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Insurreição Comunista de 1935
em Natal e Rio Grande do Norte

Linha do Tempo Insurreição em Natal e RN

                   

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Novembro 1935 – Dias do Mês
23 | 24 | 25 | 26 | 27 | 28 | 29 | 30

Dezembro 1935 – Dias do Mês
01 | 02 | 03 | 04 | 05 | 06 | 07 | 08 | 09 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | 27 | 28 | 29 | 30 | 31

 

Novembro de 1935

23 de novembro de 1935, Sábado
Primeiro Dia da Insurreição em Natal RN

Horas do Dia
09:00 | 10:00 | 11:00 | 12:00 | 13:00 | 14:00 | 15:00 | 16:00 | 17:00 | 18:00 | 19:00 | 20:00 | 21:00 | 22:00 | 23:00 | 24:00


09:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

“O bacharel João Medeiros Filho, Chefe de Polícia, recebe telefonema do 21º BC, informando o desligamento de praças, por incapacidade moral.

O jornal A República, órgão oficial do governo do estado, noticiava a realização à noite, no Teatro Carlos Gomes, hoje Alberto Maranhão, de solenidade de colação de grau do Colégio Santo Antônio, então funcionando nas dependências do atual convento e confirmava a presença do governador Rafael Fernandes. Informava ainda estar ancorado no cais do porto, uma esquadrilha mexicana, composta de seis navios, em operações de treinamento.

O secretário geral do governo, Aldo Fernandes, teria recebido em palácio informações acerca de "reuniões de caráter subversivo" com a participação de Lauro Lago, que recentemente havia sido demitido da direção da Casa de Detenção, após a posse do novo governo. No quartel do 21º BC chegou expediente do comandante da 7ª Região Militar oficializando o desligamento dos primeiros 30 soldados, cabos e sargentos com o tempo de convocação extinto e a informação de que na segunda-feira, 25, chegaria nova relação.”

(Excertos de A Insurreição Militar e Comunista de 1935, de Ives Bezerra – Referência Bibliográfica 01)

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10:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

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11:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

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12:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

“Findo o expediente da manhã e por ser sábado, os oficiais e praças foram dispensados com a obrigação de apresentar-se para a revista, somente às 21 horas, ficando no quartel apenas o pessoal da guarda e o oficial de dia, tenente Abel Cabral Batista.”

(Referência 01)

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13:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

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14:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

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15:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

“A direção do Partido Comunista que se encontrava reunida com o enviado do comitê central nacional João Lopes, o Santa, recebe a visita do cabo Giocondo Dias e do sargento Quintino Clementino de Barros para transmitir informações de que a tropa estava revoltada e um levante era iminente. Apesar da discordância inicial dos dirigentes do partido, que não haviam recebido instruções do comitê do Recife, ao final da reunião, por volta das dezesseis horas, a direção curvou-se ao fato consumado, solicitando um prazo, para arregimentar seus quadros (basicamente estivadores e portuários) e fez uma única exigência: todos os civis deveriam usar fardas do exército e estar armados. Quintino e Giocondo voltaram ao quartel e a direção do partido iniciou a mobilização de seus filiados e simpatizantes, ficando estabelecido que a deflagração do levante seria naquela noite.”

(Referência 01)

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16:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

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17:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

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18:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

18:30 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

“Na Vila Cincinato, residência oficial do governador, situada à praça Pedro Velho, de frente para o atual Palácio dos Esportes Djalma Maranhão, no prédio hoje ocupado por repartição da Secretaria da Educação, o governador Rafael Fernandes, após o jantar, acompanhado do secretário geral Aldo Fernandes e do ajudante de ordens capitão José Bezerra de Andrade, dirige-se ao Teatro Carlos Gomes para presidir a solenidade de colação de grau e a seguir, assistir à encenação pelos alunos da peça "A Vitória da Cruz". No recinto encontravam-se além das mais altas autoridades como o Prefeito de Natal, Gentil Ferreira de Souza e diretores de departamentos da administração estadual, todo o "grand monde" natalense. “

(Referência 01)


18:30 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

“Joaquim Inácio Torres, "Seu Torres", farmacêutico e professor do Ateneu, figura folclórica da cidade, residindo na avenida Rio Branco, próximo ao quartel, após o jantar senta em cadeira na calçada, para fumar seu charuto.

Cascudo em O Tempo e Eu, 1967, conta o episódio: passou um cabo do exército e vendo aquela tranqüilidade, segredou-lhe:

- Seu Torres é melhor o senhor entrar. Vai começar uma revolução no quartel e deve haver tiroteio. - Revolução, é? Está certo, obrigado. Não perguntou que revolução era, nem para que e meteu-se na sala. Meia hora depois, como nada ocorresse, levou a cadeira para fora e continuou fumando. Passou um soldado correndo e Torres gritou:

- Como é? Essa revolução vem ou não vem? Comecem logo, que coisa mais demorada! - Vai rebentar logo, seu Torres, mas não se arrisque, entre ... e saiu convencido que o velho professor do Ateneu estava inteiramente sabedor da conspiração".”

(Referência 01)

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19:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

19:30 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

“A festa da Padroeira, N.S da Apresentação, fizera-se com todo esplendor, nada ocorrendo que se pudesse dizer fosse perturbação da ordem. O Colégio de S. Antônio, sob a direção dos Irmãos Maristas, fazia-se a festa de diplomação dos alunos do curso ginasial e do curso comercial. A festa realiza-se no Teatro Carlos Gomes, pelas 19:30 horas. O teatro achava-se lotado, e, a fim de ouvir o Padre Monte que era paraninfo da dupla turma, achava-me na festa. Discursava o 1.o orador, quando ouvi o 1.o tiro de fuzil!...Alarmei-me ao 2.o e 3.o tiros, saí do teatro. O tiroteio generalizou-se... Que era?! Ninguém sabia. O próprio governo com os secretários achava-se, também, no teatro. Encontrei no Colégio Pedro II, vizinho ao teatro, o Chefe de Polícia, que dizia ignorar o que se passava e que havia ordenado, à polícia se recolhesse ao Quartel e ficasse de prontidão”

(Sob a Poeira do Tempo, Monsenhor José Alves Landim – Referência 02)


19:30 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

“Às 19h30m do sábado, 23 de novembro de 1935, o 21º Batalhão de Caçadores do Exercito Brasileiro, sediado em Natal, iniciou um levante liderado por sargentos e cabos filiados ao Partido Comunista do Brasil e à Aliança Nacional Libertadora, organização política de esquerda, recebendo a adesão da direção do PCB e a participação de operários, populares e ex-integrantes da guarda civil do Estado. Consolidado o controle militar, foi instalado um autodenominado “Comitê Popular Revolucionário” que durante 80 horas, até a madrugada do dia 27, manteve o controle da capital e de dezessete cidades do interior, dissolvendo-se e pondo-se em fuga, ante a aproximação de tropas leais ao governo federal, provenientes dos estados vizinhos.”

(Referência 01)


19:30 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

“Dando seqüência aos preparativos que vinham sendo feitos desde o final da tarde, o cabo Giocondo Dias e o soldado Raimundo Tarol deram voz de prisão ao sargento - chefe da guarda e ao oficial de dia. Ao mesmo tempo, comandados pelos Sargentos Quintino Clementino de Barros e Eliziel Diniz Henrique, os praças comprometidos com o levante ocupam as posições estratégicas do quartel, soltam os soldados presos no xadrez e aliciam os indecisos. Ao toque de recolher que ecoou no centro da cidade, acorreram oficiais e praças que residiam ou se encontravam nas imediações. Os praças receberam comunicação que o quartel estava de prontidão; os oficiais, instados a aderir, negaram-se e recusaram assumir o comando oferecido. Em vista disso, assumiu o comando militar formal do movimento, o sargento Quintino Clementino de Barros que alem de senso de organização, demonstrou equilíbrio nos dias que se sucederam, evitando ou condenando violências e arbitrariedades. Fez recolher, presos no cassino, os poucos oficiais que atenderam ao toque, em número de sete, sendo um capitão e seis tenentes. Vale ressaltar que havia dezoito oficiais no contingente do batalhão, tendo a maioria se refugiado em residências de amigos e parentes ou no interior do estado.”

Assumido o controle da unidade, os insurrectos efetuaram sucessivos disparos para o alto, sinal combinado como aviso para os civis que se achavam comprometidos, aos quais foram distribuídos fardamento militar, armas e munições. Curiosamente, os tiros disparados serviram também de alerta às autoridades e à principal força militar legalista, a Polícia Militar, de vez que seu QG no prédio hoje ocupado pala Casa do Estudante, esta a pouco mais de um quilômetro do 21BC. Por outro lado, apenas três quarteirões separavam o local da rebelião do teatro, onde se encontravam as principais autoridades.

Encontrando-se no Grande Ponto, o chefe de polícia (equivalente hoje às funções de Secretário da Segurança Pública), ouvindo os tiros e identificando a origem, mas sem a menor idéia de seu real significado, dirigiu-se ao quartel da PM onde sugeriu ao oficial de dia Capitão Joaquim Teixeira de Moura, que entrasse de prontidão e convocasse seu contingente, fazendo o mesmo na Inspetoria de Polícia Civil, localizada na atual sede do ITEP, na avenida Duque de Caxias. Daí,foi ao teatro onde conferenciou com o governador e voltou ao centro da cidade para averiguações.

