Insurreição
Comunista de 1935
em
Natal e Rio Grande do Norte
A
Revolta Comunista de 1935 em Natal
Relatos
de Insurreição que gerou o primeiro
soviete nas Américas
Luiz Gonzaga Cortez
Nosso
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de Produção
Anexos
04. Serra do Doutor: as versões
sobre a “Batalha de Itararé
“Currais
Novos era a estação principal dos
Correios naquela época e em não
apareceu nenhum telegrama de Dinarte Mariz para
os chefes políticos do Seridó comunicando
a vinda dos revoltosos para o Seridó. Essa
história de “General da Serra do
Doutor” nunca existiu, pois Dinarte não
esteve lá, assim como muitas pessoas que
correram para a Paraíba e somente apareceram
dois dias depois do tiroteio, com os pés
inchados de tanto andar a pé”, disse
Paulo Moreira Brandão, aposentado da Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos –
EBCT.
Sem confirmar o nome do delegado de policia de
Currais Novos, em novembro de 1935, Paulo Brandão
acrescentou que Dinarte Mariz e Enock Garcia estiveram
na agência dos Correios depois do choque
entre os revoltosos e os sertanejos aliciados
pelos chefes políticos, prefeitos e integralistas
do Seridó. Confirmou que alguns presos
da cidade de Currais Novos foram mortos e outros
conseguiram fugir, após o tiroteio da Serra
do Doutor, situada no município de Campo
Redondo.
“Dinarte e Enock passaram na estação,
passaram um telegrama e disseram que iam para
a Paraíba em busca de reforços.
Sobre o tiroteio posso dizer que apareceu muita
gente “corajosa”, “braba”
e disposta para tudo, mas na hora H, correu pra
todo lado. Eu estive no local do tiroteio e trouxemos
3 cadáveres de revoltosos, mortos na Serra;
lembro-me que um cadáver era de um homem
que vendia vísceras em Macaíba –
esse levou um tiro na cabeça -, um soldado
do Exército e outro desconhecido. Os três
foram enterrados no cemitério de Currais
Novos. Agora herói não houve nenhum,
pois correu todo mundo logo que começou
o tiroteio. Acho que ainda tem gente correndo.
No dia seguinte ao tiroteio, apareceram algumas
pessoas dizendo que tinha matado muita gente,
que tomaram um fuzil-metralhadora dos comunistas.
Tudo mentira, pois o sargento Santos, da PM, me
disse que o fuzil-metralhadora pertencia à
Policia Militar. Agora que houve muito pânico
na região, é verdade. Alguns postos
de iluminação pública foram
derrubados por caminhões, tanta era a confusão
reinante na cidade. O povo fugia para os pés
de serras e sítios. Guedes, irmão
de Tristão de Barros (pai de Genibaldo
Barros, ex-reitor da UFRN), foi quem restabeleceu
a iluminação da cidade, praticamente
deserta no dia em que se anunciou que “os
comunistas estão chegando”. Lembro-me
que o monsenhor Walfredo Gurgel, trajando uma
calça comprida, foi para a Serra do Doutor
com um revólver na cintura e bombas dentro
do carro. Do jeito que foi, ele voltou. Tristão
de Barros, dono de uma farmácia, deu remédio
para dor de barriga para muita gente que fugiu
do tiroteio, inclusive um oficial da Policia,
com fortes cólicas. O médico, Dr.
Mariano Coelho, chegou a dizer para o oficial
“você está melhor do que eu”.
A doença era emocional, medo, e assim acabaram
todo estoque de remédio para desinteria
da farmácia de Tristão... (risos).
No final, não houve nada. Do lado dos comunistas,
morreram três, logo depois da explosão
das bombas que botaram no meio da estrada, impedindo
a passagem do comboio. Do lado de cá, não
morreu ninguém, pois fugiram todos”,
completou Paulo Moreira Brandão, residente
em Natal, à rua Mossoró, Centro.
