Por
que Direitos Humanos
Nilmário
Miranda
Prefácio
Luiz Inácio
Lula da Silva
Quando
o companheiro Nilmário, ainda ministro,
falou-me, pela primeira vez, sobre o livro que
pretendia escrever acerca dos Direitos Humanos,
relacionando sua profunda experiência
com o tema, as ações do nosso
governo e as verdadeiras armadilhas contra a
dignidade humana, que, ao longo da história,
foram sendo construídas no nosso País,
eu disse a ele o que repito aqui:
- Nilmário, você é um dos
brasileiros mais capacitados a contribuir para
ampliar a consciência do nosso povo sobre
o que realmente significam os Direitos Humanos,
não só em termos de princípios,
mas também da realidade concreta do nosso
dia-a-dia. Faça isso, com sua experiência
e talento, do modo mais direto e simples possível.
Agora, o livro está pronto, e nós
vamos usufruir dos resultados.
Desde o início, quando planejávamos
as mudanças relativas aos Direitos Humanos
que gostaríamos de ver efetivadas no
nosso País, fazíamo-nos perguntas
assim: como uma pessoa pode ter uma vida digna
sem poder se alimentar suficientemente todos
os dias? Como pode ter uma vida digna sem oportunidade
de emprego, condições de trabalho
e remuneração decentes? Como pode
ter uma vida digna sem moradia adequada? Como
pode usufruir plenamente da liberdade e da cidadania
sem ter acesso à educação
de qualidade, à saúde, à
segurança pública, à justiça?
Sabíamos que a questão dos Direitos
Humanos, no Brasil, era muito abrangente. Sabíamos
ainda que o leque de problemas envolvidos era
de tamanha magnitude, que o ministério
responsável pela política de Direitos
Humanos, por vezes, assume também o cargo
de ministro do desenvolvimento Social e Combate
à Fome, ministro do Trabalho, ministro
da Saúde, ministro da Justiça,
ou seja, ele passa a ser um “multi-ministro”.
Felizmente, em todas essas áreas, acumulamos,
nesses 40 meses, um conjunto de realizações
e resultados, que está fazendo diferença
na vida da maioria da população
brasileira.
Posso citar alguns deles: combate sem tréguas
ao trabalho escrevo, levando o Brasil a ser
reconhecido internacionalmente como país-modelo
nessa iniciativa; redução significativa
do trabalho infantil; forte enfrentamento da
exploração sexual de crianças
e adolescentes, que é hoje uma bandeira
de luta em todo o território nacional.
Sem falar da diminuição da miséria
e da desigualdade social em nosso país,
como atestam pesquisas feitas por institutos
nacionais e do exterior.
E Nilmário, como o ministro que assumiu
no início do nosso governo a Secretaria
Especial de Direitos Humanos, contribuiu de
modo decisivo para que atingíssemos esses
objetivos, definindo prioridades e articulando
as ações de forma integrada com
o conjunto de Ministérios. Mário
Mamede, que o substituiu, e agora, Paulo Vannuchi,
deram e estão dando continuidade a essa
missão do nosso governo, enfrentando
novos desafios e realizando novas conquistas.
Temos consciência de que há muito
mais por fazer, e vamos persistir, casa vez
com mais empenho, nessa empreitada.
Eu não tenho duvida nenhuma que uma das
fontes do nosso governo, que ficará para
o futuro, é a política de efetivação
dos Direitos Humanos, que vem sendo aplicada
em beneficio do nosso povo, em especial dos
seus segmentos mais pobres.