I. VIOLAÇÃO
DOS DIREITOS HUMANOS DOS HOMOSSEXUAIS NO BRASIL: 2000
“Ser
capaz de sentir indignação contra qualquer injustiça cometida contra
qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, é a qualidade mais bela de
um militante dos direitos humanos.”
(Che
Guevara)
1. Agressões
& Tortura: 50 casos
POLICIAIS ACUSADOS DE
VIOLÊNCIA ANTI-HOMOSSEXUAL NO AMAZONAS
Segundo
a AAGLT, Associação Amazonense de Gays, Lésbicas e Travestis, policiais estão envolvidos em 35% dos casos de espancamento
de homossexuais no Estado. O presidente da Associação, Adamor Guedes,
fez palestra para 70 policiais no Comando-Geral da Polícia Militar do
Amazonas, onde ouviu: “Para mim, Deus criou o homem e a
mulher, não o homossexual”, disse um dos PMs. Guedes falou ainda sobre sua opção sexual: “Sou
homem, não tenho nada diferente de vocês.” Apesar das chacotas
feitas em voz baixa por alguns soldados, a maioria da tropa
participou do debate. [Fonte: O Globo, 16-2-2000]
POLICIAIS ESPANCAM E
OBRIGAM TRAVESTIS A FAZER
SEXO ORAL NO AMAZONAS
No
dia 1/1, por volta das 6h30, as travestis Bruna, Rebecca, Léo,
Alexandre e Adson, estavam na escadaria da Ponte Negra, Manaus
comemorando o Reveillon, quando foram abordados por policiais com
violência: “Eles chegaram agredindo e acertando o cassetete em nossas
canelas, depois me algemaram e me arrastaram, também me deram tapas e
socos e nos levaram para a cela que fica no box da Ponta Negra. Lá
mandaram que ficássemos só de calcinha,” declarou Bruna, uma das
travestis vítimas das agressões. Na cela elas continuaram a
ser agredidas e violentadas
pelos 50 presos e obrigadas a fazer sexo oral
com os policiais. “Cheguei a perguntar a eles se iriam
continuar permitindo aquilo e eles não faziam nada” declarou outra
travesti. “Fomos tratados pior do que bichos, eles só falavam
palavras humilhantes, além das agressões físicas que sofremos”
conta Alexandre, que também sofreu
os maus tratos. [A Crítica/AM,
8-1-2000]
VIOLÊNCIA CONTRA
HOMOSSEXUAIS COMEÇA EM CASA NO AMAZONAS
Segundo
Rebecca Saint-Laurent, vice-presidente da Associação Amazonense de
Gays, Lésbicas e Travestis, desde 1983 até agosto de 2000,
foram mortos 44 homossexuais no Estado de Manaus, e a
discriminação e agressões têm aumentado. Declarou: “como as
demais pessoas, precisamos
trabalhar para sobreviver e estudar. Temos vida social e amorosa e
preservamos muito a família. Apesar disso, a discriminação e violência
começam em casa, quando pais e familiares insultam e agridem e expulsam
seus filhos Homossexuais.’[Fonte:
A Critica 26/8/2000]
BAR GAY SOFRE ATAQUE
DE GANGUE EM BELÉM DO PARÁ
A
cidade de Belém tem registrado alguns casos de violência contra
lugares frequentados pela turma GLS. O Bar da Iara, no Guamá, foi
atacado por uma gangue de rapazes musculosos que quebraram quase tudo.
Na hora de pedir ajuda à polícia, o dono do bar quase não é levado a
sério quando falou do estilo do lugar. [O Liberal/PA, 9-4-2000]
GAY É ESPANCADO EM
SÃO LUIZ DO MARANHÃO
Daniel
da Conceição, 30, foi espancado em sua própria residência, um quarto
ocupado num dos casarões do Centro Histórico de São Luís. O motivo
do desentendimento entre a
vítima e o seu vizinho Josué se deve a uma conta de energia. A confusão
já durava mais de um mês. Depois de muitas ameaças, no início da
semana Josué cumpriu o que prometeu e agrediu Daniel da Conceição a
golpes de facão. Na verdade, ele não estava me batendo por causa da
energia elétrica. Isso ficou claro quando ele começou a me xingar e
disse: Isso é pra você aprender bicha sem – vergonha, procura ser
homem”, destacou o homossexual.[ Fonte:
Estado do Maranhão/Ma 11/8/2000]
GAY É ESPANCADO
E AMEAÇADO DE MORTE PELA POLÍCIA EM
GOIÁS
Segundo
denúncia de A G., 23 anos,
atualmente residindo em Miami, quando morava no interior de
Goiás, ”certo dia, estava eu e meu namorado em meu carro, no
parque da Cidade, quando fomos atacados por policiais civis, retirados
para fora do carro, fomos agredidos, ameaçados e deixados lá. Através
da habilitação dele, pegaram seu endereço e tudo mais, ligaram pra
casa dele, falaram uma porção de mentiras e absurdos, o que fez com
que a família o expulsasse de casa. Uma
delegada de polícia, que tinha uma pendência comercial com
minha firma, passou a me
ligar, dizendo que o mesmo
aconteceria comigo se eu não tomasse alguma providencia quanto ao caso
dela. Chegaram a me levar pra delegacia, onde apanhei, fui
filmado,
me forçaram a assinar um falso depoimento para fomentar uma provável ação
de rescisão contratual contra a empresa. Fui a Promotoria e conversei
com a promotora. Expliquei o que estava havendo e pedi ajuda. Ela disse
que faria de tudo, que se empenharia no caso da melhor forma que ela
pudesse, mas disse que infelizmente o Estado não dispunha de meios para
me proteger. Na mesma noite recebi um telefonema da delegada, que me
disse saber onde eu estive, e que se eu repetisse aquilo ou voltasse a
falar com a promotora que eu sumiria do mapa. A Promotora insistiu pra
que formalizássemos uma queixa, mas disse que não poderia garantir
minha segurança. Naquela noite eu dirigia por uma estrada num trecho
ermo, quando fui abordado por um Fiat UNO, descaracterizado. Dois
agentes mostraram distintivos, me espancaram, retiraram minha roupa e me
colocaram no porta-malas. Fui levado para o município de Luziânia, a
cerca de 1 hora de Brasília, onde me colocaram pra fora do porta-malas,
me espancaram novamente, me ameaçaram com arma de fogo se eu voltasse
à Promotoria. Como eles ficaram sabendo que eu estive lá, eu não sei.
