Insurreição
Comunista de 1935
em
Natal e Rio Grande do Norte
A
Revolta Comunista de 1935 em Natal
Relatos
de Insurreição que gerou o primeiro
soviete nas Américas
Luiz Gonzaga Cortez
Nosso
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de Produção
11. Bancário entregou muita gente em 35
O
veterano comunista Poty Aurélio Ferreira
disse que a revolução de novembro
de 1935, em Natal, foi um movimento precipitado
e sem uma liderança forte e popular. Iniciada
no quartel do 21º. BC, a guarnição
do Exército mais importante do Estado a
insurreição militar chegou a contagiar
as massas de entusiasmo. No meio da massa, destacaram-se
os cafeístas, “que não sabiam
nada de comunismo”, disse Poty Ferreira.
Segundo Poty, os revolucionários de 35
não pretendiam instalar uma ditadura do
proletariado em Natal, mas uma “democracia
popular” com a participação
de vários segmentos sociais que estavam
marginalizados no tabuleiro político da
província.
“Não houve mazorca, bagunça,
na Revolução de 35, em Natal. Houve
alguns excessos, mas não existia uma determinação
para uma bagunça, inclusive alguns estabelecimentos
comerciais, como a loja da viúva Machado,
foram abertos com as chaves dos seus responsáveis.
Ninguém mandava fazer bagunça. A
revolução tinha outro objetivo.
Disseram que as moças da Escola Doméstica
tinham sido seviciadas, mas nada disso houve.
Quando estourou a revolução, eu
estava perto do Teatro Carlos Gomes, onde se encontrava
o governador Rafael Fernandes participando de
uma solenidade, e eu vi os soldados escoltando
os carros de praça, em pé, nos dois
estribos, que levavam as famílias para
as suas casas”, disse o comerciante Poty
Aurélio Ferreira, 74 anos, estabelecido
na rua Duque de Caxias, ex-membro do Partido Comunista
do Brasil-PCB.
Para o Sr. Poty Ferreira, o caso dos táxis
(na época eram chamados “carros de
praça”), que saíam escoltados
do teatro para a Cidade Alta e as áreas
“chiques” de Natal, conduzindo “pessoas
de bem”, é um exemplo de que a insurreição
começou organizada, pois os próprios
revolucionários permitiram que os soldados
da polícia estadual transportassem as famílias
que assistiam à colação de
grau do Colégio Santo Antônio (Marista).
PROVOCADORES
...É
claro que existiam os oportunistas e baderneiros,
mas esses eram poucos. No caso da “Casa
Machado”, eles abriram para tirar alimentos
para as forças revolucionárias.
Os comerciantes tinham fechado seus estabelecimentos
e os comunistas sabiam onde havia alimentos. Então,
chamaram um dos responsáveis pela Casa
Machado, que abriu a loja, e o pessoal tirou os
alimentos. Foi nessa ocasião em que um
soldado disparou um tiro num elemento do partido,
um ex-motorista de Guilherme Lettieri, Cônsul
da Itália em Natal, um sujeito muito bom.
No caso da agência do Banco do Brasil, eu
vi quando ele foi aberto. O banco ficava na esquina
da rua Tavares de Lira, onde hoje está
o Armazém Potiguar. Eu trabalhava na firma
Melo & Cia e dei uma fugidinha. Vi muita gente
dentro da agência e a caixa aberta. Não
sei quanto levaram em dinheiro para a revolução.
Não deu para observar quais as pessoas
que levaram o dinheiro, pois passei pouco tempo
lá, já que o meu patrão só
queria os empregados dentro do seu estabelecimento.
Também não houve cenas de banditismo.
Se houve mortes (assassinatos) talvez tenha sido
por causa de provocações de terceiros.
O caso da morte de Werneck (Werneck de Castro,
que João Medeiros Filho diz no livro “82
Horas de Subversão” que foi morto
friamente por Epifänio Guilhermino), um rapaz
que trabalhava numa companhia de navegação,
a besteira deve ter sido uma provocação,
pois ele era acostumado a fazer isso com todo
mundo, na rua Tavares de Lira. No livro de João
Medeiros, consta que ele foi assassinado barbaramente.
Acho que não. Ele deve ter feito uma provocação,
e naquele momento, na revolução,
ninguém estava com a cabeça fria.
No revide a uma possível provocação
verbal, o autor do tiro deve ter sido ofendido
e resolveu tirar a desforra naquele momento. Tudo
isso é viável”, afirmou Poty
Ferreira, uma das testemunhas da insurreição
de novembro de 35.
Quando
a revolução foi deflagrada, Poty
estava com 24 anos idade e recém casado.
