Policiamento
Comunitário:
Avaliando a Experiência
Resumo
Introdução
Cronograma
Orçamento
Bibliografia
Anexo
Resumo
Projetos
de "policiamento comunitário", "policiamento
interativo", "policiamento solidário"
ou "polícia cidadã" - como quer
que o conceito seja entendido e aplicado - existem
atualmente em cerca de 14 estados brasileiros.
A eclosão destes experimentos sugere que causas
comuns são provavelmente as responsáveis pelos
mesmos efeitos: desde que, passado o período autoritário,
as polícias foram confrontadas com problemas relativos
à sua eficiência e imagem junto a população, tentativas
de adotar uma nova filosofia de atuação emergiram
quase espontânea e simultaneamente em diversos
lugares. Regra geral, em todo o mundo, projetos
de policiamento comunitário emergiram em conseqüência
da deterioração da imagem policial frente a comunidade.
Inserido
no contexto desta "onda comunitária",
em 30 de setembro de 1997 a Polícia Militar do
Estado de São Paulo adotou experimentalmente a
filosofia do policiamento comunitário, definida
como " filosofia e estratégia da organização
que proporciona a parceria entre a população e
a polícia". Atuando dentro de um território
específico e voltada também para os aspectos preventivos
do crime, a experiência tem implicado numa parceria
entre polícia, comunidade local, autoridades eleitas
e empresários locais, entre outros grupos. Até
o presente momento foram instaladas 42 Bases Comunitárias
de Segurança, 11 na Capital e 31 no interior.
Cerca de 16.000 oficiais e praças já passaram
por cursos multiplicadores ou estágios de Polícia
Comunitária e pretende-se ampliar o projeto para
mais 44 Companhias neste ano de 1998.
Serão
necessários alguns anos para que os resultados
da experiência paulista e de outros estados possam
ser efetivamente avaliados em sua plenitude. Todavia,
é importante desde já monitorar os efeitos que
os projetos de policiamento comunitário
possam estar produzindo a) nas comunidade onde
estão sendo aplicado e b) entre os policiais recebendo
os cursos e fazendo os estágios nas BCS. Este
monitoramento deve ser feito em diversos níveis:
avaliação das estatísticas oficiais de criminalidade,
pesquisas de opinião sobre imagem da polícia com
moradores dos bairros e pesquisa interna com os
policiais envolvidos nas iniciativas.
Na avaliação
estaremos selecionando bairros de perfil sócio-econômico
semelhantes (preferencialmente bairros pobres
e ricos, ou ainda bairros violentos e pacíficos).
Certos bairros terão passado pela experiência
de policiamento comunitário e os demais serão
utilizados como grupos de controle, para precaver-se
contra correlações espúrias. No que se refere
ao público interno, serão selecionados 2 grupos,
um dos quais terá participado dos cursos ou estágios
em policiamento comunitário. As hipóteses com
que trabalhamos são as de que nas áreas cobertas
pelos projetos de policiamento comumitário as
taxas de subnotificação de crimes são menores
do que nas áreas com policiamento tradicional,
assim como o sentimento subjetivo de insegurança;
em contrapartida, a satisfação com a polícia
é maior, bem como melhor a imagem da polícia.
Instituição
Parceira: ILANUD
Representante
junto ao Projeto: Tulio Kahn
O ILANUD
é uma das 37 entidades que compõem a Comissão
de Assessoramento para Implantação do Policiamento
Comunitário e desde o início da experiência tem
contribuído para o programa:
-
participando dos eventos semanais;
-
divulgando a experiência através da mídia;
-
organizando seminários sobre o tema: em 4/12/97,
palestras dos professores Jack Raymond Greene
e Otwin Marenim, especialistas americanos em Policiamento
Comunitário; palestra com Dr. Teodomiro Dias Neto
- mestre em direito sobre policiamento comunitário
- sobre o tema "Conceito de Nova Prevenção".
^
Subir
Introdução
A evidência
de que o mero endurecimento das leis penais e
do rigor policial não produziam necessariamente
reduções nos índices de criminalidade e tampouco
contribuíam para o relacionamento com a população,
despertaram a atenção das autoridades policiais
para a questão do policiamento comunitário. Neste
estilo de policiamento, de acordo com Barkan,
a polícia atua de forma bastante próxima com os
residentes dos bairros em várias atividades direcionadas
a redução do crime, como programas voltados para
os jovens (laser, educação pós-escola, primeiro
emprego, etc.) ou mutirões para a limpeza e conservação
de determinadas áreas deterioradas. (Barkan, 1997)
Entre outras mudanças importantes, na maioria
dos programas de policiamento comunitário existentes,
as patrulhas feitas com viaturas são substituídas
pelo patrulhamento feito a pé.
A presunção
teórica é a de que, trabalhando a pé, os policiais
mantém maiores e melhores contatos com os moradores,
favorecendo o entrosamento mútuo e humanizando
a relação entre população e policiais, nem sempre
baseada na confiança. Uma vez estabelecida uma
relação de confiança, a população estaria mais
disposta a colaborar com o trabalho policial,
notificando os crimes de que foi vítima, fornecendo
informações sobre pessoas suspeitas e trabalhando
em projetos comunitários.
Além
desses efeitos sobre a comunidades, as patrulhas
a pé também permitem que os policiais verifiquem
se existe lixo nas ruas, vidraças quebradas, pixações,
terrenos baldios, ruas mal iluminadas e uma série
de outras situações que contribuem para a deterioração
da vizinhança. A hipótese aqui é a da "janela
quebrada", segundo a qual uma incivilidade
atrai outra, pois mostra que a comunidade não
se importa com o que acontece ao seu redor. Assim,
uma janela quebrada por uma pedra logo atrai outra
pedra, mas se a janela é logo concertada, demostra
a preocupação das pessoas pelo que acontece ao
redor. Um bairro que demostra estar preocupado
com os pequenos desvios - lixo acumulado, pixações,
jogos de azar, etc.- dá sinais de vitalidade comunitária
e de que não tolerará os grandes desvios, como
o tráfico de drogas ou atuação de gangues juvenis.
A polícia comunitária tem um papel importante
nesta fiscalização da qualidade de vida do bairro,
com reflexos sobre os níveis locais de criminalidade.