Disseram que “bichas” morriam o tempo todo, que eu seria só mais
uma, coisas desse tipo. Disseram que contariam pra minha família, da
mesma forma que fizeram com meu namorado. Bom, hoje estou aqui nos EUA,
sendo ajudado pela DHRF, pleiteando um pedido de asilo nos Estados
Unidos.”[Fonte: Arquivo GGB, Internet, denúncia de “GA”,
15-6-2000].
GUANGUE ATACA
HOMOSSEXUAIS EM PARQUE DE BRASÍLIA
Segundo
integrantes do Grupo Estruturação de Brasília, no Parque da Cidade,
medo e insegurança reinam entre os homossexuais: os gays são vítimas
de um grupo de jovens que age com muita brutalidade, há dois anos.
‘‘Desde dezembro, aconteceram no mínimo dez agressões. Pretendemos
evitar que crimes como o da Praça da República, em São Paulo, ocorram
em Brasília’’, diz Augusto Andrade, Secretário da Associação
Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis (ABGLT). A gangue do Parque da
Cidade, geralmente, age contra pessoas desacompanhadas. A abordagem é
variada mas a violência é sempre a mesma. V.R.S.C., 34 anos, que por vários
anos distribuiu camisinhas entre os homossexuais, conhece muitos casos.
‘‘As agressões acontecem a partir das 22 horas em qualquer dia da
semana. Os jovens andam com pedaços de madeira. ‘‘Muitos não vão
até a delegacia, por medo de serem discriminados. São pessoas que têm
medo de perder o emprego ou então a família não sabe.”
O
analista de sistemas Renato Villar de Sá foi uma das vítimas: ‘‘Há
duas semanas, um rapaz musculoso passou olhando para mim. Achei que era
uma cantada e passei a segui-lo até a praça das Fontes. Lá uns oito
começaram a me espancar. Não dei queixa porque não adianta nada. Só
vai me trazer mais aborrecimento’’, completa. Renato ficou com
hematomas no rosto e nas pernas. Oswaldo
Freitas pratica esportes no Parque da Cidade. Ele também presenciou um
desses ataques. ‘‘Estava andando de patins, quando vi uma briga.
Eles chutavam e gritavam: vê se agora aprende, sua bicha! Tentei
socorrer, mas eles vieram na minha direção. Infelizmente não pude
fazer nada’’. O ex-presidente do Estruturação, Quéfren Mesquita,
36 anos, foi atacado pelo grupo: ‘‘Quatro rapazes estavam parados próximos
ao “sofá da Hebe” (um conjunto de banquinhos ao lado da praça das
Fontes). Um deles veio na minha direção e mandou correr. No princípio,
achei que era brincadeira mas quando percebi o risco que estava
correndo, só me restou fugir. Caí num espelho d’água na praça das
Fontes. Tive um machucado sério na perna’’. [Fonte: Correio
Brasiliense, denúncia enviada pela Internet ao GGB, 21-3-2000]
RAPAZES AGRIDEM
PESSOAS POR SUSPEITAREM SER GAYS EM
BRASÍLIA
“Um
grupo de rapazes no Parque da Cidade vem agredindo diversas pessoas
quando supõem que são gays’’,
declarou Augusto Andrade, representante em Brasília da Associação
Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis (ABGLT). [Fonte: Correio
Brasiliense, 2-6-2000].
