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Foto: Ripper
A Violência

A violência manifesta-se de diversas formas na vida cotidiana. Se inicia dentro de casa, provavelmente através de um ambiente hostil, prolongando-se pelas relações de vizinhança nem sempre harmoniosas, passando pelos estimulas da mídia interessada em atingir e trabalhar a fascinação através dos impulsos básicos do ser humano: o sexo e a violência, para vender produtos e, finalmente, pela escola, onde a relação extremamente autoritária e não democrática, infelizmente, ainda é regra.

A violência do Estado exercida continuamente contra o cidadão, inclusive através dos tópicos recentemente tratados, se revela sempre a mais contundente dentre todas, tal a desproporcionalidade de poder entre um e outro.

Dentre estas, adquire especial contorno a violência policial, traduzida não apenas pela arbitrariedade ou improbidade administrativa, ou pelo abuso de poder por parte dos representantes dos órgãos de segurança, mas também pelos grupos de extermínio vinculados ás autoridades, assim como pelas mortes anunciadas ou não, executadas por encomenda a pistoleiros raramente identificados.

A incapacidade e o desinteresse da população em geral, em verificar, apurar e denunciar as continuas violações dos Direitos Humanos e dos pressupostos para o pleno exercício da cidadania, que implicaria em agir e cobrar das autoridades, agrava ainda mais esse panorama sombrio de decadência cívica.

A sistemática impunidade dos poderosos implica em descrença nas instituições, ressaltando o significativo desnível de direitos efetivamente garantidos e exercidos entre as pessoas do povo e os detentores do poder.

“Ora, essa delinquência própria à riqueza é tolerada pelas leis, e quando lhe acontece cair em seus domínios, ela está segura da indulgência dos tribunais e da discrição da imprensa.”

(Michel Foucault — Vigiar e Punir)

A violência, como subproduto da concorrência desses diversificados processos de exclusão social, parece transbordar os limites da tolerância pública, atingindo índices alarmantes, inclusive nos países mais desenvolvidos economicamente, com prevalência e agravamento nas nações em processo de desenvolvimento relativo e viés autoritário, como é o caso do Brasil, onde a violência urbana e rural transcende, em número de mortos, os verificados durante algumas das guerras mais recentes.

“Nós vivemos num Estado autoritário, onde as leis são autoritárias. O Estado todo-poderoso tem um verdadeiro exército de juristas o seu serviço.”

(Carlos Alberto Lenzi — A Justiça e os Direitos Humanos in Direitos Humanos - Estudos e Debates)

A utopia civilizatória consiste exatamente em negar essas esferas de violência, ingressando e mantendo-se nas esferas da solidariedade, da fraternidade e do altruísmo.

“Essa violência de caráter endêmico, implantada no sistema de relações sociais profundamente assimétricas, não é um fenômeno novo no Brasil: é a continuação de longa tradição de práticas de autoritarismo, das elites contra as ‘não-elites’ e nas interações entre as classes, cuja expressão foi dissimulada pela repressão e censura impostas pelos governos militares.”

(Paulo Sérgio Pinheiro — O Passado não está morto: nem passado é ainda)

Trata-se de um fenômeno que se reproduz num circulo vicioso de realimentação, em que os componentes sociais anteriormente descritos atuam como combustível no processo de propagação da violência, a qual, por sua vez, incita o recrudescimento da exclusão social já característica de uma lógica comum de exclusão nas sociedades.

“Somente uma sociedade que nasce da não-violência será por sua vez não violenta.”

(Norberto Bobbio - A Era dos Direitos)

Pare e Reflita 12

Você acha que a violência está de algum modo relacionada com os meios de comunicação? Por quê?

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