SALVADOR
A
travesti Celine foi detida
na Rua Carlos Gomes, quando fazia torturar, sofrendo agressões por
parte de policias da 1a
DP dos Barris. (Fonte: Registo de Violência e Discriminação
Anti-Homossexual, GGB 24-2-2000).
TRAVESTI É
DISCRIMINADA EM SALÃO DE BELEZA EM SHOPPING NA BAHIA
A
travesti Kelly, 27 anos,
profissional do sexo, foi discriminada pela proprietária do
Instituto de Beleza do
Shopping Baixa do Sapateiro, alegando
que não tinha cera para fazer depilação em seu rosto e nem
manicura disponível
para fazer suas unhas. A vítima constatou que se tratava de preconceito
anti-homossexual.(Fonte: Registo de Violência e Discriminação
Anti-Homossexual, GGB 30-3-2000)
TRAVESTI É
DISCRIMINADA EM ESCOLA EM SALVADOR
A
travesti Thania Lins, 19 anos, estudante, foi discriminada pela diretora
da Escola CEPA, devido a ser transgênero. (Fonte: Registo de Violência
e Discriminação Anti-Homossexual, GGB, 5-4-2000)
TRAVESTI É AGREDIDO
POR POLICIAL EM SALVADOR
José
Raimundo Santos Filho, 17 anos , travesti, foi agredido por um policial
na Av. Carlos Gomes: recebeu socos, chutes e puxavões, xingando-a de
desgraçada. A vítima alega que não estava fazendo pista. (Fonte:
Registro de Violência e Discriminação Anti-Homossexual, GGB,
6/8/2000)
POLICIA INTIMIDA
CLIENTES DE TRAVESTIS, RJ
A
polícia vai usar câmara fotográficas para reprimir a prostituição
na Avenida Atlântica, em Copacabana. Equipes da 12a
DP, da 13a
DP e do 19° BPM, todos em Copacabana, vão patrulhar os principais
pontos de prostituição da orla para a fotografar as placas dos carros
que param para abordar garotas de programa e travestis.
[Fonte: Jornal O Dia/ RJ, O
Globo/RJ, 29/07/2000]
TRAVESTI É
DISCRIMINADA EM ÔNIBUS NO RIO DE JANEIRO
Malena
D’Assunção, diretora do Grupo 28 de Junho, de Nova Iguaçu, foi
discriminada por um motorista
da Viação Vila Rica, ao ingressar no coletivo, com as seguintes
palavras: “viado
no meu ônibus não entra!”. [Fonte:
Arquivo do GGB, 25/12/2000]
MENINOS SÃO OBRIGADOS
A VIRAR TRAVESTIS, RJ
Representantes
do Grupo Astral, de assistência a travestis do Rio de Janeiro,
denunciaram à primeira-dama do estado e secretária de Ação
Social, Rosângela Matheus, que garotos de 12 a 14 anos estão
sendo recrutados nos estados do Ceará, Bahia e Espírito Santo para se
prostituírem no Rio. Os menores são obrigados a usar anticoncepcionais
e silicone industrial para ganharem formas femininas. O grupo
reivindicou a intervenção do Estado para que
não seja formada uma geração de travestis mirins. Os menores
ganham, segundo a ASTRAL, de R$ 50 a R$ 100
por cada programa. O ponto de prostituição preferido é a
Avenida Atlântica, em Copacabana. A maior parte vem para o
Rio por vontade própria e se transforma em travesti para
sobreviver. Rosinha prometeu que o estado vai apurar a denúncia
e convidou o grupo a participar do Programa Estadual
de Combate à Exploração Sexual de Menores.
De acordo com Giovana Baby, secretária do Astral, os menores
já têm tendências homossexuais e se tornam alvo fácil.
“Eles caem nas mãos das bombadeiras. São aquelas travestis que
aplicam silicone. Existe toda uma indústria por trás disso”,
explica. Giovana compara a exploração dos menores ao trabalho
forçado nas lavouras de cana-de-açúcar. “Eles tinham que
estar na escola”.