GAY ADOLESCENTE SE
SUICIDA EM MATO GROSSO
Segundo
informação do grupo União da Comunidade Homossexual de Tangará da
Serra, MT, “um garoto de
16 anos se suicidou há 15 dias, em Jura:
o adolescente vinha sendo perseguido na escola, depois que
descobriram sua condição de homossexual. Muitos homossexuais optam
pela prostituição por falta de oportunidades profissionais, já que as
empresas dificilmente toleram um homossexual em seu quadro de funcionários”.[Fonte:
A Gazeta/MT, 30-04-2000]
ADOLESCENTE GAY É
AGREDIDO EM VAQUEJADA EM CARUARU, PE
Marquinho,
17, um belíssimo
jovem que ganhou o concurso de Miss Gay em 99 na cidade de Caruaru,
travestiu-se de mulher em
janeiro de 2000 e foi para uma festa de vaquejada, onde despertou paixão
em alguns rapazes locais, um deles chegando a prometer um boi e outros
dotes se ela fosse com ele para o motel. Só que Marquinho não contou que era travesti. Quando chegaram no motel, na
cama houve a revelação.
Voltaram para a vaquejada e o
rapaz junto com seus amigos
pegaram Marquinho e deram violenta pisa, deixando-o com
um braço e a clavícula quebradas. Hoje ele não pode sair de
casa porque está ameaçado de morte. [Fonte: Arquivo do GGB, carta de J.M.S., Caruaru/PE, 25-4-2000]
JOVEM GAY É
PERSEGUIDO EM CARUARU, PE
O
jovem Fabinho, travesti foi Miss Gay em 1995 desde então, os assédios
não pararam, principalmente quando se dirigia ao “toalete”, foi
muitas vezes à direção da escola para pedir proteção, mas
nenhuma solução veio dos dirigentes, sendo orientado a dar
queixa junto a Diretora da DERE, também não lhe veio nenhuma ajuda.
Desde 1996 sua alegria acabou e por conta da discriminação deixou de
estudar parando na 8a série, tornando uma pessoa melancólica.[Fonte:
Arquivo do GGB, carta de J.M.S., Caruaru/PE, 25-4-2000]
MENOR É TORTURADO POR
SER HOMOSSEXUAL EM RECIFE
O
menor F.B.S., 15, residente eme Recife, por volta das 13h30, foi
espancado e molestado sexualmente por sete rapazes, que o acusaram de
ser homossexual. F. foi atraído por uma colega e depois arrastado por
dois rapazes para uma casa abandonada onde estavam outros 5 homens que
obrigaram o menor a fazer sexo oral em três deles, depois o agrediram
com socos, pontapés, pedradas, pauladas e garrafadas,
tormento que durou 3 horas. “Eles disseram que iam me matar
porque eu era homossexual. Afirmou o menor que só escapou vivo por que
prometeu não denunciar os agressores, “implorei para que eles não me
matassem”, conta. [Jornal do
Commércio/PE, 12-2-2000]
GAY É ESTUPRADO
DENTRO DE CARRO POLICIAL EM RECIFE
Num
sábado à noite, dois gays de 23anos, após saírem do bar
Mustang, na Av. Conde de Bela Vista, no coração do Recife,
dirigiram-se a uma rua de maior privacidade. Foram flagrados por quatro
PMs do 16° BPM. José consegui fugir e João não. Insultos, tapas e
pontapés. Sua liberdade tinha um preço: 100 reais, valor
muito além do que podia pagar.
”Ser viado já é uma desonra. Bicha pobre, então, tem mais é que
morrer”, disse um PM. Sem
o dinheiro, os policias optaram por dar um castigo a João: dentro do
carro oficial, estupraram o rapaz. [Fonte:
Revista Istoé, 28/6/2000].
GAY
É SURRADO POR TRÊS HOMENS EM RECIFE
Amaral,
18, fazia ponto na Av. Mascarenhas de Moraes, uma das principais vias da
capital pernambucana. Ansioso, esperava por seu primeiro cliente. Por
volta das 23h um carro grande pára e dele saem três homens armados com
porretes. Amaral foi surrado violentamente. Durante o espancamento, eles
gritavam: “Você é uma vergonha para a imagem do homem. Grita até morrer,
viado sem vergonha.” [Fonte:
Revista IstoÉ, 28/6/2000].
