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4.Discriminação Econômica, Contra a Livre  Movimentação, Privacidade e Trabalho: 29 casos

 

ADOLESCENTE GAY É IMPEDIDO DE MORAR SOZINHO EM GOIÁS

O menor F.S.O., 17 anos está tentando obter autorização do Juizado da Infância e da Juventude para morar sozinho. Esse fato é mais um capítulo na história desse rapaz, que, desde os 12 anos, se recusa a aceitar a discriminação e as humilhações advindas de sua  condição de homossexual. Ele conhece a fundo o estatuto da criança e do adolescente e exige seu direito à cidadania. O que torna o caso de F. singular é que ele não se calou e decidiu ir as últimas consequências para ser respeitado. [Fonte: O Popular/GO,   9/7/2000]

 

RESTAURANTE COBRA MAIS CARO DE CASAL GAY EM GOIÂNIA

Segundo denúncia do radialista, advogado e líder gay Leorcino Mendes, de Goiânia, um restaurante  local  cobrava 15 reais o jantar ‘para casal’  e 10 reais por pessoa. Ao entrar com seu companheiro, quiseram   cobrar 20 reais, negando-lhe a condição de casal gay. “Falei então que pagava 15 pois éramos um casal! O gerente chegou na mesa e disse que o preço especial era só para “casal normal”. Perguntei então qual era o nosso defeito e anormalidade? E dei três minutos pra ele trazer outra conta, de 15 reais,  caso contrário iria gritar no restaurante que ele estava nos explorando. Final da história: ele cobrou os 15 reais e nas outras três vezes que fomos ao restaurante, sempre fomos bem atendidos como “casais normais”, inclusive meus amigos gays  que tenho sugerido ir ao restaurante. [Fonte: Arquivo GGB, Internet, aglt@bol.com.br, 18-12-2000]

 

NAMORADOS SÃO DISCRIMADOS EM  RESTAURANTE EM BRASÍLIA

Um casal de homossexuais estava num conhecido restaurante de Brasília, por vezes trocando gestos mútuos de carinho e afeto, com beijos, carícias no cabelo e outras atitudes que são absolutamente corriqueiras entre um casal. “Aí pediram que nos retirássemos alegando que estávamos afugentando os clientes. Fomos abordados por um policial, porque estávamos namorando como qualquer casal numa praça. O  policial disse que estávamos cometendo atentado ao pudor e que seríamos preso  se não saíssemos dali.” [Fonte: Correio Braziliense /DF, O Estado do Maranhão, 15-5-2000]

 

DONO DE CHURRASCARIA EXPULSA GAYS, AL

O proprietário da churrascaria Três Irmãos no município alagoano de Matriz de Camaragibe, expulsou de seu estabelecimento vários homossexuais sob a alegação de que se tratando de uma ambiente familiar, a presença dos gays prejudicava a imagem do lugar. As vítimas sob orientação do Grupo Gay de Alagoas registraram queixa policial. [Fonte: Registro de Queixas do Grupo Gay de Alagoas, 2000]

 

DELEGADO QUER EXPULSAR TRAVESTIS DA ORLA DE MACEIÓ

O delegado Jobson Cabral, diretor da polícia da capital, ordenou às travestis e outros profissionais do sexo abandonarem a orla marítima de Maceió. Segundo o delegado, a simples presença dos travestis e profissionais do sexo afrontava os moradores e turistas da área, sendo portanto necessária a retirada desses indivíduos. A OAB e GGAL  interviram na questão e conseguiram rever a posição arbitrária do delegado que fere frontalmente o direito constitucional de ir e vir. [Fonte: Registro de Queixas do Grupo Gay de Alagoas, 2000]

 

GAY É DISCRIMINADO POR MESTRE DE OBRA EM SALVADOR

Enaldo Gonzaga, 32, estudante , que trabalha como ajudante de pedreiro na  firma SERTENGE/SA,  há cerca de quase 9 meses, foi descriminado por ser homossexual, por Casimiro, 50, mestre de obra, o qual tendo conhecimento de sua homossexualidade,  mandou se afastar dos colegas de trabalho,  mandando que trouxesse  a carteira para dar baixa. (Fonte: Registro de Violência e Discriminação Anti-Homossexual, GGB, 2 /10 /2000)

 

GAY É BARRADO  EM  BOATE EM SALVADOR

“JENIFFER”, gay negro, foi impedido de entrar  na boate Caverna,  de Salvador,  por esta vestido de baiana. (Fonte: Registro de Queixas de Violência  e Discriminação Anti-Homossexual, GGB, 21-1-2000). 