Além
destas atividades, existe uma série de outras
que costumam estar associadas ao estilo comunitário
de policiamento, como por exemplo: organização
de grupos de "fiscalizadores de vizinhança"
(ou "fiscalizadores de quarteirão",
em locais densamente povoados), na casa de moradores
do bairro; organização de encontros com a comunidade
em locais públicos, onde se discutem os problemas
específicos daquela área e propostas para lidar
com eles; visitas "porta a porta"
durante o dia, onde os policiais se apresentam
aos moradores ou comerciantes da comunidade e
aproveitam para colher informações e passar dicas
sobre segurança; 190 reverso, onde os policiais
transmitem informações sobre criminalidade e formas
de preveni-la para lideranças locais, por fax
ou e-mail e inúmera outras práticas. Assim, não
existe um só modelo de polícia comunitária mas
vários, com diferentes práticas, que compartilham
os mesmos princípios.
As pesquisas
criminológicas tem procurado responder se estas
teorias e práticas sobre os efeitos do policiamento
comunitário são válidas ou não. Os resultados
são contraditórios, dependendo em boa parte das
vezes do
que exatamente se esta medindo no processo
de avaliação. Bayley apontou que o patrulhamento
a pé e outros aspectos do policiamento comunitário
fazem os residentes se sentirem melhor sobre a
sua vizinhança e reduzem o medo do crime (Bayley
e Skolnick, 1986). Não existem evidências seguras,
por outro lado, de que o policiamento comunitário
tenha contribuído em alguma medida para a diminuição
da criminalidade: alguns estudos encontraram esta
relação, enquanto outros não (Barkan, 1997; Sherman,
1998). Com efeito, existem hoje sérias dúvidas
de que qualquer forma de policiamento, comunitário
ou não, possa ter um impacto significativo sobre
a criminalidade porque, frente ao enorme e estrutural
problema da violência, a policia exerce uma influência
marginal.
O problema
da mensuração da eficácia da polícia comunitária
através dos índices de criminalidade é ainda mais
complexo porque atua sobre as chamadas "cifras
negras". Na medida em que a maior confiança
na polícia incentiva a notificação de crimes pela
população, um dos efeitos pode ser o aumento dos
índices oficiais de criminalidade, mesmo que esta
venha objetivamente caindo. Se escolhermos para
análise um bairro onde antes ocorriam 100 crimes
por mês e apenas 50 eram notificados e que, posteriormente
à introdução do policiamento comunitário,
ocorressem 90 crimes mas 70 deles fossem notificados,
seriamos erroneamente levados a crer que a criminalidade
aumentou de 50 para 70, quando na verdade teria
diminuído de 100 para 90. O problema das cifras
negras servem para nos chamar a atenção para a
complexidade do problema de mensuração na avaliação
do policiamento comunitário. Como notou Neild,
"se han documentado casos donde un alza en
llamadas de emergencia y denuncias en las comisarías
no significa que la incidencia de crimen vaya
en aumento, sino que la gente siente mayor confianza
y tiene mayor capacidad de diálogo com la policía
a raíz de los programas de policía comunitaria.
En este caso, el aumento en el número de denuncias
es un indicador positivo, no negativo, de las
relaciones com la comunidad (Neild, 1998)
Recentemente,
Lawrence Sherman fez a pedido do congresso norte
americano uma reavaliação da literatura existente
sobre polícia comunitária afim de testar a hipótese,
entre outras, de que existiriam menos crimes quanto
maiores e melhores fossem os contatos entre polícia
e cidadãos (Sherman, 1998). De acordo com a literatura,
os eventuais efeitos preventivos do policiamento
comunitário sobre o crime se manifestariam de
4 diferentes formas:
1)
Fiscalização comunitária (Neighborhood Watch):
aumentando a fiscalização voluntária dos bairros
residenciais feita pelos próprios residentes reduzir-se-ia
a criminalidade porque os criminosos saberiam
que a vizinhança está atenta.
2)
Inteligência baseada na comunidade: os encontros
comunitários formais e os contatos informais da
polícia com os moradores e trabalhadores locais
aumentaria o fluxo de informações sobre crimes
e suspeitos, da população para a polícia,
aumentando também a probabilidade de punição dos
criminosos. Este aumento do fluxo de informações
seria útil também para as estratégias preventivas
contra o crime.
3)
Informação pública a respeito do crime: revertendo
a hipótese anterior, esta hipótese supõe que o
aumento do fluxo de informações da polícia para
a comunidade aumenta a capacidade de auto-proteção
da população. A polícia informaria as instituições
do bairro sobre os padrões e tendências da criminalidade
local e quais as medidas mais adequadas para preveni-las.
É a idéia de um telefone 190 às avessas, pelo
qual a polícia informa lideranças locais por fax
ou outro meio sobre a atividade criminal na área.
4)
Legitimidade policial: a hipótese aqui é de que
uma polícia vista como legítima, justa e confiável,
incrementaria uma obediência generalizada à lei,
inclusive por parte de policiais circunstancialmente
a violam.
A avaliação
de Sherman de todas as evidências disponíveis
em estudos que colocaram a prova o policiamento
comunitário não é exatamente otimista. Segundo
pode constatar, as evidências falam contra a eficiência
dos "fiscalizadores de bairro" e dos
programas baseados no fluxo de informações da
polícia para a comunidade. As outras práticas
são no máximo promissoras e nenhuma teve sua eficiência
comprovada, ao
menos no que diz respeito ao problema da redução
da criminalidade.
O objetivo
primeiro de quase todo novo programa policial,
em última instância, é a redução da criminalidade.
O policiamento comunitário não foge à regra e
acima vimos algumas razões do porque dever-se-ia
esperar que a introdução do experimento implicasse
em menores índices de criminalidade. A dúvida
metodológica, entre outras, é quanto tempo é razoável
esperar até que o programa esteja consolidado
e produza impactos sobre a criminalidade, e sobre
que tipo de criminalidade. No caso do programa
paulista, por exemplo, o projeto talvez seja demasiado
recente e incompleto, de modo que seria uma expectativa
irrealista e mesmo desleal esperar para já um
impacto significativo sobre os índices de criminalidade.