GAY É AGREDIDO EM SUA
PRÓPRIA RESIDÊNCIA EM SALVADOR, BA
Márcio
Henrique Silva de Sousa, 18, bar-man, foi agredido pelo marginal Edson
Souza de Jesus, 17, com murros no rosto e na orelha, recebendo ameaça
de morte por ser homossexual. [Fonte: Registro de Violência e
Discriminação Anti-Homossexual, GGB 25-4-2000]
GAY É ESFAQUEADO
DENTRO DE CASA EM MACEIÓ, ALAGOAS
O
homossexual Danilo Mendonça, residente do bairro do Vergel do Largo em
Maceió, foi esfaqueado dentro de sua própria casa por dois rapazes
conhecidos da vítima. Por sorte, Danilo que estava caído ao chão
agonizando, aproximou-se do aparelho telefônico e ligou para um amigo
que socorreu-o. A vítima prestou queixa policial e o processo tramita
na justiça. [Fonte: Registro de Queixas do Grupo Gay de Alagoas, 2000]
PADRASTO
ESPANCA ENTEADO GAY, AL
O
jovem Evison Luiz de Albuquerque Marques, conhecido por Tedy, estudante,
foi fortemente espancado e torturado pelo padrasto que diz não suportar
gays. Evison vinha recebendo ameaças a meses e sofreu inclusive
tentativa de aliciamento sexual por parte do padrasto. Orientado pelo
GGAL ele prestou queixa-crime na delegacia de polícia e o processo
tramita no 6º Juizado Especial Criminal em Maceió. [Fonte: Registro de
Queixas do Grupo Gay de Alagoas, 2000]
PROFESSOR É
PERSEGUIDO POR MARGINAL EM MACEIÓ, AL
O
professor universitário Pedro Nunes, foi vítima de duas tentativas de
assassinato. Em ambas ocasiões
o professor foi bastante esfaqueado por elementos que levaram alguns
pertences. Há forte indício de que tenham sido os mesmo autores do
primeiro atentado. [Fonte: Registro de Queixas do Grupo Gay de Alagoas,
2000]
POLICIAIS SEQUESTRAM E
TORTURAM GAY EM
MACEIÓ, AL
Policiais
civis de Maceió sequestraram e torturaram por mais de cinco horas o
homossexual Ricardo Francisco da Silva, despejando gasolina sobre seu
corpo, ameaçando atear fogo, quando moradores do bairro do Bebedouro
avistaram a agressão, levando os policiais a fugirem. O inquérito
administrativo encontra-se parado na corregedoria de policia civil.
[Fonte: Registro de Queixas do Grupo Gay de Alagoas, 2000]
SEDE DO GRUPO GAY DE
ALAGOAS É VÍTIMA DE VANDALISMO EM MACEIÓ
O
Grupo Gay de Alagoas foi vítima de um ato de vandalismo, praticado
contra a sede da entidade. Os dirigentes do GGA foram surpreendidos com
uma pichação no muro, com os seguintes dizeres: Violências
sim, Veados não. Vão embora!. A direção do grupo considerou o ato como uma grave forma de intimidação. [Fonte: Gazeta de Alagoas/AL 18/9/2000]
PRESIDENTE DO GRUPO
GAY DE ALAGOAS SOFRE ATENTADO EM MACEIÓ
O
presidente do Grupo Gay de Alagoas, Marcelo Nascimento, foi atacado
quando voltava para sua residência no bairro de Cruz das Almas, em
Maceió, por quatro homens armados que agrediram-no com socos e pontapés,
roubando alguns pertences. Segundo Marcelo Nascimento, que registrou
queixa-crime na Secretaria de Segurança Pública e no Ministério Público,
“esta agressão gratuita só pode ser atribuída a pessoas ou grupos
que estão insatisfeitos com o nosso trabalho de denúncia da mortandade
de homossexuais no Estado.” [Fonte: Registro de Queixas do Grupo Gay
de Alagoas, 2000]
MEMBROS DO GRUPO GAY
DA BAHIA SÃO ESPANCADOS EM ATO PÚBLICO, BA
No
tradicional desfile do Dia da Independência da Bahia, 2 de
Julho, como faz todos os anos, uma dezena de membros do Grupo Gay da
Bahia participava da manifestação, com faixas e cartazes com o nome da
entidade. De repente, um grupo de “seguranças”, segundo a Tribuna
da Bahia, pertencentes ao comitê eleitoral do candidato Marcelo Guimarães,
eleito Vereador de Salvador pelo PFL, atacou violentamente aos membros
do GGB, derrubando no chão e chutando a Luiz Mott, arrancando das mãos
dos homossexuais os cartazes e faixas. Policiais próximos ao sinistro não
impediram nem prenderam os agressores. Horas depois o Presidente do GGB
registrou queixa na Delegacia do Turista, no Centro de Salvador, fazendo
corpo de delito do Instituto de Medicina Legal devido às escoriações
e hematomas decorrentes da agressão. Apesar da pista fornecida pelo
citado jornal e do GGB ter incluído na queixa crime
uma foto de um dos agressores, e do protesto do Prefeito de
Salvador contra as agressões, até a
presente data os culpados não foram identificados. Em início de
2001 o Ministério Público da Bahia tomou a si as investigações.
[Fonte: Tribuna da Bahia, 3-2-2000]
GAY É VIOLENTAMENTE
ESPANCADO EM SEU APARTAMENTO, SALVADOR, BA
O
modelo Toni, 30, ao receber em seu apartamento na Rua Carlos Gomes, dois
michês já de seu conhecimento prévio, um branco e outro negro (Júnior),
foi amarrado com fio elétrico, ameaçado com uma faca no pescoço
e violentamente espancado, com diversas cicatrizes, perda de
dentes e hematomas pelo corpo todo, sendo roubado em dinheiro e
outros objetos pessoais. Somente após muita
insistência do GGB, é que decidiu
registrar queixa, embora temendo
represália.[Fonte: Livro de Atas de Reunião do GGB, denúncia da vítima,
4-5-2000]
GAY É INSULTADO EM
DISCUSSÃO EM SALVADOR, BA
T.H.S,
17, estagiário, sua mãe e o seu padrasto estavam discutindo com
um vizinho , o menor chamando sua mãe para entrar em casa,
foi agredido em sua homossexualidade com
palavras de baixo calão pelo Sr. Hugo Nascimento e
a Sra. Milu. A vítima procurou a 5a
DP de Periperi onde foi orientado a procurar o GGB. (Fonte: Registo de Violência e Discriminação
Anti-Homossexual, GGB, 12-3-2000).
