Projeto DHnet
Ponto de Cultura
Podcasts
 
 Direitos Humanos
 Desejos Humanos
 Educação EDH
 Cibercidadania
 Memória Histórica
 Arte e Cultura
 Central de Denúncias
 Banco de Dados
 MNDH Brasil
 ONGs Direitos Humanos
 ABC Militantes DH
 Rede Mercosul
 Rede Brasil DH
 Redes Estaduais
 Rede Estadual RN
 Mundo Comissões
 Brasil Nunca Mais
 Brasil Comissões
 Estados Comissões
 Comitês Verdade BR
 Comitê Verdade RN
 Rede Lusófona
 Rede Cabo Verde
 Rede Guiné-Bissau
 Rede Moçambique

   

Prefácio

Pedimos, por favor, não achem natural o que muito se repete!

(B. Brecht, A exceção e a regra).

A Cartilha Direitos e Deveres dos presos que o leitor tem em mãos, que para mim apresenta-lo é motivo de orgulho e satisfação pessoal, é o resultado extraordinário do trabalho desenvolvido pelo GRUPO TORTURA NUNCA MAIS _ BAHIA, que se propõe, a partir de uma cuidadosa pesquisa na Lei de Execução Penal e tomando como parâmetro à defesa e promoção dos direitos humanos, trabalhar com a população carcerária de Salvador. Os presídios talvez sejam a outra face da moeda; é a face obscura que nos recusamos a ver. Portanto é incentivadora a metodologia utilizada nesse trabalho (diminuição concreta do tempo da pena, recuperação da auto estima do preso e a recuperação dos laços desfeitos com a família).

Enquanto se acreditar que prisão é solução, nunca se atacará o pior, isto é, o fato de que prisão nenhuma pode "recuperar", "ressocializar", "reabilitar" ou qualquer verbo mais que se crie. A prisão é u_ma instituição criada pela sociedade no intuito de isolar os elementos que ela acredita lhe serem prejudiciais. No entanto, como toda criatura, a prisão reflete o seu criador. Isto é, a prisão jamais será um espaço de produção de cidadãos, enquanto a própria sociedade for o oposto disso.

O senso comum acerta quando se refere ao fato de que às vezes pessoas entram na prisão por motivos leves, por crimes que poderiam ter sido únicos e saem profissionais do crime. Naturalmente o senso comum reduz todos os seres humanos que cumprem pena privativa de liberdade à mesma condição. Não há, entretanto, qualquer ontologia do crime ou uma "essência" a definir o "criminoso". As pessoas que se encontram encarceradas possuem entre si pouco em comum além do fato de serem invariavelmente pobres, jovens e semi-alfabetizados.

Há uma tendência mundial que se propõe a repensar a questão da prisão, para delitos leves, por exemplo, criando-se penas alternativas, que evitem a impunidade, sem tornar as pessoas piores. Serviços prestados a comunidade, multas, obrigatoriedade de freqüentar aulas de cidadania, prisão de fim de semana, restrições de direitos, entre outras, podem ser aplicadas a uma serie de casos.

Neste sentido, o trabalho do Grupo Tortura Nunca Mais, se constitui em uma refe

rência incontornável a todos aqueles que se interessam de uma forma ou outra pela temática e estão empenhados nos esfo_rços pela reforma do sistema prisional.

Daniel Almeida é vereador e Presidente da Comissão de Direitos do Cidadão da Câmara Municipal de Salvador.

 

Desde 1995 © www.dhnet.org.br Copyleft - Telefones: 055 84 3211.5428 e 9977.8702 WhatsApp
Skype:direitoshumanos Email: enviardados@gmail.com Facebook: DHnetDh
Busca DHnet Google
Notícias de Direitos Humanos
Loja DHnet
DHnet 18 anos - 1995-2013
Linha do Tempo
Sistemas Internacionais de Direitos Humanos
Sistema Nacional de Direitos Humanos
Sistemas Estaduais de Direitos Humanos
Sistemas Municipais de Direitos Humanos
História dos Direitos Humanos no Brasil - Projeto DHnet
MNDH
Militantes Brasileiros de Direitos Humanos
Projeto Brasil Nunca Mais
Direito a Memória e a Verdade
Banco de Dados  Base de Dados Direitos Humanos
Tecido Cultural Ponto de Cultura Rio Grande do Norte
1935 Multimídia Memória Histórica Potiguar