Como todo novo projeto, trata-se de um processo
lento de mudança, cujos resultados serão visíveis
em muitos anos.
Apenas
para dar uma idéia da complexidade da tarefa de
mensuração da atividade policial, listamos abaixo
uma lista de possíveis indicadores elencados por
Bayley (Bayley, 1994), bem como as possíveis fontes
para a localização destas informações no Estado
de São Paulo.
Tabela 1. Indicadores
de Performance
Medidas |
|
Resultados |
Fontes Possíveis |
I. Diretas |
|
|
|
X |
A- Fortes |
Taxas de Criminalidade |
CAP, DHPP, Copom
|
X |
|
Taxa de Vitimização |
Pesquisas de Opinião |
|
|
Valores Imobiliários |
Jornais, Corretores
Imobiliários |
|
|
Utilização Pública
do Espaço Comum |
- |
|
|
Atividade Comercial |
Associação Comercial |
|
|
Número de Situações
de Desordem Pacificadas |
Copom |
|
|
Número de Problemas
Comunitários Resolvidos |
Copom |
|
|
Reclamações Consubstanciadas
sobre conduta policial |
Ouvidoria / Corregedoria |
|
B- Fracas |
|
|
X |
|
Medo do Crime |
Pesquisas de Opinião |
X |
|
Confiança Pública
na Polícia |
Pesquisas de Opinião |
X |
|
Compromissos da
População com a Vizinhança |
Pesquisas de Opinião |
X |
|
Satisfação com
a ação policial |
Pesquisas de Opinião
/ Copom |
X |
|
Reclamações sobre
o serviço policial |
Ouvidoria / Copom |
X |
|
Receptividade para
auxiliar a polícia |
Pesquisas de Opinião |
X |
|
Percepção da "retidão"
policial |
Pesquisas de Opinião |
II Indiretas |
|
|
|
|
A- Fortes |
|
|
|
|
Número de Policiais |
SSP |
|
|
Número de policiais
em função de patrulhamento |
SSP |
|
|
Razão entre policiais
na administração e policiais no patrulhamento |
SSP |
|
|
Tempo de resposta
às chamadas |
Copom |
|
|
Prisões efetuadas |
SSP |
|
|
Taxa de resolução
de Crimes |
Copom, DHPP |
|
|
Número de reuniões
comunitárias realizadas |
PM |
|
|
Número de encontros
com Conselhos Comunitários de Segurança
(Neighborhood Watch) |
PM |
|
|
Rapidez no atendimento
telefônico |
Copom |
|
|
Número de contatos
"follow-up" com vítimas de crimes |
- |
|
|
Valor das Drogas
apreendidas |
Denarc |
|
|
Força das Unidades
de Corregedoria / Ouvidoria (internal affairs
units) |
- |
|
|
Diversidade de
Recrutamento |
Academias de Polícia |
|
B- Fracas |
|
|
|
|
Moral |
- |
X |
|
Auto-estima do
policial |
Pesquisas de Opinião |
X |
|
Percepção policial
de sua reputação pública |
Pesquisas de Opinião |
X |
|
Conhecimento policial
da comunidade em que atua |
- |
A tabela
acima apresenta uma gama completa de indicadores
para a mensuração de diversos tipos de programas
de segurança pública. Todavia, parece claro que
nem todos se aplicam ao problema da eficiência
do policiamento comunitário e alguns são de difícil
mensuração, seja porque se referem a indicadores
demasiado subjetivos (moral), porque não
são coletados por nenhum órgão policial, ou ainda
porque a própria organização mencionada não existe
no sistema de segurança pública local (caso dos
Neighborhood Watch ou follow-up com vítimas).
Finalmente, alguns indicadores não se aplicam
ao caso porque simplesmente não se espera que
o policiamento comunitário tenha qualquer efeito
sobre eles, ao menos de imediato.
Estudos
anteriores que procuraram avaliar a eficácia do
policiamento comunitário (Sherman, 1997) chegaram
a conclusão de que, por si só, o policiamento
comunitário tem um impacto limitado e marginal
sobre as taxas de criminalidade mas que, por outro
lado, "los programas de policía comunitaria
tienen un inpacto significativo en reducir el
miedo al crimen y la percepcíon comunitária del
crimen". (Neild, 1998, p.13) Nossa expectativa
também é de que, pelo menos por enquanto, seja
pequeno ou mesmo nulo o impacto do policiamento
comunitário sobre os índices de criminalidade,
tanto porque a experiência é recente quanto porque
está incompleta. Nossa hipótese é de que o impacto
maior se dá ao nível subjetivo, na população-alvo
como entre os policiais envolvidos.
Detalhando
um pouco mais as hipóteses, a pesquisa trabalhará
com as seguintes expectativas:
1. Nos
bairros onde existe o policiamento comunitário,
serão menores do que nos bairros controle a) as
taxas de subnotificação de crimes, b) o medo do
crime e c) as reclamações sobre o serviço policial.
Por outro lado, maiores deverão ser a) a confiança
pública na polícia[1],
b) os compromissos da população com a vizinhança,
e c) a satisfação com a ação policial.
2. Entre
os policiais que participam do experimento comunitário,
serão maiores do que entre os policiais do grupo
de controle, a) a auto-estima do policial, b)
a percepção do policial de sua melhor reputação
pública e, c) o conhecimento policial da comunidade
em que atua.
Na primeira
coluna da tabela marcamos com um X aqueles indicadores
que podemos utilizar para a avaliação da eficiência
do policiamento comunitário, tanto entre a população
(medidas diretas, fortes e fracas) quanto entre
os policiais (medidas indiretas, fracas). A maior
parte destes indicadores podem ser levantados
através de pesquisas de opinião pública junto
à comunidade e ao policiais. Nossa intenção é
reproduzir parcialmente as pesquisas de opinião
aplicadas por Trojanowicz na década de 80 em Michigan,
quando levantaram-se as opiniões dos moradores
(98 entrevistados) e dos policiais (57 policiais)
com relação ao policiamento comunitário. (Trojanowicz,
1986) A diferença é que estaremos prevendo amostras
maiores, além de amostras adicionais de moradores
e policiais que não tiveram contato com o experimento,
como grupos de controle, a fim de comparar os
resultados entre os dois grupos.
