7.Insulto
e Preconceito Anti-Homossexual: 25 casos
SITE PREGA IDÉIAS NAZISTAS CONTRA HOMOSSEXUAIS
Um site em português, hospedado no Canadá, e que se identifica como o
“Nacional Socialismo de Blumenau”, tem uma seção totalmente
dedicada a desmoralizar a homossexualidade, pregando inclusive que seja
feita uma campanha contra as firmas que admitam homossexuais como
funcionários: “um grupo que representa aberrações é o dos
homossexuais. Vejam como estes trazem desgraça às sociedades! Quantos
médicos, advogados, pais de família, perdem-se na noite, procurando
travestis nas ruas de nossas cidades... A AIDS não seria uma doença de
proporções tão calamitosas quanto é hoje, não fosse a promiscuidade
dos homossexuais. A capacidade produtiva deles fica aquém do
discutível.”
[Fonte: Arquivo GBB, denúncia de lfadigas@uol.com.br, 9-8-2000, http://www2.crosswinds.net/pampa/~nazihp/principal.htm
http://www2.crosswinds.net/pampa/nazihp/principal.htm]
1900 DENÚNCIAS NO DISQUE-HOMOSSEXUAL EM UMA SEMANA EM BRASÍLIA
Inaugurado em Brasília, há apenas uma semana, o Disque Cidadania
Homossexual já recebeu 1900 ligações vindas de todo Brasil, ou seja
cerca de 271 por dia, segundo informe de Caio Varela presidente do Grupo
Atitude que coordena o projeto em parceria com o Governo Federal. O
objetivo do serviço é esclarecer dúvidas quanto aos direitos
homossexuais, amparar e dar assessoria jurídica à vítima de
discriminação e agressão devido a sua orientação sexual. O
atendimento é feito diariamente pelo telefone 0800-61-1024 (a partir
das 12:00), que é gratuito, mais informações sobre o
Disque-Homossexual podem ser obtidas através do email sim24e10@hotmail.com
ou pela Caixa Postal 2410 CEP 70849-970 – Brasília – DF
DEPUTADO XINGA RESTAURADORES DE “VIADO”, DF
O deputado César Lacerda (PTB), do Distrito Federal, que, segundo
consta, é useiro em xingar as pessoas de viado, declarou: “Qual o
lucro de Brasília ser Patrimônio Histórico da Humanidade? Nenhum, só
atrapalha. Esse pessoal do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional não passa de uma trupe de viadinhos. Não sou
preconceituoso, mas lá só tem bichas, que querem dirigir e mandar na
cidade. É uma idiotice. Se tem mulher, para que homem casar com homem.
Brasília tem problemas mais importantes para debater na Câmara, isso
é problema mental’’, conclui.”[Fonte: Correio Brasiliense
20-6-2000].
DEPUTADO DIZ QUE HOMOSSEXUALISMO É ANOMALIA, DF
O Coronel José Rajão, deputado distrital de Brasília, pelo PSDB,
disse: ‘‘Não podemos ficar estimulando o homossexualismo, que, em
minha opinião, é uma anomalia’’.[Fonte: Correio Braziliense,
17-6-2000]
ASSUMIR FILHO HOMOSSEXUAL NO NORDESTE AINDA É TABU
Pesquisa apresentada esta semana no IV Congresso Brasileiro de Terapia
Familiar e no II Encontro Latino Americano de Terapia Familiar mostrou
que o que mais abala o pai nordestino é assumir um filho homossexual.
[Fonte: Nacional / AL, 6/8/2000]
DESEMBARGADOR FAZ INSINUAÇÕES SOBRE SEXUALIDADE DE GOVERNADOR, AL
O desembargador Orlando Manso, presidente do Tribunal de Justiça de
Alagoas, desafeto político e pessoal do governador Ronaldo Lessa (PSB),
disse a imprensa local que o chefe do executivo estadual deveria
acompanhar-se mais de mulheres, invés de homens que o cercam o dia todo
e que por trás de um grande homem está sempre uma grande mulher.