ENOCK DÁ SUA VERSÃO
Na
coletânea de depoimentos prestados à
TV-Universitária – Canal 5, de Natal,
reunidos em livro pelo professor Carlos Lyra (Nossa
Editora, Natal-RN, 1987), que coordena o programa
“Memória Viva”, o sr. Enock
Garcia, delegado que presidiu o inquérito
da insurreição de novembro de 35
na capital, dá a sua versão dos
acontecimentos de Panelas (hoje Bom Jesus) e da
Serra do Doutor. Enock (o depoimento foi gravado
em 05.05.83, portanto antes da publicação
das reportagens sobre “O Comunismo e as
lutas políticas do RN na década
de 30)” afirma que Dinarte Mariz não
lutou na Serra do Doutor e nem passou telegramas
para os prefeitos e chefes políticos do
Seridó, pedindo a organização
de forças para a luta contra os revoltosos.
Ao
ser indagado por Carlos Lyra sobre como “salvou
a vida de Dinarte Mariz”, o advogado aposentado
Enoch Garcia respondeu que “não quero
dizer que salvei a vida de Dinarte. Quando houve
o tiroteio feito pelos comunistas, que me lembre,
quem lutou ali, brigou e matou gente, foi Ivo
Trindade, advogado casado com uma filha de José
Bezerra, do “Baxio”, e dona Iracema.
Quando eu subi pelo Seridó, acordando todo
o mundo para descer para a revolução,
eu passei na casa de Ezequiel Mergelino”.
“... chegaram já à meia-noite,
Almir Freire (meu cunhado), Mesquita e Paulo Teixeira
(que está vivo para contar isso), e disseram
que havia um tiroteio em Natal (que estavam ouvindo
o barulho). Fomos para Macaíba, e ficamos
ali, onde tem aquela estátua de Augusto
Severo, esperando os acontecimentos. Dali, olhando,
víamos no céu, aquele fogo que se
travava, aqui em Natal. Então, eu me lembrei
do nosso “passeio” atrás do
Baltazar Meireles: lembrei-me de Dinarte. Só
ele tinha condições (aliás,
João Medeiros diz isso no livro dele) E
disse: “Só quem pode nos salvar é
Dinarte!”. “... saí para Caicó,
no carro de Pedro Azevedo. Em Bom Jesus (Panelas),
acordei Sebastião Bezerra, um sargento
(delegado) amigo nosso. Em Santa Cruz, já
deixei Ezequiel Mergelino preparando o povo, para
quando descessemos à tarde (N.R.: Enoch
refere-se a tarde de 24.11.35); eu já contando
que Dinarte “vinha com tudo”, como
de fato, veio. Seguimos para Currais Novos, onde
passei um telegrama para Dinarte, mas esse telegrama
chegou atrasado. Deixei José Domingos,
que era o telegrafista encarregado de avisar Mariano
Coelho, que estava dormindo, dizendo: “Você
se encarrega do pessoal daqui. À tardinha
nós voltamos”, porque eu queria reunir
todo mundo, para a gente marchar. Quando chegou
em Acari, estava Raimundo Duarte, que eu chamava,
pela sua coragem, de “Raimundo Doido”
(e era doido mesmo) e ele disse: “-Ah! Eu
vou com vocês.” Estava tomando café,
largou tudo e entrou no carro. Quando chegamos
em Caicó, Dinarte estava saindo para a
feira de Jucurutu. Não tinha recebido,
ainda, o danado do telegrama. “- Eu ouvi
falar num telegrama, mas ainda não chegou
nas minhas mãos.” Contei tudo a ele,
que em poucas horas preparou Caicó de tudo,
e nós descemos. Negócio de duas
horas para três. E por onde a gente passava,
ia seguindo a procissão de cada município”.
SÓ QUEM MATOU FOI IVO
“
... e quando chegamos perto de Serra Caiada (hoje
Presidente Juscelino), ouvimos um tiroteio (ainda,
hoje, tem uma cruz, lá). Depois desse tiroteio,
nós fomos nos aproximando (há uma
parte aí que eu não quero contar...)
e estava Ivo Trindade, com nove presos e um morto.
