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Portinari - Criança Morta

LEI DOS CRIMES  HEDIONDOS

LEI N.º 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990

 Dispõe sobre os crimes hediondos, nos  termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências.

 

                   O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

                   Faço saber que o Congresso Nacional   decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:

                   I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda

                   que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, I, II, III, IV e V);

                   II - latrocínio (art. 157, § 3º, in fine);

                   III - extorsão qualificada pela morte (art. 158,  § 2º);

                   IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput e §§ 1º, 2º e 3º);

                   V - estupro (art. 213 e sua combinação com  o art. 223, caput e parágrafo único);

                   VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único);

                   VII - epidemia com resultado morte (art. 267,  § 1º).

                   Parágrafo único - Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956, tentado ou consumado.

Art. 2º - Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:

                   I - anistia, graça e indulto;

                   II - fiança e liberdade provisória.

                   § 1º - A pena por crime previsto neste artigo será cumprida integralmente em regime fechado.

                   § 2º - Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.

                   § 3º - A prisão temporária, sobre a qual  dispõe a Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de

                   1989, nos crimes previstos neste artigo, terá  o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

Art. 3º - A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao  cumprimento de penas impostas a  condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública.

Art. 4º - (Vetado.)

Art. 5º - Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso:

Art. 6º - Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213; 214; 223, caput e seu parágrafo único; 267, caput e 270,  caput, todos do Código Penal, passam a  vigorar com a seguinte redação:

Art. 7º - Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte parágrafo:

Art. 8º - Será de 3 (três) a 6 (seis) anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de  entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.

                   Parágrafo único - O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu  desmantelamento, terá a pena reduzida de 1 (um) a 2/3 (dois terços).

Art. 9º - As penas fixadas no art. 6º para os  crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput, e sua combinação com o art. 223,  caput e parágrafo único, 214 e sua                  combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de 30 (trinta) anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses                 referidas no art. 224 também do Código Penal.

Art. 10 - O art. 35 da Lei n.º 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com a seguinte redação:

Art. 11 - (Vetado.)

Art. 12 - Esta Lei entra em vigor na data de  sua publicação.

Art. 13 - Revogam-se as disposições em contrário.

 

                   Brasília, em 25 de julho de 1990; 169º da

                   Independência e 102º da República.

                 FERNANDO COLLOR

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