GAY É AGREDIDO PELO
IRMÃO EM SALVADOR, BA
Eduardo
da Paixão, 26, estudante, por ser homossexual foi
agredido por seu irmão, Raimundo da Paixão, que
usou palavras de baixo calão como “viado, desgraçado”,
pegou pela camisa querendo enforcá-lo, ameaçando mandá-lo para
fora de casa. (Fonte: Registro de Violência e Discriminação
Anti-Homossexual, GGB, 15 /8/2000)
PROFESSOR GAY É
AGREDIDO EM SALVADOR, BA
Jurandir
Costa, 27, professor, por motivo fútil, foi agredido fisicamente e
chamado de viado: ele e sua mãe foram ameaçados de morte por um
vizinho de prenome Abílio. [Fonte: Registo de Violência e Discriminação
Anti-Homossexual, GGB, 18 -2-2000 ]
GAY É AGREDIDO NA
PRAIA EM SALVADOR, BA
Genival
Nascimento Chaves, 24, cozinheiro, morador no Bairro Baixa de Quintas,
foi agredido na praia da Barra pela travesti, Suca, a qual mandou três
marginais persegui-lo, ameaçando com pedras, roubando-lhe o tênis. A vítima
chamou a policia, que conseguiu pegar os ladrões, que foram
encaminhados para 1a
DP dos Barris. (Fonte: Registro de Queixas de Violência e Discriminação
Anti-Homossexual, GGB, 25-1-2000)
GAY É AGREDIDO NA
PENITENCIÁRIA AO VISITAR PARCEIRO
EM SALVADOR, BA
José
Pereira dos Santos, 37, travesti, “Rosinete”, foi visitar o seu
parceiro na penitenciária, J.S.S.
que estava dormindo no chão, sem colchão. Após conversar com a
assistente social, um guarda agrediu
à travesti com um tapa no
rosto, mandando-a embora, dizendo que “o preso que fosse comprar o
colchão, e que ela estava
falando demais”. (Fonte: Registro de Violência e Discriminação
Anti-Homossexual, GGB, 19-5-2000)
GAROTOS DE PROGRAMA
BARBARIZAM GAYS EM MINAS GERAIS
“O
perigo é sócio da prostituição masculina em Belo Horizonte: com a
oferta cada vez maior de garotos de programa, comprometidos com o crime,
eles têm espalhado pânico entre os homossexuais. Em cada esquina do
centro da cidade, onde assediam homens a procura de aventuras e a
fugacidade dos prazeres sexuais, eles são o próprio risco. Neste ano
quatro homossexuais foram assassinatos por garotos de programa em Belo
Horizonte: a polícia não sabe dimensionar o número de golpes, pois a
grande maioria das vítimas prefere omitir-se a se expor a um vexame. O
perigo está nas saunas
privês: estes garotos de
programa são conhecidos pela comunidade gay
de “sunga preta”. Além do risco de assassinato, os clientes
são presas fáceis de golpes do tipo “boa noite cinderela”. O
delegado Dagoberto Alves falou: “apesar de as vítimas
dificultarem a investigação por se omitirem, quando não ocorre furto, é o
golpe conhecido como seqüestro relâmpago”. Segundo este mesmo
delegado, um professor gay teve
seu “Pointer” levado por dois garotos depois de ser violentamente
espancado. Enquanto negociava o programa, um outro chegou, pôs o
professor para fora do carro e apanhou o que havia de valor. A dupla
levou a vítima até seu apartamento, no bairro Palmares, região
nordeste da cidade, e enquanto um subiu no apartamento, levando o
professor como refém, o outro ficou na rua, dando suporte. A dupla
fugiu e o Pointer foi encontrado no dia seguinte, “arregaçado” ,
como se expressou o delegado. [Fonte:
Estado de Minas/ MG, 14-5-2000]
FAMÍLIA ESPANCA FILHO
GAY EM
VITÓRIA, ES
No
Fórum de debates da revista VEJA na Internet sobre homossexualidade e
preconceito, o participante
Péricles Lima Bentes declarou que um filho seu de 26 anos certo dia lhe
disse que tinha um grupo de amigos gays e estava pensando em ser gay
também, então “mandamos nosso filho menor ir brincar na casa do
vizinho. Em seguida, trancamos nosso filho no quarto e demos-lhe uma
surra como nunca havíamos dado. No domingo seguinte fomos todos à
igreja, nos ajoelhamos e oramos fervorosamente ao senhor, que penetrou
nossos corações e alma de forma tão profunda,
que nossa vida mudou para sempre. Hoje ele é um homem bem
casado, pai de filho e feliz da vida.” [Revista
VEJA/SP, 21-2-2000]
GAY BALEADO POR MICHÊ
EM BELO HORIZONTE, MG
No
início de dezembro, em notícia
publicada no Jornal Tribuna de Minas, mais uma vítima da violência
contra os homossexuais. O jovem gay
foi baleado e está internado no hospital Santa Casa de Misericórdia.