 

GAY É DISCRIMINADO EM CLUBE EM SALVADOR

Carlos Alberto Sena da Silva, 32, gay, autônomo, denunciou que foi discriminado no “Pomero Dance Club”, pelos funcionários, após ter pago as contas: segundo ele,  por ser negro e homossexual foi tratado com indiferença. (Fonte: Registro de Violência e Discriminação Anti-Homossexual, GGB 18 - 4- 2000)

 

POLÍCIA E MORADORES FECHAM BAR GAY EM  BELO HORIZONTE

O  Grupo Guri, de Belo Horizonte, em uma Reunião  para Criação do Fórum Permanente Contra  Tortura Policial, pronunciou-se contra a ação da policia  em relação  aos bares gays  na rua Rio de Janeiro onde fecharam  a rua,  obrigando os estabelecimentos a fecharem as portas. Segundo consta, a denúncia e  iniciativa partiu de  um certo  juiz  residente no local,   sob alegação de que atos libidinosos estariam sendo ali cometidos. Segundo  Carlinhos Brasil,  do  Point,  alguns moradores de um dos prédios   diziam ser uma pouca vergonha  gays se beijarem  e pediram que se colocassem  lonas  nas grades  que cercam o bar. Como  não foram obedecidos, acionaram a polícia  para  fechar  a  rua, impedindo a circulação de   automóveis, levando assim a  diminuição  da clientela  e  obrigando o dono do bar a fechar o estabelecimento. [Fonte: Arquivo GGB, Internet, denúncia de M. A K.].

 

POLÍCIA INTERDITA RUA ONDE CONCENTRAM-SE BARES GAYS BELO HORIZONTE 

Na esquina da Av. Álvares Cabral com Bias Fortes, onde se concentram alguns bares gays, a rua foi interditada com cordas e cheia de policiais com coletes à prova de balas, andando ostensivamente para um lado e para o outro. Marilú Barraginha (Rogério), dono do bar “Zoom” disse: “é terceiro final de semana consecutivo que eles chegam por volta das 23:00h, interditam a rua e não deixam a gente estacionar nem perto das cordas. Eles montam uma barraca na rua e ficam ali enchendo o saco de quem passa: já fui abordado na rua por moradores do prédio em frente ao Zoom, dizendo que hão de conseguir a expulsão dos gays dali, e que um certo juiz importante mora naquele prédio e que foi ele que “conseguiu” que a polícia fosse para lá. E que foi o condomínio que doou à PM a tal barraca que eles montam lá na rua.” O Coronel Severo, comandante da PM diz que ali é uma região de muita violência e tráfico de drogas. Que esse policiamento não é preconceituoso.[Fonte: Arquivo GGB, Internet, denúncia de  braga.jr@uol.com.br, 10-4-2000].

 

BARES  DISCRIMINAM CASAL GAY EM  BH, MG

Em menos de duas semanas, entidades homossexuais receberam denúncias contra dois bares de Belo Horizonte, com grande número de gays entre seus frequentadores, que foram acusados de atitudes homofóbicas. No dia 17 de novembro, o engenheiro e professor de alemão Brunno, 42, beijou o namorado, um advogado de 29 anos, no Sushi-bar DNA. Brunno, que prefere não revelar o sobrenome, foi interrompido pelo garçom, que afirmou que ele estava infringindo normas de comportamento da casa. No dia seguinte, 18, o bailarino Marcelo Gabriel também beijou seu namorado e foi convidado a se retirar do bar A Obra. Os proprietários dos bares dizem que os fatos estão sendo simplificados pelos casais e alegam que eles se excederam nas carícias. Gabriel e Brunno reiteram que não foram além dos limites  convencionais. Mas, em Belo Horizonte, não é simples estabelecer limites antes que a intolerância mostre sua face. A cidade não possui uma lei - defendida pela comunidade GLS -, como em Juiz de Fora, que puna a discriminação contra homossexuais e permita troca de carícias em locais públicos. Para alguns integrantes da comunidade, a homofobia é traço cultural da cidade, independentemente da legislação, e precisa sofrer longo processo de reeducação social. Denúncias de discriminação em bares da cidade  são frequentes. O fato é comprovado por lideranças da entidades homossexuais, elas mesmas com pelo menos uma história para contar.”[Fonte: Jornal O Tempo, /12/02/00]

