Comitê
Estadual pela Verdade, Memória e
Justiça RN
Centro de Direitos
Humanos e Memória Popular CDHMP
Rua Vigário Bartolomeu, 635 Salas
606 e 607 Centro
CEP 59.025-904 Natal RN
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Comitê
de Verdade Estados | Comitê
da Verdade RN
Página
Inicial | Anatália
de Souza Alves de Melo | Djalma
Maranhão | Édson
Neves Quaresma | Emmanuel
Bezerra dos Santos | Gerardo
Magela Fernandes Torres da Costa | Hiran
de Lima Pereira | José
Silton Pinheiro | Lígia
Maria Salgado Nóbrega | Luís
Ignácio Maranhão Filho | Luís
Pinheiro | Virgílio
Gomes da Silva | Zoé
Lucas de Brito
LUIZ IGNÁCIO MARANHÃO FILHO
Luiz
Ignácio Maranhão Filho
Livro "Dos Filhos destes solos"
Dados Pessoais
Nasceu em 25 de janeiro de 1921 em Natal,
Rio Grande do Norte, filho de Luís Inácio Maranhão e Maria Salmé
Carvalho Maranhão, casado com Odete Roselli Garcia.
Atividades
Advogado. Professor do Atheneu
Norteriograndense, da Fundação José Augusto e da Universidade Federal
do RN. Jornalista, colaborou com diversos jornais do Estado,
particularmente com o Diário de Natal. Escreveu vários artigos sobre
questões candentes da realidade para a Revista da Civilização
Brasileira. Membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido
eleito para o seu Comitê Central no VI Congresso do partido em 1967.
Preso em 1952 pela Aeronáutica em Parnamirim, foi brutalmente
torturado, constituindo essa saga vivida por Luís, um capítulo do
livro A História Militar do Brasil, de Nélson Werneck Sodré. Em 1958
é eleito Deputado Estadual, pela legenda do Partido Trabalhista
Nacional (PTN), desempenhando o mandato até 1962. No início de 1964, a
convite de Fidel Castro visita Cuba. Com o golpe militar de abril do
mesmo ano, Luís é preso e, novamente, submetido à tortura. Permanece
preso até fins de 1964. Libertado, imediatamente passa à
clandestinidade, no Rio de Janeiro. Durante o período de vida
clandestina, Luís Maranhão Filho, atua em diversas missões e
comissões partidárias. Era importante elo de ligação nos contatos do
partido com a Igreja Católica e políticos de oposição legal.
Circustâncias e Morte
Luís Maranhão foi preso no dia 03 de
abril de 1974 numa praça em São Paulo, capital. Pessoas que
presenciaram a cena, informam que ele foi algemado e conduzido num
transporte de presos pelos agentes do DOI-CODI do II Exército. A
ditadura militar jamais reconheceu a prisão do militante político; foi
incluído no rol dos desaparecidos. Sua esposa denunciou, através do
Secretário Geral do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), deputado
Thales Ramalho, que Luís estava sendo torturado em São Paulo pelo
famigerado assassino Sergio Fleury. Em 15 de maio de 1974, o vice-líder
da ARENA, Deputado Garcia Neto prometia "que o governo tomaria
providências para elucidar os sequestros de presos políticos,
inclusive de Luís Maranhão Filho". Providências nunca
encaminhadas. Em 08 de abril de 1987, o ex-médico e torturador Amilcar
Lobo revelou, em entrevista à Revista Isto É, que viu Luís sendo
torturado no DOI-CODI do I Exército no Rio de Janeiro. Em 1993 o
ex-agente do DOI-CODI, Marival Chaves, em entrevista à Revista Veja,
disse que Luís fora trucidado pelos órgãos de segurança da ditadura
militar; seu corpo não foi localizado.
Situação Atual
Luís Inácio Maranhão Filho foi
homenageado em 1993 com a criação do Instituto Prof. Luís Maranhão
Filho, entidade vinculada à campanha de legalização do PCB no início
da década de 80. Com a Lei no. 9l40/95, seu nome consta da primeira
relação dos mortos e desaparecidos políticos, tendo a União
reconhecido sua responsabilidade pela morte desses militantes.
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