Embarcamos esse povo todo e, também, dispensamos
logo Ivo Trindade, porque o trabalho que ele fez,
foi extraordinário. Ele pegou um caminhão
de revolucionários, um caminhão
e mais um automóvel, ou dois. Reagiu contra
esse povo todo, inesperadamente, todo mundo com
arma besta, arma curta. De manhã, bem cedo,
acordamos (ninguém dormiu nada, deitado
pelo chão, no meio da estrada, onde, hoje,
tem a cruz) com Raimundo Duarte, chamando: - Doutor,
vem cá. Olhe, aqui tem um caminhão
dentro dos matos (na fuga, eles abandonaram).
E tem camarada morto, aqui dentro.
...“Ali
mesmo , cavou-se um buraco e se enterrou o camarada,
que morreu na luta com Ivo Trindade. Essa cruz
é desse camarada. Ninguém guardou
o nome dele”. (páginas 149,151 e
152).
Enoch Garcia, após relatar um ligeiro tiroteio
perto da ponte de “Panelas” e a prisão
do sargento revolucionário Wanderley Alves,
amigo de Dinarte Mariz, disse que os sertanejos
foram até as proximidades de Macaíba,
cidade que estava controlada pelos insurretos
e, de lá, resolveram retornar ao Seridó:
O TIROTEIO DE “PANELAS”
“Voltamos,
e Dinarte consultou a gente e disse: O jeito que
tem é nós irmos à Paraíba,
pedir socorro ao governador Argemiro (para quem
já havia telegrafado, quando saíamos
de Caicó). Deixamos em Bom Jesus, poucos
companheiros para fazer uma resistência
ligeira, com Zé Franco, Pedro Ciciliano,
Antônio de Castro, José Epaminondas,
Genésio Cabral, irmão de Mário
Cabral, Severino Elias... eles ficaram fazendo
uma resistência na estrada, por conta deles,
e nós fomos buscar socorro. Porque se fosse
continuar aquilo, só com os nossos, sem
armas, sem munição, sem nada...”
“Todo mundo queria que Dinarte tivesse tomado
parte na Serra do Doutor. Ele não tomou
parte na Serra do Doutor, como eu não tomei,
como Humberto Gama não tomou. Lá,
tomaram parte, esses oficiais que eu já
falei: Pedro Ciciliano, José Epaminondas,
Genésio Cabral, Antônio de Castro....
e, inclusive, muitos civis. ... Daí fomos
para a Paraíba. Aí Dinarte telefona
para Argemiro (NR. Enoch refere-se ao telefonema
de Dinarte para o governador da Paraíba
em Campina Grande). Era meia-noite, quando Argemiro
nos recebeu em sua casa. Um palácio! Pôs
tudo à nossa disposição,
e mandou logo acordar os irmãos Chaves
(dois oficiais da polícia paraibana da
confiança dele) para descerem para o Rio
Grande do Norte. Argemiro foi uma figura decisiva
de nossa luta. E daí regressamos por Santa
Luzia. Apanhamos as armas, lá, em Campina
Grande. Saímos de Santa Luzia. Quando foi
ao amanhecer do dia, madrugada ainda, encontramos
Florêncio Luciano (N.R.: Florêncio
Luciano, chefe político de Parelhas, já
falecido), outro elemento extraordinário
que nos ajudou, que nos telegrafou, porque ele
me descobriu, que Dinarte com aqueles atropelos
de tanta coisa, só eu podia conversar com
ele. E me disse pelo telégrafo: - Enoch,
eu não sei o que aconteceu, mas o nosso
povo reagiu em cima da serra, e o esbandalho foi
grande. Até agora está correndo
gente deles e gente nossa (risos), mas, eu estou
aqui, em Currais Novos, só não sei
como...
- Pois espere, que nós vamos chegar por
aí.
Saímos e fomos visitar, lá na Serra
do Doutor, que muita gente disse que mataram muita
gente, e até eu fui acusado de ter matado
muita gente, sem nunca ter pisado lá dentro.