 

CASA NOTURNA DISCRIMINA CASAIS GAYS, MG

Numa das principais casas noturnas de Juiz de Fora,  “Muzik”, localizada na Rua Espírito Santo, Centro, apesar da nova lei que permite a livre manifestação de afeto entre pessoas do mesmo sexo e também do estabelecimento ter uma presença de cerca de 90% de gays e lésbicas, a proprietária do estabelecimento chegou a intimidar os gays que ensaiavam qualquer manifestação de afeto com a  seguinte ameaça: “quem quiser se beijar pode beijar, mas eu vou tirar uma fotografia na hora e mandar publicar no jornal da cidade”. [Fonte: Arquivo GGB, Internet, denúncia fillipea@yahoo.com].

 

DRAG QUEENS ACUSAM BOITE DE DISCRIMINAÇÃO, RJ

A 5ª DP (Centro) registrou como constrangimento, artigo 146 do Código Penal, o caso das drag queens Roberta Vermontt e Grace Vigrat, residentes na Europa há 20 anos, que na semana passada, em dias diferentes, foram impedidas de entrar na casa de shows Cabaret Casanova - antigo reduto gay da Lapa, no Rio,  por estarem de saia. Ao registrarem a queixa, elas estavam acompanhadas atriz Elke Maravilha, escolhida como madrinha dos gays por defender os direitos dos homossexuais. “Estou defendendo as meninas porque sou madrinha delas. Foi uma falta de respeito barrarem os gays, que tinham chegado da Europa e queriam se divertir. O local sempre foi um reduto gay “, disse Elke Maravilha.  Os policiais registraram o caso como constrangimento e os proprietários do cabaré serão chamados para prestar esclarecimentos. Segundo os policiais, o caso será encaminhado a um Juizado Especial Criminal após as investigações. [Fonte: O Globo 22-12-2000]

 

 GAYS SÃO CONSTRANGIDOS NA GALERIA ALASKA, COPACABANA, RJ

Os integrantes da comunidade GLS que frequentam a filial do Sindicato do Chopp na Galeria Alaska, em Copacabana, estão sendo hostilizados pelos seguranças. Mesmo os clientes heterossexuais passam pelo constrangimento de serem seguidos por seguranças se forem ao toilette em dupla.” [Fonte: JB, Caderno B, Coluna Danuza, denunciado por “Priscila Galvao” priscilagalvao@openlink.com.br, 17-10-2000]

 

 DELEGADO TENTA AFASTAR TRAVESTIS DAS RUAS DO RIO DE JANEIRO

O delegado Ivo Raposo, da 13ª DP (Posto Seis), quis fotografar as placas dos carros das pessoas que param à noite para conversar com travestis e prostitutas nas ruas da cidade do Rio de Janeiro. Para o delegado, a atitude de fotografar os carros causaria o afastamento dos travestis da orla marítima e faria com que eles procurassem outro lugar. Uma outra medida que chegou a ser anunciada por ele foi a de cadastrar as travestis que ficam na região. A identificação dos donos dos veículos seria feita através do DETRAN, medida  proibida pelo Secretário de Segurança Pública, Josias Quintal. [Fonte: O Globo 29/9/2000]

 

ESCOLA DE SAMBA UNIÃO DA ILHA PROIBE BEIJOS  ENTRE HOMENS, RJ

A escola de samba União da Ilha proibiu beijos na boca entre homens  ou casais de mãos dadas. A quadra da escola foi acusada de discriminação  a homossexuais e os gays que frequentavam a escola se mudaram para a  Mangueira. O fundador do grupo Atobá, Paulo César Fernandes, disse que  os gays sempre foram bem-recebidos na União da Ilha, “mas com a mudança  da diretoria, no ano passado, nossa presença começou a ser malvista”. O  novo presidente da Ilha, conhecido como Fumaça, rebateu que “não  queremos pouca vergonha na quadra. Antes, tinha homem se agarrando no  banheiro e as famílias ficavam horrorizadas”. Com isso, os gays cariocas  encontraram abrigo na Mangueira, criando um núcleo que foi chamado de  “ManGayra” e já faz o maior sucesso entre a comunidade GLS  carioca.[Fonte: Arquivo GGB, Internet, denúncia de ddi@zaz.com.br, 11-2-2000]

