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Lesbofobia: Violência anti-lésbica 8 casos
BOATE EXPULSA
LÉSBICAS POR BEIJO NA BOCA EM BRASÍLIA
Glenda,
21, cabelos curtos em mechas loiras, vestia uma saia delicada, quando o
segurança da boate que freqüentava convidou a retirar-se da casa. O
motivo da expulsão era único: Glenda
havia trocado um beijo com a namorada, de 23 anos. [Fonte: Correio
Braziliense, 2-6-2000]
LÉSBICA É
AMEAÇADA DE MORTE EM MINAS GERAIS
A
lésbica e militante do PSTU, Soraia, também presidente do Sindicato
dos Empregados em estabelecimentos de Serviço de Saúde e da
Associação Lésbica de Minas Gerais foi ameaçada de morte por um
grupo de cinco rapazes que entraram no sindicato e deixaram um pacote
que continha uma bomba com
uma suástica e um bilhete onde se lia: “Na próxima vez vai ser pra
matar!” [Fonte: Arquivo GGB,
Internet, denúncia de gomesaugusto@hotmail.com, 2-10-2000]
LÉSBICA É VÍTIMA DO
GOLPE BOA-NOITE CINDERELA, RJ
Encantada
com uma moça que acabara de conhecer em uma boate, Beatriz não pensou
duas vezes em levá-la para sua casa após conversarem, dançarem e
beberem juntas. Em poucos minutos porém, Beatriz começou a sentir um
mal-estar e ao chegar em casa caiu em sono profundo. No dia seguinte:
sua casa havia sido revirada e sua carteira roubada. Beatriz foi mais
uma vítima do golpe do sonífero conhecido como “Boa-noite,
Cinderela” , que ataca gays e agora também lésbicas. [Fonte: Jornal Agora São Paulo/SP 30/07/2000].
LÉSBICA É VIOLENTADA
EM SP
L.
, lésbica assumida, 41
anos, foi estuprada pelo filho do dono da loja onde trabalhava
em S.Paulo. O crime
ocorreu na Sede da Associação dos Lojistas, local próximo ao
estabelecimento, onde o acusado teria marcado com a funcionária uma
reunião para tratar de Marketing. Aí ela
foi ameaçada por ele com um objeto cortante e obrigada a
despir-se, sendo do conhecimento dos colegas que
era lésbica e mantinha um caso com outra
mulher. [Fonte: O Estado de São Paulo, 21/9/2000]
LÉSBICAS SÃO
BARRADAS EM MOTEL EM SÃO PAULO
Duas
lésbicas, S. e C. dirigiram-se
ao Motel Marcelha, situado
na Av. Luiz Inácio de Anhaia Melo,
na Vila Prudente, na cidade de São Paulo, e foram barradas na
porta pela funcionaria “que alegou ter que falar com o responsável
para permitir nossa entrada...ficamos mais de 20 minutos aguardando e a
funcionaria só o que fazia era balançar a cabeça, olhando para nossas
identidades.” [Fonte: Arquivo do GGB,
5/10/2000, silviacristina_2001@hotmail.com]
LÉSBICAS REINVIDICAM
IDENIZAÇÃO EM SÃO LEOPOLDO, RS
Mara
Leme Baptista Carmo, 38, Valquíria da Silva, 24, acusam três pessoas
de tê-las ofendido e provocado um escândalo em sua lancharia. Também
disseram serem alvo de ameaça de despejo por assumirem sua opção
sexual. O casal já denunciou na delegacia os xingamentos e agressões
físicas sofridos em publico e, neste mês, querem exigir na justiça
uma indenização de cerca de R$5 mil por danos morais. [Diário
Catarinense/SC, 12-3-2000]
LÉSBICAS SÃO
DISCRIMINADAS E AMEAÇADAS DE MORTE, RS
As
lésbicas, Mara Lene Baptista do Carmo, 38, e Valquiria Aparecida
Moreira da Silva, 24, comerciantes de São Leopoldo obtiveram na
Justiça uma indenização de 15 salários mínimos por danos morais.
Mara e Valquiria, inquilinas de um prédio na Avenida Feitoria, onde
mantinham uma lancheria, foram agredidas com palavras de baixo calão
diante de toda a vizinhança. O estabelecimento acabou fechado:
“ficamos semanas sem ganhar um só real porque chegaram gritando que
somos lésbicas, machorras e sapatões, houve um boicote total” diz
Mara. O contrato tinha duração de um ano, mas, nos últimos meses, as
duas teriam recebido até ameaças de morte para deixar o lugar.[Fonte:
Jornal Zero Hora, Internet
em 17-5-2000]
COMPAQ DISCRIMINA
LÉSBICAS NA INTERNET
“Dirijo-me
a comunidade GLS para relatar-lhes fatos ocorridos nos bastidores da
Internet, envolvendo a empresa “Compaq” que há muito deslustra a
comunidade GLS do nosso país. Recentemente, esta indigitada empresa
visando aumentar suas vendas e lucros, divulgou um “banner” para ser
inserido nos sites. Pois bem. Após efetivarmos a inscrição para
inserir o “banner” na Home Page do #Lesbians da Rede Brasnet (IRC -
Internet Relay Chat), ou seja, http://lesbiansbrasnet.cjb.net ou
http://virtual.pt..fortunecity.com/teclados/14, obtivemos a
seguinte descrição do nosso site e canal, composto por Lesbians, Gays
e Simpatizantes: “Obrigado por
sua inscrição em nosso Programa de Afiliados Compaq. Infelizmente não
nos foi possível aceitar sua inscrição nesse momento pela seguinte
razão: o seu site possui conteúdo inaceitável nos não podemos
aceitar inscrições de sites que possuam conteúdo por nos considerado
ofensivo, ilegal, sexualmente explicitos e/ou visualmente violento. Nem
sites com links para esse tipo de conteúdo.
Convidamos você a enviar novamente a sua inscrição para o
Programa de Afiliados Compaq”. As alusões e denúncias aqui
contidas, são todas comprovadas através de documentos que tivemos que
preencher no ato de inscrição para inclusão do “banner” no nosso
site.A toda evidência que trata-se de um preconceito que solapa o
Estado de Direito! Precisamos de reformas que fortaleçam a sociedade(GLS).
A todo instante estamos vivenciando esse tipo de pecha. Qual a
violência existente num site de GLS? Qual a ilegalidade? Onde reside o
conteúdo inaceitável ou ofensivo no site?
Precisamos de uma revolução cultural que liberte totalmente o
homem (sentido lato) e que tenha caráter humanística,
democrática e pluralista. É repugnante a forma que essa indigitada
empresa arroga-se o papel pérfido, achincalhando a todos da comunidade
GLS, nos seus mais variados segmentos (sim, pois, acreditamos que
qualquer site GLS será vetado por eles), inventando, adjetivando, numa
deturpação intransponível a Liberdade de expressão assegurada na
Carta Magna. [Arquivo do
GGB, Internet, anjinha_doce@yahoo.com.br,
2000]
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