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São Saruê a "Estrella" da Poesia

Autor: MANOEL CAMILO DOS SANTOS

Foto: Henrique José


Lampião e Padre Cícero
Filmagens de Benjamin Abrahão
 1:16’

VIAGEM A "SÃO SARUÊ"

 

"Doutor mestre pensamento"

me disse um dia: - Você

Camilo, vá visitar

o país "São Saruê"

pois é o lugar melhor

que neste mundo se vê.

 

Eu que desde pequenino

sempre ouvia falar

neste tal "São Saruê"

destinei-me a viajar,

com ordem do pensamento

fui conhecer o lugar.

 

Iniciei a viagem

as duas da madrugada,

tomei o carro da brisa

passei pela alvorada

junto do quebrar da barra

eu vi a aurora abismada.

 

Pela aragem matutina

eu avistei bem defronte

a irmã linda aurora

que se banhava na fonte,

já o sol vinha espargindo

no além do horizonte.

 

Surgiu o dia risonho

na primavera imponente,

as horas passavam lentas

o espaço encandescente

transformava a brisa mansa

em um mormaço dolente.

 

Passei do carro da brisa

para o carro do mormaço

o qual veloz penetrou

no além do grande espaço

nos confins dos horizontes

senti do dia o cansaço.

 

Enquanto a tarde caía

entre mistério e segredo

a viração docilmente

afagava os arvoredos,

os últimos raios do sol

bordavam os altos penêdos.

 

Morreu a tarde e a noite

assumiu sua chefia,

deixei o mormaço e tomei

o carro da neve fria,

vi os mistérios da noite

esperando pelo dia.

 

Ao romper da nova aurora

senti o carro pairar

olhei e vi uma praia

ler, escrever e contar,

canta, corre, salta e faz

tudo quanto se mandar.

 

Lá tem um rio chamado:

o banho da mocidade,

onde um velho de cem anos

tomando banho e vontade

quando sai fora parece

ter vinte anos de idade.

 

Lá não se vê mulher feia

e toda moça é formosa

alva, rica e bem decente

fantasiada e cheirosa,

igual a um lindo jardim

repleto de cravo e rosa.

 

É um lugar magnífico

onde eu passei muitos dias

passando bem e gozando

prazer, amor, simpatia,

todo esse tempo ocupei-me

em recitar poesias.

 

Ao sair de lá me deram

uns pacotes de papéis

era dinheiro emaçado

notas de contos de réis

quinhentos, duzentos e cem

de cinqüenta, vinte e dez.

 

Lá existem tudo quanto é beleza

tudo quanto é bom, belo e bonito,

parece um lugar santo e bendito

ou um jardim da divina Natureza:

imita muito bem pela grandeza

a terra da antiga promissão

para onde Moisés e Aarão

conduzirão o povo de Israel,

onde dizem que corriam leite e mel

e caia manjar do céu no chão.

 

Tudo lá é festa e harmonia

amor, paz, benquerer, felicidade

descanso, sossego e amizade

prazer, tranqüilidade e alegria:

na véspera de eu sair aquele dia

um discurso poético, lá eu fiz,

me deram a mandado de um juiz

um anel de brilhante e de "rubim"

no qual um letreiro diz assim:

é feliz quem visita este país.

 

Vou terminar avisando

a qualquer um amiguinho

que quiser ir lá

posso ensinar o caminho,

porém só ensino a quem

me comprar um folhetinho.

FIM

Este folhete acha-se registrado sob números 7989 a 7993, e garantido pelo Artigo 153,
 parágrafo 25 da nova Constituição Federal.

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