 

PRESIDENTE DE ESCOLA DE SAMBA DISCRIMINA CASAIS GAYS NO RIO

O Presidente da Escola de Samba União da Ilha do Governador, Alfredo Fumaça Fernando, anunciou que não queria casais do mesmo sexo se beijando e se abraçando na quadra da escola, além ter fechado um banheiro destinado ao público GLS, que foi aberto há 2 anos no local. Márcio Martins integrante do grupo gay Atobá afirmou: “sempre frequentei a quadra da Ilha e agora, com a entrada da nova diretoria, o Fumaça está com um discurso de moralizar a quadra, com argumento que a frequência gay estava incomodando”.  Por outro lado Fumaça argumenta que sua atitude não reflete um preconceito já que a transexual Roberta Close esta no camarote da escola e que sua intenção e preferência é a presença de famílias nas quadras, que segundo ele se sentem incomodadas com a atitude dos gays. “Na minha quadra, quero organização e respeito a quem paga. Não quero agarramento de homem com homem e mulher com mulher”, afirma. [O Tempo/MG, 19-2-2000]

 

MULTAS E HOLOFOTES USADOS CONTRA CLIENTES DE TRAVESTIS NO RIO

A Guarda Municipal do Rio de Janeiro, usará talão de multas e holofotes para reprimir a prostituição no Rio. A estratégia é constranger clientes para reduzir a presença de prostitutas e travestis na pista:  as operações serão filmadas e fotografadas e o primeiro alvo será a Avenida Augusto Severo, na Glória. “Não vamos impedi-los de ficarem lá. Mas os que exibirem seios, nádegas e sexo serão presos”, afirma o Coronel Paulo Cezar Amendola. Por outro lado  o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis, Cláudio Nascimento, afirma que “reprimir os clientes é uma manobra sem vergonha. Além do mais, nada impede que a pessoa deixe o carro em outro lugar e aborde o travesti a pé. Além do mais, qual é a base legal de se levar alguém para a delegacia por exibir os seios? Na Praia não pode? O que é proibido é mostrar a genitália”. [O Dia/RJ, 16-3-2000]

 

PAI EXPULSA FILHA DE CASA EM SÃO PAULO

Segundo consta no jornal da Igreja Universal, um pai expulsou de casa a filha Viviane por ser lésbica. Ele disse que preferia ver a filha morta do que casada com outra mulher. [Fonte: Folha Universal/SP, 23/7/2000]

 

POLICIAIS DISCRIMINAM GAYS NA BOITE SOGO EM SP

Eis o depoimento indignado de uma testemunha da invasão da boite SOGO: “Na noite de ontem, quinta-feira, dia 1.º de junho, presenciei uma cena típica da época do auge da ditadura militar: a invasão da SoGo, à alameda Franca, na região dos Jardins, em São Paulo, por policiais civis. Como justificativa para o comportamento arrogante, prepotente, hostil, intimidatório, lembraram que “estabelecimentos comerciais dispensam qualquer forma de mandado para a visita - visita???!!! Que eufemismo cínico! - policial”. Como pretexto alegaram que a casa seria “lugar de prostituição e drogas”. A partir de tal presunção, sem flagrante, arrogaram a si a prerrogativa de cercar o prédio com três viaturas, invadi-lo aos berros e com palavras de baixíssimo calão, humilhar acintosamente sobretudo funcionários e, a princípio, cercear o direito constitucional de ir e vir dos clientes. Além da arrogância e da prepotência, demonstraram de maneira inequívoca suas tendências nazistóides, afrontando as mais mínimas e elementares noções de Direito, assumindo abertamente uma postura nítida, explícita do mais chão, do mais aviltante preconceito. Por se tratar de uma casa noturna “GLS”, embora freqüentada igualmente por moças e casais héteros, pretenderam ver ali um “antro de pouca-vergonha e indecência”. Quando indecente foi a sua atitude desrespeitosa, grosseira: pouco antes de seu retorno ao distrito policial, açambarcaram garrafas de água mineral gasosa. Seu comportamento, pois, caricaturou aquele de agentes da Gestapo num gueto. Na delegacia, testemunhas que nós constituímos espontaneamente para prestar depoimento, fomos indecorosamente enxovalhados, intimidados, espezinhados por inaceitável abuso de autoridade, como se fôssemos os mais abjetos criminosos. - Verdade que a chegada dos advogados devolveu, impôs aos temerários policiais um mínimo de cortesia. Suas opiniões pessoais não podem nem devem, sob hipótese alguma, estar acimada legalidade, nem muito menos ser padrão para juízos de valor acerca de quem quer  que seja. Não se pode conceber que a opção sexual das gentes – questão de foro íntimo - seja banalizada a ponto de se querer transformá-la em crime ou delito. Por enquanto, ficam aqui registrados meu mais veemente protesto e minha mais profunda repugnância. [Fonte: Carlos Paranhos, ator/dramaturgista,  amorygual@tropis.org, 2-7-2000]