No teatro, os primeiros tiros foram ouvidos em meio à solenidade, provocando natural alvoroço e a retirada de oficiais da marinha mexicana e dos comandantes militares Otaviano Pinto Soares, do 21BC e major Luiz Júlio, da PM e de parte da platéia. Reiniciada a cerimônia, com a intensificação do tiroteio, aumentou o pânico e efetuou-se a dispersão dos assistentes, inclusive das autoridades. O governador, acompanhado do secretário geral e do ajudante de ordens, dirigiu-se à Inspetoria de Polícia e como os tiros já estivessem sendo disparados na praça Augusto Severo, optaram por solicitar abrigo na residência do comerciante Xavier de Miranda, na avenida Duque de Caxias, onde passaram a noite e aguardaram contatos com informações mais precisas. No mesmo momento, o prefeito Gentil Ferreira, o presidente da Assembléia Legislativa, monsenhor João da Mata Paiva, o chefe de gabinete do governador, bacharel Paulo Pinheiro de Viveiros e o diretor do jornal oficial A República, bacharel e jornalista Edgar Barbosa, refugiaram-se na residência do comerciante Amador Lamas, irmão do cônsul honorário do Chile, comerciante Carlos Lamas, também na Ribeira.

Enquanto isso acorrem ao 21BC algumas dezenas de operários, principalmente estivadores e sapateiros e antigos guardas civis que ao chegar recebem fardamento do exército, armas e munição. Com o controle total do quartel e seu contingente acrescido de grande número de civis, os rebeldes trataram de dominar a capital, sendo formadas diversas patrulhas com a finalidade de ocupar os pontos estratégicos: o palácio do governo, a residência do governador, o Banco do Brasil, a sede da polícia civil, a Companhia Força e Luz (eletricidade), o telégrafo, a companhia telefônica, o cais do porto e a estação ferroviária. A seguir, foram formados dois destacamentos, sendo o primeiro para assumir o controle da Casa de Detenção (onde hoje fica o Centro de Turismo), o que foi feito sem nenhuma resistência, tendo a guarda se retirado pelos fundos, através das dunas situadas na área da atual rua do Motor; o segundo dirigiu-se ao Esquadrão de Cavalaria onde após breve tiroteio durante a noite, seus defensores comandados pelo tenente Severino Raul Gadelha e em desvantagem, retiraram-se através das dunas (o esquadrão estava localizado no terreno onde foi edificada a Escola Doméstica).

Na breve luta na Casa de Detenção, ocorreu a primeira morte da insurreição: um preso de justiça José Pedro Celestino, que antes de ser libertado, foi baleado pela guarda do presídio.“

(Referência 01)

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20:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

“João Medeiros Filho, após tomar as primeiras providências na Ribeira, dirigi-se ao Grande Ponto no automóvel particular do comerciante Daniel Serquiz e em companhia do fotógrafo José Seabra, com a finalidade de colher maiores informações acerca do movimento. Mesmo sabendo que o mesmo tinha origem no 21 BC, de ter encontrado uma patrulha do exército guardando a sede do Banco do Brasil e seu automóvel oficial ter sido alvejado por tiros na Duque de Caxias, ao encontrar o sargento Amaro Pereira que comandava uma patrulha na rua João Pessoa, inadvertidamente aceita o convite para dirigir-se ao 21BC, onde um oficial lhe daria informações mais precisas. Ao transpor o portão do quartel é imediatamente preso e recolhido ao xadrez onde permaneceu até a madrugada do dia 27, privando a cidade e o estado de sua principal autoridade policial, elemento importante para a coordenação de sua defesa. Nessa mesma hora, o cabo Giocondo Dias, ao descer a avenida Rio Branco no comando de uma patrulha, trava tiroteio com policiais militares, é baleado superficialmente na cabeça sendo internado no Hospital Miguel Couto (atual Onofre Lopes), onde permanece também até o final. Um anti-clímax para dois atores que estavam fadados a ser os personagens principais.”

(Referência 01)


20:30 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

“O major Luiz Júlio, comandante da Polícia Militar, que havia recebido telefonema do oficial de dia, capitão Joaquim Teixeira de Moura, informando que o quartel estava sendo atacado e tendo se dirigido à residência do governador, aí encontrou-se com o tenente-coronel José Otaviano Pinto Soares que há duas semanas era o novo comandante do 21 BC. A pé, ambos dirigiram-se ao quartel da PM, nesse momento sendo atacado por pequena força, conseguindo o intento de penetrar e comandar a organização da defesa. Nesse ínterim, atraídos pelos tiros, comunicados por telefone ou convocados pelo toque de reunir, dezenas de sargentos e praças conseguiram chegar antes que o cerco fechasse.”

(Referência 01)

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21:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

“Estabelecido o controle da cidade, foi possível aos rebelados direcionar para o ataque ao quartel da Polícia Militar o grosso de suas tropas, tanto militares, como civis que haviam aderido. A partir desse momento e até o início da tarde do domingo, dia 24, o quartel resistiu ao cerco, com sessenta e oito defensores, sendo cinco oficiais, vinte e quatro sargentos, trinta e quatro soldados e cinco civis. Além do comandante e do oficial de dia já citados, os únicos oficiais que acorreram ao quartel foram os tenentes Francisco Bilac de Faria, José Paulino de Medeiros, o Zuza Paulino e Pedro Sílvio de Morais. Dentre os sargentos, inúmeros chegaram ao posto de coronel e se destacaram na história da corporação, como Celso Carlos Pinheiro, Sebastião Revorêdo, Bento Manuel de Medeiros e Júlio César Pinheiro. Entre os civis, os servidores públicos estaduais João Batista de Andrade, Lucrécio Pegado Cortez e Damasceno Bezerra. Para a luta, o batalhão contava apenas com quatro metralhadoras, trezentos fuzis, cinqüenta e dois revólveres e cerca de trinta mil balas. A força atacante era superior em número, com o triplo de combatentes, armas modernas e cerca de cento e trinta mil cartuchos, com os quais manteve o cerco ao quartel e combateu entrincheirada em situação favorável, mais elevada, na esplanada que corresponde à atual praça João Tibúrcio, durante toda noite do sábado, 24. Nessa noite, quem pode saiu da cidade, quem ficou, não dormiu com o barulho.”

(Referência 01)

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22:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

“Ás 22 horas, terminou a festa colegial e o governador saía do teatro com os secretários. Cessara um pouco o tiroteio. Procurei subir para casa, pois me achava refugiado no dito Colégio Pedro II... Ao defrontarmos o quartel do 21 B.C., recrudesceu a fuzilaria. Após ter ficado deitado na calçada da balaustrada... O tiroteio aumentava e propagava-se! Foi a noite inteira. No bater das horas, o tiroteio cerrava-se. Percebi, sem tardança, que havia um ataque. Quem atacava, quem era atacado? Mistério...”

(Referência 02)

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23:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

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24:00 Horas do dia 23.11.1935, em Natal RN

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24 de novembro de 1935, Domingo
Segundo Dia da Insurreição em Natal RN

01:00 | 02:00 | 03:00 | 04:00 | 05:00 | 06:00 | 07:00 | 08:00 | 09:00 | 10:00 | 11:00 | 12:00 | 13:00 | 14:00 | 15:00 | 16:00 | 17:00 | 18:00 | 19:00 | 20:00 | 21:00 | 22:00 | 23:00 | 24:00


01:00 Hora do dia 24.11.1935, em Natal RN

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02:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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03:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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04:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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05:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

“Saí muito cedo, dia 24, domingo, pelas 5 horas, quando arriscamos abrir uma janela, vi uma praça embalada, de passos apressados que respondia a um popular: “Isso se acaba quando a polícia aderir...”

- E se a polícia não aderir? Arriscou o popular.

Isso não se acaba nunca... –foi a resposta.Por aí, convenci-me de que o ataque era ao quartel da polícia, pelo 21.o B.C.”

(Monsenhor José Alves Landim)

(Referência 02)

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06:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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07:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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08:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

“Com a cidade sob controle, restando apenas o quartel da PM resistindo, o comitê regional do PCB reúne-se com o comando militar e o assessor Santa, para definir as medidas administrativas e a estratégia militar, na residência de um ferroviário membro do partido, nas Rocas.

Com a recusa de diversos oficiais convidados para assumir o comando militar do movimento, essa posição foi entregue ao sargento musico Quintino Clementino de Barros, norte-riograndense de Serra Negra, membro do PCB e líder natural entre seus pares. Em seguida, foi escolhido o Governo Popular Revolucionário, constituído por Lauro Lago, servidor da polícia civil, secretário do Interior; José Macêdo, tesoureiro dos Correios, secretário de Finanças; João Batista Galvão, servidor do Ateneu Norte-riograndense, secretário da Viação; José Praxedes de Andrade, sapateiro, secretário de Abastecimento; e Quintino Clementino de Barros, secretário da Defesa. Foi oferecido a Santa o cargo de presidente, que foi recusado, permanecendo o assessor dando sempre a última palavra em todas as decisões. Todos os cinco componentes eram filiados ao Partido, sendo que dois, eram membros do comitê regional.”

(Referência 01)

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09:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

“A junta de governo toma as primeiras medidas práticas. O presidente do sindicato dos estivadores João Francisco Gregório recebe a incumbência de assumir o comando militar do cais do porto, impedindo a entrada ou saída de qualquer navio, inclusive as seis corvetas mexicanas, dois cargueiros britânicos e um brasileiro, o embarque ou desembarque de passageiros e tripulantes, e a desativação de seus rádio-telégrafos e do farol marítimo.

Durante a noite, haviam recebido asilo na esquadrilha mexicana, algumas pessoas entre as quais o médico Aberdal de Figueirêdo, o deputado Pedro Matos, o desembargador Silvino Bezerra e o capitão Leonel Bastos, comandante da Escola de Aprendizes Marinheiros. O capitão havia abandonado a escola, atravessando o rio Potengi em escaleres, com dezenas de alunos e retornando até o navio mexicano. O motorista Epifânio Guilhermino, membro do Partido Comunista, recebe a tarefa de requisitar automóveis particulares e caminhões e organiza um grupo de motoristas, entre os quais Domício Fernandes, que também teve destacada atuação no movimento. Vários proprietários foram procurados e tiveram seus veículos requisitados, entre eles os comerciantes Severino Alves Bila e José dos Santos, que eram concessionários. Na mesma hora em Currais Novos, o delegado geral Enock Garcia que havia deixado a capital durante a madrugada, telegrafa a Dinarte Mariz em Caicó, relatando os acontecimentos e solicitando arregimentação de homens e armas. Dando seqüência, Dinarte telegrafa ao governador Argemiro Figueiredo, da Paraíba e acerta o envio do pedido com a máxima urgência.”