Até
setembro de 1998 trabalhavam no policiamento comunitário
3053 policiais no interior e 1245 policiais na
Região Metropolitana. Pela praticidade de acesso,
somente os policiais da capital deverão ser entrevistados.
Entre
outras questões a serem feitas para a população
(tanto a servida como a não servida pelo policiamento
comunitário) estão, a título de sugestão (Kahn,
1997; Gallup, 1993):
-
Há quanto tempo você mora neste bairro ?
-
Qual é o problema que o Sr. (a) julga mais grave
no Estado, neste momento ?
-
Agora eu gostaria de falar de coisas que preocupam
muitas pessoas. O Sr.(a) tem medo que aconteça:
assalto ou violência em casa; assalto ou violência
na rua; seqüestro; andar a noite no bairro; ficar
sozinho em casa, etc.
-
O Sr.(a) pessoalmente já foi assaltado ou sofreu
alguma violência na rua ? Quantas vezes ? E alguém
da sua família já foi assaltado ou sofreu alguma
violência na rua ? Quantas vezes ?
-
Nos últimos 12 meses, você ou alguém em sua casa
foi vítima de algum tipo de crime ?
-
Você ou outra pessoa deu queixa deste incidente
à polícia ?
-
De que maneira você comunicou a polícia sobre
o crime: registrando ocorrência numa delegacia
de polícia, ligando para o número 190 ou entrando
em contato pessoal com um policial, na rua ?
-
(Se deu queixa) De um modo geral, você ficou satisfeito
ou não com a maneira que a polícia lidou com a
queixa ?
-
Já lhe aconteceu do Sr.(a) precisar da polícia
alguma vez para lhe atender ou lhe ajudar ? (Se
sim) Foi bem ou mal atendido ? Muito ou só um
pouco ?
-
Se o Sr.(a) precisasse agora da polícia para lhe
ajudar ou lhe socorrer, o Sr.(a) acha que seria
bem ou seria mal atendido ?
-
Você já ouviu falar de "policiamento comunitário"
ou de "polícia comunitária" ?
-
Pelo o que o Sr.(a) sabe ou tem visto, que tipo
de serviço de policiamento existe aqui no seu
bairro ? Este serviço funciona muito bem, bem,
mal ou muito mal ?
-
Você saberia dizer se o "policiamento comunitário"
está em funcionamento, aqui no seu bairro ?
-
Você já manteve contato pessoal com o policial
comunitário aqui de seu bairro ?
-
Agora eu gostaria de perguntar algumas questões
sobre sua vizinhança e sua opinião sobre os crimes
na sua vizinhança. Em algumas áreas, as pessoas
fazem coisas juntas e tentam ajudar umas as outras,
enquanto em outras áreas é mais comum as pessoas
agirem por conta própria. Em geral, em que espécie
de área você diria que vive ? Em uma área onde
as pessoas na maior parte dos casos tentam ajudar
umas as outras, ou onde as pessoas na maior parte
agem por conta própria ?
-
Você diria que se sente muito seguro, mais ou
menos seguro, um pouco inseguro ou muito seguro
ao andar em sua vizinhança depois que fica escuro?
-
Por favor, tente relembrar da última vez que você
foi passear depois de escurecer em sua vizinhança.
Por qualquer motivo, você ficou longe de certas
ruas e locais ou evitou certas pessoas por razões
de segurança ?
-
Levando tudo isso em conta, você diria que a polícia
vem ou não fazendo um bom trabalho para controlar
o crime na sua região ?
-
Quantas vezes, aproximadamente, você diria que
a polícia passa pela sua rua, de carro ?
-
Quantas vezes, aproximadamente, você diria que
a polícia passa pela sua rua, a pé ?
Estas
são apenas umas entre tantas outras questões que
podem ser perguntadas, que não excluem outras
possibilidades.[2]
Numa segunda fase da pesquisa, para os policiais
militares, por sua vez, (tanto entre os que participam
como entre os que não participam do projeto de
policiamento comunitário), perguntar-se-á, por
exemplo (Gullo, 1992):
-
Posto ou graduação
-
Há quanto tempo você está na PM
-
Que atividade exerce atualmente na Polícia Militar
?
-
Que atividade você gostaria de exercer na Polícia
Militar ?
-
Em relação ao fato de ser policial, o Sr. Diria
que sente: muito orgulho, algum orgulho, não sente
orgulho ou sente vergonha ?
-
(Somente para policiais comunitários ) Qual o
tipo de crime mais comum no bairro onde você trabalha
?
-
Você concorda ou discorda das seguintes afirmativas
? Muito ou pouco ? : meu trabalho é reconhecido
pelos meus superiores / meu trabalho é reconhecido
pela sociedade / meu trabalho é reconhecido pelos
meus colegas / realizo o trabalho que gosto /
Para a população, a maior parte dos policiais
são sérios e honestos
Estes
são exemplos de questões já aplicadas em pesquisas
anteriores realizadas no Estado de São Paulo sobre
polícia e segurança pública e que portanto já
passaram por pré-testes e testes efetivos junto
à população. Ao invés de inventar novas questões
a cada pesquisa, é importante reutilizar as questões
elaboradas em pesquisas anteriores, de modo a
obter comparabilidade no tempo, além da comparação
entre grupo alvo / grupo de controle. Além disso,
é possível reproduzir perguntas feitas em outros
países, a fim de obter um quadro comparativo.[3]
O levantamento
de indicadores objetivos produzidos pelos órgãos
oficiais para analisar a eficiência do policiamento
comunitário é altamente desejável e tornaria possível
o teste de outras hipóteses, entre elas as que
supõem a redução da criminalidade nas áreas onde
ele existe. Não é certo, porém, que estes dados
estarão disponíveis, uma vez que as áreas de atuação
dos batalhões policiais não coincidem sempre com
as áreas onde as estatísticas de criminalidade
são levantadas. Este problema ocorre, por exemplo,
no levantamento do número de crimes, feito até
agora por Distritos Policiais, que podem incluir
um ou mais batalhões em sua circunscrição; inversamente,
um batalhão pode e geralmente inclui mais de um
distrito policial em sua área de atuação. Em suma,
não há uma coincidência de coberturas geográficas
para que se possa fazer o levantamento de todas
as informações.
