GAJOP
RELATÓRIO DE
ATIVIDADES
EXPANSÃO DO PROGRAMA DE APOIO E PROTEÇÃO A TESTEMUNHAS,
VITIMAS E FAMILIARES DE VITIMAS DA VIOLENCIA
Período: 28 a 30 de Outubro de 1998
RELATÓRIO
RESERVADO
Rio
Grande do Norte
BASES DO
MONITORAMENTO
O Monitoramento objeto do
presente relatório é um conjunto de atividades desenvolvidas pelo Gajop –
Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares que tem como
base o Termo de Referência contido no Anexo I do Contrato de Prestação de
Serviços BRA/96/013, firmado entre esta entidade e a Secretaria Nacional de
Direitos Humanos, do Ministério da Justiça, através do PNUD - Programa das
Nações Unidas Para o Desenvolvimento, onde ficou acordado ser atribuição
do Gajop, dentre outras
“Monitoramento
do Provita Brasil, nos Estados já implantados,
Acompanhamento
sistemático do Programa que está sendo implantado nos Estados que concluíram
a fase anteriormente citada (RJ, ES, BA e RN), de forma a fazer os ajustes
necessários, para seu funcionamento de maneira adequada e eficiente”.
A natureza especial de um
programa destinado a proteger testemunhas de crimes graves, sob o
gerenciamento de entidades de defesa e promoção de direitos humanos, impõe
um rigoroso controle, indispensável pára que seja garantida a sua eficácia,
traduzida na integridade física e psicológica da testemunha, instrumento
poderoso na luta contra a impunidade.
Este é um compromisso que o
Gajop assumiu junto à Secretaria Nacional de Direitos Humanos, com a consciência
de que um único erro sério, em qualquer dos Estados acima citados,
comprometeria irreversivelmente o desenvolvimento do Programa no País
inteiro. Certamente ainda traria consequências danosas a outros projetos
desenvolvidos em parceria entre a sociedade civil e o Estado na área da
segurança pública e justiça. .
Esta consciência foi
compartilhada com todos aqueles diretamente envolvidos no desenvolvimento dos
Provitas e com a qual aquiesceram, de pronto. Esta concordância, sem qualquer
dúvida, submete os Provitas locais a um controle de operacionalidade sem
precedentes nas organizações não governamentais brasileiras. Assim corno
também não tem precedentes um programa desta natureza e este é o preço a
ser pago para o seu desenvolvimento.
Nesta fase do monitoramento,
o Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares procurou
abordar os seguintes aspectos dos programas estaduais de Apoio e Proteção a
Testemunhas, a fim de avaliar o desenvolvimento dos Provitas.
1. Articulação Política
— procurou avaliar o desempenho do Conselho Político dos Provítas, sua
formação e participação das instituições representadas, o apoio efetivo
ao Programa, relações entre o Poder Público ali representado e a instituição
gerenciadora do Provita, dentre outros aspectos.
2. Beneficiários — formam
a clientela cio Provita, e é a quem são direcionadas todas as ações do
Programa. Esta dimensão leva os técnicos a avaliar as normas de segurança
no trato do Beneficiário, o atendimento às suas necessidades, a assistência
médica, odontológica, psicossocial, formas de transporte e apresentação
perante autoridades, etc.
3. Voluntariado Esses são os
parceiros da Sociedade civil e, dentro do formato do Provita, são os responsáveis
pelo sucesso do Programa, no que concerne ao envolvimento da sociedade civil
no apoio e proteção a testemunhas e vítimas da vio1ência. Para o Gajop, os
voluntários estão agrupados em três níveis:
a) Protetores — são
aqueles que gozam da total confiança por parte da equipe multidisciplinar e têm
Contato direto com as testemunhas que permanecem sob os seus cuidados e atenções;
b) Prestadores de Serviço
— são aqueles voluntários que eventualmente mantêm contato direto com os
Beneficiários, a exemplo dos médicos, psicólogos, terapeutas, e outros
profissionais que promovem o atendimento direto, em condições especiais;
quando tal necessidade é apontada pela equipe multidisciplinar;
c) Colaboradores são os
voluntários que participam das campanhas do Provita e nunca têm contato
direto com as testemunhas.