(Referência 01)

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10:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

“José Praxedes, que provavelmente por sua condição de filiado mais antigo do PCB, era tido entre os membros da Junta de Governo, como seu coordenador, reúne populares e partidários na praça do mercado, em frente ao quartel do 21 BC, para ler a proclamação do Governo Popular Revolucionário, o que fez "subindo na mureta do quartel em meio a vivas à revolução e a Prestes”.”

(Referência 01)

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11:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

“A Junta assume formalmente o governo do estado em reunião na Vila Cincinato, residência oficial do governador, editando então seu primeiro decreto, que destituía o governador Rafael Fernandes e dissolvia a Assembléia Estadual Constituinte. Distribuiu comunicado "aos camaradas em armas e ao povo em geral", apelando à manutenção da ordem, respeito às pessoas e à propriedade privada e dando garantia aos comerciantes para abertura dos estabelecimentos comerciais na segunda-feira. Em seu périplo na coleta de viaturas, ao passar pela rua General Glicério, na Ribeira (por trás da igreja do Bom Jesus) ao avistar na porta da sua residência o agente da Companhia de Navegação Costeira Otacílio Werneck, sem motivo aparente o alvejou mortalmente. Por esse crime hediondo, que seria a segunda das quatro únicas mortes violentas ocorridas em Natal em quatro dias de lutas, receberia mais tarde a maior pena aplicada aos participantes da insurreição: trinta e três anos de prisão. Continuando sua trajetória de violências, que incluiu o incêndio de um cartório e saque em um box do mercado público, ao tentar arrombar o armazém da viúva Machado, desentendeu-se com um soldado do exército que o atingiu com um tiro, levando à sua internação hospitalar e ao final de sua carreira de "revolucionário", poupando a cidade de sua sanha.”

(Referência 01)

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12:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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13:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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14:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

“Após dezessete horas de combate, não havendo mais munição, o comandante Luiz Júlio reúne seu estado - maior e decide pela retirada, evitando assim a rendição. A saída dos combatentes se dá pelos fundos do quartel, situado em um barranco voltado para o mangue na margem do Potengi, onde hoje passa a avenida do Contorno. O objetivo era tentar alcançar a Ribeira ou o Alecrim pela margem do rio ou atravessá-lo a nado. Dos oficiais, o único a conseguir esta façanha foi o tenente Bilac de Faria, exímio nadador. Bilac, que tinha relação de parentesco com o ex-governador Juvenal Lamartine e na década de 1950 seria deputado estadual, destacou-se como um dos mais aguerridos combatentes durante o cerco. Todos os demais oficiais foram presos, juntamente com grande número de praças. O tenente José Paulino de Medeiros, o Zuza Paulino, que também se destacara pela bravura no combate, no momento da fuga foi atingido por uma rajada de metralhadora no braço, foi preso e transportado para o Hospital Miguel Couto, onde depois teve o antebraço esquerdo amputado. Zuza Paulino era um dos mais exaltados partidários de Mário Câmara na polícia militar e estava sofrendo pressões do novo governo por suas posições políticas. Sua atitude legalista, reforça o entendimento de que apesar do elevado número de "maristas" que aderiram ao levante (inclusive na PM), essa não foi uma posição oficial da Aliança Social, nem do ex-interventor ou de Café Filho. O major Luiz Júlio e o comandante do 21BC, tenente coronel Otaviano Pinto Soares seguiram pelo mangue, na tentativa de abrigar-se na Escola de Aprendizes Marinheiros, que não sabiam já estar ocupada pelos revoltosos desde a noite anterior. No trajeto, foram presos por uma patrulha e recolhidos ao xadrez do 21BC. No decorrer da luta apenas cinco combatentes sofreram ferimentos, todos de natureza leve, sendo um deles o futuro coronel Celso Pinheiro. Apenas uma morte (a terceira das quatro ocorridas em Natal durante todo o levante, de acordo com a documentação existente) foi registrada no longo combate pela posse do quartel da PM: do cidadão Luiz Gonzaga. Esse fato ocasionou uma polêmica que setenta anos depois não ficou completamente esclarecida. Luiz Gonzaga realmente participou dos combates dentro do quartel desde a primeira hora, tendo demonstrado muita coragem e afoiteza, sendo essa a causa de sua morte, pois no momento da retirada retardou a fuga, sendo alvejado pelo motorista Sizenando Filgueira, membro do PCB e dos mais ativos participantes do levante. A polêmica situa-se no fato de que, até o mês de janeiro de 1936, nem o detalhado relato do órgão oficial A República, nem os diversos relatórios oficiais, tampouco nos autos dos processos e nos julgamentos dos indiciados, há citação da morte e da condição de soldado da polícia militar de Luis Gonzaga. A ausência de divulgação da morte, que realmente ocorreu, levou alguns historiadores a aventurar a hipótese de que, o fato de não ter sido registrada, significaria que era um popular desconhecido, cujo alistamento realizou- se post – mortem”

(Referência 01)

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15:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

“Dominado o quartel da PM e controlada totalmente a capital, com todos os efetivos armados disponíveis e contando com um número razoável de viaturas, a junta de governo deu seqüência ao seu segundo objetivo militar: a ocupação e instauração de governos locais provisórios nas principais cidades do interior do estado.

Foram organizados três destacamentos, constituídos de militares e civis armados, que seguiram o roteiro das estradas que levam ao litoral sul e agreste, ao litoral norte e mato grande e ao trairi e seridó.”

(Referência 01)


15:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

“No domingo, ás 15 horas, após ter queimado o último cartucho, rendeu-se o quartel da polícia eu havia resistido heroicamente até aquele instante, e passaram presos pela nossa porta, em demanda do 21 B.C.” (Monsenhor José Alves Landim)

(Referência 02)

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16:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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17:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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18:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

“Após entendimentos intermediados por Aurino Suassuna, genro do cônsul honorário do Chile, Guilherme Lettiére, o governador Rafael Fernandes, o secretário-geral Aldo Fernandes e o ajudante de ordens capitão José Bezerra de Andrade se transferem para a residência do cônsul, situada em rua próxima. A família do governador, que até então residia no Rio de Janeiro, havia partido no dia 21, de navio, tendo desembarcado em Salvador no dia 24, a convite do governador Juraci Magalhães, que a hospedou até o final do levante.”

(Referência 01)

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19:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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20:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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21:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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22:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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23:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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24:00 Horas do dia 24.11.1935, em Natal RN

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25 de Novembro de 1935, Segunda-Feira
Terceiro Dia da Insurreição em Natal RN

01:00 | 02:00 | 03:00 | 04:00 | 05:00 | 06:00 | 07:00 | 08:00 | 09:00 | 10:00 | 11:00 | 12:00 | 13:00 | 14:00 | 15:00 | 16:00 | 17:00 | 18:00 | 19:00 | 20:00 | 21:00 | 22:00 | 23:00 | 24:00


“Na madrugada do dia 25, segunda, partem para o interior as primeiras tropas de ocupação. O destacamento sul, comandado pelo tenente da PM Oscar Mateus Rangel (o comandante da patrulha envolvida na morte de Otávio Lamartine) que havia sido libertado na véspera, da prisão no quartel da PM, ocupou os municípios de São José de Mipibu, Arez, Goianinha, Canguaretama e Pedro Velho, substituindo os respectivos prefeitos e delegados. O destacamento norte, comandado pelo estudante Benilde Dantas, membro do PCB, repete os mesmos procedimentos nas cidades de Ceará - Mirim e Baixa Verde. O destacamento centro que se destinava ao eixo trairi-seridó seguiu para Panelas (atual Bom Jesus), sob o comando do sargento do exército Oscar Wanderley, assumiu o controle da cidade e em seguida de Serra Caiada.

Nesse momento, enfrenta uma coluna formada por civis do seridó, que foi organizada sob a liderança de Dinarte Mariz e tinha a participação de alguns policiais militares, entre eles o capitão Severino Elias. Os legalistas, inferiorizados, batem em retirada até a serra do Doutor, onde aguardariam os rebeldes para aquela que seria a última batalha, no dia 26. De Serra Caiada o destacamento dirigiu-se no dia seguinte a Santa Cruz, onde recebeu o apoio de parte da população, principalmente de partidários locais da Aliança Social, determinou a substituição do prefeito e do delegado e providenciou o reabastecimento necessário para prosseguir até o seridó. Nesse momento, os rebeldes controlavam dezessete dos quarenta e um municípios, correspondendo à terça-parte da área geográfica do estado.”

(Referência 01)


01:00 Hora do dia 25.11.1935, em Natal RN

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02:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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03:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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04:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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05:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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06:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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07:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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08:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

“Apesar do apelo da junta na véspera, compreensivelmente o comércio não abriu suas portas na segunda-feira. Foram expedidas requisições assinadas por Praxedes, para o fornecimento de víveres, que seriam distribuídos à população. Seja por que não foram encontrados os proprietários ou por decisão arbitrária, foram arrombados e saqueados diversos estabelecimentos comerciais, entre eles o armazém da viúva Machado, o maior e mais tradicional empório de alimentos da cidade. Aproveitadores de ocasião associaram-se a revoltosos inescrupulosos e arrombaram e saquearam outros estabelecimentos que comercializavam produtos diversos, como tecidos (Loja Paulista), utilidades (Armazém Elias Lamas), cigarros (Souza Cruz) e jóias (Joalheria Progresso). Apesar da falta de planejamento e de estrutura, a junta conseguiu distribuir à população, na vila Cincinato, grande quantidade de alimentos e de tecidos. Essa medida, até certo ponto ingênua (ou demagógica) repete outras que foram tomadas, como a promulgação de decreto que instituiu a reforma agrária e confiscou as terras de latifúndio (sem no entanto, regulamentar) e a redução de quarenta porcento no preços das passagens de bondes.