Outro
complicador importante diz respeito à ausência
de informações sobre a população existente em
cada área de atuação policial, tornando difícil
o cálculo de coeficientes por 100.000 habitantes.
Uma comparação séria sobre a eficiência de um
método de policiamento sobre outro precisa necessariamente
levar em conta o tamanho da população, novamente
para evitar correlações espúrias. Suponhamos,
por exemplo, que o bairro A, onde existe policiamento
comunitário e 100.000 habitantes apresente no
período de um ano 100 roubos e o bairro B, onde
existe policiamento convencional e residem 200.000
mil habitantes apresente 150 roubos. Se compararmos
os bairros somente por número absoluto de roubos
diríamos que o bairro A é menos violento, mas
se utilizarmos, como seria correto, as taxas de
roubos por 100.000 habitantes, concluiríamos o
inverso. Será preciso então levantar junto às
polícias e à Secretaria de Segurança Pública que
dados objetivos poderão ser utilizados na pesquisa,
sem o perigo de fazer inferências erradas.
Em razão
das dificuldades operacionais expostas acima optamos
num primeiro momento por trabalhar apenas com
dados das pesquisas de opinião que deverão ser
realizadas entre moradores e policiais selecionados.
Bases
Comunitárias de Segurança (BSC)
Existem
atualmente em funcionamento 42 Bases Comunitárias
de Segurança na Grande São Paulo. Optamos por
proceder a escolha das Bases de teste e Bases
de Controle apenas entre as que funcionam na Capital,
uma vez que já existe uma classificação dos bairros
de São Paulo em função de seu nível sócio-econômico
e taxa de homicídio por 100 mil habitantes, facilitando
o controle destes fatores.[4]
Por nível sócio econômico os bairros de São Paulo
podem ser hierarquizados em 8 graus e as taxas
de homicídio variam de 112:100.000 no Jardim Ângela
a 3:100.000 em Perdizes. Fizemos um ranking dos
bairros da Capital ordenando-os por classificação
crescente de nível sócio-econômico, decrescente
de taxa de homicídios e crescente de população,
nesta ordem. A escolha final de bairros mais parecidos
segundo estes critérios, recaiu em 6 bairros,
considerados de classe alta, média e baixa, assim
caracterizados:
Bairro |
População |
Nível Sócio
Econômico |
Taxa de homicídios
p/ 100 mil |
Existência
ou não de BSC |
Jardim Ângela
|
37.400 |
2 |
112 |
Jardim Ângela -
Estrada M´Boi Mirim, 4300 / 1 BPMM, 3 Cia.
|
Grajaú (ou
Parelheiros / Capão Redondo) |
92.000 |
2 |
102 |
Não |
Casa Verde
|
7.100 |
5 |
29 |
Casa Verde - Av.
Brás Leme / 9 BPMM, 1 Cia |
Ipiranga |
10.500 |
5 |
25 |
Não |
Moema |
9.000 |
8 |
12 |
Jardim Luzitânia
- Av. IV Centenário, 555 / 12 BPMM, 2 Cia.
|
Jardim Paulista
|
6.100 |
8 |
13 |
Não |
Finalmente,
ainda que a pesquisa tenha como foco principal
a experiência de policiamento comunitário que
vem sendo aplicada em São Paulo, é possível levar
em conta outras tentativas de implementação de
policiamento comunitário que existiram no passado
ou que estão se desenvolvendo atualmente em outros
estados.
Quase
todos os programas surgiram na polícia militar,
mas diferem bastante entre si em vários aspectos,
desde abrangência a definições doutrinárias. Além
de São Paulo, existem diversas experiências que
podem ser qualificadas de "comunitárias",
nas polícias de 14 Estados: Espírito Santo, Pará,
Paraná, Sergipe, Rio Grande do Norte, Rio Grande
do Sul, Distrito Federal, Ceará, Pernambuco, Paraíba,
Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia. (Cerqueira,
1998) No Ceará, as primeiras iniciativas que podem
ser equiparadas ao policiamento comunitário datam
de 1986 e em Minas Gerais desde 1993 procura-se
implementar a filosofia comunitária nos níveis
estratégicos e práticos do policiamento. A Polícia
Interativa do Espírito Santo remonta a 1993 e
hoje está em andamento em 70% dos municípios do
Estado. Outros Estados vem replicando o modelo,
que foi premiado pelas Fundações Getúlio Vargas
e Ford no Concurso de Gestão Pública e Cidadania.
O Estado do Pará instituiu o Projeto Povo (policiamento
ostensivo volante, que associa atendimento comunitário
ao policiamento tradicional. No Paraná a polícia
militar colocou em prática, entre outros, os projetos
de Policiamento Ostensivo Volante (Povo) e de
Policiamento Solidário.
No Distrito
Federal, uma experiência de policiamento comunitário
começou em 1995, realizada pelo 11 batalhão da
PM na cidade satélite de Samambaia. O primeiro
projeto de policiamento comunitário no Rio de
Janeiro é também de 1995, montado com o
auxílio do Viva Rio. Como avalia Elisabeth
Sussekind, do Viva Rio, "el proyecto, instalado
en los barrios de Copacabana y Leme, donde vivían
más de 170 mil personas y hay cinco favelas, funcionó
por apenas por un año y siete meses. No sobrevivió
al nuevo gobierno del Estado, que lo desmovilizó,
afirmando que se trataba de una vigilancia policial
para elites y que los efectivos envueltos en él
serían más útiles realizando operaciones en las
favelas." (Boletim Polícia e Sociedade Democrática
nº 1).
O projeto
de "Polícia Cidadã" da Bahia começou
também em 1995 e vários bairros de Salvador -
como Pituba e Amaralina - vêm operando segundo
as novas diretrizes, inspiradas na polícia comunitária.
Santa
Catarina editou em 1998 um "Plano de Implementação
da Segurança Interativa" e manuais de capacitação
para agentes multiplicadores. Até outubro daquele
ano haviam sido treinados 7812 policiais, estando
em andamento 74 projetos piloto de policiamento
comunitário, abrangendo 219 municípios. Pernambuco
planeja colocar em prática um projeto experimental
de policiamento comunitário em João Pessoa e para
este fim já começou a montar cursos de instrução
sobre o tema (Cerqueira, 1998).