O autor é um michê e conhecido pelo apelido de Mister M. [Fonte:
Arquivo do GGB, Internet, fillipea@yahoo.com, 10-12-2000]
CASAL GAY É ESPANCADO
NA SAÍDA DO SHOPPING RIO SUL, RJ
Bruno
Reis da Silva, 18, estava abraçado com o amigo, Fernando Gaspar, 17, quando saíam de uma festa no Shopping Rio Sul, quando
foram espancados por um grupo de 15 rapazes que os chamaram de homossexuais
e chutaram as costas de Fernando, que saiu correndo. Bruno que não
conseguiu fugir, apanhou durante dez minutos. Policias da cabina na rua
deram tiros para o alto e dispersaram o grupo, chegando
a prender dois deles, mas, segundo as vítimas, os agressores
foram libertados. O caso foi registrado na 10a
DP do Botafogo. [Fonte: O Globo
/RJ, 15-55-2000]
CASAL GAY
SOFRE AGRESSÃO EM UM BAR NO RIO DE JANEIRO
O
cabeleireiro Ronaldo C., 36, e seu namorado, o segurança Ronaldo M.,
33, juntos há 4 anos, foram ao bar Arco do Telles, no centro do Rio de
Janeiro, a pedido da redação do Jornal do Brasil,
para testar a reação do carioca ao se deparar com um casal gay.
Lá ao perceberem a opção sexual dos dois, as reações foram as
piores possíveis. O primeiro beijo destravou de imediato uma bateria de
comentários preconceituosos. “Que absurdo! Dois Homens se beijando.
Vai procurar mulher seu veado”. Ao final de 15 minutos, os comentários
indignados se transformaram em atitudes agressivas, resultando em um
jato de chopp, que foi atirado de uma roda de homens na direção da
mesa dos dois, molhando a camisa de Ronaldo M.; o clima ficou pesado e
tiveram que se retirar. “Dialogar com esse tipo de gente é impossível”,
afirmou o cabeleireiro. [Jornal do
Brasil, 27-2-2000]
GAYS SÃO ROUBADOS E
ESPANCADOS NO RIO DE JANEIRO
Fábio
saía de uma boate gay e estava a caminho de seu carro quando foi
abordado por um rapaz, loiro, bem vestido, de aparelho nos dentes. A
conversa parecia uma cantada. Fábio se deixou seduzir pela conversa e
quando estava bem distraído foi abordado por outro rapaz e forçado
abrir seu carro: ambos o roubaram
e por final o agrediram. Já caída, a vítima levou diversos chutes na cabeça enquanto os
agressores diziam: “Você merece morrer sua bicha! Isso é para você
aprender e virar homem!” Fábio saiu de lá muito machucado e foi ao
pronto socorro. Em casa inventou uma história mirabolante, pois,
não podia falar para família o que realmente havia lhe
acontecido pois isso implicaria em ter de falar de sua vida sexual.
Outro gay, de nome não revelado, simplesmente
andava no calçadão de Copacabana e só sentiu uma paulada na cabeça.
Seus amigos correram e ele foi socorrido por estranhos. Por ter sido
agredido em público, teve
sua história divulgada entre seus conhecidos, contando surpreso:
“Quando meus amigos vinham comentar comigo o ocorrido, mais cedo ou
mais tarde surgia a famosa pergunta: “Pode confessar a verdade... O
que você estava aprontando?” Na realidade a vítima de ataques homofóbicos
é sempre tida como “culpada”. [Fonte: Arquivo GGB, Internet,
Mixbrasil, jlnascimento@uol.com.br ]
LUTADORES DE JIUJÍTSU
ATACAM TRAVESTIS NO RIO DE JANEIRO
Quatro
lutadores de jiujítsu da Academia Gracie resolveram “caçar”
travestis que faziam ponto na Avenida Atlântica, Copacabana, na
madrugada de 1 de agosto. Roger
Gracie Gome, 18, Rafael Ramos, 19, Murilo Carvalho da Silva Neto, 22, e
Rafael Correia de Lima, 25, foram detidos quando perseguiam os travestis
com um taco de beisebol e atiravam contra eles com duas pistolas de ar
comprimido, equipamento utilizado na prática de Paintball.
“Eles pareciam ser clientes, mas logo começaram a nos xingar. Depois,
mandaram a gente correr dizendo que iriam nos matar”, disse Márcio
Antônio Araújo, 22, a travesti Susi. Ostentando diversas marcas de
tiros de bala de borracha e outros ferimentos, as travestis registraram
queixa na Delegacia de Copacabana.
[Fonte: Jornal O Dia/RJ
2/8/2000].