 

 

 

ESPAÇOS GAYS DISCRIMINADOS EM SP

Migrantes e gays acusam o secretário Faria de Sá de preconceito. Apenas as casas  noturnas freqüentadas por eles foram fechadas. Gays e migrantes nordestinos estão revoltados por terem sido alvo de uma nova ação. Apenas as casas noturnas freqüentadas pelas duas comunidades foram fechadas  pela Operação Dose de Vida, da Prefeitura no domingo passado.  O que menos agradou a comunidade GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e  Transgêneros) foram os comentários de Sá. Durante a revista no bar Rainha Vitória o secretário zombou de um cliente. “Vocês viram a bichinha pedir para ser revistada por uma mulher?”, disse rindo.  A frase revoltou o presidente da Parada Gay de São Paulo, Roberto de Jesus. “É uma clara expressão do preconceito. Declarações como esta servem para destilar o ódio. Depois, um grupo neonazista deverá se achar no direito de mandar bombas, já que a intolerância é mantida pelas autoridades”, disse, referindo-se à carta-bomba que ele próprio recebeu na semana passada. [Fonte: Jornal da Tarde, 12/9/2000]

 

BARES GAYS INVADIDOS COM PREPOTÊNCIA  PELA POLÍCIA EM SP

“Informamos que na madrugada de 16 (sábado) para 17 (domingo) de Dezembro, a Prefeitura de São Paulo cometeu mais um abuso de autoridade e de direito efetuando uma Blitz nos Jardins, além de violentar o direito ao cidadão de circular livremente, infringiu o direito de defesa dos proprietários dos estabelecimentos da região. Tudo começou por volta de 01:00 h quando uma grande quantidade de fiscais chegaram acompanhados de 4 viaturas do DSV, fecharam a rua da Consolação e Alameda Itu, com inúmeras viaturas da Polícia Metropolitana,  usando cães de guarda, 2 caminhões e 3 Kombis da Secretaria das Regionais. Aí passaram a fechar os bares e estabelecimentos da região, abusando e coagindo clientes e funcionários, alegando falta de alvará, licenças de funcionamento, licença de manobristas , licença de CADAN (para uso de cartazes, banner e anúncios) , licença para mesas na calçada, etc. Tudo não passaria de mais uma blitz de rotina (irregular mesmo assim pois as alegações eram infundadas) se não tivesse ocorrido abuso de autoridade por diversas vezes, onde fiscais e guardas soltando literalmente os cachorros nas pessoas dentro das casas,  onde era dito que havia suspeita de drogas e por isso o uso de cães farejadores, cães que assustavam e esvaziaram em poucos minutos todos os locais por onde passavam. Agentes esmurraram  as portas, tentando arrombar outras onde não tinham recebido permissão para entrada da fiscalização. Algumas casas fecharam suas portas e pediram para os clientes saírem antes que algo pior pudesse ocorrer, causando prejuízo, mas evitando um mal maior para os frequentadores. Outras casas foram multadas com valores absurdos de R$15.000,00 até R$32.000,00, sob alegação de irregularidades diversas. Casas que foram invadidas e multadas: O’maleys, Bocage, Massivo, Pride, Feitiço, Casa do Padeiro. Fecharam antes da blitz: Allegro, Gourmet, Disco Fever, SoGo, À Revelia, Ultra Lounge, Na Mesa. [Fonte: Arquivo do GGB, Internet, Informe do Allegro, gaylawyers@egroups.com 20-12-2000]

 

VEREADOR DENUNCIA BLITZ POLICIAL EM BARES GAYS DE SP

O Presidente da Comissão de Direitos Humanos de Cidadania da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Ítalo Cardoso (PT-SP), encaminhou ofícios ao governador Mário Covas, ao Secretário de Segurança Pública do Estado e ao Ministério Público, solicitando a apuração das blitz realizadas em setembro último em bares gays do Largo do Arouche  pela Polícia Militar. O documento também cita blitz da Guarda Civil Metropolitana em clubes dos Jardins. [Fonte: Folha de São Paulo/SP 8/12/2000]