Uma
análise, ainda que limitada, destas outras experiências
em curso será de grande valia para a compreensão
dos dilemas envolvidos na implementação do policiamento
comunitário no país. Desde que exista interesse
na colaboração por parte dos organismos policiais
de outros estados, é perfeitamente possível adotar
a mesma metodologia de avaliação para estas outras
experiências, possibilitando uma comparação entre
elas. A pesquisa comparativa, todavia, só poderá
ser realizada em Estados onde o experimento adquiriu
feições territoriais e tenha pelo menos 2 anos
de funcionamento, nos moldes do projeto adotado
em São Paulo. [5]
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Cronograma
2000
Meses
Etapas |
1º
Trimestre |
2º
Trimestre |
Levantamento
Bibliográfico |
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Pesquisa Qualitativa
para Pré-seleção Amostra |
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Entrevistas
Opinião Moradores |
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Entrevistas
Opinião Policiais |
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Digitação/tabulação
Dados |
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Análise
dados |
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Relatórios |
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Orçamento
Pesquisa
qualitativa para pré-seleção da amostra (30 X
R$ 40,00) ........... 1.200
Pré-teste,
elaboração/impressão dos questionários e instrução
para entrevistadores....... 1.000
Entrevistas
de Opinião com moradores (1500 X R$ 15,00)
22.500
Entrevistas
de Opinião com policiais ( 200 X R$ 15,00) 3.000
Digitação,
tabulação e análise de dados 1.600
Coordenação
(2 pessoas x 6 meses x R$ 2.000) 24.000
Relatórios
(4 x R$ 200) 800
TOTAL.........
54.100
^
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Bibliografia
Barkan,
Steven E. Criminology - a sociological understanding.
Prentice Hall, New Jersey, 1997.
Bayley,
David H. Police for the Future. Oxford University
Press, New York, 1994.
Beato,
Cláudio. "Ação e Estratégia das Organizações
Policiais". Paper apresentado durante o segundo
seminário Polícia e Sociedade Democrática, Rio
de Janeiro, 11 de junho de 1999.
Carvalho,
José Murilo de (coordenador). Lei, Justiça e Cidadania:
direitos, vitimização e cultura política na região
metropolitana do Rio de Janeiro. CPDOC-FGV / ISER,
1997.
Cerqueira,
Carlos Magno Nazareth (org.) Do Patrulhamento
ao Policiamento Comunitário. Fundação Ford / Freitas
Bastos Editora, Rio de Janeiro, 1998.
Cintra,
Marcos. "Condições Deploráveis". Folha
de S. Paulo, tendências e debates: "o policiamento
comunitário está sendo adequadamente implantado
em SP ?".
Gullo,
Álvaro de Aquino e Silva. O Policial Militar do
Estado de São Paulo: caracterização e análise
sócio-econômica. FFLCH da USP, Mimeo. Setembro
de 1992.
Instituto
Gallup de Opinião Pública. Relatório dos Trabalhos
de Pesquisa sobre Imagem da Polícia no Estado
de São Paulo, realizado a pedido da Secretaria
de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Setembro
de 1993.
Kahn,
Tulio. Pesquisas de Vitimização. Revista do Ilanud
n° 10, São Paulo, 1998.
Mesquita
Neto, Paulo de. "Regras da Democracia",
Folha de S. Paulo, tendências e debates: "o
policiamento comunitário está sendo adequadamente
implantado em SP ?".
Muniz,
Jacqueline e Musumeci, Leonarda. "Resistências
e Dificuldades de um Programa de Policiamento
Comunitário". In: Tempo Social; Ver. Sociologia
da USP. USP, S.Paulo, 9(1): 197-213, maio de 1997.
Neild,
Rachel. Temas y Debates en la Reforma de la Seguridad
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Segurança
Pública como Tarefa do Estado e da Sociedade.
Konrad Adenauer Stiftung, série Debates nº 18,
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Sherman,
Lawrence. What Works, What Doesn´t, What´s Promissing:
a report to the United States Congress, National
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Trojanowicz,
Robert e Pollard, Bonnie. Comunity Policing: the
line officer´s perspective. National Neighborhood
Foot Patrol Center. Comunity Policing Series nº
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Trojanowicz,
Robert; Steele, Marilyn e Trojanowicz, Susan.
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Waller,
Irvin; Welsh, Brandon C. e Sansfaçon, Daniel.
Crime Prevention Digest 1997: successes, benefits
and directions from seven countries. International
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1997.
^
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Anexo
Bairro |
Área |
População |
Nível Sócio-econômico |
Taxa de Hom. Por
100 mil |
Policia Comunitária |
"AGUA
RASA" |
6.900000 |
|
|
|
|
"ARICANDUVA"
|
6.600000 |
|
|
|
Praça Santo
João Vicenzoto, 8 BPMM, 3 Cia. |
"CARRAO" |
7.500000 |
|
|
|
Av.Conselheiro
Carrão 2582 / 8 BPMM, 2 Cia.
Praça Sampaio
Vidal, 8 BPMM, 2 Cia. |
"ERMELINO
MATARAZZO" |
8.700000 |
|
|
|
|
"JARDIM
SAO LUIS" |
24.700000 |
|
|
|
|
"JOSE
BONIFACIO" |
14.100000 |
|
|
|
|
"MARCILAC" |
200.000000 |
|
|
|
|
"SAO LUCAS" |
9.900000 |
|
|
|
|
"SAO MIGUEL" |
7.600000 |
|
|
|
|
"SAO RAFAEL" |
13.200000 |
|
|
|
|
"JARDIM
ANGELA" |
37.400000 |
185615.00 |
2 |
112 |
Jardim Ângela
- Estrada M´Boi Mirim, 4300 / 1 BPMM, 3
Cia.