[Fonte: Registro de Queixas do Grupo Gay de Alagoas, 2000]
CANDIDATO CHAMA PREFEITA DE SAPATÃO, AL
O candidato a prefeito de Maceió pelo PPS, Regis Cavalcante, chamou a
atual prefeita e candidata a reeleição Kátia Born (PSB) de
“sapatão” e disse mais numa atitude de desespero: “ela não ama
Maceió, ela ama é Roberta Miranda.” Ataques pessoais contra a
prefeita Kátia Born também foram proferidos pelo candidato do PFL,
José Thomás Nonô. [Fonte: Arquivo do Grupo Gay de Alagoas, Revista
Veja, 2000]
INTERNAUTA INSULTA HOMOSSEXUAIS NA BAHIA
Um estudante universitário, católico, enviou uma mensagem ao Grupo Gay
da Bahia onde dizia: “protesto energicamente contra a infame escolha
do valoroso mártir São Sebastião como patrono de gente depravada como
vocês, não aceito a escolha de um lugar sagrado como templo da
ignomínia mais descarada. Protesto, protesto, protesto!
Canalhas”.[Fonte: Arquivo GGB, Internet, ajofi@zip.net, 21-1-2000]
CANDIDATO DO PFL É CONTRA LEI ANTI-HOMOFOBIA, MG
O candidato Alberto Bejani, de Juiz de Fora, declarou-se contra a Lei
anti-Homofobia: “se eu estiver em um restaurante com a minha esposa e
meus filhos, e ver dois barbados se beijando, eu vou levantar e vou
sair. Não tenha dúvida: eu não vou explicar para meu filho o que
está acontecendo ali. Como vou explicar dois homens se beijando na
boca? Acho que estas coisas têm que ser modificadas.” [Fonte: Tribuna
de Minas / MG, 9/7/2000]
PREFEITO DE BELO HORIZONTE DIZ QUE HOMOSSEXUALIDADE É DESVIO, MG
No debate de encerramento da campanha política, realizado pela rede
Bandeirantes, o Prefeito Célio de Castro (PSB) disse que “o
homossexualismo é um desvio de conduta; como médico posso afirmar que
as teorias mais avançadas revelam um desvio de conduta, que não
significa nada de um desvio ético e comportamental. É um desvio de
personalidade e como tal tem de ser tratado, com respeito, carinho e
orientação científica rigorosa.” [Fonte: Jornal do Brasil,
30/9/2000]
PANFLETOS ATACAM HOMOSSEXUAIS EM GOV. VALADARES, MG
Panfletos apócrifos, com um texto preconceituoso contra os
homossexuais, foram encontrados pela justiça no comitê eleitoral do
vereador Bonifácio Mourão (PMDB), candidato a reeleição em
Governador Valadares. Nos Panfletos, aparece uma foto de dois homens se
beijando e a inscrição: “É isso que o PT quer para nossas
famílias.[Fonte: Diário Popular/SP 19/9/2000]
CENAS EXPLÍCITAS DE HOMOFOBIA, RJ
Segundo o Disque Defesa Homossexual, do Rio de Janeiro, de julho de 1999
a janeiro de 2000 ocorreram 163 denúncias, uma média de 27 por mês.