Necessitando recursos para o custeio do levante, a junta recorreu às reservas do Banco do Brasil, do Banco do Rio Grande do Norte e da Recebedoria de Rendas, que na segunda-feira continuaram fechadas e com seus administradores foragidos. As sedes foram arrombadas, assim como seus cofres, esses com a utilização de maçaricos. Do Banco do Brasil foi retirada à quantia de dois mil e novecentos contos de réis e da recebedoria, cerca de duzentos contos de réis que somados as quantias menores requisitadas de algumas coletorias no interior, totalizam aproximadamente três mil e duzentos contos de réis (um conto de reis equivalia a um milhão de réis). Para uma referência a este valor, uma passagem de bonde custava cinqüenta réis.

Ainda na manhã da segunda-feira, uma patrulha foi enviada à praia da Redinha, principal local de veraneio, onde muitas famílias haviam se refugiado na véspera. O objetivo principal era a eventual prisão de autoridades (ou simplesmente adversários) e a busca de armas. Ao chegar à residência de Arnaldo Lira, tendo o mesmo ironizado a busca e manifestado sua condição de integralista, foi preso e recolhido à Vila Cincinato. Ao chegar, reage à tentativa de um soldado de tomar-lhe o relógio e na briga e atingido com um golpe de sabre no abdome. Removido para o Hospital Miguel Couto gravemente ferido, veio a falecer após o final do levante. Seria a quarta e última vitima de morte violenta comprovadamente ocorrida durante o levante, em Natal.”

(Referência 01)

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09:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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10:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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11:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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12:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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13:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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14:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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15:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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16:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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17:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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18:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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19:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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20:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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21:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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22:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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23:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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24:00 Horas do dia 25.11.1935, em Natal RN

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26 de Novembro de 1935, Terça-Feira
Quarto Dia da Insurreição em Natal RN

01:00 | 02:00 | 03:00 | 04:00 | 05:00 | 06:00 | 07:00 | 08:00 | 09:00 | 10:00 | 11:00 | 12:00 | 13:00 | 14:00 | 15:00 | 16:00 | 17:00 | 18:00 | 19:00 | 20:00 | 21:00 | 22:00 | 23:00 | 24:00


“O dia começou tranqüilo em Natal: os revoltosos dominavam a cidade e os combates estavam ocorrendo no interior, com suas forças controlando um perímetro cujos pontos mais remotos distavam mais de cem quilômetros: Canguaretama, Baixa Verde e Santa Cruz.”

(Referência 01)


“A junta iniciou então a batalha da comunicação. Determinou a impressão de milhares de folhetos que continham uma proclamação e informavam as principais medidas tomadas e de maneira ufanista, a marcha da insurreição pelo país. Um avião da companhia aérea Condor foi requisitado e sobrevoou a cidade, lançando os panfletos.Nesse dia também, foi composta e impressa nas oficinas gráficas de A República, órgão oficial do estado, a única edição do jornal oficial da revolução, A Liberdade. Dessa missão foi encarregado Raimundo Reginaldo da Rocha, mossoroense, do comitê regional do PCB, que teve a colaboração de Horácio Valadares, jornalista e membro do secretariado nacional que encontrava-se no estado em missão partidária, acompanhando as lutas camponesas da região oeste. Tão logo eclodiu o levante, ambos deslocaram-se para Natal e tiveram participação discreta, mas importante.”

(Referência 01)


01:00 Hora do dia 26.11.1935, em Natal RN

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02:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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03:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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04:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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05:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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06:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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07:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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08:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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09:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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10:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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11:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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12:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

“No final da manhã da Terça, 26, chega ao comando rebelde a primeira má notícia: o fracasso do levante do 29 BC, do Recife, iniciado no domingo e subjugado na noite da segunda, com a prisão de seus principais líderes, o capitão Otacílio Lima e o tenente Silo Meireles, prestistas e comunistas. “

(Referência 01)

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13:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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14:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

“Na tarde do dia 26, rearticulados em Santa Cruz e após receber reforços de Natal, os revoltosos tomam a direção do seridó, tentando alcançar Currais Novos. A essa altura a força legalista, coordenada por comerciantes e fazendeiros liderados por Dinarte Mariz e acrescidos de integralistas de Acari e policiais paraibanos, reagrupa-se na Serra do Doutor, entre Santa Cruz e Currais Novos. Enquanto isso, chegam ao conhecimento do comando militar notícias de que após a rendição do 29 BC, tropas do 20 BC de Maceió e do 22 BC de João Pessoa se dirigiam rapidamente para Natal (há boatos, não confirmados, de bombardeio aéreo).

Aguçam-se as divergências entre os chefes civis e militares: os voluntaristas defendendo a resistência, os realistas a favor da retirada. Os militares, com uma avaliação mais precisa, estão convencidos da derrota. Giocondo Dias sai do hospital e começa a articular uma saída. Em nome de um grupo de cabos e sargentos e com a aquiescência de Quintino, tenta negociar com a Junta a transferência dos presos civis e militares para a esquadrilha mexicana. Essa atitude teria dupla finalidade; retardar a articulação de uma possível perseguição nas primeiras horas da retirada e preservar a integridade dos prisioneiros de forma a garantir a atenuação de penas em um futuro julgamento. À revelia da Junta e sem seu conhecimento, o sargento Amaro Pereira vai à corveta capitânia em nome dos militares e recebe de seu comandante a garantia do asilo.”

(Referência 01)

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15:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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16:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

“Às quatro horas, em outro automóvel, Santa, sua companheira e um auxiliar, saem em direção à Paraíba por estradas secundárias. Na mesma hora, Praxedes, a pé a partir da ponte de Igapó, dirige-se a Pajuçara, entre a Redinha e Genipabu”

(Referência 01)

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17:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

“Às cinco horas, Quintino e o sargento Eliziel Diniz Henriques, que era de fato o segundo homem no comando militar, seguiram também de automóvel para Baixa Verde.”

(Referência 01)


“No meio da tarde as tropas rebeldes iniciam a marcha para Currais Novos, sem conhecimento da real magnitude da reação que irão enfrentar. Em uma das curvas da estrada, na subida da serra, defrontam-se com uma barreira de pedras fechando-lhes a passagem. Inferiorizadas pela surpresa e pela posição do inimigo, bem entrincheirado, resistem algumas horas”

(Referência 01)

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18:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

“Ao escurecer, batem em retirada desordenadamente, deixando em campo três mortos e muitos feridos. Às dezenove horas estava encerrado o último combate.”

(Referência 01)

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19:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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20:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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21:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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22:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

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23:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

“Tarde da noite, em Natal, Quintino recebe um telegrama do comando da Sétima Região Militar no Recife, comunicando o controle da situação em todo o nordeste e conclamando os rebeldes à rendição. Ao mesmo tempo, começam a chegar as primeiras notícias da derrota na serra.”

(Referência 01)

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24:00 Horas do dia 26.11.1935, em Natal RN

“À meia - noite, Giocondo, o sargento Amaro e o cabo Adalberto Cunha, com forte escolta e em três caminhões, realizam a transferência dos presos para os navios. “

(Referência 01)

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Jornal Correio Paulistano – São Paulo, Terça-Feira, 26 de Novembro de 1935

O GOVERNADOR RAPHAEL FERNANDES REFUGIOU-SE EM UM NAVIO NORTE-AMERICANO

RIO, 25(A.B) – Notícias chegadas da Bahia informam que o governador Raphael Fernandes, do Rio Grande do Norte, estaria refugiado a bordo de um vapor norte-americano, surto no porto de Natal

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo, Terça-Feira, 26 de Novembro de 1935)

(Refência Bibliográfica 03)


CONTINUAM INTERROMPIDAS AS LIGAÇÕES COM NATAL

RIO, 25(A.B) – A chefatura de polícia distribuiu uma nota dizendo que, de accordo com as últimas informações recebidas, a situação de Pernambuco, caminhava para uma solução com a ida de recursos dos Estados vizinhos. Recife está em completa ordem em ligação com o Rio, porém, as communicações telegráphicas com Natal ainda não está estabelecidas. Nos demais Estados do Sul e do Norte reina calma.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo, Terça-Feira, 26 de Novembro de 1935)


NATAL EM PODER DOS AMOTINADOS

RIO, 25(A.B) – O superintendente do tráfego do Districto Federal recebeu, pela manhã, o seguinte telegrama do dirigente do tráfego na capital da Parahyba:

- “João Pessoa – 842.24 – a cidade está em completa ordem. A ordem pública, em todo Estado, conserva-se inalterada. Natal, apesar de de occupada militarmente pela tropa federal amotinada. Conseguiu falar com o dirigente Luiz Coelho, prometteu tudo fazer para reiniciar o tráfego hoje. Aquela capital, entretanto, continua em poder dos amotinados, não havendo notícias sobre a sorte do governador Raphael Fernandes e seus auxiliares.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo, Terça-Feira, 26 de Novembro de 1935)


VAE SEGUIR PARA O NORTE UMA ESQUADRILHA DE BOMBARDEIO

RIO, 25 (A.B) – Deverá seguir para o Norte, para auxiliar nas operações militares, uma esquadrilha de bombardeio

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo, Terça-Feira, 26 de Novembro de 1935)


RIGOROSA PROMPTIDÃO DAS TROPAS

BELÉM, 25(A.B) – Todas as forças do Exército, Marinha e Polícia estão em rigorosa promptidão. Tudo está em calma, não havendo temores de qualquer perturbação da ordem pública.
Os jornais affixaram em cartazes as notícias de Recife e Natal, aqui recebidas pelo radio

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo, Terça-Feira, 26 de Novembro de 1935)


UNIDADES DA NOSSA ESQUADRA PROMPTAS PARA SEGUIR PARA O NORTE

RIO, 25(A.B) – Os navios cruzadores “Rio Grande do Sul”. “Bahia” e tender “Belmonte” estão promptos a seguir para o Norte. Todos os commandantes desses navios estiveram em longa conferencia com o Almirante Aristides Guilhem, Ministro da Marinha

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo, Terça-Feira, 26 de Novembro de 1935)


MAIS FORÇAS QUE VÃO COMBATER OS REBELDES

RIO, 25 (A.B) – Numerosas forças estão a caminho de Natal afim de dar combate aos amotinados, composta de forças armadas e elementos civis.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo, Terça-Feira, 26 de Novembro de 1935)


O “ZEPPELIN” NÃO POUDE ATRACAR EM RECIFE

RIO, 25 (H) – Segundo informações obtidas à noite o “Zeppelin” não tinha podido descer em Recife, devido ao fato do campo de aterrissagem estar ainda occupado pelos rebeldes. Dirigível estava assim viajando para o Rio.