Neste fase do rnonitorarnento
o Gajop procura avaliar a quantidade de voluntários no atendimento aos
Beneficiários, bem como a qualidade do trabalho realizado.
4. Equipe Muitidisciplinar C
formada pelos técnicos selecionados e capacitados para oferecer à testemunha
sob proteção. 05 cuidados profissionais e de segurança, a fim de garantir
a. integridade física e psicológica dos Beneficiários, necessária a sua
efetiva participação nos autos processuais. É formada por um Coordenador,
psicólogos, advogados e assistentes sociais.
No rnonitoramento o Gajop
procura avaliar o nível de entrosamento da equipe e a qualidade do
atendimento prestado, através dos parâmetrosdefinidos na capacitação.
5. Geração de Renda - É a
atividade do Provita direcionada a criar alternativas de recursos financeiros
necessários à sobrevivência do Programa durante os períodos de negociação
com o Poder Público, assim como nos períodos de atraso dos recursos
oficiais. O Gajop tem investido regularmente na capacitação dos técnicos do
Provita para a realização dessa atividade.
Por essa razão, busca
avaliar o nível de comprometimento dos Provitas com a idéia da geração de
renda e as iniciativas tomadas ou sendo planejadas nesse sentido.
Logo, nos primeiros encontros
de monitoramento, o Gajop percebeu a reação ao trabalho por parte do Centro
de Direitos Humanos e Memória Popular, entidade indicada para gerir o Provita
no Estado do Rio Grande do Norte. Por essa razão, o Gajop achou por bem fazer
a visita, ocorrida entre os dias 28 e 30 de Outubro, na companhia do Dr.
Humberto Espínola, responsável pelos contatos de natureza política no seio
da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério da Justiça, no que
concerne ao projeto de expansão do Provita.
Entendemos a dificuldade de
aceitação por parte de uma entidade de defesa e promoção de direitos
humanos de qualquer forma de avaliação por parte de uma instituição de
igual natureza. No entanto, as especificidades de um programa de proteção a
testemunhas impõem um controle rigoroso que tem como objetivo garantir a
segurança da testemunha, o seu bem-estar e o sucesso de Provita,
especialmente se levarmos em conta a construção de urna rede interestadual
de proteção à testemunha, que deve ser o menos possível vulnerável a
perigos.
Foi de grande valia a presença
naquele Estado do Dr. Humberto Espínola, que esclareceu, em duas ocasiões, o
papel desempenhado pelo Gajop nas atividades de monitoramento: numa primeira
audiência com o Secretário de Interior, Justiça e Cidadania do Rio Grande
do Norte, Dr. Francisco Dagmar Fernandes, na presença do Coordenador do
Provita, Or. Marcos Dionisio e, posteriormente, em reunião com a equipe
multidisciplinar. Nesses momentos, o Dr. Humberto Espínola fez referências
ao Contrato de Prestação de Serviços BRA/96/013, mantido entre a Secretaria
Nacional de Direitos Humanos, do Ministério da Justiça, através do Programa
das Nações Unidas Para o Desenvolvimento - PNUD e o Gajop.
ATIVIDADES
DESENVOLVIDAS
Foram desenvolvidas as
Seguintes atividades de monitoramento:
1. Audiência com o Secretário
de Interior, Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte, Dr. Francisco Dagmar
Fernandes, quando foi feita a exposição das bases do monitoramento.
2. Reunião com a equipe
multidisciplinar, na sede do Provita-RN.
6. Visita a locais da rede de
proteção.
7. Audiência com o Secretário
de Interior, Justiça e cidadania, com exposição das impressões sobre o
monitoramento realizado.