“Um número alto considerando que o serviço funciona há seis
meses”, diz o sociólogo Almir Pereira Júnior, supervisor geral do
DDH. Cerca de 32% dos casos ocorreram em locais públicos e partiram de
pessoas sem relação com a vítima. “São muitos os maus-tratos em
estabelecimentos comerciais, por exemplo”, informa o supervisor. 31%
dos casos referem-se a preconceito por parte da família, de amigos ou
vizinhos. “Tivemos o caso de uma mulher de cerca de 40 anos que
começou a namorar uma jovem de 18. Quando o pai da adolescente
descobriu, fez da vida das duas um inferno. Acabou virando caso de
polícia e tivemos que intervir”, conta Silvia Ramos, subsecretária
adjunta da Secretaria de Segurança. Com maior concentração de points
gays, a Zona Sul é líder do ranking da discriminação, registrando
26% das agressões. A seguir vêm Centro e Zona Norte, com 16,5% cada, e
a Zona Oeste, com 15,5%. A Baixada Fluminense, palco de 12% das
denúncias, contabiliza uma estatística macabra com relação ao tipo
de agressão: os 13 assassinatos denunciados ao DDH aconteceram lá. O
motivo, para Silvia Ramos, é a homofobia. “A vida na Baixada vale
muito pouco . A vida do homossexual, infelizmente, vale muito menos”,
diz. Para o antropólogo Patrick Larvie, que pesquisa há 10 anos temas
ligados à sexualidade no Instituto de Estudos da Religião, o fato de
homossexuais serem considerados vítimas fáceis tem apoio numa
presunção de impunidade. “Houve um assalto a dois homossexuais no
Aterro que ilustra isso. Quando o casal pediu ajuda a dois policiais foi
discriminado. As pessoas acham que agressões contra gays, lésbicas e
travestis podem ficar impunes porque são mais difíceis de serem
denunciadas”, diz o pesquisador, um dos criadores do DDH. Pelas ruas,
a discriminação contra homossexuais não é, necessariamente, verbal
ou física. Há um outro tipo de preconceito que, embora silencioso,
ofende tanto quanto piadinhas de mau gosto e agressões físicas. O
Jornal do Brasil acompanhou um casal de lésbicas pelas ruas de um
bairro carioca e pôde flagrar os olhares curiosos, as expressões de
espanto e o comportamento um tanto incomodado de pessoas que percebiam a
orientação sexual das duas. Quem passava e via Rosângela Castro, de
43 anos, e Simone Barreto, de 25, de mãos dadas, virava o rosto
espantado para ver a cena. Num ponto de ônibus, três meninas
cochichavam, aos risos, após ver o casal se abraçar. Duas balconistas
de uma lanchonete em frente olhavam atentamente e, ao vê-las se
acariciando no rosto, puseram a mão na boca e balançaram a cabeça de
um lado para outro. Ao entrar num shopping abraçadas, viraram atração
para uns, enquanto senhoras constrangidas desviavam o olhar. Rosângela,
diretora do Grupo Arco-íris de Conscientização Homossexual, saiu às
ruas com Simone pronta para se defender. Na bolsa, a bandeira do
arco-íris, broches e folhetos com informações e telefones úteis aos
homossexuais. “Se algo acontecer, tiro as coisas da bolsa, digo que
sou militante e ligo para o 190 da polícia”, disse. Para Simone,
estudante de direito, o pior preconceito não vem dos desconhecidos.
“É cruel ser alvo de discriminação dentro de casa”. A.C., 30
anos, promotora de vendas, sentiu isso na pele. Após revelar aos pais
que era lésbica ouviu, em várias brigas, a expressão “sua
sapatão”. “A auto-estima vai lá embaixo e demora para se refazer.