Entretanto a estação de Olinda, que se acha em poder das autoridades legaes, tinha tentado em vão comunicar-se com o “Zappelin”.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo, Terça-Feira, 26 de Novembro de 1935)


COLUMNAS DE CIVIS COMBATEM OS EXTREMISTAS

RIO, 25 (H) – Telegramas particulares recebidas nesta capital informam que uma columna civil constituída por elementos situacionistas do Rio Grande do Norte retomou a cidade de Panellas, fazendo 90 prisioneiros entre os quais dois sargentos, conhecidos communistas.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo, Terça-Feira, 26 de Novembro de 1935)


NO EXTERIOR OS TÍTULOS BRASILEIROS SOFREM ALTERAÇÃO EM CONSEQUENCIA DO MOVIMENTO

LONDRES, 25 (H) – A notícia sobre o movimento revolucionário no Brasil produziu uma reacção nos valores desse país, no início da sessão de hoje do Stock Exchange. O movimento de alta começou logo depois,mas, no fechamento, a tendência desses valores mostrava-se irregular.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo, Terça-Feira, 26 de Novembro de 1935)


OS REVOLUCIONÁRIOS DEVEM SER BOMBARDEADOS ONDE QUER QUE SE ENCONTREM

RIO, (H) – As instruções que levaram os aviadores do Exercito foram decisivas: as posições dos revolucionários deverão ser bombardeadas, onde quer que elles estejam.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo, Terça-Feira, 26 de Novembro de 1935)


IRRADIAÇÕES DOS AMOTINADOS CAPTADAS PELA POLÍCIA CARIOCA

RIO, 25 (B) – A estação de rádio da Chefatura de Polícia interceptou diversos despachos transmitidos por estações clandestinas.

Entre esses, um vespertino publica os seguintes:

“Hora 21,40 – Os lacaios do imperialismo e da camarilha dominante já estão tremendo aqui. O Norte todo firme – cada setor na sua hora determinada, está formando. P.R.2 e A.

C.K3 – Camarilhas Aracajú já estão formando B.C. É nosso. Aguardando hora egual”

“A.V.4 em... – Agora sem material (P.D.N) venha assim. Não posso ir a tua onda. Venha. Abraços aos K.3 – (a) X.X.X.

“Hora 21,30 – Luis Carlos Prestes. Viva Luis Carlos Prestes. Por Pão, terra e liberdade para o Rio Grande do norte, Pernambuco e Alagoas.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo, Terça-Feira, 26 de Novembro de 1935)

 


27 de Novembro de 1935, Quarta-Feira
Quinto Dia da Insurreição em Natal RN

01:00 | 02:00 | 03:00 | 04:00 | 05:00 | 12:00


“Na manhã de 27, quarta-feira, aos poucos a cidade se deu conta de que sua vida havia voltado à normalidade. Através de funcionários de escalões inferiores que continuavam em circulação, de cidadãos de fora do governo, mas a ele ligados, dos anfitriões do governador e do prefeito e dos militares mexicanos, o mundo oficial teve a certeza do abandono da capital pelas forças revoltosas. As forças policiais militar e civil ocuparam os pontos estratégicos, restabeleceram as comunicações telefônicas e telegráficas iniciaram a prisão dos que se renderam e a busca dos foragidos.“

(Referência 01)


01:00 Hora do dia 27.11.1935, em Natal RN

“À uma hora da quarta, 27, Santa vai ao 21 BC para fazer uma avaliação e constata, surpreso, que o quartel encontra-se deserto. Quintino, rendido às circunstâncias, determinara a retirada e a dispersão dos remanescentes, liberando-os para a decisão pessoal: fugir ou entregar-se às autoridades militares. Na Vila Cincinato, constatada a derrota, os membros civis da Junta e as lideranças do partido iniciam as providências para a fuga. Destroem os documentos mais importantes e distribuem o dinheiro entre todos os participantes que aí se encontravam. Despedem-se e cada um toma seu destino. Os primeiros a sair, às duas horas, foram Lauro Lago, José Macedo e João Batista Galvão que juntos, em um automóvel dirigido por motorista, rumaram para Canguaretama. “

(Referência 01)

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02:00 Horas do dia 27.11.1935, em Natal RN

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03:00 Horas do dia 27.11.1935, em Natal RN

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04:00 Horas do dia 27.11.1935, em Natal RN

“Às quatro horas da madrugada, do dia 27, Praxedes caminhou solitariamente de Igapó até a localidade de Pajuçara, na época uma área de pequenos sítios, alguns de propriedade de sua família e recebeu abrigo de um primo. Durante seis meses, até maio de 1936, viveu em um barraco de madeira no meio de uma mata. Nessa época veio a Natal um enviado do PCB que conseguiu localizá-lo e transmitir um endereço no Recife para contato. Com o dinheiro que tinha guardado, iniciou viagem a pé, durante a noite, até poucos quilômetros após Nova cruz, onde tomou um trem clandestinamente até João Pessoa e daí de ônibus para Recife e depois Salvador. Na Bahia adquiriu nova identidade, com a qual viveu quarenta e nove anos incógnito, até 1984, quando foi descoberto pelo jornalista paulista Moacyr de Oliveira Filho. Em novembro de 1984 grava longa entrevista que Oliveira transformaria em livro. Sofrendo de grave enfermidade crônica, vem a falecer em 11 de dezembro de 1984.”

(Referência 01)

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05:00 Horas do dia 27.11.1935, em Natal RN

“Antes do nascer do sol, Natal estava abandonada pelo revolucionários. Foram necessárias algumas horas para que se restabelecesse a autoridade legal. Chegava ao final a tentativa de implantar um governo popular ou a aventura de sobrepor-se às massas através do golpe militar.”

(Referência 01)

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12:00 Horas do dia 27.11.1935, em Natal RN

“Ao meio-dia, após a chegada das tropas da Polícia Militar da Paraíba e do 22 BC de João Pessoa, o governador Rafael Fernandes reassumiu formalmente o governo.”

(Referência 01)


“Enquanto o comando revoltoso em Natal desativava seu dispositivo, na mesma hora, no Rio de Janeiro, tinha início o levante do 3º Regimento de Infantaria na praia Vermelha, na Urca, sob comando do capitão Agildo Barata Ribeiro, tenentista e membro do Partido Comunista. Iniciado na madrugada do dia 27, foi prontamente reprimido, tendo o quartel se rendido após oferecer resistência e ser bombardeado, às catorze horas. Os líderes da revolta de Natal somente vieram tomar conhecimento desse levante, na prisão.

Iniciou-se então uma fase de intensa repressão, à qual não faltaram os ingredientes da falsa denúncia de adversários inocentes e a tortura de presos. Aproveitando-se da ocasião, partidários do governo e autoridades policiais incriminaram, prenderam e indiciaram centenas de adversários, apenas pela condição de correligionários ou amigos de Café Filho e de Mário Câmara. Os presos civis de maior participação no levante como Lauro Lago, João Batista Galvão, José Macêdo, Epifânio Guilhermino e Sizenando Figueira, foram barbaramente espancados. O próprio chefe da polícia reconhece em seu livro: "houve sim interrogatórios ásperos, inflexíveis, como era natural; de pressões físicas, tive notícias, é verdade".”

(Referência 01)

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Jornal Correio Paulistano – São Paulo, Quinta-Feira, 27 de Novembro de 1935

UM TELEGRAMA DO CORONEL DINART MARIS AO DEPUTADO JOSÉ AUGUSTO

RIO, 27 (H) – O Deputado José Augusto recebeu hoje o seguinte telegrama:

“Nossa columna organizada Seridó cerca 400 homens acaba occupar Panellas. Hontem choque resultou uma baixa, várias prisões, inclusive aprehensão material bellico, tudo parte amotinados. Nossa tropa sahiu sem grande coisa lamentar. Tenho estado sempre entendimento governo parahybano, que promette auxilio. Todo sertão completa calma. Estamos com as estradas todas guardadas. Apenas Macahiba está posse revoltosos. Ainda hoje esperamos atacá-la. Natal continua sob domínio dos mesmos. O governador asylou-se esquadrilha mexicana. Esperamos providencias governo federal venham auxiliar efficiencia nossa acção. Luctaremos até o fim. Abraços, Dinart.”

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo,Quinta-Feira, 27 de Novembro de 1935)

(Referência Bibliográfica 03)


ACTOS DO PODER LEGISLATIVO

DECRETO LEGISLATIVO N.o 5 – DE 25 DE NOVEMBRO DE 1935 Autoriza o Presidente da Republica a declarar em estado de sitio, durante trinta dias, o território nacional.