Sua mãe e esposa não queriam que
ele entrasse no movimento. O desejo delas foi
cumprido. Poty não se tornou um revolucionário,
mas andou por vários pontos da cidade,
à procura de um irmão, motorneiro
da Companhia de Força e Luz, empresa canadense
(grupo Bond and Share), (3) que
estava sumido de casa desde a noite de sábado,
23 de novembro. Poty era comunista convicto, espírita
(“um marxista cristão”) e foi
do PCB entre 1945/47. Em 35, ele não conhecia
os dirigentes do PCB, segundo afirmou.
POBRES FICARAM RICOS
Sr.
Poty faz questão de frisar que em 35 não
conhecia os dirigentes do Partido Comunista em
Natal, mas muitos anos depois, teve oportunidade
de conhecer João Batista Galvão
e José Macedo, os quais não lhe
negaram que eram comunistas obedientes às
diretrizes do partido chefiado por Luís
Carlos Prestes. Ele acha que o movimento de 35
em Natal ainda necessita de um estudo aprofundado,
“pois falta muita coisa para ser dita”.
Por exemplo, nada se escreveu sobre o poeta Benilde
Dantas, um dos líderes da revolução
vermelha de Natal, assim como a respeito de José
Costa, outro elemento de proa da rebelião
militar.
Na entrevista concedida a O Poti, Poty Ferreira
respondeu a perguntas formuladas pelo repórter,
no modesto escritório do velho Edifício
Bila, na rua Duque de Caxias, Ribeira.
- A
revolução teve apoio popular?
Poty
– Teve bastante apoio. É verdade
que não um apoio consciente, mas um apoio
de entusiasmo em função de uma coisa
nova que surgia e que poderia ser útil
ao povo. Eu sentia isso. O apoio maior veio do
povo pobre, carente, com muito entusiasmo, principalmente
entre os cafeístas que se envolveram em
grosso.
- A
insurreição não foi uma iniciativa
suicida?
Poty
– Não. Acredito que tenha sido uma
precipitação. Eu não era
elemento de partido, na época, e não
tinha nenhum relacionamento com os dirigentes
do partido. Mas, hoje, analisando os fatos, acho
que foi uma precipitação, pois deveria
ter sido uma coisa bem mais programada, se é
que se queria fazer uma revolução
com objetivo de obter êxito total, mesmo
que isso viesse demoradamente.
- Os
revolucionários realizaram alguma coisa
em benefício da população?
Poty
- Ato concreto em benefício do povo não
houve porque não deu tempo, pois, inclusive
hoje, um governo não faz quase nada em
um ano de administração. Avalie
em quatro dias... A revolução durou
quatro dias, período em que permaneci em
Natal. Baixaram os preços dos bondes e
do pão, provocando boa repercussão
popular. Mas isso são atos que a gente
não considera.
- Quantas
pessoas participaram da insurreição?
Poty
- Não sei. Eu sei que no quartel do 21º.
Batalhão de Caçadores, onde entrei
na manhã do domingo, tinha muita gente.
Mais civis do que militares. Cheguei lá
debaixo de um tiroteio danado. Saí pelas
ruas meio apavorado, porque de vez em quando passava
um tiro zunindo em cima de minha cabeça.
Eu entrava num vão de uma porta e escapava
das balas. Bom, no quartel, eu vi muita gente,
inclusive um cidadão, cujo nome não
quero revelar, pois mora em Natal e é aposentado
do Banco do Brasil. Esse cidadão estava
lá com um bornal cheio de balas, fuzil
na mão e distribuindo armas para o pessoal.
Quando entrei no quartel, ele perguntou-me: “Poty,
você veio receber o seu fuzil?”. “Não,
vim procurar o meu irmão que saiu de casa
e minha mãe está lá, louca
para vê-lo”. Depois da revolução
fracassada, ele passou a apontar os nomes dos
que participaram do movimento. Tornou-se aquilo
que hoje chamamos de “dedo-duro”.
Ele tinha tendências integralistas. (1)
No quartel, havia muita balbúrdia e ninguém
sabia quem era quem, pois a distribuição
de armas era intensa”.
- O
senhor está arrependido por não
ter participado da revolução?
Poty
- “Eu não me arrependi. Eu sou um
homem que gosta das coisas certas, nos lugares
certos, e talvez se eu tivesse participado, teria
incomodado muita gente. Felizmente, não
participei. Digo que não fui por esses
motivos, mas eu sempre tive espírito revolucionário.
Sou comunista desde a adolescência, pois
nasci meio revoltado, tive uma vida muito difícil.
Aos 14 anos de idade, eu já era dono de
casa, com uma mãe com 12 filhos para sustentar,
trabalhando na agricultura.