Hoje consigo ter uma relação melhor com eles”, diz. O medo de ser
discriminada em casa e no trabalho impede A.P. de 26 anos, de assumir
publicamente sua homossexualidade. Vítima de piadas de mau gosto vindas
principalmente de homens, ela freqüenta bares gays com sua namorada, de
21 anos. “Uma vez peguei um táxi em frente a uma das boates e o
motorista me disse que não entendia como uma mulher tão bonita podia
ser lésbica. Esse tipo de comentário acaba incomodando”, diz. Iguais
em gênero e nome, os homens despertam o mesmo grau de estranheza -
quando não, de aversão e até violência – ao andarem pelas ruas da
cidade. Basta o cabeleireiro Ronaldo C., 36 anos, derramar um olhar mais
intenso, ou buscar as mãos e lábios do segurança Ronaldo M., 33 anos,
que os olhos em torno se arregalam, sorrisos amarelos aparecem e os
comentários agressivos são disparados. O casal sabe disso. E sabe
também que namoro, mesmo na liberal cidade do Rio de Janeiro, só em
eventos gays ou lugares exclusivos. A pedido do JB, os Ronaldos,
anônimos que namoram firme há quatro meses, foram testar seus
conterrâneos. A idéia era saber até que ponto o carioca comum - e
não apenas os temidos e intolerantes pit boys - pode suportar uma troca
de carinhos e beijos entre homens, dentro dos limites de um casal
heterossexual. O lugar escolhido foi um dos melhores points para homens,
casados e solteiros, azararem mulheres, “idem e idem”, no Centro do
Rio: o Arco do Telles. A reação foi a pior possível. O primeiro beijo
entre os dois destravou de imediato uma bateria de comentários
preconceituosos. “Que absurdo! Dois homens se beijando. Vai procurar
mulher seu veado”, foi o mais suave. Ao final de 15 minutos, com
vendedores de bala estáticos, de boca aberta, e um freguês já de
mãos na cabeça, os comentários indignados se tornaram agressivos. Um
jato de chope foi atirado de uma roda de homens na direção da mesa dos
dois. Ronaldo, o segurança, teve a camisa molhada. O clima pesado
forçou uma retirada. “Dialogar com esse tipo de gente é
impossível”, reagiu, já na praça em frente aos bares, o Ronaldo
cabeleireiro. “Dava vontade de ter poder. Uma carteira importante para
chegar e me impor ali”, reclamou o segurança. Para alguns gays essas
reações não significam preconceito, são normais. O empresário
Alexandre Jobim, 39 anos, aposta num estranhamento natural. “Se eu
sair por aí de mãos dadas com meu namorado, trocando beijos, todo
mundo vai olhar”, conta. E acrescenta: “Eu mesmo já senti
desconforto quando, no metrô, um casal hetero começou a se beijar
escancaradamente”, lembra Ronaldo, o cabeleireiro, discorda: “a
gente sabe quando o olhar é do tipo - que lindo! ou do tipo
preconceituoso”, diz. O repórter do Jornal do Brasil visitou
academias de jiujítsu como um futuro aluno - a descoberta de um
homossexual entre os alunos poderia receber um outro tipo de corretivo.
“Se aparecer um balé aqui, vai ter corredor polonês na certa”,
contou o aluno, faixa azul, de uma academia na Barra. Balé, bem
entendido, é um sinônimo de tatame para homossexuais. Nas academias de
luta-livre, não teria conversa, nem corretivo: os gays não poderiam
passar da porta. “Não dá. Nós lutamos sem camisa, só de sunga, num
esporte de muito contato. Não dá para ter gays aqui. Ia pegar mal”,
contou o professor de uma academia da Tijuca. [Fonte: Arquivo GGB,
Internet, matéria enviada por zen@osite.com.br, 27-2-2000]
DEPUTADO PROVA ESTUPIDEZ HOMOFÓBICA, RJ
O deputado Wolney Trindade (PDT) em discurso na Assembléia Legislativa
do Rio de Janeiro, para homenagear São Francisco de Assis, eleito por
ele padroeiro dos gays, disse esta gracinha de mau gosto: “porque é
dando que se recebe”. [Fonte: O Dia,5-10-2000].
FACÇÃO NAZISTA ANTI-GAY DA TORCIDA DO FLAMENGO, RJ
Integrantes de uma torcida organizada do Flamengo foram acusados pela
polícia de incentivar a violência, cultuar o nazismo e praticar o
racismo. Policiais Federais, acompanhados de membros do grupo gay Vinte
e Oito de Junho, interditaram de manhã, em Nova Iguaçu, a loja da
Facção da Raça Rubro-Negra Nazista da Baixada. [Fonte: O Globo/RJ,
8/7/2000].