O Presidente da Camara dos Deputados dos Estados Unidos do Brasil:

Faço saber que a Camara dos Deputados e o Senado Federal decretam e eu promulgo a seguinte resolução:

Artigo único. Fica o Presidente da Republica autorizado a declarar em estado de sítio, durante trinta dias, o território nacional; revogadas as disposições em contrário.

Camara dos Deputados, 25 de novembro de 1935

ANTONIO CARLOS RIBEIRO DE ANDRADA

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo,Quinta-Feira, 27 de Novembro de 1935)

 


28 de Novembro de 1935

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Jornal Correio Paulistano - São Paulo, Quinta-Feira, 28 de Novembro de 1935

OS REBELDES RETIRARAM 3 MIL CONTOS DA AGENCIA DO BANCO DO BRASIL

NATAL, 27 (A.B.) – Informações que nos forneceu um funcionário da Great Western dizem que os rebeldes levaram 3.000:000$000 do Banco do Brasil.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo,Quinta-Feira, 28 de Novembro de 1935)


UM AVIÃO DA CONDOR EFFETUA UMA PRISÃO EM PLENO AR

BAHIA, 27(A.B) – Chegou a esta capital um avião da Condor, procedente de Natal, na manhã de hoje. O comandante do aparelho, logo que chegou, fez entrega ás autoridades de um prisioneiro. A notícia foi tão sensacional que procuramos urgentemente entrar em contacto com o aviador. E assim tivemos conhecimento do seguinte caso: o radiotelegraphista rebelde Waldemar Coelho, chegou, hoje pela manhã, ao aeroporto de Natal, fazendo, para isso, o uso de um parabellum.

O piloto consentiu que o passageiro entrasse. Em pleno vôo, deixando o commando do avião, numa altura de 2.000 metros, dirigiu-se ao telegraphista rebelde, dominando-o. Waldemar Coelho trazia uma caixa contendo bombas de dynamite. As autoridades bahianas abriram inquérito.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo,Quinta-Feira, 28 de Novembro de 1935)


TROPAS PARAHIBANAS EM OFFENSIVA EM TERRITORIO DO RIOGRANDE DO NORTE

JOÃO PESSOA, 27(H) – As forças parahybanas iniciaram hontem violenta offensiva em território do Rio Grande do Norte.

Os capitães Benício e Antonio Pereira, à frente de 400 homens, occuparam Nova Cruz de Guanguaretama, onde fizeram diversos prisioneiros, entre os quaes um chefe sertanejo. O capitão Dinarte Mariz, com uma columna de de 400 homens também emprestou o seu apoio à causa da legalidade, entrando em contacto com os rebeldes 20 kilometros ao sul de Natal, onde fez vários prisioneiros.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo,Quinta-Feira, 28 de Novembro de 1935)


BOLETIM OFFICIAL DAS DEZESETE HORAS

RIO, 27(H) – Communicam-nos do Gabinete do Chefe de polícia:

“As 17 horas – Os movimentos que irromperam nos estados do Rio Grande do norte e Pernambuco, de accôrdo com as últimas informações recebidas, estão, já, em vias de completo domínio por parte das forças do governo...

Em Natal, de posse da estação de rádio do “Condor”, os rebeldes passaram a irradiar notícias falsas, visando, com isso, crear confusão no espírito público. Assim que é que noticiaram elles,pela referida estação, pretensos gestos de adhesão da esquadra e de fortes núcleos operarios na Capital Federal e em São Paulo, o que em absoluto carece de fundamento.

Segundo informações transmitidas pelo Telegrapho Nacional de Recife, a situação no Rio Grande do Norte é a seguinte:

Os rebeldes, sob a chefia dos sargentos Diniz, Henrique, Elizer, o músico Quirino, depois de dominarem os officiaes que offereceram brava resistência, organizaram um governo communista, procurando infiltração no interior do Estado, onde encontraram, comtudo, completa repulsa da população civil. Ahi foram organizados batalhões, por chefes locais, os quaes, articulados com forças do governo, atacaram e repelliram os rebeldes. O tenente Oscar Wanderley, que se encontrava entre os sediciosos e havia partido para o interior, foi batido por tropas civis e feito prisioneiro. De Parahyba já seguiu um batalhão para atacar os rebeldes em natal. O 22.o BC, de Fortaleza, tomou rumo de Cabedellos. Sabe-se que todos os officiaes do 21.o BC, inclusive o Capitão Aloisio Moura, não aderiram, estando presos. Com as providencias tomadas e em face da reacção popular que se operou, breve estará dominado o movimento em Natal. Nos demais pontos do país reina completa calma”

As 24 horas – “Confirmam-se as informações referentes aos acontecimentos do Norte. O Governador de Pernambuco declara findo ali o movimento, depois das prisões dos chefes do mesmo, Tenente Syllo Meirelles, Mota Cabral.

As forças do governo estão a caminho de Natal, tendo sido já installada em Mossoró em uma estação de rádio que entrou em funcionamento.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo,Quinta-Feira, 28 de Novembro de 1935)


ORGANIZAM-SE COLUMNAS PARAHYBANAS PARA COMBATER OS REBELDES

JOÃO PESSÔA, 27 (H) – A cidade está em completa calma. A população apoia as medidas do governo do Estado, no sentido de assegurar a Ordem.

O GOVERNADOR Argemiro Figueiredo ordenou às columnas estacionadas em Mamanguape, sob o commando do capitão Pereira Diniz, em Caleara, sob o commando do capitão Manuel Benefício, e na serra do Seridó, sobo commando do capitão Jacob Preste, que transponham as fronteiras e ataquem simultaneamente os rebeldes do Rio Grande do norte.

O Sr.Dinard Diniz, chefe sertanejo, esteve nesta capital, obtendo do governo do Estado grande cópia de material béllico, a fim de resguardar sua columna, que se dirige ao encontro dos amotinados de Bittigury.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo,Quinta-Feira, 28 de Novembro de 1935)


PRISÕES EFFETUADAS EM MOSSORÓ

FORTALEZA, 27(H) – Notícias de Mossoró informam que logo que, chegou àquella cidade, a policia cearense prendeu 100 salineiros communistas, inclusive um chefe. Foi preso também um deputado estadual da oposição.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo,Quinta-Feira, 28 de Novembro de 1935)


COMMENTÁRIOS DA IMPRENSA ALLEMÃ SOBRE OS ACONTECIMENTOS EM NOSSO PAIZ

BERLIM, 27 (A.B) – A imprensa allemã dedica extensos commentários á situação política da América do Sul em face da intensa propraganda communista desenvolvida pela II Internacional de (ilegível). Actual movimento sedicioso no Brasil é qualificado como uma das conseqüências da agitação systemática do Komintern russo. O jornal “Correspondencia Nacional Socialista”, tratando dos movimentos communistas na América do Sul, publica “Na América do Sul há muito terreno favorável ao desencadeamento de uma guerra civil de grande envergadura. Os governos são obrigados a desenvolver toda a sua actividade para desativarem as rebeliões. É pela primeira vez que se verifica um effeito prático dos processos bolchevistas, principlamente na propaganda do credo de Moscou entre os militares.

O artigo em apreço tem a seguinte “manchette”: “Um signal de alarme contra as manobras bolchevistas à sombra dos acontecimentos(ilegível).

O jornal conclue affirmando que também nos Estados Unidos e nos países europeus os germens do bolchevismo invadem as forças militares e que a situação actual do Brasil servirá de aviso para o mundo inteiro.

(Jornal Correio Paulistano – São Paulo,Quinta-Feira, 28 de Novembro de 1935)

 


29 de Novembro de 1935

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Correio Paulistano, São Paulo, Sexta-Feira, 29 de novembro de 1935

CALMA NA BAHIA

BAHIA, 28 (H) – A cidade está calma. O indivíduo que veio hontem como telegraphista, num avião da Condor, juntamente com os agentes W. Coelho, não foi preso, como tinha sido annunciado, mas foi apenas ouvido pela polícia. O citado sargento informou que Ra apenas padioleiro do 21.o BC.

(Correio Paulistano, São Paulo, Sexta-Feira, 29 de novembro de 1935)


SÃO DESENCONTRADAS AS NOTÍCIAS SOBRE O NAVIO “SANTOS”

Rio, 28 (H) – As notícias a respeito do navio “Santos”, a cujo bordo estariam os revolucionários de Natal, são desencontradas. A imprensa noticia que os cruzadores “Bahia” e ‘Natal” percorrem a costa à procura daquelle vapor.

(Correio Paulistano, São Paulo, Sexta-Feira, 29 de novembro de 1935)


EXTREMISTAS PRESOS NA REGIÃO DE MOSSORÓ

FORTALEZA, 28 (A.B) – Noticia-se nesta capital que foram presos pela polícia cearense, em marcha para Natal, 100 usineiros na região de Mossoró, todos apontados como extremistas, inclusive vários capatazes que faziam ampla propaganda do credo vermelho. Annuncia-se também que foi preso um deputado estadual oppositor.

(Correio Paulistano, São Paulo, Sexta-Feira, 29 de novembro de 1935)


CONTINUA ANCORADO EM NATAL O NAVIO “SANTOS”

RIO, 28 (H) – Segundo as primeiras notícias aqui recebidas, o “Santos” havia deixado Natal tomando destino ignorado. Annunciou-se mais tarde que dois aviões haviam partido à procura do vapor.

Cerca de 1 e 30 da madrugada de hoje, porém, a Repartição dos Telegraphos recebeu a seguinte communicação do director regional em Recife:

“O major Flávio, chefe do estado maior da Região, acaba de informar-me que o vapor “Santos” continua ancorado no porto de Natal, à disposição da região.

Assim, quem tiver família à bordo, tranquille se. (a) Braga.”

