Projeto DHnet
Ponto de Cultura
Podcasts
 
 Direitos Humanos
 Desejos Humanos
 Educação EDH
 Cibercidadania
 Memória Histórica
 Arte e Cultura
 Central de Denúncias
 Banco de Dados
 MNDH Brasil
 ONGs Direitos Humanos
 ABC Militantes DH
 Rede Mercosul
 Rede Brasil DH
 Redes Estaduais
 Rede Estadual RN
 Mundo Comissões
 Brasil Nunca Mais
 Brasil Comissões
 Estados Comissões
 Comitês Verdade BR
 Comitê Verdade RN
 Rede Lusófona
 Rede Cabo Verde
 Rede Guiné-Bissau
 Rede Moçambique

 

JEAN ALEZARD

 

Entra na clandestinidade em Julho de 1941. Tenente dos FTPF. Fuzilado no dia 11 de Abril de 1944 no Mont-Valérien.

 

Fresnes, 11 de Abril de 1944

 

Querida Henriette

Queridos Frédo e Louis

 

Vocês eram os meus irmãos e irmãs e a dor que vos causo será cruel. Antes de mais, façam com que a mamã se conforme, é terrivelmente duro para ela. Dentro de duas horas serei fuzilado com vinte camaradas. Morro como tantos outros já morreram para que a França seja feliz. Dirigi uma última saudação aos nossos amigos Paulette, Odette, Géo, René (...), Solange, Gilbert e Gilberte, assim como a C..., de quem tive a felicidade de ser aluno. É claro que é duro morrer assim, sem poder abraçar aqueles que se ama, mas o meu sacrifício não será inútil; as qualidades morais que o Partido nos deu servem-me de conforto e permitem-me morrer calmamente.

Querida Henriette, procura consolar a minha namorada; dá-lhe algumas das minhas coisas que possam agradar-lhe. Sejam fortes e encontrem-se de vez em quando. Faz-lhe ver quanto é grande a minha dor.

Não esqueças a Senhora R... e o filho. Em breve a guerra vai acabar, a vitória está próxima e Fredo e Louis voltarão. Esta vitória será um dos maiores passos para uma sociedade melhor e mais preparada para evitar a repetição de tais situações. Em todos os 14 de Julho, dia do meu aniversário, lembrem-se de mim e pensem bem que não lamento nada do meu sacrifício, embora tenha o coração apertado por vos deixar, assim como à minha namorada. Se a mamã tivesse um neto, suportaria melhor a dor. Finalmente aproxima-se a hora em que eu vou juntar-me 1aqueles que já pregaram com a vida um imenso amor pela  verdadeira França. Morro com a consciência tranquila: ninguém tombou por culpa minha.

A minha vontade de comunista francês é de evitar a carnificina depois da vitória, mas punir pela única maneira que se impõe os traidores à nossa pátria que nos entregaram. Perante a morte, desejo-vos uma vida feliz. Sejam fortes.

Beijo-vos a todos. Ao morrer grito-vos: viva a Liberdade! Viva a França que me ensinou a amar o Partido Comunista!

Adeus

 

Jean

Desde 1995 © www.dhnet.org.br Copyleft - Telefones: 055 84 3211.5428 e 9977.8702 WhatsApp
Skype:direitoshumanos Email: enviardados@gmail.com Facebook: DHnetDh
Busca DHnet Google
Notícias de Direitos Humanos
Loja DHnet
DHnet 18 anos - 1995-2013
Linha do Tempo
Sistemas Internacionais de Direitos Humanos
Sistema Nacional de Direitos Humanos
Sistemas Estaduais de Direitos Humanos
Sistemas Municipais de Direitos Humanos
História dos Direitos Humanos no Brasil - Projeto DHnet
MNDH
Militantes Brasileiros de Direitos Humanos
Projeto Brasil Nunca Mais
Direito a Memória e a Verdade
Banco de Dados  Base de Dados Direitos Humanos
Tecido Cultural Ponto de Cultura Rio Grande do Norte
1935 Multimídia Memória Histórica Potiguar