LUTADOR DE JIUJÍTSU ACUSADO DE DISCRIMINAÇÃO SEXUAL, RJ
O presidente da Federação de Jiu-Jítsu do Rio e tio do lutador Royler,
Robson Gracie, foi acusado de estimular a discriminação sexual no
esporte. Robson é pai de Ryan Gracie, de 25 anos, acusado de esfaquear
Marcus Vinícius da Rosa na boate Ilha da Fantasia, por defender os
homossexuais. Royler apoiou a prisão de seu primo, Ryan, se ficar
comprovada a culpa. “Todos têm de pagar”, disse. [Fonte: Jornal
Estado de São Paulo, 21-2-2000]
LÍDER INTEGRALISTA É CONTRA HOMOSSEXUAIS EM SÃO PAULO
“Devemos fazer de tudo para reprimir o homossexualismo, principalmente
nos meios de comunicação”, declarou Anésio de Lara Campos Júnior,
70, principal líder do Movimento Integralista Brasileiro, grupo de
extrema direita, cujas idéias são seguidas pelos Skinheads e pelos
Carecas do ABC, acusados de assassinar o adestrador de cães Edson
Néris da Silva. Para Anésio, os programas de TV estimulam o
homossexualismo, “os homossexuais têm grande espaço nos meios de
comunicação, e isso é ruim”, afirmou. [Noticias Populares/SP,
13-2-2000]
ESTUDANTES TEMEM SE ASSUMIR, SP
Os homossexuais ainda têm medo de assumir sua preferência sexual
diante dos amigos da Universidade. Para eles, ainda existe muito
preconceito por parte das pessoas e discriminação. Mesmo assim, alguns
decidem assumir sua opção sexual quando entram na faculdade por
acreditar que nesse ambiente as pessoas estão livres desse preconceito.
[Fonte: Valeparaibano/São José dos Campos-SP, 8/7/2000]
CARECAS ODEIAM E AGRIDEM HOMOSSEXUAIS, SP
Em São Paulo o assassinato do adestrador de cães Edson Néris da Silva
por um grupo de skinheads que se auto-intitulam Carecas do ABC, na
Praça da República, Centro de São Paulo, despertou as autoridades
paulistas para o ressurgimento de uma forte organização neonazista que
emprega a violência contra homossexuais, negros, nordestinos e judeus.
“É certo que existem pelo menos três grupos expressivos agindo em
São Paulo. São articulados e têm preparo paramilitar”, diz o
procurador Carlos Cardoso, assessor de Direitos Humanos do Ministério
Público paulista, encarregado de organizar a força-tarefa para
identificar e desmantelar grupos neonazistas. O promotor Marcelo Milani
ignorava que os neonazistas continuavam tão organizados. “Pensei que
agiam mais pela Internet” diz, lembrando que o caso de Néris
demonstra que aumentou o nível de intolerância dos neonazistas.
“Nesse caso foi um homossexual. Amanhã, quem será? Eles julgam,
condenam e executam”. Ele disse que o brutal assassinato do adestrador
de cães acordou as autoridades paulistas para a necessidade de um plano
que resulte no desmantelamento desses grupos.”
Já no Rio, o movimento dos skinheads não despreza os negros, mas
odeiam os homossexuais e os judeus. Os skinheads cariocas também têm
uma particularidade: “a maioria não raspa mais as cabeças pois
raspados têm mais dificuldade de conseguir emprego. E com a cabeça
raspada muitos se sentem marginalizados”, diz Gedylson, serigrafista
de 27 anos que não quis dar o sobrenome. Gedylson, não esconde a
aversão por homossexuais e judeus. “Não gostamos dos gays porque ser
homossexual é ir contra a natureza humana. Se tivesse um filho gay,
renegaria”. No caso dos homossexuais, ele confessou que não existe
muita benevolência: “Estava esperando minha namorada e um cara
começou a me cantar. Não deu para agüentar. Bati mesmo”.[Fonte: O
Estado de São Paulo, 13-2-2000]
EDITOR DISCRIMINA HOMOSSEXUAIS EM PALESTRA NO PARANÁ
Aramis Chaim, proprietário da Livraria do Chain, em palestra no dia
1-6-2000, em uma universidade do Paraná, declarou: “a Universidade
brasileira contemporânea é uma reunião de professores tartarugas
incapazes de formar guerreiros nacionalistas, formando apenas um bando
de viados, lésbicas e bandidos; gente sem vergonha na cara”.[Fonte:
Arquivo GGB, Internet, denúncia de gomesaugusto@hotmail.com, 2-6-2000].