|
"GRAJAU" |
92.000000 |
201620.00 |
2 |
102 |
|
"PARELHEIROS" |
153.500000 |
57851.00 |
2 |
97 |
|
"CAPAO
REDONDO" |
13.600000 |
201353.00 |
2 |
83 |
|
"JARDIM
HELENA" |
9.100000 |
123187.00 |
2 |
66 |
|
"BRASILANDIA" |
21.000000 |
209776.00 |
2 |
62 |
|
"PEDREIRA" |
16.700000 |
89493.00 |
2 |
54 |
|
"SAPOPEMBA" |
13.500000 |
268076.00 |
2 |
54 |
R. Inconfidência
Mineira 688, Vila Rica / 8 BPMM, 3 Cia. |
"ANHANGUERA" |
33.300000 |
12912.00 |
2 |
23 |
|
"CIDADE
TIRADENTES" |
15.000000 |
100190.00 |
3 |
89 |
|
"LAJEADO" |
9.200000 |
117387.00 |
3 |
81 |
|
"GUAIANASES" |
9.900000 |
84677.00 |
3 |
73 |
|
"VILA
CURUCA" |
9.700000 |
129347.00 |
3 |
70 |
|
"CACHOEIRINHA" |
13.300000 |
130962.00 |
3 |
67 |
|
"IGUATEMI" |
19.600000 |
62249.00 |
3 |
66 |
|
"ITAIM
PAULISTA" |
12.000000 |
169898.00 |
3 |
66 |
|
"CIDADE
DUTRA" |
29.300000 |
175675.00 |
3 |
64 |
|
"CAMPO
LIMPO" |
12.000000 |
165946.00 |
3 |
63 |
|
"CIDADE
ADEMAR" |
12.000000 |
240164.00 |
3 |
60 |
|
"VILA
JACUI" |
7.700000 |
105346.00 |
3 |
58 |
|
"SAO MATEUS" |
13.000000 |
156885.00 |
3 |
56 |
|
"PARQUE
DO CARMO" |
15.400000 |
56966.00 |
3 |
44 |
|
"JAGUARA" |
4.600000 |
96968.00 |
3 |
30 |
|
"PERUS" |
23.900000 |
48181.00 |
3 |
29 |
|
"TREMEMBE" |
18.300000 |
130153.00 |
3 |
28 |
|
"RAPOSO
TAVARES" |
12.600000 |
86255.00 |
3 |
26 |
|
"VILA
ANDRADE" |
10.300000 |
44305.00 |
4 |
47 |
|
"SACOMA" |
14.200000 |
219775.00 |
4 |
46 |
|
"CIDADE
LIDER" |
10.200000 |
101323.00 |
4 |
45 |
|
"JABAQUARA" |
14.100000 |
223053.00 |
4 |
44 |
|
"JAGUARE" |
6.600000 |
46162.00 |
4 |
41 |
|
"VILA
MARIA" |
11.800000 |
127642.00 |
4 |
40 |
Praça Santo
Eduardo 144 / 5 BPMM, 2 Cia.
Parque Novo
Mundo - Praça Novo Mundo - 5 BPMM, 2 Cia.
|
"JACANA" |
7.800000 |
90355.00 |
4 |
37 |
|
"LIMAO" |
6.300000 |
94093.00 |
4 |
36 |
|
"RIO PEQUENO" |
9.700000 |
106964.00 |
4 |
36 |
|
"VILA
FORMOSA" |
7.400000 |
101916.00 |
4 |
35 |
Praça Vieira
do Couto, 8 BPMM. 3 Cia. |
"ITAQUERA" |
14.800000 |
182486.00 |
4 |
35 |
|
"CANGAIBA" |
16.000000 |
119742.00 |
4 |
33 |
|
"CURSINO" |
12.800000 |
114919.00 |
4 |
31 |
|
"FREGUESIA
DO O" |
10.500000 |
158870.00 |
4 |
31 |
|
"VILA
MEDEIROS" |
7.700000 |
162479.00 |
4 |
31 |
|
"ARTUR
ALVIM" |
6.600000 |
123343.00 |
4 |
28 |
|
"SÃO DOMINGOS" |
10.000000 |
73244.00 |
4 |
27 |
|
"VILA
MATILDE" |
8.900000 |
113449.00 |
4 |
26 |
|
"PIRITUBA" |
17.100000 |
158489.00 |
4 |
26 |
|
"VILA
PRUDENTE" |
9.900000 |
118937.00 |
4 |
24 |
|
"VILA
GUILHERME" |
6.900000 |
64127.00 |
4 |
19 |
|
"PONTE
RASA" |
6.400000 |
106872.00 |
4 |
19 |
|
"PENHA" |
11.300000 |
138406.00 |
4 |
17 |
|
"SE" |
2.100000 |
28290.00 |
5 |
78 |
Centro - Rua
do Carmo, 38
|
"BRAS" |
3.500000 |
34898.00 |
5 |
72 |
|
"VILA
LEOPOLDINA" |
8.000000 |
27916.00 |
5 |
50 |
|
"SOCORRO" |
12.500000 |
44948.00 |
5 |
47 |
|
"MORUMBI" |
11.400000 |
41656.00 |
5 |
46 |
Morumbi - Praça
Roberto Gomes Pedrosa / 16 BPMM, 2 Cia.
|
"CAMPO
GRANDE" |
13.100000 |
85383.00 |
5 |
33 |
|
"CASA
VERDE" |
7.100000 |
100310.00 |
5 |
29 |
Casa Verde
- Av. Brás Leme / 9 BPMM, 1 Cia
|
"IPIRANGA" |
10.500000 |
105655.00 |
5 |
25 |
|
"BELEM" |
6.000000 |
51715.00 |
5 |
23 |
Largo São José
do Belém / 13 BPMM
|
"VILA
SONIA" |
9.900000 |
86376.00 |
5 |
23 |
|
"BUTANTA" |
12.500000 |
60375.00 |
5 |
20 |
Praça Antero
Gonçalves Sobrinho / 16 BPMM, 3 Cia
|
"TUCURUVI" |
9.000000 |
116426.00 |
5 |
20 |
Tucuruvi -
Metrô Tucuruvi / 5 BPMM
|
"BOM RETIRO" |
5.000000 |
37603.00 |
5 |
19 |
|
"LIBERDADE" |
3.700000 |
79341.00 |
5 |
18 |
Liberdade -
Praça da Liberdade / 11 BPMM, 1 Cia.