 

MOTEL DISCRIMINA GAYS EM CAMPINAS, SP

Em agosto passado, “eu e meu  namorado fomos ao Motel  Mirage, em Campinas. Quando a gente parou o carro  na recepção, a caixa disse que nos não  podíamos entrar porque éramos dois homens! Nos fizemos meia volta e fomos a um outro,  não muito longe e entramos sem problema. Fico muito chateado com isso e vejo que ainda há muito o que fazer no Brasil, para que os gays sejam aceitos como cidadãos  livres. Conversando com meus amigos heteros e homos, eles me disseram que vão boicotar o motel Mirage e farão propaganda negativa. Nós não devemos nos calar. Se alguém tem que mudar a mentalidade do país, esse alguém somos nós! Temos que fazê-lo com seriedade e dignidade e não ridiculamente. Há que haver orgulho. Nós sofremos tanto! Basta! A ditadura heterossexual deve ser derrubada! Fica ai o meu recado, talvez não fique em voa!” [Fonte: Arquivo GGB, Internet, rogeriodn@hotmail.com, 24-11-2000]

 

DISCRIMINAÇÃO É PUNIDA EM CURITIBA

O processo penal, movido pela transexual Maitê Schneider contra uma casa noturna de Curitiba que tinha vetado a entrada de travestis foi encerrado: o juiz decidiu que o proprietário deve dar desculpas formais e o reconhecimento de lesão dos direitos às vítimas. O parecer também alertou que em caso de reincidência, o proprietário terá seu alvará cassado. O caso foi defendido pela Dra. Mônica Cristina Buy que não cobrou honorários. [Fonte: Arquivo GGB, Internet, denúncia de mave@netpoint.com.br, 12-6-2000].

 

GENERAL MORTOS É ACUSADA DE DISCRIMINAR FUNCIONÁRIO GAY NO RIO GRANDE DO SUL

Roberto Biazeki, ex-diretor de qualidade da fábrica da General Motors (GM), em Gravataí, RS, denuncia que foi demitido da firma porque é homossexual. Um grupo de 11 homossexuais do Nuances  invadiu a empresa, para protestar contra esta demissão.  Os manifestantes, ligados ao grupo Nuances, entraram no local através de um ônibus que transportava funcionários e entregaram uma carta para o diretor de recursos humanos pedindo a readmissão de Biazeki.  [Fonte: Zero Hora, 2000]

 

LEGIÃO DA BOA VONTADE DISCRIMINA HOMOSSEXUAIS

A Legião da Boa Vontade  não respeita a opção sexual de seus funcionários:  pela menor suspeita de  homossexualismo, a pessoa sofre represálias em alguns casos, é remanejada de área, mas, na maioria das vezes é forçada a se desligar da empresa. A denúncia quem faz é Pedro Zarur Almeida, onde relata: “Meu caso foi divulgado pela primeira vez na matéria da Revista Época, sobre Orgulho Gay, que saiu em 20 de setembro de 1999. Eu fui chamado em 1993 pelo presidente da Organização, José de Paiva Netto, para trabalhar na LBV. Depois de três anos me apaixonei pelo seu filho mais velho, depois de um  ano de relacionamento, o Pai do meu companheiro, que é também presidente da LBV, descobriu nosso caso e discretamente arranjou uma desculpa para me demitir. Tivemos a vida invadida, destruída, exposta e muitas vezes quis me matar. Não senti isso porque sou gay, mas porque acreditei e entreguei minha vida a uma organização e, no auge da minha carreira,  fui colocado na rua, humilhado da noite para o dia, e proibido de falar com meus amigos porque sou homossexual. Foi tanta pressão que me senti coagido mesmo depois de ter me afastado, então decidi não agüentar mais nada desta organização, e abri um processo por danos morais. Não desejo que outro homossexual passe pelo o que eu passei na LBV. Não fui o primeiro caso de homossexual afastado, mas fui o primeiro a abrir isso publicamente e exigir num processo a retratação dessa Instituição.” [Fonte: www.gaybrazil.com, pedroafaro@zipmail.com.br,20-2-2000]

 

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