(Correio Paulistano, São Paulo, Sexta-Feira, 29 de novembro de 1935)


UM COMPLOT COMMUNISTA FRACASSADO NA PARAHYBA

JOÃO PESSOA, 28 (A.B.) – A polícia descobriu um “complot” communista no bairro Cruz das Almas, visando agir de combinação com Recife e Natal. Os cabeças foram detidos. Todo Estado está em perfeita tranqüilidade.

(Correio Paulistano, São Paulo, Sexta-Feira, 29 de novembro de 1935)


PROSSEGUE A PRESSÃO CONTRA OS ULTIMOS REBELDES

JOÃO PESSOA, 28 (A.B.) – Si bem que a ordem tinha sido restabelecida no Rio Grande do Norte, as columnas da polícia parahybana avançam em direção a Natal, occupando varias cidades norteriograndenses. Ao meio dia de hontem a força parahybana, sob o commando do capitão Benicio attingiram Canguaretama, rechassando os rebeldes. O avanço de outras columnas está sendo feito com êxito. O espírito publico está empolgado, apoiando o governo.

(Correio Paulistano, São Paulo, Sexta-Feira, 29 de novembro de 1935)

 


30 de Novembro de 1935

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Correio Paulistano, São Paulo, Sábado, 30 de novembro de 1935

DESPACHOS IRRADIADOS PELOS REBELDES

BAHIA, 29 (A.B) – Foram captados pela estação de radio da polícia desta capital, quando se desenrolavam os movimentos revolucionários de Pernambuco e Rio Grande do norte, os seguintes despachos:

“R.B 2 para C.B 3 – Bom dia – Movimento fracassado – Muitos companheiros comprometidos trahiram miseravelmente. Maioria procura salvação. Tudo perdido. Governo dominou a nossa situação. Abraços.

“De R.B para K.3, 34, Z.F.,3 e K 8 – Abandonados, acabando miseravelmente. Não se comprometesse... Não foram amigos. Salvaremos material. Governo conseguiu dominar. Norte fracassado. Governo dominou situação miseráveis trahidores.Adeus”

De R.B 2 para B.CY., P.R.Q.A, BTQ – Fomos forçados recuar Recife visto termos siso abandonados companheiros covardes, salvando todo material. E por ultimo, vamos fugir agora.

(Correio Paulistano, São Paulo, Sábado, 30 de novembro de 1935)


DERROTA DOS REBELDES NO RIO GRANDE DO NORTE

RIO, 29 (H) - O Deputado José Augusto, entrevistado por um vespertino sobre as últimas occorrencias verificadas no Estado do Rio Grande do Norte, declarou que um communicado recebido do Sr. Raul Góes, Secretario de Segurança da Parahyba, informava que as tropas daquelle Estado derrotaram os revoltosos no lugar denominado Monte do Bode.

(Correio Paulistano, São Paulo, Sábado, 30 de novembro de 1935)


DETALHADAS NOTÍCIAS SOBRE O MOVIMENTO NO RIO GRANDE DO NORTE

RIO, 29 (H) – O Deputado José Augusto recebeu do governador do Rio Grande do norte, Sr. Raphael Fernandes, o seguinte telegrama:

Natal, 28 – O Estado voltou a sua vida normal. Hontem pela manhã os rebeldes fugiram daqui, depois de enormes saques. A resistência heróica de nossa polícia, offereceu opportunidade para a organização de forças em Seridó, as quaes luctaram heroicamente sob a orientação de Dinart Mariz, Severino Ellias, Antonio Castro e Pedro Ciciliano.

A zona oeste nada soffreu. Nesta cidade foram saqueados o Banco do Brasil, o Banco do Rio Grande do Norte, a Recebedoria de Rendas Estaduais e diversas casas commerciaes.

Hontem, à tarde, as forças seridoenses desbarataram na serra do Doutor os últimos rebellados, sendo presos numerosos extremistas, fugindo outros. Já conseguimos arrecadar perto de 200 contos, sendo que somente no Banco do Brasil o saque attingiu a cifra de 2.800:000$000.

O hospital recolheu quatro feridos da polícia, cinco do 21.o B.C., quatro paisanos, dois officiaes de polícia, além de inúmeros feridos levíssimos.

Há muitos mortos.

Os officiaes do 21.o B.C. voltaram ao quartel, onde dirigem a reorganização dos serviços militares.
Há mais de cem prisioneiros.

A Junta Governativa, organizada pelos extremistas na séde da Villa Cincinato, era composta por Lauro Lago, João Baptista Galvão, José Macedo, Praxedes e Sargento Quintino. Folgo dizer que os dois primeiros foram demittidos por mim na véspera do movimento, sob fundamento de serem extremistas, dos cargos de director da Detenção e de Secretario do Atheneu.

O terceiro é thesoureiro do Correio aqui, estando em fuga. O palácio nada soffreu. Os consulados da Itália e do Chile acolheram durante o fogo, amigos e auxiliares do governo, impossibilitados de alcançarem suas residências.

O Sr. João Medeiros, chefe de polícia, preso nas primeiras horas de combate, foi conduzido ao 21.o BC, onde foi victima de constantes ameaças de morte.

Aqui tudo calmo, ultimando-se providências para a normalização da vida da cidade, onde trafegam bondes, estando o commercio aberto e funccionando repertições. Abraços, Raphael Fernandes, governador do Estado”

(Correio Paulistano, São Paulo, Sábado, 30 de novembro de 1935)


O ‘SANTOS” VIAJA PARA O RIO CONDUZINDO PASSAGEIROS

RIO, 29 (H) – Após várias notícias contradictorias sobre o vapor “Santos”, sabe-se agora, por um telegrama recebido de Natal, pelo Departamento dos Correios e Telegraphos, que esse navio levantou ferros hoje da cidade de Natal com destino a esta capital e traz a bordo todos os seus passageiros.

(Correio Paulistano, São Paulo, Sábado, 30 de novembro de 1935)


Dezembro 1935 – Dias do Mês
01 | 02 | 03 | 04 | 05 | 06 | 07 | 08 | 09 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | 27 | 28 | 29 | 30 | 31

01 de Dezembro de 1935

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Correio da Manhã, Domingo,1 de Dezembro de 1935

A REBELLIÃO MILITAR DOMINADA PELO GOVERNO

“ACTOS DA JUNTA REVOLUCIONARIA DE NATAL NUM DOS COMUNICADOS. SERIAM PUNIDOS, PRINCIPALMENTE OS EBRIOS!

Tomado de assalto o poder no Estado do Rio Grande do Norte, no dia 23 de novembro, como se sabe, assumiu a direcção daquella unidade federativa uma junta de trez membros, presidentes de syndicatos locaes. Um dos primeiros cuidados dessa junta foi publicar um jornal “órgão official do governo popular revolucionário”, diário de 3 folhas e de pequenas dimensões intitulado “A Liberdade”, cujo “fac-simile” damos em outro lugar.

Há nelle uma serie de “decretos” e “communicados” interessantes.

Transcrevemos um desses communicados divulgados em letras garrafais.

“ Communicado do Comité revolucionário. Tendo chegado ao nosso conhecimento que alguns elementos terroristas, a serviço dos inimigos do povo andam espalhando pela cidade boatos alarmantes no intento de aterrorizar as famílias, e nos incompatibilizar com o povo, resolvemos tomar as seguintes medidas: serão punidos com o Maximo rigor todos os que forem pegados na pratica de actos attentatorios à moral e ao decoro publico. Sera prso todo e qualquer individuo que transite pelas ruas em visível estado de embriaguez.

Natal, 26-11-35”

(Correio da Manhã, Domingo,1 de Dezembro de 1935)

“LEGISLAÇÃO REVOLUCIONÁRIA”

Esse foi o “decreto” principal que destituiu o governador e dissolveu a Assembleia estadual:

“O Comité Revolucionario acclamado democraticamente em praça publica pelo povo de Natal, capital do Rio Grande do Norte, às 10 horas do dia 26 de novembro e mediante a sua responsabilidade e a necessidade de defender e salvaguardar os interesses do POVO E DO Estado,

Decreta:

1.o – Em virtude de não ser encontrado, em parte alguma deste Estado, o governador Sr. Raphael Fernandes Gurjão, fica o mesmo destituído de seu cargo, que não pode mais exercer.

2.o – Por não consultar mais aos interesses do povo e do Estado, fica dissolvida por este acto a Assembléia Constituinte do Estado do Rio Grande do Norte, FICANDO ASSIM OS SRS. Deputados destituídos dos seus mandatos, sem remuneração de espécie alguma.

Natal, 25 de novembro de 1935

O Comité Revolucionário

(O presente decreto foi lido na praça publica e transmittido pelo telegrapho e radio para todo o Brasil)

(Correio da Manhã, Domingo, 1 de Dezembro de 1935)

02 de Dezembro de 1935

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03 de Dezembro de 1935

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Correio da Manhã, Terça-Feira,3 de Dezembro de 1935

UMA EPOPÉIA A RESISTÊNCIA DO QUARTEL DA POLÍCIA DE NATAL

A EPOPÉIA DO QUARTEL DA POLÍCIA POTIGUAR

CINQUENTA HOMENS, CERCADO, COMBATERAM DEZENOVE HORAS

Natal, 1 (Do nosso enviado especial) – O coronel Octaviano Pinto Soares, commandante do 21.o batalhão de caçadores, descreveu para o ‘Correio da Manhã”, o levante de sua unidade da seguinte forma:

Encontrava-me apenas há dezenove dias no commando. Havia recebido do general Manoel Rabello informes sobre a disciplina da tropa. Aqui chegando, scientifiquei-me disso com todos os officiaes, os quaes foram unanimes em assegurar que a tropa merecia absoluta confiança. Ás 7 1/2 da noite, de 23 em minha residência, fui surprehendido com o tiroteio em todos os pontos da cidade. Corri ao quartel, onde fui recebido com vivo fogo de metralhadoras. Resolvi procurar o quartel da polícia, embora já cercado pelos rebeldes. A muito custo consegui penetrar nesse quartel, sendo reecebido pelo commandante, major Luiz Julio, que disponde apenas de cincoenta homens e cerca de cem mil tiros, offerecia heróica resistência aos atacantes. Sustentávamos então dezenove horas de fogo, poupando a escassa imunição com que contávamos. Os atacantes usaram e abusaram das metralhadoras pesadas e bombas de dynamite, além de granadas de mão.