|
"MANDAQUI" |
13.100000 |
108425.00 |
5 |
18 |
|
"PARI" |
2.900000 |
22164.00 |
5 |
14 |
|
"CAMBUCI" |
3.900000 |
38574.00 |
5 |
13 |
|
"TATUAPE" |
8.200000 |
85163.00 |
5 |
13 |
Praça Sílvio
Romero, 8 BPMM, 1 Cia. |
"BARRA
FUNDA" |
5.600000 |
16626.00 |
6 |
36 |
Barra Funda
- Memorial da América Latina / 4 BPMM, 2
Cia.
|
"CAMPO
BELO" |
8.900000 |
81117.00 |
6 |
31 |
|
"ITAIM
BIBI" |
9.900000 |
111861.00 |
6 |
25 |
|
"SAUDE" |
8.900000 |
131736.00 |
6 |
21 |
|
"SANTA
CECILIA" |
3.900000 |
89314.00 |
6 |
20 |
|
"LAPA" |
10.000000 |
73174.00 |
6 |
18 |
|
"MOOCA" |
7.700000 |
74922.00 |
6 |
16 |
|
"SANTANA" |
12.600000 |
143269.00 |
6 |
13 |
Av. Brás Leme
/ 9 BPMM, 2 Cia
Imirim - Av.
Imirim, 1676 (ou 1636) / 9 BPMM, 1 Cia.
Av. Olavo Fontoura
1209, Parque Anhembi / 9 BPMM, 1 Cia. |
"BELA
VISTA" |
2.600000 |
74741.00 |
6 |
12 |
|
"VILA
MARIANA" |
8.600000 |
138215.00 |
6 |
12 |
Metrô Paraíso
/ 12 BPMM, 2 Cia.
|
"SANTO
AMARO" |
15.600000 |
78624.00 |
7 |
37 |
|
"REPUBLICA" |
2.300000 |
60144.00 |
7 |
33 |
Centro - Av.
São João, em frente ao Largo do Arouche
/ 13 BPMM |
"JARAGUA" |
27.600000 |
31008.00 |
7 |
23 |
|
"CONSOLACAO" |
3.700000 |
69294.00 |
7 |
22 |
|
"ALTO
DE PINHEIROS" |
7.700000 |
52395.00 |
7 |
17 |
|
"PINHEIROS" |
8.000000 |
81837.00 |
7 |
12 |
|
"PERDIZES" |
6.100000 |
113259.00 |
7 |
3 |
|
"JARDIM
PAULISTA" |
6.100000 |
107325.00 |
8 |
13 |
|
"MOEMA" |
9.000000 |
80480.00 |
8 |
12 |
Jardim Luzitânia
- Av. IV Centenário, 555 / 12 BPMM, 2 Cia.
|
[1]
Essa expectativa é igualmente compartilhada por
membros da polícia militar. O Jornal O Imparcial,
de 7 de agosto de 1998, sugeria em seu editorial
que "uma pesquisa, sem dúvida, poderá facilmente
comprovar que a credibilidade da PM aumentou nos
últimos tempos, com o cidadão conhecendo de perto
os homens que estão cuidando de sua segurança".
[2]
Trojanowicz, além de perguntar o sexo, cor, idade,
anos de residência na vizinhança e ocupação, incluiu
em sua pesquisa as seguintes questões, entre outras:
1 - Você sabe o que os policiais comunitários
tem que fazer 2 - Você está pessoalmente satisfeito
com a polícia comunitária de sua vizinhança 3
- Você viu ou falou pessoalmente com algum policial
comunitário 4 - Quão freqüentemente você viu um
policial comunitário 5 - Você pode fornecer o
nome ou a descrição de algum deles 6 - A criminalidade
na sua vizinhança é mais ou menos séria em comparação
com outras vizinhanças 7- Com que tipo de crime
você está mais preocupado 8 - Você sabe de crimes
aqui na vizinhança que deixaram de ser notificados
a polícia 9 - O programa de policiamento comunitário
diminuiu as taxas de criminalidade no seu bairro
10 - Os policiais comunitários incentivaram as
pessoas a darem queixa dos crimes de que foram
vítimas 11 - Você foi vítima de algum crime nos
últimos 3 anos 12 - Você conversou com outros
vizinhos a respeito do policiamento comunitário
13 - Qual é a opinião em sua vizinhança 14- Você
conhece algum projeto na comunidade no qual a
polícia comunitária esteja envolvida, em cooperação
com os moradores 15 - O policiamento comunitário
aumentou a segurança das mulheres, dos velhos
ou dos jovens 16 - Como a proteção da mulheres,
velhos e jovens pode ser melhorada 17 - Você se
sente mais seguro por causa do policiamento comunitário
18 - Quem é mais eficiente na prevenção ao crime,
o policiamento comunitário ou a polícia tradicional
19 - Quem é mais eficiente em encorajar a proteção
dos cidadãos, o policiamento comunitário ou a
polícia tradicional 20 - Quem é mais eficiente
no atendimento aos chamados, o policiamento comunitário
ou a polícia tradicional 21- Quem é mais eficiente
na investigação das circunstâncias dos crimes,
o policiamento comunitário ou a polícia tradicional
22 - Quem é mais eficiente no trabalho com os
jovens, o policiamento comunitário ou a polícia
tradicional 23 - Quem é mais eficiente em dar
prosseguimento posterior aos chamados, o policiamento
comunitário ou a polícia tradicional 24 - Você
acha que o programa de policiamento comunitário
deve continuar 25 - Que expectativa você, enquanto
cidadão, faz do policiamento comunitário aqui
na sua vizinhança.
[3]
Novamente, lembramos aqui as perguntas feitas
por Trojanowicz aos policiais comunitários de
Michigan:
[4]
Deparamo-nos aqui com o velho problema das diferenças
de regionalização. Quando surgiram dúvidas quanto
à localização exata de algumas BSCs, consultamos
o Guia São Paulo e inserimos a BSC junto ao bairro
mais próximo daquele para os quais tínhamos a
informação sobre população, nível sócio-econômico
e taxa de homicídio.
[5]
O cronograma e orçamento que se seguem foram pensados
para a análise do caso paulista, sendo necessário
um eplanejamento caso outros casos venham a ser
analisados.
^
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