GAY É ESPANCADO
QUANDO FAZIA PANFLETAGEM PARA CANDIDATO GAY, RJ
Marcelo
Lourenço Baena, militante e secretário geral do Grupo 28 de Junho de
Nova Iguaçu, RJ, foi
agredido física e moralmente, quando fazia panfletagem em prol da
candidatura de Eugênio Ibiapino, candidato
gay a vereador pelo PT. Apesar de outros candidatos estarem no mesmo
local, sem serem importunados, os guardas da Supervia
espancaram Marcelo juntamente com outros militantes do grupo gay
[Fonte: Arquivo do GGB, 25/12/2000]
GRUPO APEDREJA CASA DE
MILITANTES GAYS NO RIO DE
JANEIRO
Aparentando
estarem alcoolizados, 5
rapazes desconhecidos apedrejaram a
casa de Josué Rodrigues (Xuxa) e de Eugênio Ibiapino, no Bairro Cabuçu, diretores do Grupo 28 de Junho e muito conhecidos líderes
gays de Nova Iguaçu. [Fonte:
Arquivo do GGB, 25/12/2000]
MILITANTES SÃO
AGREDIDO NO RIO DE JANEIRO
Amarildo
Santos , Luís Caio e Ricardo, militantes
do Grupo 28 de Junho, foram
agredidos por um grupo de
rapazes drogados que lhes jogaram paus e pedaços de encosto de
poltronas. A agressão ocorreu na Praça do Rato,
um ponto de encontro de homossexuais,
localizada no centro de Nova Iguaçu. [Fonte:
Arquivo do GGB, 26/12/2000]
CABELEIREIRO É
ESPANCADO POR COMERCIANTES NO RIO DE JANEIRO
O
cabeleireiro e maquiador Marcos Andreazza, 26, teve seu apartamento em
Botafogo invadido e foi agredido pelo comerciante Alexandre Silva de
Almeida, 26, dono da ótica Lunettier, num shopping da Zona Sul, e pelo
gerente da loja, Marcos Facini Lima, 21. A
vítima acusa os dois de o agredirem por ser homossexual, o que
eles negam. O comerciante e o gerente alegam que foram ao apartamento
apenas para cobrar uma dívida de R$ 220,00 de um par de óculos
comprado pelo cabeleireiro. Os três foram para o mesmo hospital para
cuidar dos ferimentos: o
cabeleireiro levou sete pontos na orelha esquerda e três na mão
esquerda, o comerciante teve um corte nas costas e o gerente teve um
corte na mão esquerda. “Eles disseram que homossexual não pode morar no bairro, que eu era uma
vergonha. Isso mostra porque eles me agrediram” – contou o
cabeleireiro. [Fonte: O Globo/RJ
17-5-2000 ]
LUTADOR DE JIUJÍTSU
É AGREDIDO POR DEFENDER HOMOSSEXUAIS, RJ
O
Presidente da Liga Carioca de jiujítsu, Maurício Lima, diz ter sido
agredido por Ryan Gracie, por causa de uma carta publicada numa revista
especializada, em que Maurício Lima acusa o pai do lutador, Robson
Gracie, de estimular o preconceito contra homossexuais. Graças a essa
iniciativa, Maurício foi homenageado pela revista Sui Generis, voltada
para o público gay, mas segundo ele isso teria despertado a ira de Ryan.
“Fiz uma crítica respeitosa e o próprio Robson não me retaliou. Não
entendi. Na boate, o Ryan disse que eu estava falando mal do pai dele e
me deu um soco no queixo. Não revidei.” declarou Maurício Lima. [O
Globo/RJ, Jornal do Brasil/RJ, 16-2-2000]
GAY
IDENTIFICA CARECAS AGRESSORES QUE
MATARAM NÉRIS EM SÃO
PAULO
O
montador de móveis Marcos Daniel Braga Fernandes, 31, foi espancado por
um grupo de Skinheads, acusados
de matar o adestrador de cães Edson Néris da Silva, 35. A vítima
identificou Henrique Velasco, 22, Davi Alves dos Santos Júnior, 20 e
Edlene Aparecida Ferreira, 28, como integrantes do grupo de mais de 20
pessoas que o agrediu na
Praça da República. “Só sobrevivi porque consegui pegar um pedaço
de pau e acertar um deles”, declarou Marcos.
[Folha de São Paulo/SP, Diário Popular/SP , 11-2-2000]
HOMOSSEXUAL AGREDIDO
VIOLENTAMENTE EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP
Julio
Cesar Caetano, membro do
Grupo de Amparo ao Doente de AIDS e da Rede Nacional de Pessoas Vivendo
com HIVAIDS – Núcleo São José do Rio Preto, no dia 7-4-2000, foi
atacado por três marginais que o renderam em seu carro perto de uma das
entradas da cidade. Os dois portavam revólveres e uma sacola com uma
corrente e cadeado. Roubaram o relógio, carteira e um cordão de ouro,
acorrentaram suas mãos e lhe avisaram que ele seria morto ali mesmo.