Deante da desordem verifiquei que os rebeldes estavam claramente sem commando, gastando a esmo a munição. Resolvi assim esperar apenas o momento azado para abandonar o quartel, que está situado em um socavão, ponto da cidade que facilita qualquer ataque.

Reputo digna dos maiores louvores a acção dos cincoenta homens da polícia potyguar. Foram sem favor heróicos: não desanimaram um só instante. A retirada foi effetuada pelos fundos do quartel, com extrema dificuldade, pois tivemos de descer, valendo-nos de cordas uma barranca a pique. Quando procurávamos sem munição, attingir a Escola de Aprendizes Marinheiros, fomos cercados por cerca de trezentos extremistas a fogo de metralhadoras. Tive de usar da máxima energia para não ver sacrificados os heróicos soldados potyguares. Os rebeldes fizeram trégua, efectuando o aprisionamento sem condições. Fomos então levados para o quartel do 21.o de caçadores que encontrei em franca desordem. Os sargentos e demais rebeldes diziam ter sido ludibriados pelos communistas, que só visavam saquear a cidade. Procurei debalde chamal-os à ordem. Sabedores do fracasso do movimento em Pernambuco, como da marcha de columnas do governo, da Parahiba, e do Ceará, sobre Natal, deliberaram marchar para o sul.

Como velho soldado, affeito a lutas renhidas, não tenho palavras capazes para louvar com justiça o heroísmo da polícia riograndense do norte: um punhado de soldados que honram a terra potyguar. Jamais poderei esquecer eeses heroes, que lutaram ao meu lado e do major Luiz Julio, sem alimentação, sob fogo terrível de dezenove horas, sem demonstrar um só instante o menor desanimo. Bem dizia Euclydes da Cunha que no nordeste do Brasil está a rocha viva da nacionalidade.

(Correio da Manhã, Terça-Feira,3 de Dezembro de 1935)

OS ITENS VERMELHOS

Natal, dezembro(do enviado especial do “Correio da Manhã”) – Os autores da intentona fizeram distribuir o seguinte boletim expondo os seus itens:

“Ao povo – mais uma vez, queremos declarar ao povo em geral, e em particular aquelles que apóiam este grandíssimo movimento revolucionário, que elle não surja de forma alguma beneficiar políticos de quaisquer correntes regionalistas, pois que é um amplo movimento popular e por isso só beneficiará o povo quiça o Brasil.

Nós lutamos e lutaremos pela implantação no Brasil de um governo que esteja disposto a por em prática os seguintes itens:

1 – Pela expulsão dos imperialistas do território nacional e punição dos seus lacaios do paiz!

2 – Pelo não pagamento das dívidas externas!

3 – Contra a saída de capitães para pagamento de dividendos das empresas imperialistas!

4 – Pela nacionalização e unificação da merinha mercante!

5 – Pela nacionalização de todas as empresas imperialistas e dos bancos

6 – Pela tomada das terras dos grandes fazendeiros, latifundiários e barões feudaes, do clero e do imperialismo e sua distribuição entre os camponezes e índios.

7 – Contra os despejos e a opressão nas fazendas, uzinas e latifúndios!

8 – Pelo reajustamento immediato, com augmento de vencimentos para todos os funccionários civis e militares!

9 – Pelo augmento de salários para todos os trabalhadores das cidades e dos campos!

10 – Pela unificação syndical de todo o proletariado do Brasil!

11 – Contra a carestia da vida!

Pela diminuição dos impostos para o pequeno commércio, a pequena indústria e os pequenos proprietários!

12 – Pelo desarmamento e dissolução dos bandos integralistas!

13 – Contra a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas e pela liberdade de cathédra!

14 – pelas mais amplas liberdades democráticas de todo o povo brasileiro!

Por isto e para isto contamos com o apoio da adhesão de todos os brasileiros homens e mulheres, principalmente da juventude que é a alma do Brasil joven.

Viva a Revolução! – Viva Luiz Carlos Prestes!... Viva o 21.o Batalhão dos Caçadores – Viva o povo livre do Rio Grande do Norte. 9 Boletim do Typ. Da Alliança Libertadora)”.

(Correio da Manhã, Terça-Feira,3 de Dezembro de 1935)

O BRASIL “ERA UM IMMENSO BARRIL DE PÓLVORA”!...

Natal, 5 de dezembro (do enviado especial do “Correio da Manhã”) – Um dos “boletins informativos do governo revolucionário deste estado publicado no dia 26 está concebido nos seguintes termos, cuja orthographia respeitamos.

“ A Marcha da Revolução Libertadora – cumprimos o grato dever de com alegria verdadeiramente revolucionária comunicar ao povo deste Estado a marcha assenssiva da revolução.

Isto podemos fazer porque estamos de posse do telégrapho e dos rádios e controlando todas as notícias que por eles vêm:

Nós sabíamos que o Brasil era um immenso “Barril de pólvora” e que bastaria uma centelha para que ele explodisse, nós fomos essa centelha.

Sem vaidade, sem orgulho que nós Rio Grandenses do Norte não os temos,, poderemos dizer ao Brasil estasiado que fomos a primeira pedra desse grande edifício que vae ser o Governo popular.
Ao echo de nossa metralha já responderam os companheiros da Parahyba do Norte, Pernambuco, Alagoas, Espírito Santo e E. do Rio de Janeiro e Maranhão, os quaes já estão nas mãos dos Nacionaes Libertadores.

São Paulo está insurrecionado com o povo em armas e o proletariado em greve revolucionária, tudo indicado que o governo não se sustentará por muitas horas, e mais para o sul o proletariado se atira a greves combativas aclamando o nome de Luiz Carlos Prestes.

A gloriosa Marinha Brasileira também já virou os seus canhões contra a tirania estando revoltada na Baía Guanabara e bem assim no Pará, Santos, Santa Catharina, levantou-se a poucos minutos sob o comando do valente companheiro Hercolino Cascardo – Viva a Aliança Nacional Libertadora! – Viva Luiz Carlos Prestes! – Viva o Governo N. Popular Revolucionário. – Natal, 26-11-1935” – (Tip. Libertadora)

(Correio da Manhã, Terça-Feira,3 de Dezembro de 1935)

04 de Dezembro de 1935

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05 de Dezembro de 1935

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06 de Dezembro de 1935

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07 de Dezembro de 1935

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Correio Paulistano, Sábado, 07 de Dezembro de 1935

MORATORIA COMMERCIAL PARA O RIO GRANDE DO NORTE

RIO, 6(A.B) – A Camara approvou, hoje, o projecto de lei concedendo moratória commercial para as praças do Rio Grande do Norte

(Correio Paulistano, Sábado, 07 de Dezembro de 1935)

08 de Dezembro de 1935

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09 de Dezembro de 1935

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10 de Dezembro de 1935

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11 de Dezembro de 1935

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12 de Dezembro de 1935

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13 de Dezembro de 1935

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14 de Dezembro de 1935

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15 de Dezembro de 1935

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16 de Dezembro de 1935

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17 de Dezembro de 1935

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18 de Dezembro de 1935

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19 de Dezembro de 1935

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20 de Dezembro de 1935

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Correio Paulistano, Sexta-Feira, 20 de Dezembro de 1935

FOI DEMITIDO O THESOUREIRO DOS CORREIOS DE NATAL

RIO, 19 (A.B.) – O Sr. Leonides de Siqueira Menezes, director geral dos Correios e telegraphos, propôs, hoje, em officio dirigido ao ministro da Viação, a demissão do thesoureiro dos Correios de Natal, José Macedo, que, segundo noticiaram os jornaes e conforme ficou apurado em inquérito administrativo aberto na região norte-riograndense, se envolveu na rebelião extremista e fez parte do Governo Communista naquelle Estado, dando um desfalque na thesouraria sob sua guarda.

Será demittido a bem do serviço público, de accôrdo com o art. 130, ns 1 e 10 do dec 28.859, de 6 de dezembro de 1934.

(Correio Paulistano, Sexta-Feira, 20 de Dezembro de 1935)

21 de Dezembro de 1935

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22 de Dezembro de 1935

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23 de Dezembro de 1935

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24 de Dezembro de 1935

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25 de Dezembro de 1935

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26 de Dezembro de 1935

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27 de Dezembro de 1935

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Correio Paulistano, Sexta-Feira, 27 de Dezembro de 1935

ELOGIO À FORÇA PUBLICA PARAHYBANA

JOÃO PESSÔA, 26 (A.B.) – P governador do Estado, SR. Argemiro Figueiredo, mandou elogiar o commandante, officiaes e soldados da Força Publica que estiveram no Rio Grande do Norte a serviço da legalidade, pela bravura e discuplina demonstrada no desempenho da missão que os levou áquelle Estado.

(Correio Paulistano, Sexta-Feira, 27 de Dezembro de 1935)

28 de Dezembro de 1935

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29 de Dezembro de 1935

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30 de Dezembro de 1935

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31 de Dezembro de 1935

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Referência Bibliográfica 01
Excertos de A Insurreição Militar e Comunista de 1935, de Ives Bezerra

Referência Bibliográfica 02
Excertos de Sob a Poeira do Tempo
Monsenhor José Landim Imprensa Industrial, Recife Pernambuco 1950

Referência Bibliográfica 03
Os 50 anos da Primeira Intentona Comunista
A.C.Otoni Soares(Organizador), São Paulo, OESP Gráfica1985

 

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