[Fonte: O Dia, 12/09/2000]
VIOLÊNCIA ASSUSTA
TRAVESTIS EM CAMPINAS, SP
Os
travestis que fazem ponto à noite e durante a madrugada na região do
bairro do Bosque, em Campinas, estão apavorados com uma onda de
violência que em quatros dias fez duas vítimas; os travestis suspeitam
da ação de um maníaco.[Fonte:
Correio Popular; Campinas/ 18/8/2000]
TRANSEXUAL
É HUMILHADA NO SENAC NA BAIXADA
SANTISTA, SP
Tila Rodrigues, uma transexual, que trabalha no Projeto Noite,
como agente de saúde, ao fazer um curso de cabeleireiros no SENAC foi
procurada pela coordenadora do curso que lhe sugeriu a utilização de
um terceiro banheiro, visto que a mesma fazia uso dos sanitários
femininos, e não queria utilizar-se dos sanitários masculinos. A
coordenadora sentindo-se contrariada disse que levaria a situação à
diretoria da entidade. [Fonte: Arquivo GGB, Internet, Grupo Vise-Versa,
através de denúncia de betojesus@uol.com.br , 19-9-2000].
TRAVESTI ADOLESCENTE
É PRESO EM SANTO ANDRÉ, SP
Os
policias do 4° DP de Santo André fizeram uma blitz na Av. Industrial,
prendendo e insultando a travesti G.S,
15, que fazia pista à noite. [Fonte: Diário
do Grande ABC/SP 11/8/2000]
FAMÍLIA IMPEDE QUE
FILHO NAMORE TRAVESTI, SP
Fábio
Pardo, 30 e Fabiana Marques, travesti, 31, cabeleireira, mantinham um
relacionamento de dois anos, até que a família de Fábio descobriu que
ela era uma travesti. “A família de meu namorado proibiu nosso
romance só porque sou travesti”, desabafou a cabeleireira. Fabiana
foi convidada para ser madrinha do casamento do irmão do namorado, mas
a família descobriu sua sexualidade, então ela e Fábio terminaram o
namoro. “Foi aí que eles começaram a me discriminar. O pai dele até
me ameaçou de morte.” [Notícias
Populares/SP, 3-4-2000; Agora
São Paulo, 13/7/2000]
TRAVESTIS ACUSAM PM DE
ABUSO SEXUAL EM SP
Travestis
e prostitutas que batalham no Bairro de Indianápolis, em S.Paulo,
denunciam que os policiais às prendem e levam para o distrito,
só que no meio do caminho obrigam-nas a fazer
sexo oral sem o preservativo. Uma delas que foi reclamar, o
delegado respondeu que esse
tipo de comportamento era
bem a cara delas. Depois do sexo costumam ser
deixadas em lugares desertos de difícil acesso. [Fonte:
Agora São Paulo/SP, 23/7/2000].
TRAVESTI É FERIDO
PERTO DA ESCOLA EM CAMPINAS, SP
Um
travesti foi ferido com três tiros, na barriga, na perna e no braço, a
poucos metros de uma escola próxima do centro de Campinas, no
cruzamento das ruas Padre Vieira e
Uruguaiana, rua utilizada como ponto de prostituição de profissionais
do sexo. Moradores da região se diziam assustados não apenas com os
travestis, mas com os “fregueses” que procuram programas nas
imediações. A polícia não tinha pistas do autor dos disparos apenas
conhecido com Doblésia. [Correio
Popular/Campinas/SP, 15-3-2000]
TRAVESTI LEVA TIRO EM
CURITIBA, PR
A
travesti Natasha, Sidney Pedro da Silva, 21, foi baleado no peito às
23h40, no Tatuquara, Zona Sul de Curitiba. Testemunhas informam que
Natasha conversava com um grupo de amigos, quando um deles, identificado
como Anderson, sacou um revólver e começou a brincar. Natasha não
gostou e discutiu com o rapaz. Irritado, ele disparou dois tiros, mas
só um deles atingiu a vítima. [O
Estado do Paraná/PR,
20-2-2000]
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