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JULIEN HAPIOT

 

Nascido em 1913. Antigo combatente das Brigadas Internacionais em Espanha; gravemente ferido no Ebro. Organizador dos FTPF na região norte. Preso e torturado pela Gestapo em 1943. Fuzilado no dia 13 de Setembro de 1943, na cidade de Arnas.

 

(Extractos de uma carta de despedida de 27 de Agosto de 1943)

 

alguns dias antes da minha execução, quero gritar uma vez mais o meu amor pelo grande Partido Comunista. Agradeço-lhe imenso ter-me esclarecido e dado os conhecimentos necessários para me permitir ser útil aos meus concidadãos. Graças a ele a minha existência não terá sido inútil; é para mim uma real satisfação saber que, desde a minha adesão ao grande Partido de Lénin-Staline, não poupei esforços para contribuir para a abolição do regime capitalista, gerador de guerras e misérias.

Na luta conduzida actualmente pelo povo e pela juventude de França, tenho consciência de ter colocado o meu tijolo para a edificação duma sociedade nova que libertará socialmente o nosso país.

Sim, sinto-me orgulhoso quando olho para trás, por ter seguido o caminho traçado pelo nosso glorioso Partido. E é este passado que os torcionários da polícia de Vichy e os carrascos da Gestapo me propuseram trair, como se a morte não fosse muito mais doce do que a traição. Se estes celerados opressores não recearam declarar-me que os comunistas são os seus principais inimigos, as torturas que me infligiram não fizeram mais que reforçar a minha convicção de que os comunistas são os campeões da luta libertadora.

Se não tenho a alegria de ver a vitória final que é certa, tenho pelo menos a satisfação de assistir aos brilhantes sucessos do Exército Vermelho... Todos os patriotas presos se interrogam porque é que os Anglo-Americanos não criaram ainda uma verdadeira segunda frente europeia, mas todos têm a certeza de que o hitlerismo não sobreviverá muito tempo ao fascismo italiano. Por mim, reafirmo a minha admiração pelos combatentes e pelos povos da União Soviética...

Um valente camarada de Roeux, Robert Henri, foi condenado à morte esta manhã por ter albergado um corajoso guerrilheiro. A sua atitude é exemplar; mandei-o recordar as estâncias da Marselhesa, pois é com o canto dos nossos antepassados que caminharemos para o poste de execução.

 

J. H.

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