Eis a nossa avaliação:
Articulação Política
1. Consideramos como
positivas as iniciativas que foram tomadas pela Coordenação do Programa, no
sentido de sensibilizar a sociedade local para a importância de um programa
de proteção a testemunhas. Destacamos a realização do “Seminário Proteção
de Testemunhas: Um Resgate dos Direitos Humanos no Combate à Impunidade”,
em conjunto com o Sindicato dos Jornalistas, Comissão de Direitos Humanos da
OAB e Ministério Público locais, no período de 16 a 18 de Outubro do
corrente ano.
2. O Conselho Político do
Provita-RN tem se ressentido da ausência nas reuniões da representação da
Secretaria do Interior, Justiça e Cidadania, muito embora seja este o órgão
responsável pela implementação do programa naquele Estado e devendo o
Secretário de Justiça ser o seu Presidente. Os contatos têm sido mantidos
diretamente com o Secretário de Justiça, que tem se mostrado muito disponível
para as questões referentes ao Programa. Na nossa visita, o Secretário
assumiu o compromisso de designar o servidor Luciano Fernandes Bezerra para
acompanhar o Programa
3. Outra instituição que
tem se mantido ausente do Conselho Político do Provita é a secional local da
Ordem dos Advogados do Brasil. Estão sendo feitos contatos para uma breve
nomeação de uni advogado que preencha o perfil adequado para representar
aquela importante entidade junto ao Conselho Político do Provita-RN.
4. Na avaliação da equipe
multidisciplinar, muito embora seja um dos mais assíduos frequentadores das
reuniões do Conselho e seja comprometido com a proteção à testemunha, o
representante da Secretaria da Segurança Pública não tem conseguido
influenciar de maneira decisiva o conjunto da Polícia Civil a contribuir na
prática do Programa.
5. Ainda reconhecemos corno
positiva a participação do Provita-RN no julgamento do caso conhecido como
“Mãe Luíza”, chacina promovida por policiais civis. Este segundo
julgamento confirmou a condenação do principal acusado, o policial civil
Jorge Luiz Fernandes, a uma pena total de 47 anos, por homicídios e lesões
corporais. O Provita ofereceu proteção à principal testemunha do caso.
Beneficiários
É desejo da Secretaria
Nacional de Direitos Humanos, compartilhado com o Gajop, de que toda a
estrutura que foi montada no Rio Grande do Norte para o atendimento à
testemunha, venha a ser aproveitada pelo Programa Especial de Proteção a
Testemunhas, possibilitando o recebimento de testemunhas em risco, oriundas de
outros estados brasileiros. No nosso entendimento, ao serviço atualmente
disponível, deveria se somar o atendimento integral à vítima da violência,
nos moldes do CEVIC, do Estado de Santa Catarina.
Voluntários
1. O Provita-RN, até o
momento identificou 14 locais para o recebimento de testemunhas, distribuídos
nas Regiões do Seridó, Salineira e Grande Natal, dos quais apenas 05 foram
checados pela equipe multidisciplinar. Tivemos a oportunidade de visitar um
desses locais e constatamos que o mesmo oferece boas condições de
acolhimento.
2. O Programa fez o
levantamento de 46 voluntários de diferentes categorias profissionais, que
podem contribuir com o Provita de diversas maneiras, tanto participando de
campanhas, como atendendo diretamente as testemunhas, em casos de necessidade
ou mesmo protegendo as diretamente.
2. Ainda há a necessidade,
contudo, de se fazer o cadastramento desses voluntários e firmar os
compromissos referentes à possibilidade concreta de contribuição com o
Provita de cada um deles. Nesse exato momento, portanto, é impossível contar
com a rede de voluntários, para o atendimento em grande escala, sob pena de
colocarmos em risco a qualidade do atendimento.
3. Segundo a equipe do
Provita-RN, hoje, a rede de locais em formação ainda não se encontra pronta
para o atendimento em larga escala.