-Os
integralistas sofreram ameaças dos comunistas?
Poty
- “Não apareceu nenhum”. Possivelmente,
ficaram em suas casas e se omitiram. Eu conhecia
poucos integralistas. Carlos Gondim, eu conhecia
muito, mas só vim saber que era integralista
muito tempo depois de 35.
- O
sargento músico do Exército. Quintino,
era comunista?
Poty
- Eu não o conheci. Acredito que se fosse
comunista, pois era o que se dizia na época
e nunca apareceu uma contradita.
- O
senhor diz que saiu de Ceará-Mirim para
Natal, com 24 anos, e já era comunista.
Por causa das suas idéias, não sofreu
nenhuma represália?
Poty
- Em 35, eu não fui vítima de coisa
nenhuma, mas vi muitas pessoas que eram simplesmente
cafeístas serem presas, enroladas nessa
coisa toda. Os cafeístas foram presos na
Casa de Detenção e depois jogados
no porão de um navio, o Butiá. Um
primo meu pegou uma cadeia grossa porque, em Macaíba,
passou uma tropa de revolucionários e chamaram-no
para entrar no meio. Ele entrou, mas não
fez nada. Era um simples recruta”.
- E
o tal herói, Luiz Gonzaga?
Poty
– Isso nunca existiu. Foi uma lenda, uma
criação para justificar as provocações
anuais. Durante e depois da revolução,
não ouvi falar do soldado Luiz Gonzaga.
Anos depois foi que começaram a falar nele.
- Os
comunistas de hoje dizem que o movimento de 35
não foi uma revolução comunista,
mas não foram os comunistas que lideraram
o movimento aqui?
Poty
- De fato, os comunistas eram os elementos mais
esclarecidos. Possivelmente, eles apareceram para
assumir a responsabilidade e darem uma direção
ao movimento que tinha cafeísta, maristas
e outras tendências. Os cafeístas,
por exemplo, no governo de Rafael Fernandes, sofriam
uma carga muito pesada. Os elementos da Guarda
Civil, criada por Café Filho, tinham sido
demitidos. Descontentes, esses elementos estavam
nas ruas sem fazer nada, passando necessidades,
e participaram do movimento. Coincidentemente,
alguns soldados do 21º BC foram desmobilizados,
em virtude de ter terminado o seu tempo de serviço.
Esses soldados pretendiam continuar na caserna,
mas foram desempregados e ingressaram no movimento,
apesar de não terem idéias comunistas.
- Quem
enricou na revolução?
Poty
- Acho que quase todo o dinheiro levado do Banco
do Brasil foi recuperado. Oficialmente, o dinheiro
todo não apareceu. Eu não era da
polícia, mas há versões de
que várias pessoas se apoderaram do dinheiro
e ficaram ricas. Eu conheci uma que morreu desastradamente,
que era estróina, gastador. Essa pessoas
desapareceu da cidade, após o fracasso
da revolução, da qual participou.
Era pobre e apareceu com muito dinheiro. Fazia
farras homéricas e dizia que tinha dinheiro
para botar no mato. Essa pessoa era conhecida
por Caindão e morreu pobre. Gastou tudo
em farras. Não tenho provas, mas consta
que pessoas da alta sociedade se beneficiaram.
Prestista,
Poty não acredita no futuro do atual PCB,
em virtude do desprezo dos comunistas por Luiz
Carlos Prestes, ex-presidente de Honra da Aliança
Nacional Libertadora, a Frente Ampla de 35 contra
Getúlio Vargas. Para ele, ser comunista
e espírita não é nada demais.
“Cristo, talvez tenha sido o primeiro comunista
deste mundo”, disse Poty.
MARANHÃO FOI PRESO EM 35
O escritor Eduardo Maffei (4)
paulista, ex-integrante da Juventude Comunista
do Partido Comunista do Brasil-PCB, nas páginas
93, 94 e 95 do seu livro “A Batalha da Praça
da Sé”, editado em 1984, pela Philobiblion
Livros de Arte Ltda, Rio de Janeiro, relata a
participação do ex-prefeito de Natal,
Djalma Sales de Carvalho Maranhão no movimento
de 35, em São Paulo. Djalma servia ao Exército,
em Jundiaí-SP.
Djalma Maranhão foi membro do PCB na época
da legalidade, mas foi expulso em 1947, em virtude
de não aceitar a disciplina partidária.