Verificamos tudo lá, não tinha mais
ninguém. Descemos a ladeira e viemos para
Natal”. (Transcrito do livro Memória
Viva, organizado por Carlos Lyra, Nossa Editora,
Natal-RN, 1987, págs. 155 e 156).
Enoch Garcia foi Delegado de Ordem Social, nomeado
em janeiro de 1936, pelo governador Rafael Fernandes,
sendo encarregado de apurar o levante de novembro
de 35 em Natal, cujo inquérito policial
foi concluído em abril de 1936.
No relatório do inquérito policial,
Enoch Garcia não registrou a morte do homem
conhecido por “Luís Gonzaga”
ou “Luís Gonzaga de Souza”,
vulgo “Doidinho”, que teria sido alistado
na Polícia Militar um mês antes da
rebelião comunista e abatido no mangue
do rio Potengi pelo insurreto Sizenando Filgueira
da Silva (falecido).
A VERSÃO DO “GENERAL”
Em
discurso pronunciado na sessão de 2.12.77,
no Senado Federal, o então senador Dinarte
Mariz (ARENA-RN), disse que "apenas três
setores combateram e foram responsáveis
pela derrota dos comunistas no Rio Grande do Norte
que chegaram a ocupar o Governo do estado durante
dois dias: a Polícia Militar, sob o comando
do seu bravo Comandante Cel. Luiz Júlio;
a resistência dos sertanejos do Seridó
sob o meu comando, composta de cerca de cento
e oitenta homens e a Polícia da Paraíba
que o Governador Argemiro de Figueiredo, num gesto
de compreensão e coragem, quando o seu
próprio Estado estava sob ameaça,
deu ordem para que um grande contingente avançasse
sobre Natal pelo litoral".
"Nenhum outro elemento tomou parte na repressão
comunista durante os dias de luta em território
norte-rio-grandense", afirmou Dinarte Mariz,
cujo discurso, após ser submetido a revisão
do orador, foi publicado no Diário do Congresso
Nacional, n.º 157, Seção II,
em 5.12.77, páginas 7681 a 7684.
Mais
adiante, isto é, após os apartes
do senador Teotônio Vilela (ARENA-AL), o
senador seridoense afirmou: "Cheguei a esta
Casa, Sr. Presidente e Srs. Senadores, vindo de
um ambiente que combatia os comunistas. Cheguei
a esta Casa, Sr. Presidente e Srs. Senadores,
trazendo, ainda na mente, um pouco do cerco comunista
de que fui vítima. Não sou anticomunista
de gabinete; sou anticomunista de fuzil na mão".(4)
A sessão de 2.12.77 foi quase toda tomada
pelo discurso do falecido senador Dinarte Mariz,
que discordava de uma matéria publicada
no O ESTADO DE SÃO PAULO sobre a revolução
comunista de 1935 no Rio Grande do Norte. A matéria,
citando Foster Dulles, informava ter o então
major Josué Freire comandado a Polícia
Militar durante " a resistência ali
oferecida aos comunistas e forças do Exército
vindas do Recife e Alagoas terem tomado parte
na repressão aos mesmos".
Depois
de sua catilinária anticomunista, Dinarte,
lembrando o tiroteio na Serra do Doutor (Campo
Redondo-RN), disse que “quando empunhei
arma contra os comunistas e pude telegrafar, dando
notícias ao então Presidente da
República, dos acontecimentos, não
era eu um correligionário de Sua Excelência,
não estava ali por dever político,
estava ali, sim, por dever cívico. Era
um cidadão que não aceitava as idéias
comunistas e quando tive oportunidade de me encontrar
pela primeira vez com aquele eminente estadista,
o saudoso Presidente Getúlio Vargas, ele
me disse:”O Sr. já me prestou um
grande serviço”.
E numa pausa que fez, retificava: “Não
a mim, mas ao País. Quando eu estava sem
notícia do Rio Grande do Norte, quando
nós sabíamos que o Estado tinha
sido dominado pelos comunistas, recebia do Sr.
um telegrama informando que estava combatendo
os comunistas à porta da Capital, depois
de infringir-lhes pesadas derrotas”. Esse
foi o depoimento do eminente Chefe de Estado naquela
época.