Equipe Multidisciplinar
1. E lamentável que a equipe
técnica ainda não tenha a sua situação profissional regularizada. A começar
peloCoordenador, que é servidor público estadual à disposição da Assembléia
Legislativa; enquanto que uma das assistentes sociais é funcionária da
Secretaria Estadual de Saúde e a outra é servidora da Secretaria Estadual de
Educação e Cultura; os demais profissionais são autônomos, no entanto, se
queixam de que permanecem sem a devida regularização contratual com o Centro
de Direitos Humanos e Memória Popular.
2. Esta situação tem gerado
uma profunda insatisfação nos profissionais envolvidos e é causadora,
ainda, da exploração da mão de obra de quem e obrigado a cumprir horários
em empregos distintos, além de dar margem a que o Programa funcione de
maneira irregular sem a presença devida dos técnicos, que têm se utilizado
de rodízio para assegurar o funcionamento dos trabalhos.
3. Esta situação tem sido
testemunhada pelos profissionais do Gajop, que, por diversas vezes, têm
tentado entrar em contato telefônico com o Provita-RN sem encontrar um único
técnico.
4. Ficou evidenciado que os
profissionais do Programa ainda não conseguiram desenvolver uma rotina de
trabalho característica a uma equipe multidisciplinar. Por outro lado, salta
aos olhos a postura autoritária, com viés altamente paternalista do
Coordenador, que “para protegê-las, trancou as meninas na safa, a fim de
que não fossem vistas pela testemunha”. Após ter tomado essa iniciativa,
“avaliou” que a testemunha não tinha perfil para ser integrada ao Provita.
Essa atitude é denunciadora da desqualificação dirigida às outras áreas
do conhecimento que compõem a equipe multidisciplinar. Revelou também, a
fragilidade da equipe, como umtodo, que permite que a situação aconteça.
5. O Coordenador se porta de
forma autoritária> não permitindo que os técnicos se manifestem ou mesmo
que tenham contato com os profissionais do Gajop, a não ser que isto se faça
na sua presença. Ainda foi “proibido” o envio de correspondência ou
contatos telefônicos dos técnicos do Gajop diretamente aos técnicos do
Provita-RN, tudo devendo passar pelo Coordenador. A rigidez hierárquica e o
controle excessivo dos profissionais contraria todas as orientações
recebidas e a condição de equipe a serviço de uma organização de direitos
humanos.
Atividades de Geração de
Renda
1. Por mais que o Gajop tenha
buscado alertar para a necessidade de tomada de iniciativas que levem à geração
alternativa de recursos para o Programa, a equipe do Rio Grande do Norte ainda
não se mobilizou para tanto, muito embora sempre afirme que isto será feito.
2. Compreendemos tal postura
corno decorrente do fato de que ainda não sentiram na pele os efeitos da
falta de recursos ou atrasos consideráveis no envio das verbas públicas para
o Programa. Afinal, dos quatro Estados em que o Provita se encontra em
funcionamento, o Provita-RN é o único que tem contado com a liberação
regular dos recursos do Governo Estadual, além de o único dos três
programas que começou a funcionar neste ano, contando com recursos já rio
ano de 1997, com a finalidade de estruturar a sua instalação.
QIJESTÕES IMEDIATAS DE
SEGURANÇA
1. Voltamos a insistir para a
necessidade de se contar com a presença de policiais para a segurança da
rotina do Provita e para a necessidade de fazer adequações no imóvel. Foi
novamente prometido que seria tomada esta iniciativa.
2. Os técnicos do Gajop
questionaram a respeito das razões para a não instalação, até o momento,
de nenhum equipamento de segurança, conforme havia sido exaustivamente
recomendado. Obtivemos como resposta a informação de que o orçamento
previsto para esta finalidade era da importância de R$ 700,00 ( setecentos
Reais), e para a Coordenação, com tão pouco dinheiro, seria impossível a
aquisição de qualquer equipamento.