Queria ser um caudilho dentro do Partidão,
justamente no período em que travou-se
uma luta interna entre as alas “obreiristas”
e “burguesas”. Os obreristas queriam
que os intelectuais e pequenos burgueses do partido
se subordinassem aos ditames dos dirigentes de
origem operária. Maranhão não
aceitou e foi expulso. Depois lançou um
manifesto contra o comunista conhecido por João
Bolacha, de Areia Branca, líder dos salineiros.
Eis o relato de Eduardo Maffei sobre Djalma Maranhão:
“No Exército também havíamos
influído. Lembro-me que Djalma Carvalho
Maranhão apelidado de “Farol”,
servindo no 6º R.I, em Caçapava, mas
seu 1º Batalhão destacado em Jundiaí,
deveria chegar com um grupo de comandados, à
paisana, mas sua unidade, como todos os corpos
de tropa, entrou em prontidão. Anos depois,
Maranhão seria o grande prefeito de Natal
onde nascera, eleito consagradoramente pelo povo
onde deitara raízes. Foi cassado e caçado
pela “redentora”- ou rebentora? -,
a inventona de abril de 64. Se se pode chamar
alguém de autêntico, Maranhão
seria a pessoa. Durante a repressão que
se seguiu à insurreição de
35, esteve preso, durante 19 meses, no Maria Zélia,
presídio político paulista. Sua
grande amargura foi externada em entrevista ao
“O Dia” de 9-7-37 (16). Não
tendo parentes em São Paulo, jamais recebera
uma visita. (2) Anos mais tarde,
quando lhe roubaram o cargo em abril de 64, esteve
detido com Paulo Cavalcante no 14º RI., do
Recife. Sobre esse episódio Paulo escreveria
algumas linhas que retratam o suficiente para
colocá-lo na galeria dos grandes militantes
que a revolução libertadora brasileira
em processo teve. “Um tipo excelente, folgazão,
que suportava a vida carcerária com uma
saudável disposição de espírito.
Tenho corda para agüentar vinte anos esta
joça, costumava dizer. E tinha mesmo. Gostava
de anedotas e passava o tempo a contar alegremente
seu bom relacionamento com o povo do Rio Grande
do Norte, relembrando as festas populares, o reisado,
o bambeló, o coco e as emboladas. Quando
tive oportunidade de revê-lo, no exílio,
em fevereiro de 1968, no Uruguai frio e diferente
das coisas de sua terra, pressenti que não
resistiria ao distanciamento. O calor humano dos
compatriotas lhe fazia falta. Morreu sozinho no
quarto, os braços cruzados sob a nuca,
olhando para o teto como quem olhasse um painel
de reminiscência, a saudade funda destroçando-lhe
o coração” (17). Também
Darcy Ribeiro lembrou sua nostalgia fatal em Montevidéu:
“Djalma Maranhão vivia em função
do Rio Grande do Norte, esperando uma carta desse
Estado. Seu sofrimento era total. Sofria até
com o clima; para um nordestino o frio do Uruguai
é insuportável. Ele tentava durante
todo o dia sintonizar uma estação
brasileira, num rádio de muito má
qualidade. Não para ouvir as notícias,
que ele nem conseguia captar, mas o tom, o som
da língua brasileira. Só queria
ouvir sua gente falando, e não fazia nenhum
esforço para aprender a língua do
país em que estava. Morreu diante de um
aparelho de televisão, triste e só,
num quarto. Morreu de exílio” (18).
(16)
Antônio Vieira, Maria Zélia. Edição
do autor, s/d. p. 179
(17)
Paulo Cavalcanti, O Caso Eu Conto Como o Cado
Foi: da Coluna Prestes à Queda de Arraes.
Ed. Alfa-Ômega, 1978. P. 356.
(18)
Cristina Pinheiro Machado, Os Exilados. Ed. Alfa-Ômega,
1979. P. 33.
NOTAS:
1
- O aposentado do Banco do Brasil, Paulo Martins
da Silva disse ao autor que o “bancário
que entregou muita gente em 35” foi ele,
mas não quis entrar em maiores detalhes.
Paulo Silva disse que chegou a se infiltrar numa
célula do PC no Banco do Brasil, em Natal
e desorganizá-la. Paulo M. da Silva faleceu
em junho de 1991.
2
- Não foi possível localizar o exemplar
do jornal paulista O Dia, de 9.7.37, apesar dos
insistentes esforços junto a Biblioteca
Pública Mário de Andrade, Arquivo
Público Municipal de São Paulo,
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e o arquivo
de O Dia, do Rio de Janeiro.
3
- Segundo John W. Foster Dulles (entrevista com
Francisco Bilac de Faria, parte II, Natal, 20.10.1968),
o nome da companhia era “The Light &
Power Company”.
4
- Eduardo Maffei faleceu em São Paulo,
em 26 de janeiro de 1990.
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