Nesse momento ele resolveu reagir, escapando da corrente e começou a
correr em direção a rodovia, mas os marginais lhe aplicaram muitas
coronhadas na cabeça e rosto, provocando um afundamento de alguns ossos
da face.[Fonte: Arquivo GGB, Internet, denúncia de
paSalvadorrelli@aids.gov.br, 10-4-2000].
RAPAZES DE PROGRAMA
AGRIDEM GAYS EM RIO PRETO, SP
O
número de homossexuais vítimas
de extorsão, espancamentos e ameaças de morte tem aumentado
drasticamente nos últimos meses em Rio Preto, SP. Os acusados são
os michês e garotos
de programas que se
concentram nas imediações da Rodoviária e do Mercado Municipal.
Segundo as vítimas, os acusados agem em dupla ou individualmente. [Fonte: Diário da Região - São José do Rio Preto, 23/9/2000]
RAPAZ ATIRA EM
TRAVESTI EM SÃO PAULO
Mauro
Mayake Filho, 18, foi acusado e preso por tentativa de homicídio após
atirar no travesti Farne Ferreira do Nascimento, 23, na frente da Polícia.
Ao puxar o revólver e disparar, Mauro não percebeu que às suas costas
havia uma viatura da PM a menos 10 metros. O travesti e mais dois
rapazes que acompanhavam Mauro foram indiciados em inquérito por lesões
corporais pelo delegado Fernando Quiabo, do 23° DP (Perdizes), mas
foram liberados . Mauro foi
autuado em flagrante e ficou preso. [Fonte: Diário Popular /SP 21-05-2000]
GAY VÍTIMA DE CARECAS
DO ABC PEDE ASILO NOS EUA (SP)
O
bancário brasileiro e homossexual, Joaquim de Abreu, de 43 anos, vai
saber no dia 20 de Março de 2000 se poderá continuar morando nos
Estados Unidos. A Corte de Imigração de São Francisco julgará o
pedido de asilo político de Abreu, que alega ter sido espancado por
skinheads em São Paulo, em 1987. Abreu diz que foi agredido por quatro
integrantes do grupo Carecas do ABC, até hoje não identificados. Os
advogados descrevem o Brasil como uma “sociedade homofóbica que não
tem como garantir a segurança dos cidadãos”. Eles anexaram nos autos
um relatório sobre o assassinato de Edson Néris da Silva que
foi espancado até a morte por cerca de 30 skinheads porque
cruzou a praça da República de mãos dadas com outro homem. [Fonte:
Revista Isto É, www.zaz.com.br/istoe/,
21-2-2000].
CENÓGRAFO GAY É
AGREDIDO NA PRAÇA DA REPÚBLICA EM SÃO PAULO
Um
cenógrafo que ousou passear na Praça da República sozinho, foi a mais
nova vitima dos Carecas. Ele foi espancado
e agredido com socos, pontapés, que se prolongaram até depois
que a vítima caiu desmaiada. Os três agressores se retiraram dando
risadas e soltando palavrões. O cenógrafo foi socorrido e levado para
o hospital com o corpo coberto de hematomas, o rosto deformado e algumas
vértebras quebradas. [Jornal da
Tarde/SP, 4-3-2000]
ARMA DISPARA FERINDO
TRAVESTI E MATANDO POLICIAL EM SÃO PAULO
Por
volta das 2h da madrugada, o PM Clóvis parou seu Uno Mille na rua Belém
de São Francisco e chamou o travesti Vagner Pereira Gomes, 25, para
fazer um programa. O PM pediu
que praticasse sexo oral
nele, porém não permitiu que este entrasse no carro;
no final do programa, o PM recusou-se a pagar os R$10,00
combinados e sacou uma arma ameaçando o travesti. Temendo um tiro a
queima roupa, Vagner se atracou com o PM que estava dentro do carro e a
arma disparou, atingindo o travesti
no braço e o policial no fêmur, que teve uma hemorragia grave e
morreu em seguida. Horas depois, o travesti
ligou para a polícia narrando o acontecido e foi preso no 62º
DP, em Itaquera. [Agora São Paulo,
12-1-2000]
BOYZINHOS ESPANCAM GAY
EM GUARULHOS, SP
Um
grupo de gays de Guarulhos denunciou que estavam
sendo agredidos por comandos formados por jovens riquinhos. As
agressões estariam acontecendo em praças,
banheiros públicos e parques municipais frequentados pelos
homossexuais. [Fonte: Notícias
Populares, 13/11/2000]
GAYS AGREDIDOS DURANTE
O CARNAVAL NUMA PRAIA DE FLORIANOPÓLIS
Durante
o período do carnaval, gays de várias partes do país que foram se
divertir no canto da Praia Mole, foram recebidos com pontapés na bunda,
tapas nos rostos, e ainda tiveram óculos, bonés e sandálias roubadas
por uma gangue que agiu impunemente durante horas seguidas. A polícia
foi chamada mas nada fez, apenas chamando atenção dos agressores.
Estes gritavam frases como “a praia é nossa, fora, viado não!”
e batiam nos turistas. Num dos bares, um garçom negou-se a atender um
cliente, por ser gay. [Diário Catarinense/SC, 16-3-2000]
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