QUESTÕES REFERENTES AOS
RECURSOS
1. Durante reunião com a
equipe os técnicos do Gajop indagaram da possibilidade de o Dr. Humberto Espíndola,
ali presente, solicitar do Provita- RN o recebimento de testemunhas oriundas
de outros Estados do Brasil, ao que Coordenador do Provita-RN respondeu:
“Eu nem o
atenderia, e/e não o faria e se o fizesse eu responderia que o recebimento de
novas testemunhas só se faria possível após o envio da segunda parcela do
Ministério da Justiça”
2. Tal resposta gerou
profundo mal-estar, em razão de o Provita-RN só ter efetivamente recebido,
até este momento, um único caso, composto por uma testemunha e quatro
dependentes; e segundo os relatórios da mesma equipe, já foram recebidos
recursos no valor total de R$ 110.000,00 (Cento e Dez Mil Reais), assim
distribuídos:
Fonte
|
Período
|
Valor
(R$)
|
Total
R$
|
Governo
do Estado
|
Dezembro
1997
|
20.000,00
|
20.000,00
|
Governo
Federal
|
Abril
1998
|
50.000,00
|
70.000,00
|
Governo
do Estado
|
Julho
1998
|
20.000,00
|
90.000,00
|
Governo
do Estado
|
Agosto
1998
|
20.000,00
|
110.000,00
|
3. O Coordenador ainda tentou
justificar a utilização dos recursos com o pagamento de pessoal e com o
aluguei do imóvel aonde o Provita encontra-se instalado, alegando ter um
custo mensal fixo de R$ 5.600,00 (cinco mil e seiscentos Reais) . Só que este
valor multiplicado pelos sete meses referentes ao período de abril (mês em
que a equipe multidisciplinar iniciou suas atividades) a outubro deste ano,
totaliza R$ 39.200,00 (Trinta e nove mil e duzentos reais), ou seja, um valor
muito aquém dos R$ 110.000,00 (cento e dez mil Reais) recebidos.
4. Indagamos dos recursos
destinados ao atendimento direto à testemunha que deveriam estar reservados,
já que apenas um caso foi atendido e o Coordenador informou que se tivesse
muito, seria em torno de um ou dois mil reais Informou ter usado dos recursos
reservados ao atendimento direto da testemunha para o pagamento dos técnicos,
afirmando que sob nenhuma hipótese, os profissionais ficariam com o pagamento
dos salários em atraso.
5. Esclarecemos que os técnicos
do Gajop, na companhia do Dr. Humberto Espínola, tiveram uma reunião com o
Secretário de Justiça, Interior e Cidadania do Rio Grande do Norte, a quem
relatamos as impressões tidas. Solicitamos que cópia deste relatório seja
enviada ao Secretário Francisco Dagmar Fernandes, conforme pedido do mesmo.
APRECIAÇÃO FINAL
1. O Provita-RN é o programa
em funcionamento que possui melhor regularidade na liberação de recursos,
sendo, inclusive, quem primeiro recebeu recursos, ainda em 1997, com a
finalidade de montar a rede de proteção. Apesar disso, a rede ainda não se
encontra devidamente formada, o que contradiz, inclusive o conteúdo exposto
diversas vezes nos relatórios que nosforam enviados.
2. Não conseguimos
visualizar a destinação e uso dos recursos acima relacionados. Reconhecemos
que a análise contábil não está incluída nos termos do contrato firmado
com essa Secretaria Nacional de Direitos Humanos, mas o zelo pela coisa pública
impulsiona o Gajop a tomar a liberdade de sugerir a esse Ministério da Justiça
que realize uma imediata auditoria contábil junto ao Centro de Direitos
Humanos e Memória Popular de Natal, entidade gerenciadora do Provita-RN.
3. Reiteramos o compromisso
do Gajop com a continuidade do Provita-RN. Explicitamos, inclusive, caso se faça
necessário, a disposição do Gajop em identificar uma outra entidade para
gerir o Provita, ou se for o caso, de institucionalizar o Programa junto ao
Governo Estadual.
4. Não podemos, no entanto,
fechar os olhos a fatos dessa gravidade e esperamos desse Ministério da Justiça,
através da Secretaria Nacional de Direitos Humanos a adoção das providências
cabíveis.
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