Tecido
Social
Correio Eletrônico da Rede Estadual de Direitos Humanos
- RN
N.
018 – 11/01/04
INTERNACIONAL
A barbárie do Império
A
cada dia que passa, cada imagem que divulgam, cada fato revelado,
vamos constatando uma alteração no comportamento dos americanos
com relação ao trato das questões da humanidade. Passo a passo
eles vão destruindo todos os princípios humanitários, éticos
e morais, renegando a própria história. É triste, mas temos
de reconhecer que as tropas americanas no Iraque extrapolam
todos os requintes de perversidade, covardia e truculência,
promovendo ações mais graves que as que os nazi-fascistas promoveram
na Segunda Guerra Mundial.
As
imagens divulgadas na TV, onde um ferido indefeso é morto pelo
canhão do helicóptero, dão uma dimensão do que são capazes as
tropas americanas. Desde o primeiro momento da invasão do Iraque
dava para se perceber isto. Bombardeiam a população de Bagdá
e outras cidades, sem a menor preocupação com a população civil
que morre. Da mesma forma que não se preocupam com o patrimônio
histórico da humanidade que destroem escanchados na mentira
de que o país possuiria armas de destruição em massa.
Este fato lembra aquela frase popular do ladrão que sai
correndo e gritando pega o ladrão. Enquanto dizem que querem
prevenir destruição, os americanos destroem. Intimidam a população
civil, humilham as pessoas de todas as idades, principalmente
idosos e crianças, com as botinas e os fuzis. Mostraram as imagens
de prisioneiros de guerra. Mostram uma sanha assassina à queima-roupa,
para derrubar um ditador que eles mesmo
criaram. Tudo isso disfarçando a ocupação dos campos de petróleo
que foram roubar dos iraquianos.
Não falamos até aqui de ONU, pois tudo foi e continua
sendo feito fora da lei, à revelia do que reza o direito internacional.
Tudo foi promovido com base nas mentiras e dados falsos usados
desavergonhadamente pelo cow boy tresloucado, que tem
todos os cacoetes de Hitler e muito mais. O pior é que as nações
parecem ter ficado cegas, para não enxergar essa semelhança
expansionista.
Mas
é preciso refletir sobre aquelas imagens. Mesmo com o adversário
ferido e indefeso o comando deu ordens para o helicóptero atirar
para matar. Ou seja, assassinar. Um cidadão indefeso não esboçava
mais resistência. Era um preso. E foi desintegrado por tiros
de canhão feitos para destruir carros blindados. Também o outro
que mataram estava desarmado e foi atingido pela covarde emboscada
tecnológica.
Ante
todos esses fatos, cabe refletir sobre o que terá ocorrido.
Bombardearam cidades. Mataram civis inocentes. Humilharam idosos
e crianças. Mataram adversários desarmados e feridos. Quantos
assassinatos destes terão ocorrido durante este ano de invasão?
Que direito tem uma tropa de sair matando cidadãos desarmados
e feridos? Parece que aquela moral das históricas academias
americanas está somente nos filmes, como ficção e muita imaginação
de Hollywood.
Walter Medeiros
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