CARTAZES HOMOFÓBICOS EM CURITIBA
Cartazes com a frase: “Faça seu dia feliz, acabe com o
Homossexualismo” mostrando um revólver e assinados pelo grupo
Resistência 88, foram afixados em diversos postes na zona central de
Curitiba. Os grupos homossexuais do Paraná protestaram, exigindo
apuração por parte da Secretaria de Segurança Pública. [Fonte:
Gazeta do Povo/Curitiba-PR, 20/8/2000]
GAY NEGRO É INSULTADO EM CURITIBA
Um jovem negro gay de Curitiba foi expulso pelo dono de uma pensão,
insultando-o: “NEGRO VIADO, ENCARDIDO!” O Grupo INPAR 28 de Junho do
Paraná acompanha o caso. [Fonte: Arquivo do GGB, Internet, Beto Kaiser,
12-5—2000]
REPRESÁLIAS A QUEM POSA NU
Barrados pelo preconceito impostos pela sociedade machista, modelos
masculinos que se atrevem a posar nus são afastados de seus trabalhos
ou grupo social, como foi o caso do cigano Cláudio Ferraz, que após
posar para G Magazine foi expulso de sua tribo; por sua vez, o soldado
Marcelo Nogueira após posar nu foi afastado da polícia.[Fonte: O Grito
9/2000]
VITOR FASANO PROCESSA VEJA POR “DANOS MORAIS”
O ator Vitor Fasano vai receber R$151 mil da revista Veja por “danos
morais”: o motivo foi a publicação de uma entrevista em 10 de
outubro de 1995 e notas na coluna Tutty Vasques, onde foram feitas
alusões “ofensivas” à sua sexualidade. Além do título “Eu não
sou homossexual”, a edição teria distorcido as respostas de Fasano,
induzindo os leitores a pensarem que ele odiava homossexuais,
simpatizava com idéias nazistas e criticava a organização da Rede
Globo. Por conta deste processo, o GGB criou o prêmio “100%
Heterossexual”, conferindo a Fasano o primeiro lugar da premiação.
[Fonte: Revista Consultor Jurídico, 18/9/2000.]
MANUAL DISCRIMINA HOMOSSEXUAIS
Consta no “Manual de Orientações Para o Trabalho de Campo”, da
“Pesquisa Nacional Violência, AIDS e Drogas nas Escolas”,
patrocinado pela Unesco, no item 28, página 8, a seguinte redação:
“Em todos os casos, a instituição deve ser extremamente criteriosa
na escolha (dos participantes). Algumas pessoas não são aceitas por
grupos jovens/adolescentes e têm dificuldade em realizar o trabalho por
apresentar determinadas características como: gaguejar, “fazer
trejeitos”, usar linguagem inadequada, ter “maneirismos”, etc. Os
pesquisadores devem ser pessoas simpáticas, com certo senso de humor,
inteligentes, capazes de entender e explicar a pesquisa - mas não podem
se confundir com os próprios adolescentes. Então, a instituição deve
recomendar cuidado com roupas inadequadas, jóias, bonés, etc.”
Representantes da UNESCO que reafirmaram a posição discriminatória em
relação a homossexuais, justificando-a tal como se encontra no trecho
transcrito do documento. [Fonte: Arquivo GGB, Internet, denúncia de
cdfernandez” - cdfernandez@bol.com.br, 2-5-2000].
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