Dinarte registrou, ainda, que em 1977 o Brigadeiro
Eduardo Gomes, na residência do militar
falecido, após referir-se aos ferimentos
recebidos na insurreição de 1935,
no Rio, disse-lhe que o então Ministro
João Gomes, teria informado-o, naquela
ocasião, que “tivemos uma boa notícia;
recebi um telegrama de um cidadão chamado
Dinarte Mariz, comunicando que estava combatendo
os comunistas às portas da Capital”.(5)
Dando informações sobre fatos até
então desconhecidos pelos pesquisadores
norte-rio-grandenses, Dinarte Mariz afirmou que
o julgavam um homem intolerante pelo fato “de
ter pegado em armas, o de ter sido quase cercado
(6), o de ter combatido, o de
ter mandado sepultar (7) –
isso eu digo até com constrangimento, que
não é esse o meu temperamento –
o de ter mandado sepultar alguns daqueles que
eu combatia naquela hora. Sinto que foi a condescendência
e a omissão no curso de história
que nos levou à ameaça de 1935,
e posteriormente, a de 1964, dentro de cujos acontecimentos
nós ainda nos encontramos”. (8)
NOTAS:
1- A rebelião começou
na noite de 23.11.35 (sábado). Na madrugada
de 27, os rebeldes fugiram de Natal. No dia seguinte,
o jornal oficial “A República”
voltou a circular. Os rebeldes controlaram a administração
do Estado nos dias, 24, 25 e 26.11.35, portanto,
três dias de efetivo domínio, pois
na manhã do dia 27 o “Governo Popular
Nacional Revolucionário” de Natal
deixou de existir.
2-
Dinarte Mariz deu apoio logístico e aliciou
muitos sertanejos, mas nos tiroteios de Serra
Caiada, Panelas e Serra do Doutor, a resistência
foi comandada por outras pessoas. Ver depoimento
de Seráfico Batista, na reportagem. “Em
35 os coronéis fugiram da luta” o
POTI, Natal, 02.06.85. Idem Enoch Garcia, pág.
155, Memória Viva, org. Carlos Lyra. (Natal-RN
– Nossa Editora)
3-
Dinarte refere-se a repressão anticomunista,
no meu entender, pois ele omitiu a participação
dos integralistas de Currais Novos, Acari e Carnaúba
dos Dantas, do monsenhor Walfredo Gurgel, de dezenas
de empregados dos fazendeiros e coronéis
da região Seridó do RN nos preparativos
da resistência ao avanço dos revolucionários.
4-
A referência é com relação
aos fuzis recebidos em Campina Grande, oferecidos
pelo governador Argemiro Figueiredo, que não
foram utilizados na Serra do Doutor e em parte
alguma, pois os revoltosos estavam derrotados
e em fuga.
5-
Ver depoimento de Enoch Garcia, op. cit., 4º
parágrafo da p. 156.
6-
Desconhece-se o local desse “cerco”
e do combate que Dinarte participou.
7-
Ibidem Enoch Garcia, 4º parágrafo
da p. 156.
8-
A respeito das reportagens do autor, o historiador
norte-americano John Foster Dulles, em carta endereçada
ao escritor Eduardo Maffei, residente em São
Paulo-SP, em 20.07.87 diz o seguinte: “Será
interessante para mim ouvir Luiz Gonzaga Cortês.
Dinarte Mariz disse em um discurso no Congresso
Brasileiro que a minha descrição
do que aconteceu no Rio Grande do Norte em 1935
estava errada. Aluizio Alves, que falou-me sobre
o discurso de Dinarte Mariz, disse-me também
que Dinarte Mariz estava errado e que eu estava
certo. Na verdade, eu nunca escrevi muito sobre
Natal em 1935, embora eu tenha notas de umas poucas
entrevistas que eu fiz lá em 1967 ou 1968.
Não tantas entrevistas quanto aquelas de
Luiz Gonzaga Cortês e certamente, as minhas
foram conduzidas com menos inteligência”.
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