Comitê
Estadual pela Verdade, Memória e
Justiça RN
Centro de Direitos
Humanos e Memória Popular CDHMP
Rua Vigário Bartolomeu, 635 Salas
606 e 607 Centro
CEP 59.025-904 Natal RN
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Inicial | Anatália
de Souza Alves de Melo | Djalma
Maranhão | Édson
Neves Quaresma | Emmanuel
Bezerra dos Santos | Gerardo
Magela Fernandes Torres da Costa | Hiran
de Lima Pereira | José
Silton Pinheiro | Lígia
Maria Salgado Nóbrega | Luís
Ignácio Maranhão Filho | Luís
Pinheiro | Virgílio
Gomes da Silva | Zoé
Lucas de Brito
EDSON
NEVES QUARESMA
Edson
Neves Quaresma
Livro "Dos Filhos deste solos"
DADOS PESSOAIS
Nasceu no dia 11 de dezembro de l939 em
Itaú no municipio de Apodi, Rio Grande do Norte, filho de Raimundo
Agostinho Quaresma e Josefa Miranda Neves.
ATIVIDADES
Estudou até a 5a. série do curso
primário em Natal/RN. No ano de 1958 transfere-se para Recife/PE, onde
ingressa na Escola de Aprendizes de Marinheiros, da qual sai como
grumete em 1959. Logo em seguida, é deslocado para o Rio de Janeiro,
tendo servido no cruzador Tamandaré. Com a constituição da
Associação de Marinheiros do Brasil, Edson passa a integrar seus
quadros, atuando na tesouraria daquela entidade de defesa dos interesses
sócio-econômicos dos marujos brasileiros. O golpe militar reprime
radicalmente o movimentos dos praças da Marinha, resultando na prisão
e confinamento de Edson na Ilha das Cobras, por um período de um ano e
dois meses. Em 31 de dezembro de 1964 é expulso da Armada. A partir de
1965 mergulha na clandestinidade, tendo viajado para Cuba, onde fez
treinamento militar, regressando ao Brasil em julho de 1970, já como
militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
CIRCUNSTÂNCIAS DA PRISÃO E MORTE
No dia 05 de dezembro de 1970, Edson
passava junto com Yoshitame Fugimore pela Praça Santa Rita de Cássia,
em São Paulo, quando foram reconhecidos por uma patrulha do DOI-CODI do
II Exército que começou a persegui-los..A equipe da repressão
metralhou o automóvel que os conduziam, ferindo ambos. Edson, mesmo
ferido, tentou correr; sendo alcançado pelos policiais que o
assassinaram cruelmente. Um dos agentes segurou-lhe um dos braços e
outro policial, segurou o outro braço, pisando violentamente na sua
garganta, matando-o. A necrópsia foi feita pelo legista da ditadura
militar Harry Shibata. Seu corpo foi sepultado como indigente no
cemitério de Vila Formosa, na quadra 15 e túmulo 66, com o nome falso
de Célio Silva Alves. Documento do CENIMAR, entretanto, afirma que
Célio foi identificado por exame datiloscópio como Edson Neves
Quaresma.
SITUAÇÂO ATUAL
Em 1995, o Coordenador do Centro de
Direitos Humanos e Memória Popular-CDHMP, Roberto Monte, visitou o
Cemitério de Vila Formosa em São Paulo, no qual foi mostrado a
presumível tumba em que estaria enterrado Edson Neves Quaresma. A
partir daí inicia-se a mobilização de seus familiares na busca da
correta localização dos restos mortais de Edson. Mais recentemente,
após a sanção pelo Presidente da República da Lei no. 9140\95, a
família de Edson Neves Quaresma encaminhou à Comissão Especial que
trata do assunto, pedido de reconhecimento da responsabilidade da União
pela morte do seu parente querido.
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